Resenhas - A Garota Que Eu Quero

driano 19/03/2014

MEU ESPÍRITO INUNDADO POR PALAVRAS
Quando meus olhos encontraram "A Garota Que Eu Quero" na extensa fileira de livros da livraria, eu soube... aquela seria de fato a leitura que a muito tempo eu buscara.
O título em sincronia com a capa me atraiu de uma forma incrivelmente simultânea. Então eu li a sinopse na orelha do livro.

"O Rube nunca amou nenhuma delas. Nunca se importou com elas. Nem é preciso dizer que Rube e eu não somos muito parecidos em matéria de mulher. Cameron Wolfe é o caçula de três irmãos, e o mais quieto da família. Não é nada parecido com Steve, o irmão mais velho e astro do futebol, nem com Rube, o do meio, cheio de charme e coragem e que a cada semana está com uma garota nova. Cameron daria tudo para se aproximar de uma garota daquelas, para amá-la e tratá-la bem, e gosta especialmente da mais recente namorada de Rube, Octavia, com suas ideias brilhantes e olhos verde-mar. Cameron e Rube sempre foram leais um com o outro, mas isso é colocado à prova quando Cam se apaixona por Octavia. Mas por que alguém como ela se interessaria por um perdedor como ele? Octavia, porém, sabe que Cameron é mais interessante do que pensa. Talvez ele tenha algo a dizer, e talvez suas palavras mudem tudo: as vitórias, os amores, as derrotas, a família Wolfe e até ele mesmo."

Pronto, a curiosidade bateu, o coração martelou forte e me obriguei a levar o livro para casa.

Primeiro fato: Muita gente ler o livro em menos de 24 horas, pois ele é muito curto, são só 174 páginas e a leitura é super prática.
Entretanto, eu li o livro em 2 dias. O porque dessa longevidade está ligada à vontade de sentir cada palavra entrar em eu ser, sentir as mesmas emoções do personagem, visualizar cada passo, cada piscar de olhos, visualizar todo um repertório em minha mente, chegando mais próximo possível do mundo repassado na mente do autor - Markus Zusak. Sim, cada um tem seu método de leitura, e esse é o meu. Leva tempo, mas eu gosto, e no fim, de alguma forma isso me torna parte da história.

Segundo Fato: Há momentos que o livro desperta aflição no leitor. O autor descreve diversas passagens em uma simples frase, como também diversos acontecimentos com uma única lauda. Claro, deixa muito a desejar pois convenhamos, estamos cada vez mais exigentes com a Literatura... quanto mais detalhes em determinada situação, MELHOR.

Terceiro Fato: Há reflexões que te faz fechar o livro e olhar pro "nada" pensando e pensando sobre no que acabou de ler. Como por exemplo, a fraternidade da família Wolfe distintamente explícita, ou também as palavras que Cameron escreve em papéis para se sentir melhor. Essas palavras são interligadas com o enredo do livro, colocadas na página seguinte ao término de um capítulo. As palavras que me causaram um impacto foram estas:

"- Qual é a do som de mãos aplaudindo? - pergunto.
O cachorro continua a andar, mas não me importo. Apenas continuo a falar.
- Por que ele parece um mar de som, como ondas quebrando em cima da gente? Por que faz a maré virar dentro de nós?
Agora só penso nisso.
Talvez seja porque é uma das coisas mais nobres que os seres humanos fazem com as mãos.
Digo, os seres humanos cerram as mãos em punhos. Usam-nas para ferir uns aos outros e para roubar coisas.
Quando os humanos batem palmas, é o único momento em que se unem para aplaudir outros seres humanos.
Acho que os aplausos existem para conservar as coisas. [...]"

Bom, foram estas palavras que me fizeram ler o livro somente no dia seguinte...

Ápice:
Eu teria que passar uma eternidade escrevendo e escrevendo sobre este e qualquer outro livro que li para conseguir expor todas a palavras e sentimentos que me consome quando leio alguma obra. Contudo, isso foi o máximo de um resumo que consegui formular. *risos*
Por fim, vale a pena seu precioso tempinho na companhia de Cameron Wolfe e todo seu universo "escuro". RECOMENDADO!

(Pessoal, por enquanto não tenho blog... porém no meu instagram eu posto foto do livro que estou lendo e depois escrevo uma mini resenha sobre eles. Confere lá!)

site: http://instagram.com/drianoaraujos

Mila.Maluka 14/11/2023

Perfeito pra Ressaca Literária
Que história linda, e leve, e agradável e rapidinha pra ler.

Do tipo mamão com açúcar.

Recomendo. Muito fofa! ?

Dani Guimarães 17/09/2020

Amor e admiração
O livro é bonito, fala sobre o primeiro amor, sobre família, sobre laços que não precisam ser falados para serem sentidos. Tem pitadas de humor e um certo mistério, confesso que fiquei um pouco tensa para saber o que realmente ia acontecer a um certo personagem. É uma boa leitura.

vintagelibrarie 14/10/2023

Não se atira em um cachorro que já está morto.
Foi um pouco difícil de se ler, admito. Eu procurava por um romance com uma leitura rápida, e apesar de a trama ter sido apresentada dessa forma, não é unicamente o romance que atribui este livro.

No início, a maneira como o Cameron mostrou-se foi nauseante, os detalhes de seus desejos sexuais oprimidos me deixou extremamente confusa, porém acredito que essa foi a maneira teórica do autor mostrar um traço significativo da personalidade do personagem na história.

Esse livro tem uma peculiaridade que eu não sei explicar exatamente qual é, no entanto, ao discorrer da leitura, eu comecei a achar o Cameron interessante e o livro bom. E, uma abordagem muito furtiva que o Markus Zusak utilizou para simpatizarmos mais com o personagem foi introduzir pequenos textos escritos pelo Cam, importantes para a história e igualmente importantes para o personagem.

Leitura rápida e brutalmente ríspida, não é um romance fofo e/ou divertido ? na realidade, há pouco disso no livro ?, o livro diz mais sobre o autoconhecimento e valorização que um rapaz solitário começa a ter sobre si mesmo, sobre o sentimento de irmandade e laços familiares.

Descobri na metade da leitura que se trata de uma trilogia, mas finalizei sem sentir interesse em conhecer o restante. Leitura recomendável, mas não com muitas expectativas.

Sara 03/05/2021

Se sua alma vazasse
Cameron é um garoto solitário, sem amigos e sem ambições, vivendo um drama que, acredito, a maioria dos adolescentes vivenciam.
Uma história contanda do ponto de vista do personagem principal, com passagens do seu "diário", uma parte importante para o desenvolvimento do Cam.
Confesso que não entrou pra minha lista de favoritos pelo fato do Cam ter apenas um objetivo, conseguir uma namorada, apesar do título do livro, queria que ele investisse mais em si, acho que esperava mais dele. Talvez a culpa seja minha por pôr tanta expectativa nesse livro. Enfim, no todo, é um livro muito bom e recomendo sim, uma leitura agradável e suave, aqui vai uma passagem que adorei;
"Há inúmeros momentos a serem lembrados, e às vezes acho que não somos pessoas, na verdade. Talvez sejamos momentos.
Momentos de fraqueza, de força.
Momentos de salvação, de tudo."

Mari.Vasconcelos 10/11/2020

E esse tal de Cameron ??
"Há inúmeros momentos a serem lembrados, e as vezes acho que não somos pessoas, na verdade. Talvez sejamos momentos."

Lude 02/10/2013

Bem...
Uma vez, uma de minhas professoras disse à classe que o bom texto é aquele que não deixa a costura aparecer. Ou seja, quanto mais bem escondidos os mecanismos que fazem o texto funcionar, melhor ele será. Afinal, convenhamos, o escritor é uma espécie de mágico - e qual a graça do show de mágica onde podemos ver todos os alçapões, espelhos, fios de náilon e demais trucagens em funcionamento?
Eis aí o grande problema de "A Garota que eu Quero": sua costura está muito exposta. A todo momento o autor tenta nos emocionar com metáforas líricas - na verdade meio exageradas - e situações tocantes ou dramáticas. Mas falta sutileza. Sim, sutileza cairia bem aqui. E o fato é que Markus Zusak sabe como ser sutil: quem leu "A Menina que Roubava Livros" não pode negar que ele consegue hipnotizar o leitor e fazê-lo chorar quando a história pede que chore, sorrir quando pede que sorria, se revolte quando a revolta é adequada. Desta vez, porém, faltou-lhe a discrição necessária para manipular nossos sentimentos sem que o percebêssemos. "A Garota que eu Quero" não é o momento mais brilhante de Markus Zusak. Não obstante, não se trata de um livro ruim. Há momentos legitimamente tocantes, que me fizeram parar e dizer para mim mesmo frases tipo autoajuda como "Sim, a vida pode ser maravilhosa" (esta frase, até onde eu lembro, não está no livro).

Para resumir esportivamente, um belo chute - mas explodiu no travessão. Melhor sorte na próxima, Markus. Força: sabemos do que você é capaz.

sú 16/08/2013

Cameron o caçula da família Wolfe
Quando comecei a ler “A garota que eu quero” de Markus zusak , gostei, pois adoro a maneira como ele escreve, uma narrativa simples, encantadora. Ele me apresentou a pequena Liesel Meminger, em “A menina que roubava livros”, por quem sou eternamente apaixonada. Eu não sabia que “O Azarão”, “Bom de briga “ e agora “A garota que eu quero” faziam parte de uma trilogia, então li o livro sem saber como a família Wolfe tinha sido apresentada nos livros anteriores. Não conhecia os irmão Wolfe, Steve, Sarah, Rube e Cameron.
Neste livro Markus conta a história de Cameron, caçula da família Wolfe, que acha-se desprovidos de encantos para conquistar Octavia, ex-namorada do seu irmão Rube,o namorador da família e a relação de amor entre os irmãos.
Achei a leitura agradável ,os diálogos interessantes, mas não me identifiquei com os personagens, pois durante toda a leitura achei que o autor nos fazia entender que algo ruim, terrível, bombástico estava por vir .Esperei a cada capítulo por alguma tragédia que acabou não acontecendo. Talvez seja por eu não ter lido os livros anteriores da trilogia, confesso que esta história não me sensibilizou tanto.

Bibi 10/06/2021

A garota que eu quero
A garota que eu quero foi uma leitura que, mesmo sendo um livro curtinho, demorei pra pegar o jeito e render. Demorou muito para alguma coisa acontecer: senti que foi lá pela página 50-60 que aconteceu algo pela primeira vez, e depois disso levou mais um tempo para algo acontecer. Não foi uma leitura que me prendeu muito, quase no final do livro tive o único momento que realmente queria seguir lendo pra saber o que ia acontecer. É um livro legal, só achei bastante enrolado para acontecer algo...

Camila Kobayashi 05/10/2020

Cameron Wolfe, um dos Wolfes.
Este livro, A garota que eu quero, conta em primeira pessoa breve passagem de sua vida quando mudou a sua vida ao conhecer uma garota, isso já conta no sinopse certo?
Então, o Cameron Wolfe, faz parte dos Wolfe, é um deles. É verdadeiro, real e um garoto com bom coração cheio de sentimentos e que valoriza muito os irmãos, mas ninguém o conhece de fato, nem os irmãos. Cameron não é seguro de si e rodeado de gente que faz questão estar perto como Steve, nem Robe que é namorador e destemido, dentre os irmãos o Cameron é o mais solitário e incompreendido.
Achei estranho que a mãe é chamada de Sra. Wolfe em todo o livro, talvez seja por respeito, acabou tornando uma característica do Cameron até na forma que transmite respeito, a Sra. Wolfe e a Sarah, sua irmã, sempre preocupada com ela se será valorizada e como será o caminho que seguirá.
É simples, como as quantidades de páginas, mas tem muito amor e sentimentos.
Já tinha lido A menina que roubava livros do Markus Zusak, mesmo autor e é interessante a escrita dele, a estrutura dos seus livros. Vale a pena a leitura :)

Humberto 23/04/2021

Boom
Foi o primeiro livro que comprei e o primeiro que li. Gostei muito, ele me fez apaixonar pela leitura. É um livro cheio de altos e baixos e a história é bem realista. Gostei ??

Fernanda631 29/08/2023

A Garota Que Eu Quero (Trilogia Irmãos Wolfe #3)
A Garota Que Eu Quero (Trilogia Irmãos Wolfe #3) foi escrito por Markus Zusak.
Trilogia Irmãos Wolfe: O Azarão, Bom de Briga e A Garota que eu Quero.
Cameron Wolfe é um garoto muito solitário, se considera um fracassado, sempre sonhou em amar uma garota e ser amado, mas nunca sequer tocou em uma, passa o tempo andando sem rumo pela cidade e tem em seus irmãos seus únicos e melhores amigos e ama incondicionalmente sua família. Tem uma relação estranha com Steve, seu irmão mais velho que ele admira, mas com o qual nunca teve muita intimidade e tem um hábito de saírem para praticar futebol sem nunca conversarem muito mais do que poucas palavras.
Já Rube, seu outro irmão, é o melhor amigo de Cameron, conversam sobre tudo, ajudam o pai no trabalho aos sábados e se aventuram pela cidade na companhia um do outro. Porém isso não quer dizer que Cameron concorde com a forma como seu irmão trata as garotas, trocando de namorada a cada mês. Só que ele nunca imaginou que uma das garotas do seu irmão pudesse se interessar por ele e que sua família visse nele mais do que a imagem de um zero á esquerda.
Cameron Wolfe sabe que não é como os outros. Ele não é popular, bonito ou esportista como nenhum dos irmãos mais velhos. Ele não tem amigos na escola e prefere não conversar muito. Entretanto, nenhuma dessas coisas importa muito para Cam. Desde que descobriu o poder das palavras e, através de textos que escreve escondido de todos, as usa para libertar os seus sentimentos, o garoto se sente mais leve.
Contudo, há uma coisa que Cam gostaria de ter mais que tudo nesse mundo. O garoto apenas deseja alguém que olhe dentro de seus olhos e o entenda. Alguém para abraçar e amar incondicionalmente. As garotas não costumam notar a presença de Cam, até que, um dia, uma parece olhá-lo diferente.
Esse título é muito errôneo, pois não orna com o livro. No começo até que vai, pois Cameron quer ter uma garota para chamar de sua, para tratá-la bem, e é aí que conhecemos Octavia, a namorada de Ruben. Octavia uma artista doce e divertida, uma garota que parece levar tranquilidade a onde vai e que consegue ver o melhor das pessoas, mesmo que elas mesmas não o vejam.
Em cada página, o nosso narrador repete que o irmão não trata bem o sexo oposto e isso se torna um minúsculo conflito. Praticamente, imperceptível. Não, ele não fura o olho do irmão. Digamos que a sorte vem com as circunstâncias.
Não há motivos para Cam não se apaixonar por Octavia, exceto ela ser a namorada de seu irmão Rube. O tipo de pessoa que consegue tudo e todos com um sorriso, Rube não trata as garotas que namora muito bem e costuma dispensá-las rapidamente. Apaixonado por Octavia, tudo o que Cam quer é que o irmão a trate melhor e que ela seja feliz, mesmo que isso signifique que eles nunca ficaram juntos. Parece inacreditável, entretanto, Octavia e o destino dão uma chance a Cam não só de conquistar a garota que ele quer, mas também de mostrar quem ele verdadeiramente é. Será que ele terá coragem o suficiente para isso?
O protagonista retorna nesse último livro ainda com complexos que estão mais focados em ter uma garota. As personagens que perambulam pela trama não passam de um meio para os irmãos descobrirem quem são um pouquinho mais. Elas os afetam, especialmente a nova namorada de Ruben pós-Octavia que traz o teste final aos Wolfe.
O aprendizado aqui é mostrar que Ruben, o garoto perfeito, galinha, bom de lábia, nem sempre se dá bem. Esse viés é criado em Bom de Briga e recebe mais atenção nesse volume. No final das contas, o que importa é a irmandade e não a garota. Por isso, não entendi muito a tradução porque não faz jus à mensagem principal. Na capa, soa como uma “treta” ou problema, mas não há nada disso. A moral é a união de Cameron e Ruben, de como um é importante para o outro.
A trama de A Garota Que Eu Quero se desenvolve de forma acelerada, deixando o leitor viciado e ansioso para saber o que vai acontecer a seguir. Entretanto, ao mesmo tempo, a leitura é leve e gostosa. Toda a história foi bem desenvolvida e não nos deparamos com muitos momentos de surpresa ou acontecimentos inesperados – o que é completamente aceitável dentro da trama e deixa a narrativa de Cam mais crível, afinal, sua rotina parece ainda mais real com a falta de acontecimentos grandiosos ou chocantes.
O Cameron é um personagem muito interessante, ele tem muitas expectativas e desejos para a sua vida, mas carrega também um ar melancólico de alguém prestes a desistir de tudo. É tocante, porém, ver como ele ama a sua família, como ele mesmo notando os defeitos de cada, se orgulha e se espelha neles. Acho que essa relação com eles, e principalmente com os irmãos, é o ponto principal e mais interessante do livro.

Milena Alves 30/11/2020

É um livro de Markus Zusak... recomendo até lembretes de guardanapo dele... então...