O código de Honra

O código de Honra Alexandre Guerra




Resenhas - O código de Honra


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Daiani.Cris 24/06/2013

"O Código de Honra"
A estória começa na região de Botucatu no interior de São Paulo, quando um menino da cidade sai para acampar com o seu avô que, quando tinha a sua idade era escoteiro e viveu muitas aventuras.
Ao longo da caminhada rumo aos locais onde eles iriam almoçar, descansar, jantar e enfim acampar, eles vão vivendo muitas aventuras e revivendo as que são contadas pelo avô, aventuras estas que foram vividas por ele e seus amigos quando saíam para acampar com o grupo de escoteiros ou até mesmo sozinhos.
Entretanto, a maior parte das aventuras contadas pelo avô acontece após um grave acidente que descreve o pânico dos meninos (alguns com apenas 13 anos) ao perceberem que estão sozinhos no meio da Mata Amazônica, destacando a forma como eles se organizam para resgatar as vítimas, montar o acampamento, conseguir alimentos, fazer as refeições, cuidar dos feridos, mas sempre com cautela, pois a vida na mata é muito perigosa e selvagem, e eles vivenciam isso constantemente.

Além das aventuras, o autor descreve várias vezes a importância de uma amizade, mas não aquela amizade que nós pensamos que temos e que meses depois desaparece como se nunca tivesse existido, ele descreve uma amizade de verdade e o mais legal é que a amizade existe mesmo.
“Fabiano era o nome do melhor amigo dele, daqueles amigos de infância que podem às vezes ficar anos e anos sem se ver que a amizade continua a mesma. Tais amigos viveram todas as aventuras, conquistas e derrotas juntos, tratavam-se como irmãos e já bem velhos faziam questão de se verem contando as mesmas histórias e morrendo de rir horas a fio.”
Acontece que o autor, Alexandre Guerra, e seu amigo Fabiano são realmente amigos, e amigos desde a época do Grupo Escoteiro, e que mesmo depois de crescidos, adultos, e cada um com sua profissão, ainda continuam revivendo suas histórias quando se encontram.
Nas passagens do livro, o autor também demonstra que um homem não morre quando envelhece, e sim quando deixa de sonhar, assim como descrito neste trecho precioso:
“Se o corpo não estivesse envelhecido pelo tempo, juraria que à minha frente estavam sentados dois moleques contando as aventuras do passado. Dali, concluí que o homem não envelhece e morre devido à idade: só deixa de viver, quando para de sonhar. Naquele dia prometi a mim mesmo que jamais deixaria de sonhar, pois quando apenas se vive sem objetivo, a mão do tempo nos apanha, nos conduzindo a um caminha do qual não podemos voltar, um pensamento comum, acredito, mas que a maioria das pessoas não percebem, pois estão emaranhadas na complexa arte de sobreviver e se esquecem de apenas viver.”
Aventuras, medo, desespero...
No início do livro eu dava muita risada, a partir da metade eu comecei a me preocupar, no fim eu já estava desesperada, ainda mais quando li esse parágrafo:
“Uma lágrima correu dos meus olhos, olhei para trás, tentei me levantar novamente cravando o bastão no chão, mas caí com o último pensamento prostrado na areia. Eu falhei!”

O livro é loucuuuuuura do começo ao fim, eu que não sei nada sobre escotismo me apaixonei pela história, me aventurei junto e, apesar dos erros de paragrafação e ortografia, vale muito a pena se aventurar também!
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