Ju Oliveira 02/08/2013Assim que bati os olhos nessa capa, com esse título tão sugestivo, fiquei imediatamente interessada nesse livro. Como fã de thrillers policiais, não poderia de jeito nenhum deixar passar esse super lançamento da Editora Arqueiro.
A enfermeira Nina Borg é uma daquelas pessoas que só pensa em fazer o bem, ajudar o próximo e luta arduamente contra as injustiças desse mundo. Faz o que estiver ao seu alcance para ajudar quem quer que precise dela. Estranha o fato de Karin, que durante muitos anos foi sua melhor amiga e companheira de baladas marcar um encontro urgente em um café próximo de consultório em que trabalha.
Muito assustada, Karin não explica direito o que está acontecendo e lhe diz: “Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Diz que que precisa de uma imenso favor de Nina; ela precisa ir até a Estação Central de Copenhaguem buscar uma mala que está em um guarda volume. E lhe explica que tem que fazer isso imediatamente e que a mala não pode ser aberta em público, mas sim o quanto antes. Karin sai correndo em seguida.
Mesmo sem entender nada, Nina faz o que sua amiga lhe pediu e ao chegar lá, encontra a tal mala. Dentro da mala ela encontra um menino, nu, dopado, mas ainda vivo. Apavorada ela não sabe o que fazer, mas ao perceber que um homem furioso está atrás dessa mesma mala, ela só pensa em fugir dali.
Assustada demais com essa situação, Nina não sabe o que fazer. Ela não sabe nada sobre o menino, quem é, de onde veio? Ela teme que ao procurar a polícia, possa estar colocando a vida do menino em risco. Para piorar a situação, quando o menino acorda, muito fragilizado, Nina percebe que ele não fala a sua língua.
Não posso dizer que me decepcionei com esse livro, mas está longe de entrar para os meus Favoritos. Achei a história bastante confusa no começo, com muitos personagens, aparentemente sem função na história. Mas no decorrer da trama, eles vão se encaixando perfeitamente. Os nomes de pessoas e lugares também são bem confusos, pois a trama se passa na Dinamarca.
A enfermeira Nina não conseguiu me cativar. Discordei de várias atitudes suas, achei ela muito avoada e meio sem noção. Na minha opinião ela não foi heroína nessa história. Foi somente a “babá” do menino durante a trama toda. Não vi nela inteligência ou astúcia para se tornar uma nova heroína de thrillers policiais. Ela é uma pessoa do bem que está sempre pronta a ajudar o próximo, nada mais.
A questão do tráfico de crianças e adultos é sutilmente inserida na trama nos mostrando um pouco desse lado sórdido da humanidade. Apesar de esperar mais ação, a trama em si é boa, depois de uma certa altura a leitura prende bastante e o desfecho é ótimo, eu gostei bastante.
Esse é o primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg. Pelo que deu para entender, as histórias são independentes, todas com começo, meio e fim, sem depender de continuação. Somente a enfermeira é que será a protagonista de todas as tramas. Não estou muito animada a ler outros livros da enfermeira, mas se esse é o primeiro, de repente ela pode evoluir como pessoa/heroína e se tornar tipo um Miron Bolitar de saias, por que não?
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