maria. 19/01/2021
O melhor de John Green
Uma confissão: não gosto do João Verde. Acho a escrita dele extremamente maçante e enrolada e seus plots não conseguem me cativar.
Mais uma confissão: paguei a língua com Cidades de Papel.
Nesse livro, temos a história de Quentin. Ele era amigo de infância de Margo, mas com o tempo, acabaram se afastando. Por isso, ele é pego de surpresa quando a popular e descolada Margo de 18 anos e sua colega de escola entra pela janela da casa dele chamando-o para uma noite de aventura, se é que podemos dizer assim.
Pois bem. Essa noite foi épica e Margo e Q voltaram a ser próximos. Mas no dia seguinte, a garota some.
Por causa da ligação que Q sente por ela, começa a investigar e achar pistas, junto com os amigos dele e dela, para encontrar a desaparecida.
Os personagens são todos muito cativantes. Eles erram, erram pra caramba, mas poxa, são jovens. Acho que esse é um ponto que Green sempre acerta: seus personagens são muito, MUITO, humanos.
A escrita também é legal. É bem normal, mas ainda assim tem algo de interessante e empolgante que faz com que não larguemos o livro até chegarmos ao fim.
Ok, mas podemos falar do começo? Uma memória de infância do Q junto com uma reflexão dele literalmente me fez admitir que Cidades de Papel seria impecável.
O final, para MIM, é fantástico. Dá até pra entender o porquê tanta gente odeia, ok. Mas eu ADOREI. Foi extremamente coerente e inesperado, tudo que eu quero para uma trama como essa. John Green sempre faz os piores fins de livros, mas Cidades de Papel veio para fazer com que eu pagasse a língua, como já falei.
Não dou a quinta estrelinha só por pura implicância (e por causa de uns diálogos meio questionáveis), mas esse livro REALMENTE é bom. Você venceu nessa, João Verde.