Infinite

Infinite Jodi Meadows




Resenhas - Infinite


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Nati 18/08/2019

"What's more frightening? The known or the unknown?"
Uma conclusão fraca para a trilogia que até o segundo livro vinha muito bem. Apesar de ter uma premissa simples e não ter exatamente a melhor construção de mundo, o que a autora criou aqui é bem interessante, e à medida que ela ia fornecendo respostas e gerando novas perguntas no segundo volume, mais presa eu fiquei a essa história. O maior problema aqui é que ela falha em responder várias coisas no final, deixando tudo meio vago e inexplicado, coisas que, ok, talvez não fossem vitais para o desfecho, mas deixariam esse mundo mais rico e realista. Não vou mentir que também achei o grande 'embate' confuso e não teve nada de muito surpreendente, o que também atrapalhou um pouco pra mim.

Janam, o grande e tão esperado vilão da trilogia, também foi bem decepcionante. Como 'deus' desencarnado, ele tinha mais poder e era mais aterrorizante do que sua encarnação, que não se demorou 15-20 páginas ao todo. Seus minions me causaram um impacto mais forte e a mistura de fé cega, querer manter o status quo e o ódio por tudo o que é contrário ao que eles acreditam (igual a outros minions que conheço, por sinal) foi mais devastadora para os protagonistas do que o grande big bad.

Ana como protagonista, no entanto, foi uma boa surpresa. A cada livro, ela vinha se desenvolvendo mais e aqui ela assume o papel de liderança mesmo, puxa a responsabilidade de parar Janam para si, independente do que os outros falem ou façam, a qualquer custo, até mesmo de sua própria vida. Ela está mais determinada, segura e independente, sabe tomar decisões difíceis e sustenta o que decide, e eu gostei muito de ter visto isso. Porém, ela não é uma personagem sem defeitos - ela duvida muito de si mesmo, ainda é bem insegura, e comete erros sim, pois é ainda 'nova' e ingênua em vários aspectos. Mas isso a torna relacionável e realista e é fácil perdoar algumas adolescentices ao longo do livro por causa disso.

O grande defeito dessa trilogia como um todo, porém, é o Sam. Ele é um elo fraquíssimo dentro do grupo, que agora vai enfrentar coisas mais difíceis na jornada de impedir Janam, e ele basicamente só está aqui para ser o interesse amoroso da protagonista, uma fonte constante de dúvida e estresse pra ela, além de ponto de drama e conflito com outras personagem feminina. Ele tem zero função para a trama principal, zero mesmo. Tem indícios ao longo desse último volume que tem algo nele que pode ser a chave para todo o problema, porém isso nunca é muito explicado e no final nem é mostrado (ou pelo menos não é usado por ele). Isso me irritou demais, por que vários draminhas que aconteceram aqui poderiam ser evitados e o livro em si andaria mais rápido. Fora que tem uma determinada situação que acontece entre ele e a Ana que ficou no vai-não-vai o livro inteiro, e quando finalmente ocorre, é no PIOR momento possível, narrativamente, que chega me deu aquele cringy. Essas coisas, relacionadas ao romance, que dessa vez pesou um pouco, mais do que tudo, afundou o livro pra mim. Juntando a todos os fatos que falei no início, o livro final não é ruim, mas passa longe de ser uma conclusão satisfatória.
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