Sexo na Cabeça

Sexo na Cabeça Kayt Sukel




Resenhas - Sexo na Cabeça


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Carla.Parreira 08/01/2024

Sexo na Cabeça (Kayt Sukel). Melhores trechos: "...Provavelmente, a ação neuroquímica da serotonina teria um papel tanto na origem dos pensamentos obsessivos que ocorrem no TOC, quanto no amor. A mesma falta de serotonina que leva um paciente com TOC a acreditar que tocar cinco vezes numa porta ao entrar pode garantir segurança talvez esteja por trás da maneira como uma pessoa pensa constante e compulsivamente num novo namorado quando está na fase de lua de mel de uma relação... O amor não nos proporciona apenas bem-estar. Torna-nos também um pouco obsessivos – e a obsessão pode ser estressante... Poderíamos dizer, portanto, que a testosterona torna as mulheres mais abertas ao sexo e os homens mais abertos às carícias, por exemplo, mas a verdade é que não sabemos nada além do simples fato de que esses níveis mudam – e apenas nos estágios iniciais do amor romântico. Quando os sujeitos estabelecem uma relação mais estável, duradoura, os níveis tanto de testosterona quanto de FSH retornam ao normal... Se supõe que, quanto maior a área do cérebro, mais importante ela é para o organismo em questão. À medida que aprofundaram a investigação, os pesquisadores descobriram que essas áreas maiores também demonstram ter maior densidade de neurônios, bem como maior crescimento dendrítico, o que é um indicador de alcance neural – quanto mais dendritos tem uma célula, mais sinapses ela pode formar. Seria possível afirmar que essas variações indicariam uma diferença no processamento cognitivo entre os dois sexos? Evidências anedóticas certamente a sugeriam. Mas os cientistas só tiveram certeza disso depois que começaram a usar fMRI enquanto os sujeitos desempenhavam tarefas cognitivas. Este foi um achado muito importante para o estudo da cognição e de comportamentos relacionados ao amor. Muitos dos estudos de neuroimagem encontrados na literatura científica, inclusive alguns que examinam o amor e o comportamento sexual, medem o fluxo sanguíneo em apenas um gênero. Todas as conclusões extraídas dos resultados têm de ser reconsideradas quando nos damos conta de que os cérebros de homens e mulheres são um pouquinho diferentes... Cada pessoa traz sua própria história individual para qualquer situação sexual. As razões por que estão fazendo sexo, a maneira como se sentem em relação ao sexo e as consequências de fazer sexo são todas muito diferentes entre os indivíduos, seja qual for o seu gênero... As três principais razões para fazer sexo foram as mesmas nos dois gêneros – homens e mulheres o faziam por amor, por compromisso e por gratificação física... Nosso cérebro está fazendo muita coisa com a informação quimiossensorial presente no suor produzido durante a excitação sexual... Quando fazemos sexo com nosso parceiro permanente, dopamina adicional é liberada através desse sistema de oxitocina. E essa dopamina adicional confere ao sexo aquela pequena dose extra de desejabilidade que nos faz querer voltar àquele mesmo parceiro para mais. E mais. E provavelmente um pouco mais depois disso. Alguns cientistas sociais acreditam que a razão pela qual mulheres são mais propensas a se apaixonar por um homem com quem fizeram sexo – em contraposição a um com quem apenas passaram algum tempo – é esse súbito aumento de dopamina induzido pelo sexo... Quando pensamos sobre isso, parece espantoso. Uma única substância química pode ser usada de uma variedade de maneiras para estimular esses tipos de comportamentos sociais, e essa única substância opera mudanças físicas no cérebro, criando nos núcleos da base o equivalente neural de um voto de fidelidade... Nossas primeiras experiências moldam a forma como os genes são expressos – o que por sua vez molda o desenvolvimento de nossos cérebros – e influenciam o comportamento. Mesmo que pudéssemos desemaranhar todas as variáveis e avaliar a contribuição singular de cada uma, é provável que não conseguíssemos fazer nenhuma generalização além do que temos agora... A motivação sexual humana não é um mero produto de hormônios ou de substâncias químicas cerebrais. Há muito mais coisas envolvidas: seu status de relacionamento, sua idade, sua cultura, e simplesmente a pessoa com quem você está transando na época... O que poderia explicar o desenvolvimento cerebral que resulta em homossexualidade e não em transexualidade? A resposta é desconhecida... Essas áreas estão envolvidas no processamento de feições, bem como na avaliação de riscos, sugerindo que, conscientemente ou não, rostos masculinizados são percebidos não só como mais atraentes, mas também como mais perigosos. O efeito foi bastante significativo, considerando-se quão ligeiramente as faces haviam sido alteradas. Quando o grupo examinou os níveis hormonais, constatou que o nível de testosterona da própria mulher predizia positivamente a ativação no cingulado anterior e posterior, regiões cerebrais envolvidas na tomada de decisão. No entanto, a fase do ciclo menstrual em que a participante por acaso se encontrava não se correlacionou com nenhuma das ativações cerebrais significativas... Ela recebe essas sugestões subconscientes, sim, que podem torná-la mais propensa a ir para a cama com um sujeito particular. Mas isso é seu subconsciente. Não é só ele que decide. A parte consciente de seu cérebro pode em seguida entrar em ação e ajudar a decidir se ela vai ou não realmente fazer isso... O amor e o ódio de um indivíduo estão muitas vezes associados. Pense sobre isto: com que facilidade odiamos uma pessoa que outrora amamos, em especial se o relacionamento terminou numa nota amarga? Por mais que tenhamos sido ensinados desde tenra idade que o ódio é algo ruim, por vezes parece quase mais fácil alimentar esse tipo de emoção intensa por alguém que nos tenha sido muito querido... Não é apenas a oxitocina que está envolvida, mas também substâncias químicas como a dopamina, a vasopressina e a serotonina. Todas elas estão fortemente ligadas umas às outras, unidas num equilíbrio fino. E esse equilíbrio entre as três parece ser muito decisivo para determinar estados de amor e ódio... A complexidade do meu cérebro oferece-me possibilidades infinitas quando se trata de amor. A meu ver, isso é muito melhor que algum manual de conduta preciso baseado na neurobiologia, uma lista única e generalizadora de coisas a fazer e não fazer que pode ser tão restritiva quanto uma camisa de força. Já há pressão suficiente envolvida na procura do amor, muito obrigada. Não preciso da carga extra de testes genéticos, medições de neuropeptídios, ou medicamentos capazes de melhorar minha vida amorosa à custa de minha função cognitiva. Portanto, sim, acolherei todo o mistério que meus neurônios oferecem. No mínimo, isso é algo com que posso contar..."
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Adilson22 11/05/2022

Muito bom. Livro com uma linguagem simples, apesar do grande molde científico que ele tem. Muito bem embasado. Recomendo.
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Camaradalopes07 24/02/2022

Excelente pesquisa inicial de neurociência.
O livro tem como escopo mostrar como as químicas presentes no cérebro podem influenciar no comportamento. Esclarece que, não é só a química presente, mas também como a epigenética e estímulos externos pode também influenciar a maneira como nos relacionamos. A pesquisa é promissora e há muitos mistérios a serem desvelados sobre o cérebro.
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Bart 21/03/2020

Sexo na Cabeça: Como o Cérebro Influencia o Amor, o Desejo e os Relacionamentos
*Kayt Sukel*
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O amor, sentimento é algo já discutido à muito tempo atrás (numa galáxia distante...), Aqui em nosso planeta. Quando pensamos em amor A 1a representação mental é do coração vermelhinho ?, isso é inevitável, mas mesmo sabendo que nem o formato nem é a função do coração, mesmo com os avanços tecnológicos, ainda atribuímos a ele, sentimos, ou escolhas... quando na verdade quem faz tudo isso é o nosso cérebro... É o cérebro quem ama, quem decide que aquela pessoa é a certa, quem escolhe.
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A escritora é uma jornalista científica, psicóloga e com muito bom humor, ela vai contando, como os hormônios secretados por nossos cérebros influenciam em nossas escolhas... e o tema do livro é sexo, relacionamento, amor, desejo numa visão mais científica, mas nem por isso chata, vc vai dar boas risadas com a escritora, e se informar sobre hormônios liberados pelo sexo, masturbação podem melhorar na sua imunidade, ou ajudar a combater depressão... O livro é show de bola!

Ela tem uma pegada muito massa p/explicar assuntos assuntos que só o pessoal de biologia gosta, e fez um livro acessível à todos...(até eu entendi!), talvez a palavra p/livro fosse "Excitante", prq ela leva o leitor por um passeio pelo cérebro... arretado!!
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Eclipsenamadrugada 20/05/2018

Um documentário sobre amor.
Fidelidade.
Infidelidade.
Muitas imagens do cérebro humano e não humano.
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Oscar 21/02/2015

O milagre neurológico da oxitocina, vasopressina, serotonina e dopamina pelo cérebro para gerar o amor.
Kayt Sukel é brilhante na explicação, como o amor acontece fisiologicamente dentro do ser humano. Não é uma obra pornográfica é uma obra científica que explora como o amor acontece dentro do homem e na mulher. A obra relata como a neuroproteína oxitocina, descoberta nos camundongos “arganazes do campo” tornam estes camundongos monogâmicos, sendo fies a suas parceiras e criando famílias unidas com a sua prole. A oxitocina também é gerada pelo ser humano tornando um animal fiel monogâmico, qualidade rara no reino animal, mas quando diminuímos de produzir esta neuroproteína nos tornam bígamos e polígamos, qualidade conhecida na nossa sociedade. Sukel explora o homossexualismo e outras manifestações sexuais do ser humano, mas ela explica que tudo é gerado no cérebro, nós utilizamos uma pequena porcentagem de nosso cérebro para o aprendizado, mas a maior parte dele é ocupada para o sexo, nós sendo produto biológico, o mais correto é ocupar nosso cérebro em sexo com o objetivo de perpetuar nossa raça humana. Sukel explica que o amor se manifesta graças ao coquetel da oxitocina, vasopressina, serotonina e dopamina,certamente existem muitos outros compostos químicos que ainda estamos a procura, até o fanatismo religioso é um produto deste coquetel do amor sendo denominado de neuroteologia dando explicação do porque tantos canais de TV dedicados à religiosos. Oposto ao amor esta o ódio, eles moram fisicamente um ao lado do outro, no cérebro, esta é a razão porque muitos casais que ora se amavam e adoravam podem facilmente (por brigas ou ciúmes) odiar-se.
Gostei desta obra já que dá continuidade a um livro que lei muitos anos atrás, em 1975, chamado “Let’s talk about sex” de Alfred Kinsay . Quem gosta de neurociência é um livro obrigatório.
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