Meu coração de pedra-pomes

Meu coração de pedra-pomes Juliana Frank




Resenhas - Meu coração de pedra-pomes


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augusilveira 25/01/2024

Espirituosa
Quando comecei a ler este livro, imediatamente lembrei das peças de teatro inspiradas na obra de Nelson Rodrigues. Depois descobri que realmente a autora admira o trabalho dele e a influência é nítida.

Lawanda (ou seria Wanda?) trabalha limpando o chão de um hospital… assim mesmo que ela se refere ao trabalho. Uma mulher espirituosa, coração de pedra-pomes e puro como o gelo. Lawanda vive em um quartinho alugado por sua tia em uma pensão de Vandercília, uma mulher extremamente religiosa. Além de limpar o chão do hospital, faz alguns servicinhos sujos aos pacientes, como contrabando de comida, escapuliudas noturnas e encontros amorosos. Lawanda tem o costume de lidar com “macumbas” principalmente para conquistar amantes, como José Júnior (o Xosé). Lawanda não é nada politicamente correta e a sua mente poluída e a boca suja. garantem algumas risadas ao longo do livro.

Mulher destemida, cujo único medo era da polícia. Pelos pensamentos, algumas vezes desconexos, da para perceber que foi abandonada à própria sorte pela família, em razão de seus problemas mentais.
edu basílio 25/01/2024minha estante
que interessante :-)))




Thais.Carvalho 24/08/2021

Uma história interessante! O livro conta a história de Lawanda, uma personagem com distúrbios psiquiátricos e suas peripécias, macumbas e trambiques.
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Ana Clara 19/08/2020

A filha da Hilda Hilst com o Chuck Palahniuk resolveu escrever um livro, só de zoeira mesmo. Concebeu uma delicinha desconcertante: simultaneamente debochada, lírica, erótica e errática.

Fora o final. O final tem o gosto doce do asfalto.
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Carol851 17/04/2019

[...] em relação ao estilo de escrita, acho que vale a pena dizer que este livro leva uma linguagem bem informal, o que eu aprecio muito porque dá a sensação de que a personagem é uma pessoa como a gente, que pensa e fala de maneira comum e popular. Mas além de informal, a linguagem também é desbocada, ou poderia dizer vulgar, o que eu também gosto muito porque me remete à escrita hilstiana.

Esse é só um trechinho da resenha que escrevi no meu Medium. Se quiser ler ela inteira, dá uma passadinha lá! ;)
https://link.medium.com/Jde5lczyXV
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Zeka.Sixx 03/08/2017

Sem pé nem cabeça, mas divertido.
Uma novelinha curta, louca e "viajandona" da Juliana Frank, com uma personagem principal, Lawanda, que consegue cativar o leitor e fazê-lo ter interesse na sua rotina maluca e esquizofrênica. Um livro que vai do nada para lugar nenhum, literalmente, mas bem escrito e com boas sacadas que arrancam algumas risadas do leitor. Despretensioso, e digo isso como uma qualidade. Vou atrás de mais obras da autora.
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Adriano.Santos 26/07/2016

Vou sempre lembrar dessa garota desenxabida com nome curto
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Giselle.Zart 22/02/2014

Lawanda é uma garota excêntrica. Tem suas peculiaridades: faz "macumbinhas", costurando borboletas nas suas calcinhas, oferece serviços extras nos hospital onde trabalha, tem como principal objetivo comprar um frigobar, entre outras loucurinhas. O texto de Juliana Frank tem uma certa acidez desconcertante, que ao mesmo tempo nos prende, curiosos por saber o desfecho da história. Considerei algumas passagens um pouco autobiográficas - pois a autora, em entrevista, diz ter se inspirado no tempo em que morou em um quarto alugado. É uma leitura despretensiosa e deliciosa. É interessante saber os delitos e delírios da protagonista ousada, que nos questiona ao pensar em nossos próprios absurdos.

"Ela é guiada pelas suas ideias. E por isso é considerada louca. Hoje em dia, é muito comum ouvir que alguém tem distúrbios mentais. Uma banalidade qualquer pode ser vista como loucura. Ela faz trabalhos escusos no hospital, inventa as macumbas, jura que seu coração é de Pedra-Pomes. Essa pedra flutua. É uma rocha vulcânica. Então, um coração leviano, eu diria."
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 17/01/2014

Juliana Frank, você acaba de ganhar mais uma fã.
Mais uma boa surpresa literária, Meu coração de pedra-pomes traz uma protagonista de hábitos excêntricos, cuja mania de inventar as próprias macumbas assustaria facilmente qualquer desavisado. Lawanda – como gosta de ser chamada – narra em primeira pessoa os fatos cotidianos de sua vida, uma vida que ela leva como pode (e até mesmo como não pode).

Desbocada, a garota de dezenove anos trabalha como enfermeira num hospital, além de vender servicinhos clandestinos aos pacientes à beira da morte, por exemplo, comida industrializada. O único consolo é saber que o bordel será sempre uma alternativa nos momentos mais desesperadores.

Que o leitor jamais venha a subestimar Lawanda, porém! Em sua inexperiência e mesmo ignorância, Lawanda é muito viva. A não necessidade de dar provas da própria inteligência, por si só, já é um ato de astúcia. Gente de filosofia e mistérios próprios, a personagem parece possuir um método particular de viver, uma lógica pessoal que nem sempre segue a mesma direção da lógica coletiva. Está sempre “pontualmente atrasada” e usa um vocabulário inventado com uma naturalidade impossível.

Meu coração de pedra-pomes é aquilo que muitos poderiam definir como wannabe despretensiosamente excêntrico, e é certo que é uma leitura de puro entretenimento, não soma nem tira. Talvez seja exatamente isso o que o torna genial, hilário e dotado de personalidade. A narrativa crua e de palavreado chulo reflete algo da sujeira e da miséria humanas, da vida real, dos dias que tomam sem oferecer nada em troca.

Como a paixão de Lawanda pelos besouros – e por costurar borboletas nas calcinhas, e pelo amante José Júnior –, criamos gosto pelo livro, uma espécie de paixonite meio secreta e incompreendida. Daí uma leitura que não saímos recomendando por aí, exceto àqueles que sabemos suficientemente loucos para apreciá-la em suas particularidades – característica que faz dela algo especial.

Tenho lá minhas dúvidas, mas talvez, a maneira mais justa de terminar isto aqui seja confessando: Juliana Frank, você acaba de ganhar mais uma fã.

LEIA PORQUE...
É literatura nacional desprovida dos "quero/tento ser". Apenas é o que é; e é boa demais.

DA EXPERIÊNCIA...
Para ler numa “sentada” só, rindo sozinho enquanto balança ligeiramente a cabeça de incredulidade.

FEZ PENSAR EM...
Sabe aquelas personagens que conquistam, que marcam e você nem sabe explicar direito por quê? Pois bem...

site: http://livrolab.blogspot.com
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Mayara 04/01/2014

O que dizer desse livro? Ele é maluco, pra dizer o minimo. É maluco, é engraçado, é surreal, é bizarro, é estranhamente encantador. Meu coração de pedra-pomes, escrito pela brasileira Juliana Frank, traz como protagonista a desbocada, imprevisível, bizarra e divertida Lawanda. Com o esfregão como arma, limpa de cima a baixo as alas e quartos de um hospital, onde costuma deixar algumas sujeirinhas escondidas no canto apenas pela satisfação de voltar lá e vê-las, dias depois, intactas, resistindo às vassouradas e olhares atentos de outros funcionários da limpeza. Costuma chamá-las de pequenas heroínas. Às vezes também queria usar seu esfregão nos doentes, para levar sua limpeza embora, mas como não pode, se contenta em prestar serviços noturnos, seja valsar à meia-noite ou ver um show de Caubi. Embora, sempre se pergunte: porque não o bordel?

Com seu emprego de faxineira (que conseguiu através das cotas para deficientes) e os serviços obscuros que presta, consegue sobreviver, aos trancos e barrancos. Seu maior sonho de consumo é ter um frigobar. Não um frigobar qualquer, mas um vermelho, modelo vintage ultima geração. Um que custa mil centro e três dinheiros. Lawanda não é uma protagonista convencional. Afinal, quantas faxineiras de 19 anos, que coleciona besouros e costura borboletas você conhece?

Imersa num mundo só seu e com uma imaginação fervilhante, divide seus dias entre limpar e fazer macumbas para que seu amante José Júnior largue a esposa e finalmente diga que a ama. Não tem papas na língua nem hesita em fazer o que lhe dê na telha. Profundamente anti-convencional, é uma Macabéa de boca suja, que sabe que com ela ninguém pode, nem ela mesma.
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regifreitas 04/01/2014

ver resenha no blog:


site: http://vialittera.blogspot.com.br/2013/12/meu-coracao-de-pedra-pomes-juliana.html
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Jeffer 13/10/2013

frank, pq n o bordel?
n curto henry miller, reinaldo azevedo e macabéia. quem curtir vai curtir tb a frank. mas achei q ela é boa em criar personagens exóticos (neste ponto lembra mto o rubem fonseca e o carlos heitor cony) mas a trama é completamente banal. isso faz com q daqui 1 ano vc se lembre da personagem lawanda, mas n da vida dela. triste isso.
gil 27/10/2013minha estante
Na verdade rapaz, ele é tão ruim que você nunca esquece. rs
de um todo, ainda consigo classificar que já li coisas piores.




Alê 15/09/2013

A inutilidade da vida
ok, é oficial: esse é um livro inútil. Daqueles esquecíveis, que depois de um tempo é bem capaz de alguém nem lembrar mais.
Porém, esse é o grande triunfo do livro. Limpo, claro e objetivo.
A trama em si é interessante. A protagonista em si, já em um achado. Contando os seus dias como faxineira no hospital e intercalando com os seus serviços sujos, suas macumbas e os seus amores (ou a falta deles).
O fato de ser publicado pela Companhia das Letras já o torna interessante, a capa, a diagramação, a arte em si.
Se tem uma coisa que as pessoas não podem falar é que esse livro não é, no mínimo, questionador.
Agora, quanto aos pontos negativos, destaco, por minha parte do desencontro que ocorre na personalidade de Lawanda. Imagine uma menina de 19 anos, faxineira, que vive numa pensão e que comete serviços extras para os enfermos do hospital. O que quero expor é que, no livro de Juliana, a protagonista é altamente destonante do que se espera. Parece muito mais que é a própria Juliana que está contando a história e não a própria Lawanda.
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