As Luzes de Setembro

As Luzes de Setembro Zafón




Resenhas - As Luzes de Setembro


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Greice Negrini 08/11/2013

O máximo do máximo!
Baía Azul é uma pequenina cidade localizada na Normandia onde todos se conhecem e sabem sobre tudo, sobre cada acontecimento, sobre cada vizinho e cada ação cometida por eles. Lá também é onde está localizada a mansão Cravenmoore.

Cravenmoore é a pomposa mansão de Lazarus Jann, um homem simpático e amável, que fabrica brinquedos com um amor sublime e que se dedica a isso e a literatura quase que todo o seu tempo disponível. Em sua gigantesca casa, divide espaço com milhares de bonecos e criações mirabolantes de sua mente e muitas outras que já estavam lá quando ele foi morar naquela residência. Por uma ironia do destino é um homem solitário e tem somente a companhia da sua empregada falante Hannah. Mas as tarefas exigem muito mais de Larazus neste momento e ele precisa de uma governanta.

Em Paris, Simone luta para encarar as dívidas deixadas por seu amado marido. Vê-lo morrer foi uma dura aceitação, mas agora precisava trabalhar e muito para conseguir o seu sustento e de seus dois filhos adolescentes: Irene de apenas 14 anos e Dorian de 12 anos. Eles também trabalhavam para ajudá-la e no momento não podia fazer nada a não ser aceitar esta situação.
Até que num certo dia recebe a proposta para morar na Casa do Cabo e ser a governanta de um bom homem na Normandia, ser precisar pagar aluguel e ainda receber uma boa remuneração. Além disto, seus filhos receberiam a melhor educação e ainda não precisariam se preocupar com a faculdade.

E assim Simone e seus dois filhos chegaram à ilha e aconchegaram-se na casa que ficava próxima do penhasco e perto da mansão de Cravenmoore. Era necessário somente atravessar o pequeno bosque e logo chegavam na mansão. Tudo estava indo muito bem. Irene tinha feito amizade com Hannah, Simone estava se saindo muito bem como governanta e Dorian apreciava seus dias conhecendo a ilha e os segredos dela.

Foi quando Irene conheceu Ismael, o primo de Hannah. Ismael adorava velejar e o mar era sua paixão. Logo os dois se apaixonaram e começaram a dividir seus momentos juntos a navegar pela Baía e a desfrutar do paraíso que tinham ao redor deles.

Até o dia em que algo aconteceu. Algo aterrorizante perseguiu Hannah pelo bosque, algo que se iniciou dentro da mansão, perseguiu a moça falante como um fantasma, a fez correr desesperadamente até a morte. Hannah estava morta e agora precisavam descobrir como ela morrera. Mas para isto precisariam começar a investigar a mansão.

No mesmo momento coisas começaram a acontecer. Coisas estranhas e apavorantes começaram a perseguir a família de Simone. O que poderia ser tão apavorante a ponto de fazer uma família refém em sua própria casa? Não há lugar para correr, não há quem os ouça.
O passado veio à tona e agora precisam lutar para viver!


O que falo sobre o livro:

Muitas pessoas me falavam sobre o autor Carlos Ruiz Zafón, mas ao ler este livro eu não imaginava que seria tão maravilhoso assim. Para se ter uma ideia, eu li ele todo de uma vez, sem conseguir parar de ler. Comecei e cada momento que ia parar eu pensava que era impossível, que estava bom demais e fui lendo até perceber que infelizmente tinha chegado ao fim.

As palavras para descrever este livro são: incrível, fabuloso e maravilhosamente bem narrado.
A um certo momento quando a mãe e os filhos conhecem a mansão, o autor descreve de uma forma que deveria parecer lindo ter todos aqueles brinquedos mas que parece causar medo e pavor por olhos dos personagens porque nem todos são fofos. São muitos brinquedos e estão em todos os lugares. Lazarus mostra até alguns bonecos que causam arrepios pela narrativa.

Lazarus tem uma experiência de vida gigantesca e gosta de contar histórias. E são nestas histórias que o enredo pode ficar mais interessante e tenso, pois o leitor fica imaginando como seria capaz certas situações acontecerem, ao mesmo tempo em que se pensa muito no assunto e como ele pode se tornar real.

As coisas vão acontecendo de forma gradual e perfeitas. Em um momento tudo vira de pernas para o ar e cenas de terror são postas com uma vida alucinante. Eu me imaginava correndo no lugar dos personagens.
Tem cenas em que parava e não acreditava no que estava lendo! Que fantástica descrição! Que fanatismo de certos personagens. Que loucura. O quanto uma cidade pode estar envolvida em tudo aquilo e o quanto alguns podem tampar os olhos para a verdade?

Uma história muito emocionante, com um enredo inteligente. Houve somente um momento em que percebi que aquela cena se parecia com um contexto juvenil, mas o restante da história não me demonstrou isto.

Com certeza desejo ler os outros livros do autor!


site: www.amigasemulheres.com
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Raffafust 18/11/2013

Pode parecer brega, mas a cada livro de Zafón, eu sinto que não os leio, eu os sinto. É como se eu entrasse na história e estivesse vivendo ali com os personagens, enfrentando seus medos, descobrindo as coisas. Amo o jeito dele escrever e acho muito bacana a ideia dele explicar como escreveu cada livro ao leitor, isso faz com que fiquemos mais próximos dele. Por mais que ele informe que são livros juvenis, discordo, as histórias de Zafón não tem idade certa, não tem validade, por serem extremamente bem escritas envolvem a qualquer leitor mais atento.
Nesse volume ele conta a história de uma família, a mãe Simone Sauvelle vivia uma vida de luxo com os filhos e o marido, no entanto ele falece, deixando uma penca de dívidas para a família, os filhos Dorian e Irene tem que crescer a força ajudando a ganhar o pão de cada dia, por mais que mãe foque sua vida neles.
Convidada a trabalhar na Normandia, Simone deixa Paris acompanhada dos jovens, que já estão na adolescência, Irene a protagonista tem 14 para 15 anos e já se sente uma adulta perto do que a vida lhe aprontou.
Ao chegarem na casa do novo patrão da mãe, o Sr. Lazarus, um sinistro fabricante de brinquedos que vive em uma imensa casa praticamente sozinho já que sua esposa sofre de uma doença rara e não se lembra de ninguém, apesar de jovem, ela agora passa os dias em sua cama e tem cuidados especiais.
Encantados com a cordialidade do dono da mansão Cravenmoore, a família logo vai adorar também Hannah, uma jovem que é cozinheira da casa e que a sinopse entrega que morrerá de forma estranha iniciando todo o suspense desse livro.
Prima de Ismael, um pescador que logo vai se encantar por Irene, os dois vão dividir uma paixão e a busca pela verdade no que diz respeito a morte da cozinheira.
Diário encontrado na mansão e lido por Irene, máquina fabricadas pelo dono da casa que parecem ter vida a noite e barulhos vindo do bosque ao lado da casa completam o suspense surpreendente escrito por Zafón.
Nada do que conheceram é a pura verdade, o que veem também não é o que parece, com isso qualquer coisa que more ou rodeie a casa tem um mistério que envolve a alma, o coração e a sombra das pessoas. Até mesmo a lenda local da mulher que nunca voltou pode estar mais próxima do que imaginam da realidade deles.
Fácil gostar desse livro maravilhoso, difícil é conseguir largar depois que se começa. Mais um cinco estrelas do autor.
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Psychobooks 30/11/2013

'As Luzes de Setembro' é o último livro da trilogia da Névoa, que tem livros independentes, ou seja, você pode lê-los em qualquer ordem.

Enredo

Após a morte do marido em 1937, Simone Sauvelle deixa Paris com seus filhos e vai morar em uma pequena cidade no litoral da Normandia para trabalhar como governanta de Lazarus Jann, um rico fabricante de brinquedos que mora em uma mansão com a esposa doente e alguns autômatos.

Simone e seus filhos estão muito animados com a mudança, Dorian - o filho mais novo -, passa seus dias dedicados à fazer mapas e apreciar a bela paisagem da Baía Azul. Irene - com quinze anos -, rapidamente faz amizade com Hannah, uma garota tagarela que trabalha como cozinheira na mansão Cravenmoore, e fica encantada com Ismael, um marinheiro que gosta de solidão e é primo de Hannah.

Mas essa atmosfera de felicidade logo é desfeita pois acontecimentos macabros e uma sombra maligna assombra Cravenmoore.

Desenvolvimento de enredo e Narrativa

Não me canso de dizer que a escrita do Zafón é mágica, mais uma vez fui transportada para outro mundo durante a leitura. A narrativa começa apresentando os personagens, depois um elemento de mistério é acrescentado, seguido de um suspense que cresce conforme avançamos na leitura até estarmos completamente imersos na narrativa. Outra característica do autor, é o toque macabro que permeia suas histórias e em 'As Luzes de Setembro', não poderia ter sido diferente.

Personagens

Irene é adorável e me cativou logo nas primeiras linhas, Hannah é uma jovem divertida e tagarela, Dorian é um garotinho muito perspicaz e observador, Isamael é um jovem do mar tranquilo que conquista com poucas palavras.

Logo que o engenheiro Lazarus foi apresentado, senti que ele escondia alguma coisa sobre seu passado e a doença da sua esposa, quando seus segredos vieram à tona, foi impossível não ficar sensibilizada com sua história.

E eis que no meio da leitura tive uma surpresa ao ver que Andreas Corelli faz uma participação nesse livro. Quem ainda não leu os livros para o público adulto desse autor e não conhece o Sr. Corelli, pode ficar tranquilo que seu papel em 'As Luzes de Setembro' é bem explicada e não tem relação com os outros livros.

Concluindo

'As Luzes de Setembro' é uma leitura para o público juvenil muito bem escrita, a narrativa é simples, mas repleta de metáforas e temas que servem para uma boa reflexão. Impossível de largar enquanto o leitor não resolve os mistérios e chega ao fim do livro. Leitura mais que recomendada.

"(...) A luz sorria agora no claro entre as nuvens e tingia a neblina de azul. O vento embalava as vozes sussurrantes de mil folhas ao seu redor. As árvores esperavam sua passagem como fantasmas petrificados, seus galhos eram braços munidos de garras ameaçadoras. Correu desesperadamente para a luz que guiava para o fim daquele túnel fantasma, uma porta de claridade que parecia ficar mais distante quanto maior era seu esforço para alcançá-la."
Página 65-66


site: http://www.psychobooks.com.br/
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MarcosQz 10/01/2014

As Luzes de Setembro
Eu to simplesmente apaixonado por esse livro.
As Luzes de Setembro é maravilhoso, incrível, poderoso, sedutor, fantástico e tudo de mais lindo que possa ser usado como definição. A história de Irene e Ismael é um verdadeiro romance cheio de aventuras e mistérios, sem contar com a história de Lazarus e Alma que me deixaram de boca aberta.
Eu fiquei chateado com o final que Lazarus teve, mas achei que foi única forma de libertação no final mesmo, não via outra alternativa.
Enfim, As Luzes de Setembro se tornou o melhor livro da trilogia da Névoa.
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Paula 06/02/2014

Adoro Zafón!

As luzes de setembro é um dos primeiros livros do autor espanhol Carlos Ruiz Zafón, escrito entre 1994 e 1995 e republicado em 2007. É voltado para o público infanto juvenil, o que não significa que não agrade adultos.

A história se passa na França, na década de 1930. Quando o patriarca da famíla Sauvelle falece, a família deixa Paris e se muda para Normandia, na Casa do Cabo, com vista para a Baía Azul. Lá moram a mãe, Simone Sauvelle e seus dois filhos, Irene e Dorian. Simone consegue um emprego na mansão de Lazarus Jann, um misterioso fabricante de brinquedos. A labiríntica mansão de Cravenmoore é habitada também pela esposa de Lazarus, Alexandra, e por Hannah, outra criada que, em um certo momento, resolve sair da mansão e dar um passeio no bosque e não volta mais.

Hannah é prima de Ismael, marinheiro com quem Irene tem um romance. Tanto o casal quanto Simone ficam envolvidos em descobrir os mistérios acerca da vida de Lazarus Jann e do que aconteceu com Hannah. Não posso falar muito, mas é um suspense bem legal, cheio de elementos góticos, que envolve sombras e os assustadores autômatos criados por Lazarus Jann.

Zafón é um dos meus autores favoritos. Adoro os livros dele, tanto os mais adultos com A sombra do vento e O prisioneiro do céu, até os mais adolescentes como Marina e As luzes de setembro. Ele sempre fornece uma leitura muito agradável. Recomendo!
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Hugorkut 18/02/2014

Assustadoramente Excepcional
Zafón prova a cada livro que gosta e sabe meter tensão e medo dentro de uma leitura. Horror, sem parecer bobo ou sanguinário. Excelente leitura.
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(n)Ana 19/02/2014

Fraco, mas interessante
AMO o Zafón e tudo que ele escreveu na série do Cemitério dos Livros Esquecidos. As Luzes de Setembro é um livro fraco, fraquinho;dos três primeiros que ele escreveu(a trilogia da névoa), é o mais fraco de todos. Mas eu já imaginava que fosse quando o comprei. Fiz questão de ler porque me interesso pela jornada do Zafón como escritor. Lendo o que ele escreveu antes de A Sombra do Vento é possível enxergar com clareza o crescimento, a construção de quem ele é como contador de histórias. E isso é fascinante! Recomendo os livros mais recentes dele - esse aqui não.
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Nanda 07/07/2015

74
Bom
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Camila 23/04/2024

O melhor da trilogia da Névoa
De longe o melhor dos três, eu amo essa aura de cidade pequena praiana, paraíso perdido e mistérios entrelaçados com paixões adolescentes, simplesmente amo.

Esse final quase me fez enfartar, finais abertos são torturantes pra pessoas ansiosas, ainda bem que posso fazer uma fanfic na minha cabeça e fingir que é real. É isso kkkk
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Euflauzino 25/06/2014

A sombra que encerra o lado escuro do ser

Enfim, o derradeiro livro da “Trilogia da Névoa”, do excelente Carlos Ruiz Zafón. Dos três livros este é o que achei de enredo mais fraco, menos envolvente, porém é o que mais me chamou a atenção, pelo simples fato de tratar de um tema que me é muito caro: “Doppelgänger”.

Minha monografia ao concluir a graduação havia sido sobre Doppelgänger, ou melhor, o “Duplo”, em que eu esmiuço essa lenda germânica na obra “Romance negro” de Rubem Fonseca, traçando um paralelo com “William Wilson” de Edgar Allan Poe e “A metade negra” de Stephen King. Entreguei-me a ela com uma paixão adolescente – defendendo a sombra, o duplo, a cópia que se desprende de seu dono para se voltar contra ele próprio. Apaixonante para quem faz, nem sempre para quem lê.

Segundo o próprio autor, As luzes de setembro (Suma de Letras, 232 páginas) retoma o primeiro livro da trilogia, “O príncipe da névoa”, porque, de acordo com ele, havia coisas inacabadas a serem contadas. Para ser sincero não consegui entender a ligação entre os três livros, a não ser a perda da inocência, a maturidade forçada, a mácula à pureza infantil, entremeada pelo fantástico, pelo sobrenatural, por uma força descomunal e avassaladora.

O livro se inicia com uma lembrança descrita numa carta de forma poética e que me faz sempre retornar a Zafón:

“Às vezes acho que todos se foram para algum lugar distante de Baía Azul e que só eu fiquei, preso no tempo, esperando em vão que a maré púrpura de setembro me devolva algo mais do que recordações. Não ligue para mim. O mar tem dessas coisas, devolve tudo depois de um tempo, especialmente as lembranças.”

Após a morte do patriarca da família Sauvelle, Simone, a mãe, encontra-se em dificuldades com seus filhos Irene e Dorian. Mas apesar dos percalços, sempre podemos contar com almas abnegadas:

“Simone não encontrou palavras para agradecer a bondade do velho monsieur Leconte. O comerciante também não cobrou agradecimentos. Num mundo de ratos, eles tinham tropeçado num anjo.”

O velho Leconte, através de seus contatos, consegue trabalho para Simone numa pequena cidade do litoral. A diferença de ambiente quando se mudam de Paris para Baía Azul é gritante, e os que já moraram em uma cidade pequena sabem que nem é necessário jornal, todos sabem da vida de todos:

“Paris era uma cidade de desconhecidos, um lugar onde era possível viver durante anos sem saber o nome da pessoa que vivia no apartamento ao lado. Já em Baía Azul, era impossível espirrar ou coçar a ponta do nariz sem que o acontecimento tivesse ampla cobertura e repercussão em toda a comunidade. Era uma cidade onde os resfriados eram notícia e as notícias eram mais contagiosas que os resfriados.”

Simone passa a trabalhar de governanta para Lazarus Jann, que mora na misteriosa Mansão Cravenmoore com sua esposa doente, inventando e construindo brinquedos:

“… Cravenmoore era o obscuro reflexo do labirinto de solidão em que Lazarus Jann vivia há vinte anos. Cada habitante daquele mundo maravilhoso, cada criação, constituía simplesmente uma lágrima derramada em silêncio… Cravenmoore abrigava maravilhas suficientes para iluminar cem anos de assombro.”

Irene, a filha de Simone, conhece Hannah, cozinheira da casa e tornam-se amigas. Ela lhe apresenta seu primo Ismael e cresce entre eles um vínculo que não poderá ser desfeito, ganhando de presente o diário de Alma Maltisse, morta num naufrágio. Enquanto isso nasce uma amizade entre Dorian e o dono da mansão, Lazarus, que se encanta com o garoto e lhe apresenta o maravilhoso mundo dos brinquedos, e também com a mãe, amenizando sua solidão. Duas almas enclausuradas que se encontram:

“… Cravenmoore era o obscuro reflexo do labirinto de solidão em que Lazarus Jann vivia há vinte anos. Cada habitante daquele mundo maravilhoso, cada criação, constituía simplesmente uma lágrima derramada em silêncio… Cravenmoore abrigava maravilhas suficientes para iluminar cem anos de assombro.”

site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-as-luzes-de-setembro-a-sombra-que-encerra-o-lado-escuro-do-ser/#.U6r8NvldUeh
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Literatura 25/06/2014

A sombra que encerra o lado escuro
Enfim, o derradeiro livro da “Trilogia da Névoa”, do excelente Carlos Ruiz Zafón. Dos três livros este é o que achei de enredo mais fraco, menos envolvente, porém é o que mais me chamou a atenção, pelo simples fato de tratar de um tema que me é muito caro: “Doppelgänger”.

Minha monografia ao concluir a graduação havia sido sobre Doppelgänger, ou melhor, o “Duplo”, em que eu esmiuço essa lenda germânica na obra “Romance negro” de Rubem Fonseca, traçando um paralelo com “William Wilson” de Edgar Allan Poe e “A metade negra” de Stephen King. Entreguei-me a ela com uma paixão adolescente – defendendo a sombra, o duplo, a cópia que se desprende de seu dono para se voltar contra ele próprio. Apaixonante para quem faz, nem sempre para quem lê.

Segundo o próprio autor, As luzes de setembro (Suma de Letras, 232 páginas) retoma o primeiro livro da trilogia, “O príncipe da névoa”, porque, de acordo com ele, havia coisas inacabadas a serem contadas. Para ser sincero não consegui entender a ligação entre os três livros, a não ser a perda da inocência, a maturidade forçada, a mácula à pureza infantil, entremeada pelo fantástico, pelo sobrenatural, por uma força descomunal e avassaladora.

O livro se inicia com uma lembrança descrita numa carta de forma poética e que me faz sempre retornar a Zafón:

“Às vezes acho que todos se foram para algum lugar distante de Baía Azul e que só eu fiquei, preso no tempo, esperando em vão que a maré púrpura de setembro me devolva algo mais do que recordações. Não ligue para mim. O mar tem dessas coisas, devolve tudo depois de um tempo, especialmente as lembranças.”

Após a morte do patriarca da família Sauvelle, Simone, a mãe, encontra-se em dificuldades com seus filhos Irene e Dorian. Mas apesar dos percalços, sempre podemos contar com almas abnegadas:

“Simone não encontrou palavras para agradecer a bondade do velho monsieur Leconte. O comerciante também não cobrou agradecimentos. Num mundo de ratos, eles tinham tropeçado num anjo.”

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-as-luzes-de-setembro-a-sombra-que-encerra-o-lado-escuro-do-ser/#.U6tyW_ldUn4
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Gleyse 14/07/2014

As luzes de setembro
Só pra variar, vou falar sobre mais um livro de Carlos Ruiz Zafón. Agora foi a vez de “As luzes de setembro”, um dos primeiros livros juvenis do escritor, que nas palavras do próprio, começou a escrever histórias que ele gostaria de ter lido quando era adolescente... e eu concordo!

Fazendo a mesma linha do seu primeiro livro “O príncipe da névoa”, As luzes de setembro é recheado de aventura, romance e suspense, assim como todo bom livro de ficção juvenil. E Zafón consegue nos manter presos ao enredo muito bem escrito, cheio de descrições poéticas e metafóricas. Seu vocabulário rico faz nossa imaginação viajar para o cenário onde a história se desenrola.
Os personagens, aparentemente simples e sem profundidade, crescem no decorrer da história, demonstrando que sempre podemos nos surpreender com eles, até mesmo com os vilões imaginários. Você não esperaria muito de uma família que perdeu seu patriarca, muda de cidade buscando uma nova vida, até que essa família descobre que seu benfeitor é um excêntrico fabricante de brinquedos que vive numa obscura mansão cheia de personagens sombrios.
Eu não sou muito fã de histórias de fantasia, gosto mais das histórias que, mesmo sendo ficção, parecem reais, ainda assim, me fascina a forma como o Zafón escreve cada uma de suas histórias, misturando personagens e contos dentro de um mesmo enredo, isso é um diferencial que poucos escritores possuem.
Mas há algo que me incomodou um pouco nesse livro. A sinopse e o próprio título do livro, dão ênfase “as luzes de setembro”, mas esse fato que parece ser tão importante para o enredo, se perde no decorrer da leitura, e ao final, não esclarece o que elas significavam de fato. Enfim, caso alguém já tenha lido, possa me esclarecer, por que eu voei nesse ponto.

Como sempre, eu pesco algumas frases do livro que leio e aqui vou deixar pra vocês sentirem um pouquinho:

“A solidão traça estranhos labirintos.”

“Num mundo de luzes e sombras, todos nós, cada um de nós precisa encontrar seu próprio caminho.”


site: http://territorio6.blogspot.com.br/
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mila antares 26/07/2014

Mistério que te prende na leitura e pitada de terror num texto maravilhoso.
A história é interessante e a narrativa vai aumentando, o ritmo acelera na aventura dos protagonistas.
Leitura para dois ou três dias.
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Natalia597 03/01/2015

Resenha As Luzes de Setembro
Meu primeiro contato com a escrita de Záfon foi no ano passado, com a leitura de O príncipe da névoa. Foi uma história intrigante e absolutamente encantadora, e sequer hesitei ao ver o cobiçado As luzes de setembro no Submarino por R$9,90 (quem resiste?).

Devo dizer que o enredo do livro seguiu uma linha próxima do outro, com mesmo estilo de desenvolvimento. Os personagens que formam o casalzinho tinham uma característica em comum e havia um irmão mais novo (antes que era o protagonista e que desta vez ficou em segundo plano). E, eu começo a me perguntar, se Záfon por algum acaso tem um fetiche por fantasmas.

Mas vamos à As luzes de setembro. Uma história que foi escrita para ser infanto-juvenil, mas que atende bem a qualquer idade. Muita fantasia e lendas, mas sem muito exagero. O encanto desta vez é doppelgänger.

"Já ouviu falar em doppelgänger, minha cara? Claro que não. Ninguém mais se interessa por lendas e velhos truques de magia. é um termo de origem germânica e designa a sombra que se desprende de seu dono e se volta contra ele." (Pág. 194)

E este é o mistério. É dado pouca atenção aos personagens em detalhes, o romance entre Ismael e Irene é fofinho, mas se desenrola de forma rápida - não que seja superficial; há alguns momentos em que situações tensas reforçam o sentimento. A escrita de Záfon é uma graça à parte; suave e envolvente, vai te rodeando com as palavras até que esteja cheio delas, mas ainda insatisfeito. Suas palavras são como doce - o seguinte é sempre melhor.

Porém, mesmo com as belas palavras, o autor ainda consegue criar uma atmosfera sombria e quase assustadora. Fantasmas, marés tortuosas e passeios noturnos em bosques fazem parte da trama. E é isto: há sempre mais pelo que esperar. Mais segredos e mais meios-fins, que nunca terminam.

site: http://ape56.blogspot.com/2014/08/resenha-as-luzes-de-setembro-carlos.html
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Pedro 26/01/2015

Voltar a sonhar, porque não?
Novamente estou aqui para fazer mais uma resenha de um livro do Záfon.
Tecnicamente ele foi escrito para ser um livro lido por jovens. Contudo, qualquer um pode se aventurar a ler seu livro (ou qualquer um do autor.).
Ele consegue fazer o leitor ficar lendo a noite inteira para saber o que são os e mistérios quais são suas origens, independente do livro, independente da cidade.
Como falei numa outra resenha de Zafón (o Palácio da Meia Noite), ele faz com que o leitor volte à juventude e veja o que ‘perdeu’ nela. Particularmente é trise, porque vejo o quanto eu não desfrutei da minha infância. Viagens, enigmas, mistérios não solucionados, desafios radicais, é tudo tão emocionante, tão bem escrito que ao mesmo tempo me deixa feliz e em contraponto fico triste.
Com certeza este é mais um livro para ler. Ele não serve como um objeto para embelezar a sua estante, e sim para você viajar, sentir esperança de que ainda não é tarde para fazer coisas que sempre teve vontade. Por que não?

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