Aventura de aprender 23/10/2017
Li essa série de uma vez na época, mas não lembro de todos os detalhes.
A base dos três livros é a mesma: Dave Gurney é um policial aposentado que foi morar no campo por insistência da sua esposa Madeleine que não gosta do trabalho dele. Entretanto, ele não consegue ficar parado e por isso sempre ajuda seu amigo Jack Hardwick a resolver casos complicados. O mais surpreendente, é que Madeleine mesmo não gostando é quem sempre dá as melhores pistas.
Os livros são muito longos e detalhados, mas prendem a atenção e não são cansativos. Entretanto, pela minha experiência em ler livros e ver filmes desse tipo nem todos foram tão surpreendentes quanto deveria.
Em “Eu sei o que você está pensando” descobri o assassino assim que ele apareceu no livro, mas não consegui decifrar a forma de ação. Em “Feche bem os olhos” identifiquei tanto o vilão quanto seu modo de agir desde o começo. Já em “Não brinque com fogo” não consegui descobrir o assassino até ser revelado, mas soube o modo de ação desde o começo.
Outro fator que me fez gostar muito dos livros foram as inúmeras citações e lições de vida. Anotei uma do primeiro livro do tanto que é marcante:
"Os problemas pessoais que mais nos incomodam, os que parecemos incapazes de deixar de lado, são aqueles em que representamos um papel que não estamos dispostos a reconhecer. É por isso que a dor permanece: porque nos recusamos a olhar para a fonte do sofrimento. Não podemos nos livrar da dor porque nos recusamos a olhar para o que nos prende a ela. A pior dor da nossa vida vem dos erros que nos recusamos a admitir, das coisas que fizemos e que estão a tal ponto em desarmonia com quem somos que não suportamos olhá-las. Viramos duas pessoas numa pele só, duas pessoas que não se suportam. O mentiroso e a pessoa que despreza mentirosos. O ladrão e a pessoa que despreza ladrões. Não existe dor como a dessa batalha que é travada furiosamente no nível subconsciente. Nós fugimos dela, mas ela foge conosco. Para onde quer que fujamos, levamos a batalha junto.”
Essa é a exata descrição que a Bíblia relata da luta do espírito contra a carne ou da nova natureza contra a velha natureza. Todas as pessoas tem essa luta em certa medida porque Deus nos deu a consciência e o desejo pela eternidade. Entretanto, nos não cristãos a guerra é externa porque o Espírito Santo busca convencer de fora, mas em quem já se converteu como Ele mora dentro de nós a guerra se torna interna e ainda mais intensa. Apenas para quem está em Cristo há possibilidade de Vitória mesmo a luta sendo ainda mais constante e perceptível.
“De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” Romanos 7. 17 a 25
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