limallanita 24/03/2024
Final supreendeentemente BOM
LA VEM TEXTOES
Acabei Nárnia depois de alguns meses, eu tinha uma ideia sobre a história porque cheguei a ver um dos filmes, mas pelo que me lembrava não gostei da história. Ganhei de presente e fiquei devendo uma resenha, mas por alguns motivos não consegui iniciar ele por um tempo. Quando finalmente iniciei a leitura eu sabia que não terminaria tão cedo, ele é imenso e bem detalhado.
A história do primeiro livro traz dois personagens, que presenciam a criação do mundo de Nárnia por Aslam (O grande leão), eles vivem uma aventura, e assim se seguem as demais histórias. Em cada um dos próximos livros surgem novos personagens, como os viajantes são crianças, quando completam certa idade, são substituídas por outras mais novas.
Além de que quando as crianças retornam à Nárnia, em algumas vezes já se passaram anos. Por exemplo, aqui pode apenas ter se passado apenas cinco anos, lá já se passaram milhares. Eles encontram um lugar mágico, seres encantados, animais e árvores falantes, viagens aos mares e a ruínas, batalhas decisivas.
Amor, traição, perdão, arrependimento, amizade e justiça. Além de tudo isso, a gente encontra uma mensagem sobre as consequências de nossas decisões, atitudes. Nem sempre todos se saem bem, ao fazer o mal por exemplo, você pode se arrepender ou pagar pelo que fez. O legal, é que não existe impunidade aqui.
Os personagens são muitos, e lembro de praticamente todos eles, porque são bem criados e têm papéis bem definidos, importantes.
Todas as crianças que aparecem nas histórias, são personagens permanentes, não somem completamente das crônicas, ou são citados novamente ou reaparecem.
Gosto muito da grande maioria, tirando os vilões, claro. Aslam para Nárnia é como o Deus cristão, que é um grande leão mágico. Aslam significa Leão em Turco e ele é o único personagem que aparece em todos os livros.
Eu me surpreendi positivamente, gostei muito do primeiro livro e fui amando os demais também, acho que o que tornou minha experiência melhor, foi o fato de que eu não conhecia a história, eu tinha apenas uma ideia do que ela se tratava.
Então eu fui ?desbravando? as Crônicas de Nárnia desde os primeiros personagens.
Adoro também as ?considerações finais? do autor (não sei se é o título correto) mas no final desta edição, que é volume único, têm mais sete páginas que ele inicia com o título ?Três maneiras de escrever para crianças? e com ele, pude conhecer sobre um tema interessantíssimo e também a opinião do autor sobre ele.
Ele basicamente discorre sobre contos de fadas, literatura infantil. Aproxima o leitor do autor, deu vontade de saber mais sobre o tema assim como Nárnia me deu vontade de ler outros títulos seus. Pela sabedoria que ele demonstra, cautela e senso.
É bonito de ler o amor e dedicação do autor pela literatura e a forma que ele forma uma ponte nessa relação que existe entre os tipos de literatura e as nossas fases da vida, de crescimento.
O primeiro livro foi publicado pela primeira vez em 1955, ele levou oito anos para escrever os sete livros da saga, que se tornou um dos grandes clássicos da literatura mundial. Os meus favoritos são: O Cavalo e seu menino, A viagem do Peregrino da Alvorada, A cadeira de prata e A última batalha. Amo mais que os outros!
Dito tudo isso, na minha opinião, As Crônicas de Nárnia deveriam ser aquela saga que você pega pra ler pelo menos uma vez na vida, seja criança, adulto ou idoso. Ele tem referências cristãs, mas isso não o torna um livro religioso. É fantasia, é conto de fadas.
Se você não for cristão, se não for católico, você consegue ler como uma linda história de fantasia, sem que isso te incomode. Claro, os valores cristãos estão presentes, mas eles são sucintos, fortes porém breves. Se você for cristão, vai amar ao encontrar as semelhanças. Eu com certeza vou reler os livros favoritos, agora em volumes separados.
Amei o presente e amei a oportunidade de conhecer uma história tão bem escrita, tão bonita e emocionante. O final é absurdamente surpreendente!!
Eu penso que é muito bonito a forma que o C. S. LEWIS criou seu universo, como ele era muito religioso acabou colocando na história referências e metáforas remetendo ao catolicismo, mesmo que essa não fosse a sua intenção, ele não pretendia criar uma história em cima da bíblia.
Com isso, são inúmeras as passagens do livro que se ligam diretamente a partes das histórias bíblicas.
Eu amei!