Uma mente inquieta

Uma mente inquieta Kay Jaminson




Resenhas - Uma mente inquieta


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mari.rsp 23/03/2024

Eu sempre me achei instável e diferente das outras pessoas, aos 25 anos obtive o diagnóstico de autismo e bipolaridade, ao mesmo tempo que foi assustador, tive um alívio, parecia que toda aquela angústia tinha uma explicação. a partir daí foi uma jornada de autoconhecimento, uma luta interna e uma vontade enorme de ficar no controle de tudo.
é uma luta diária, mas voltei a ficar no controle de tudo...
esse livro foi indicação da minha médica e eu achei ele incrível, pude me ver em vários trechos e me identifiquei tanto com o conteúdo que foi impossível não favoritar. esse transtorno e todas as oscilações e polos dele são exaustivos.
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Dandara 04/02/2024

Uma mente inquieta
Nesse relato autobiográfico, Kay Redfield Jamison, compartilha o seu processo de descobrimento, aceitação e tratamento de sua maniaco-depressão. Um relato profundo, doloroso e, ao mesmo tempo, esperançoso. Que nos permite conhecer melhor essa doença tão estigmatizada, através do olhar de uma profissional que a vive na pele.
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Vinícius 10/01/2024

A NATUREZA DE UMA MENTE INQUIETA
Foi durante a nossa passagem pela Festa do Livro da USP de 2022 que o Nilton me indicou o livro ?Uma mente inquieta?, da psicóloga norte-americana Kay Redfield Jamison.
Especialista em transtornos de humor e outros tipos de doenças mentais, a Dra. Jamison fez de seu livro mais do que um relato sobre quem sofre de depressão e transtorno bipolar. Ela se coloca como o objeto principal de seu trabalho, parte de suas dolorosas experiências pessoais e o resultado não poderia ser outro: é um texto comovente, por ser de uma honestidade intelectual e profissional sem fim.
Consegui me identificar com vários dos sintomas da Dra. Jamison. O fato de ter o diagnóstico de depressão e transtorno de ansiedade há 15 anos (com quadro agravado por uma crise de burnout em 2023) fez da leitura um modo de entender um pouco melhor os sintomas e as evidências dos transtornos mentais. Desejo, em 2024, que esses tipos de transtorno se tornem apenas relatos do passado. A luta é grande e constante. Existe muito o que fazer: vamos começar por conhecer melhor o tema?
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Carla.Parreira 17/11/2023

Uma mente inquieta: memórias de loucura e instabilidade de humor (Kay Redfield Jamison). Melhores trechos: "...Eu não acordei um dia e me descobri louca. A vida não é tão simples assim. Em vez disso, fui percebendo aos poucos que minha vida e minha mente estavam atingindo uma velocidade cada vez maior até que afinal, durante meu primeiro verão no corpo docente, as duas me escaparam ao controle, girando loucamente... Há um tipo especial de dor, exultação, solidão e pavor envolvidos nessa classe de loucura. Quando se está para cima, é fantástico. As idéias e sentimentos são velozes e freqüentes como estrelas cadentes, e você os segue até encontrar algum melhor e mais brilhante. A timidez some; as palavras e os gestos certos de repente aparecem; o poder de cativar os outros, uma certeza palpável. Descobrem-se interesses em pessoas desinteressantes. A sensualidade é difusa; e o desejo de seduzir e ser seduzida, irresistível. Impressões de desenvoltura, energia, poder, bem-estar, onipotência financeira e euforia estão impregnadas na nossa medula. Mas, em algum ponto, tudo muda. As idéias velozes são velozes demais; e surgem em quantidades excessivas. Uma confusão arrasadora toma o lugar da clareza. A memória desaparece. O humor e enlevo no rosto dos amigos são substituídos pelo medo e preocupação. Tudo que antes corria bem agora só contraria - você fica irritadiça, zangada, assustada, incontrolável e, totalmente emaranhada na caverna mais sinistra da mente. Você nunca soube que essas cavernas existiam. E isso nunca termina pois a loucura esculpe sua própria realidade. A história continua sem parar, e finalmente só restam as lembranças que os outros têm do seu comportamento - dos seus comportamentos absurdos, frenéticos, desnorteados - pois a mania tem pelo menos o lado positivo de obliterar parcialmente as recordações. E então, depois dos medicamentos, do psiquiatra, do desespero, depressão e overdose? Todos aqueles sentimentos incríveis para desembaralhar... Quando estou nas alturas, não conseguiria me preocupar com dinheiro mesmo se tentasse. Por isso não me preocupo. O dinheiro aparece; eu tenho direito; Deus dará. Os cartões de crédito são um desastre; os cheques pessoais ainda piores. Infelizmente, para os maníacos em todo caso, a mania é uma extensão natural da economia. E com os cartões de crédito e as contas bancárias, são poucas as coisas que estão fora do alcance. Pois eu comprei doze kits para picada de cobra, com uma sensação de urgência e importância. Comprei pedras preciosas, mobília elegante e desnecessária, três relógios com uma hora de intervalo entre as aquisições (mais na faixa do Rolex do que na do Timex ? na mania, o gosto pelas coisas finas vem à tona, é a própria tona, como bolhas de champanhe) e roupas de sereia totalmente inadequadas. Durante um desses episódios em Londres, gastei algumas centenas de libras em livros com títulos ou capas que de algum modo me cativavam: livros sobre a história natural da toupeira, vinte exemplares variados da Penguin porque achei que ficaria bonito se os pingüins pudessem formar uma colônia. Uma vez roubei uma blusa de uma loja porque não ia conseguir esperar nem mais um minuto pela mulher-de-pés-de-melaço à minha frente na fila. Ou talvez eu tenha apenas pensado em roubar a blusa, não me lembro, minha confusão era total. Imagino que devo ter gasto mais de trinta mil dólares durante meus dois episódios mais importantes de mania, e só Deus sabe quanto mais gastei durante minhas freqüentes manias mais brandas. De volta ao lítio, porém, e girando no planeta no mesmo ritmo que todas as outras pessoas, descobre-se que seu crédito está dizimado; a mortificação é completa. A mania não é um luxo que se possa sustentar com facilidade... Eu me senti infinitamente pior, e deprimida num nível mais perigoso, durante esse primeiro episódio de mania do que quando estava no meio das minhas piores depressões. Na realidade, na minha vida inteira ? caracterizada por altos e baixos caóticos ? a época em que me senti pior foi a primeira vez em que tive um surto psicótico de mania. Eu havia tido episódios brandos de mania anteriormente, mas aquelas experiências nunca haviam sido assustadoras ? inebriantes na melhor das hipóteses, desnorteantes, na pior. Eu havia aprendido a me adaptar muito bem a elas. Havia desenvolvido mecanismos de autocontrole, de modo a moderar acessos de riso excepcionalmente inconvenientes e a impor rígidos limites à minha irritabilidade. Eu evitava situações que poderiam, de outro modo, desengatar ou emaranhar minha fiação hipersensível; e aprendi a fingir que estava prestando atenção ou acompanhando um raciocínio lógico quando minha cabeça estava longe perseguindo borboletas em mil direções... Cada vez mais, todas as minhas imagens eram sinistras e de decomposição... Dias intermináveis e apavorantes de medicamentos interminavelmente apavorantes - Torazine, lítio, Valium, barbitúricos - afinal surtiram efeito. Cheguei a sentir minha mente sendo controlada, desacelerada e posta para descansar. Mas demorou muito tempo para que eu voltasse a reconhecer minha mente, e muito mais ainda para eu confiar nela... A única anotação feita pelo meu psiquiatra no dia anterior à minha tentativa de suicídio foi a seguinte: Seriamente deprimida. Muito calada... Os hospitais psiquiátricos não são lugares incomuns para o suicídio. Depois dessa experiência, elaborei um acordo inequívoco com meu psiquiatra e com a família no sentido de que, se eu voltar a entrar em depressão profunda, eles têm a autoridade para aprovar, contra minha vontade se necessário, tanto a terapia de eletrochoque, excelente tratamento para certos tipos de depressão severa, quanto a hospitalização... No meio dos meus dezoito meses indescritivelmente terríveis de luta contra a depressão suicida, concluí que ela é o meio encontrado por Deus para manter os maníacos no seu lugar. E funciona. A melancolia profunda é uma agonia quase no nível arterial, presente as vinte e quatro horas do dia, É uma dor inexorável e cruel que não oferece nenhuma abertura para a esperança, nenhuma alternativa a uma existência lúgubre e nauseante, e nenhuma folga das frias correntes ocultas do pensamento e sentimento que dominam as noites horrivelmente inquietas do desespero... Num vínculo irracional criado na minha cabeça, eu achava que, como o piloto que eu havia visto se matar para salvar as vidas de outros, eu estava agindo da única forma justa para com as pessoas de quem eu gostava. Era também a única decisão sensata a tomar para meu próprio bem... Cada um de nós se move dentro das limitações do seu temperamento e preenche apenas parcialmente suas possibilidades. Trinta anos de convivência com a doença maníaco-depressiva me deixaram cada vez mais consciente tanto das limitações quanto das possibilidades que a acompanham... Há sempre uma parte da minha cabeça que se prepara para o pior, e outra parte que acredita que, se eu me preparar bem, o pior não acontecerá..."
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Nah 13/07/2023

Impactante.
Que livrão, leiam!
Pesquisadora e portadora do transtorno bipolar, Jamison relata sua trajetória de vida entrelaçada a bipolaridade e suas questões.
Através do seu relato, é possível o leitor visualizar o que a mania, depressão, episódios mistos ou tendências para o suicídio provocam na vida do indivíduo.
Além do sintomas e demais complicações, vem questões delicadas, a exemplo da aceitação do tratamento, a luta que se é com a medicação e o estigma.
Outro aspecto que chama bastante atenção, o preconceito e a ausência de empatia. O quanto o apoio e a ajuda são importantes, seja vindos de amigos, parentes, namorados e etc.
Um fato que trás muitas reflexões, o relato da dificuldade de quem não é bipolar entender, o que é sintoma e o que é da personalidade? O quanto a ausência desse entendimento tem impacto negativo como fins de relacionamento e outras situações desagradáveis. Muitos prejuízos sociais.
Essa mulher é extremamente guerreira, inteligente e cativante. Expôr sua experiência pessoal e profissional para conscientizar a sociedade, é um ato que exige muita coragem e amor com seu semelhante. É tentar transformar o mundo num lugar mais acolhedor e empático.
Uma mente inquieta não é um livro unicamente para bipolares, familiares, conviventes ou médicos. Esse livro é uma obra que todos deveriam ler, não apenas para deleite, mas por ser necessário. Um instrumento para conhecer, conscientizar, destruir visões preconceituosas, buscar entender e desenvolver empatia.
Com uma escrita muitas vezes poética, em meio ao sofrimento e a dor, Kay Jamison também apresenta o amor e a resignificação. A vida vai além de um diagnóstico.
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Roberth Moura 27/11/2022

Com certeza é um dos melhores livros que já li na vida.
Jamison traz, em sua história com a doença maníaco-depressiva, toda uma reflexão necessária: a linha tênue entre o que é normal ou não, o limite humano e o poder da ressignificação.
Ela escreve de forma muito poética como a doença a fez passar por uns bocados e como isso refletiu na sua vida pessoal, profissional e biológica. Ela nos traz para próximo da quebra de estigmas, mostra-nos o potencial das pessoas do tratamento terapêutico e psiquiátrico, do amor e da vida, mesmo quando o mundo é inverno.
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Weslley.Luciano 27/08/2022

Os Anéis de Saturno
Neste livro, Kay Redfield Jamison, psicóloga clínica e pesquisadora renomada com enfoque em Transtorno Afetivo Bipolar, conta sua experiência de uma vida convivendo com a bipolaridade.

Em um relato honesto e comovente, Jamison conversa com o interlocutor e permite que sejamos expectadores dos quase literais altos e baixos de sua vida.

Escritora hábil e leitora voraz, povoa sua escrita das mais variadas referências enquanto ilustra suas vivências de maneira palpável e compreensível para nós que, diferente dela, nunca viajamos pelos Anéis de Saturno.

"Uma Mente Inquieta" é um tour honesto por sua vida e mente. Recomendo a todos que convivem com a bipolaridade, tem alguém em sua vida que padece do transtorno ou que, por ventura, trabalhem com pacientes bipolares.
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Luan 17/08/2021

Reconhecer, lidar e superar
Uma linda história de Kay Redfield. Um livro que me prendeu desde o início.

Mulher corajosa. Não escondeu nada. Excelente.
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Elane.Medeiross 05/03/2021

Agregou muitos conhecimentos
Uma mente inquieta é um livro autobiográfico no qual Kay Jamison compartilha com o leitor suas experiências sendo uma maníaca depressiva, e tudo que ela teve que enfrentar na sociedade sendo alguém portadora de um transtorno mental. Considero esse livro como um relato sensível e direto e que mais pessoas deveriam ler.
mayaraliye 05/03/2021minha estante
Já quero ler!!


Elane.Medeiross 05/03/2021minha estante
amiga leia, essa autora é uma psicóloga clínica,já trabalhou como pesquisadora no campo de transtornos mentais, deu palestras, e foi professora da faculdade da califórnia para alunos fazendo residencia em psiquiatria, então ela realmente sabe do que ta falando, esse é meu segundo livro sobre o transtorno bipolar, ambos eram autobiográficos, mas diferente desse a autora não tinha tantos conhecimentos acadêmicos, e isso nessa obra a cima fez total diferença.




Patrícia Carla 13/11/2020

Psicóloga-Paciente
Li esse livro em 2010 e 10 anos depois lembrava-me dele como um livro marcante que fala da doença maníaco-depressiva/transtorno bipolar de uma forma profunda, pessoal e profissional ao mesmo tempo. Sua autora nos cativa com a história, pois fala da doença com o conhecimento que tem como psicóloga que sempre atuou na pesquisa, ensino e clínica da psiquiatria/psicologia e como paciente, o que torna seu relato e sua história muito mais humana, real e impactante. Um livro maravilhoso para quem quer compreender melhor sobre esse transtorno sob o ponto de vista de quem sofre e ao mesmo tempo trata de outras pessoas que sofrem com ele. Resolvi relê-lo, pois indiquei aos meus alunos de psicologia e vamos fazer um debate. E concluí mais uma vez a leitura com a mesma satisfação anteriormente sentida.
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Henrieth Hasse 20/03/2019

A realidade de um transtorno
Li esse livro assim que comecei meus estudos em psiquiatria. O relato dela é comovente e sincero. Kay é doutora em psicologia e nem por isso foi fácil seus altos e baixos e toda a dificuldade de aceitar tanto o diagnóstico como o tratamento da doença bipolar. Recomendo a pacientes e familiares que convivem com a doença bipolar e a todos que se interessam pelo assunto.
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