ritita 21/08/2018Que leitura gostosa! Que vida plena!Que delícia de livro! Sabor de comida de fazenda, bolo quentinho, café fresquinho. Dá vontade de ler, reler, triler e ler novamente, de ficar acarinhando a leitura.
Lendo, me vi tomando chá com a comadre me contando causos de sua vida de forma leve e calma. E que vida rica em literatura teve a "comadre".
A vida de uma nordestina de posses, mas muito simples, que teve que fugir da seca em 1930, vindo para o R. de Janeiro; contudo, permanecem na capital por pouco tempo até fixarem-se em Belém do Pará. Rachel retorna com a família para o Ceará, onde faz o curso normal e forma-se professora com somente quinze anos de idade. De volta à fazenda dos pais, em Quixadá, dedica-se à leitura de livros nacionais e estrangeiros e começa a escrever O Quinze, seu primeiro livro, escondida dos pais e à luz de velas.
Elas (Rachel e a irmã Maria Luiza), nos contam sobre a vida na fazenda, os amigos literatos, política, as agruras da vida durante a seca, e muito, muito mais.
Que prazer saber que esta comadre conviveu com os mais proeminentes escritores do séc. passado! Que prazer saber que tantos anos atrás uma mulher buscou seu lugar no mundo machista e conseguiu. Que prazer ouvir suas histórias!
Se recomendo? Pegue um chá, um pedaço de bolo e desfrute!