Três Viúvas

Três Viúvas Liliane Prata




Resenhas - Três Viúvas


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Carous 06/08/2020

Cláudia, Ísis e Soraia perderam os maridos inesperadamente e muito cedo. Os maridos de Cláudia e Ísis eram colegas de trabalho, embora as esposas só fossem saber disso após a morte deles. O marido de Soraia era também o pai de Ísis. E ele morreu há muito tempo.

Nas 144 páginas do livro acompanhamos como essas três mulheres lidam com o luto, tocam a vida e preservam a amizade nascida de uma tragédia.
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Na teoria.
Na prática, o processo de luto de Cláudia ganha muito mais destaque. E de Ísis fica em segundo lugar, mais ou menos quando o da primeira persoangem termina. E o de Soraia é comentado em apenas uma página e pronto.

O livro mostra mais do que a vida de Cláudia após a viuvez. Mostra a personalidade dela quando jovem e anos antes de casar. Ela nunca foi uma esposa convencional, tampouco uma pessoa. Sempre reservada e bastante antissocial, Cláudia nasceu com uma melancolia e os planos frustrados não ajudaram em nada. Ela sem dúvida amava o marido, mas fica uma incerteza no ar se ela se conformou com aquele homem que chamava de marido assim como se conformou em não ser uma famosa violonista morando fora do país.

Para Ísis, o marido era tudo. Perdê-lo a deixou completamente descompensada. Ela é o oposto de Cláudia: bastante extrovertida, não liga de demonstrar o quanto a viuvez a abalou e tenta de tantas formas seguir em frente... nem todas fazem bem a ela ou à sua filha, mas ela não está nem aí.

E no único capítulo dedicado à Soraia, mãe de Ísis, vemos como ela lidou com a perda do marido com poucos anos de casamento e com uma filha pequena. Percebi que isso a entristeceu, mas também a deixou aliviada porque ela não era tão aficcionada no papel de esposa.

O livro é delicado, bem a cara de Liliane Prata. Acho que abre espaço para questionar o comportamento das personagens e também sobre a vida. As três amavam seus maridos. Nem todas loucamente, mas todas sentiram suas perdas. E com o livro vemos que existem mil e uma formas de lidar com o luto.
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LSD 09/02/2022

Altos e baixos, superação e incertezas...
Eu tava escrevendo uma resenha e meu app bugou e apagou tudo KSKSKSK QUE RAIVA, tava tão boa.
O livro conta, principalmente, sobre a vida de duas personagens que ficaram viúvas no mesmo dia e de uma forma inusitada começaram uma amizade que é baseada na ajuda que uma faz a outra. Desde o início foi uma amizade com mentiras e com altos e baixos, e a história se trata justamente disso. Fala sobre o processo de cada uma para superar, o tempo e os sentimentos para isso, e no final talvez elas tenham começado a superar uma coisa e outras não, é um livro de incertezas, um final incerto que te faz imaginar se ela seguiram os sonhos, ou se elas só continuaram vivendo. A leitura foi um pouco cansativa, por as falas serem separadas em vírgulas e não com travessão como estou acostumada.
Gostei mais da primeira resenha que fiz, mas não lembro bem, então vai essa mesmo.
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Camille 13/10/2013

Uma lição sensível para qualquer pessoa. - Beletristas.com
Cláudia é depressiva. Seus dias são apenas dias: um após o outro, sem sentimentos. Seu estado normal já não é estar triste, ou sem fome, é estar anestesiada. E se tem algo pior que se sentir muito triste, é não sentir mais nada. Quando seu marido, Rogério, morre, ela não se sente triste. Ela não sente nada.

Já Ísis, quando recebe a notícia de que seu marido morreu em um acidente de carro junto ao amigo, faz todo mundo ao seu redor entender o significado das palavras "escândalo" e "dor". Ela grita, chora, desmaia, não se conforma. Ela deita na cama e fica ali, sem querer fazer nada a não ser lamentar e - quem sabe - acabar com a própria vida.

Quando ambas se encontram, todavia, elas encontram exatamente o que precisam. Companhia. Uma pessoa que entenda e não olhe torto. Juntas, de formas que elas sequer imaginam, encontram o remédio que estavam precisando, e a força para sair do cansaço sem motivo.

Liliane Prata tem uma escrita que prende atenção e, mais que isso, nos envolve de formas que sequer imaginamos. Vemos todas as cenas ao longo da leitura, ainda que não seja comum diálogos com travessões ou aspas.

A técnica que ela escolhe para contar a história das três viúvas (a última, que não citei acima, é a mãe de Ísis) é uma das que particularmente admiro. Gosto de estar lendo uma descrição, para me envolver em um jogo de palavras e conversas, em seguida passando para uma ação. Torna tudo mais interessante e dinâmico, algo essencial para uma história que tem como ponto inicial a depressão.

Três Viúvas foi diferente do que eu achava. A narrativa é acelerada quando falamos de ações, e é necessário que seja para que o livro não se torne chato. Ao mesmo tempo, conseguimos nos aprofundar o necessário nas personagens e nos envolver com elas tanto quanto a autora julga necessário. Seja Cláudia, Ísis ou Paula, a filha de Ísis.

Cada uma dessas mulheres ensina algo sobre amor e companheirismo, sobre criar uma estrutura para os momentos difíceis. E, por mais que algumas coisas sejam bem improváveis de acontecer, como morar durante semanas na casa de uma pessoa que você nunca tinha conhecido, em nenhum momento se torna menos real. Inclusive nos relacionamentos que não exploramos, e aqui me refiro a rotina antes da morte dos amigos.

Foi por conta dessa facilidade de se identificar o real que o livro me conquistou. Assim, ele consegue ser sensível, interessante e, claro, uma história de superação como de fato acontece.

site: http://beletristas.com/resenha-tres-viuvas/
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Aysha. 10/07/2016

Aquilo que faz pensar;
Quando eu comecei a ler esse livro, a ideia de ser nada demais parecia óbvia. Algum amigo havia me recomendado, com aquele tom de é bom, mas nada surpreendentemente. Isso fez com que eu lesse sem expectativas algumas, apenas deixando as frases passarem, mas após alguns breves segundos, eu me aprofundei em cada palavrinha dita. A forma como narrada, misterioso e instigante, me fez querer apenas saber mais e mais sobre tudo. Algumas vezes eu pensei sobre algum possível envolvimento entre as duas principais, e me peguei até torcendo, embora agora vejo que há apenas a linda amizade. O fato das personagens trocarem de papel algumas vezes me fez repensar sobre tudo, sobre o quanto a vida é imprevisível e como as pessoas podem mudar. A autora tem uma forma de descrever que me fez fuçar toda a carreira dela e ler mais alguns bons livros, e ainda não sei o porquê de seus livros não estarem com tanto ibope.
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Egídio Pizarro 28/09/2017

Ideia razoável, execução pobre
A ideia de unir ao acaso a experiência de 3 viúvas para contar uma história é interessante. Mas as personagens são rasas, a história é por demais piegas e sem inspiração. Demorei a identificar Soraia como a terceira viúva, porque Paula aparece mais. E é custoso identificar quem é Paula - se é uma pré-adolescente, se é uma criança, o que ela é.

O estilo de escrita é cansativo. Tive a sensação que tentou imprimir um ritmo de José Saramago (frases longas, muitas vírgulas, poucas interrogações e exclamações) e a repetição excessiva de palavras para descrever ações e pensamentos foi irritante.
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Suiany 17/12/2017

Sobre gostar da narrativa, mas não do enredo
Liliane Prata está na minha vida há muito tempo, desde quando eu lia suas crônicas na Revista Capricho. Ela sempre foi minha inspiração: Eu queria ser jornalista, cronista e trabalhar na Revista Capricho hahahaha
Recentemente tenho acompanhado seu canal no YouTube... continuo admirando muito a Lili.
Esse é o primeiro livro que leio, mas meu contato com ela, na minha memória, sempre existiu. Adoro seu jeito único de se expressar. Ela é uma daquelas raras pessoas que, mesmo quando não concordo com o que diz, me agrada ouvir. Acredito que essa última frase resume bem o que senti em Três Viúvas.
O jeito Liliane Prata de contar a história foi maravailhoso e fiquei muito envolvida com suas frases, mas o enredo me pareceu pobre, não senti a empatia que deveria ter sentido pelas personagens e achei alguns acontecimentos muito forçados.
Como o título já diz, recomendo pela narrativa, mas não pelo enredo.

site: https://divinaleitura.wordpress.com/2017/12/20/tres-viuvas-liliane-prata/
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Gabi Machi 23/05/2019

Três viúvas é um livro sobre (obviamente) a viuvez, a perda e a forma que cada um lida com isso. Mais que isso, é um livro sobre depressão, amizade e superação. E esse é o ponto forte do livro: ele toca em temas bastante profundos e emotivos; tem passagens bem bonitas, mas sem ser muito piegas.
Como ponto fraco, primeiro tenho que dizer que o livro poderia se chamar: 2 viúvas, já que o papel de Soraia é totalmente secundário no livro, e poderia ter sido muito melhor explorado.
Outra coisa que me chamou a atenção negativamente é que a autora estereotipou muito as personagens. Eu entendo que ela queria diferenciar Claudia e Ísis dentro da sua narração, quanto à sua forma de sentir sua dor... mas eu acredito que na vida real nós somos muito mais plurais que isso! Somos um mix de Claudia e Ísis, um dia podemos ser totalmente depressivas e instrospectivas, sem querer sair de casa, e em outro podemos ser histéricas, como Ísis... enfim, acredito que a forma de construção das personagens nesse livro fez com que algumas cenas fossem um pouco exageradas e talvez até forçadas.
Minha conclusão: um bom livro para passar o tempo, bem escrito, porém com um enredo dispensável.
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Viviane 08/02/2023

O livro tem uma história boa, mas passa maior parte do tempo apenas com a história de duas viúvas. A terceira demora muito s aparecer. Está obra tem uns problemas de construção de texto, te do momentos com diálogos bem construídos de forma tradicional (com travessões), mas tem momentos que dentro de um parágrafo aparece um diálogo sem ter pontuação canalizando. Isso deixa o texto confuso. A história é boa, mas se fosse melhor organizada seria melhor. Tirando esses problemas o livro mostra que não devemos viver a vida remoendo uma tristeza, que devemos superá-la, seguir em frente.
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