Oliver 19/11/2013
O livro que todos os chefes (e as chefas) de Estado deviam ler
Na esteira das denúncias vazias sobre espionagem, nada melhor que se informar sobre o assunto. Em vez de ficar chocado, surpreso ou revoltado com a inexorável existência da espionagem, o melhor é ler o que pessoas do ramo têm a dizer sobre o assunto. E com certeza Henry Crumpton tem muito a dizer. Não só sobre o seu ramo de atuação, mas sobre história contemporânea. Sempre quis trabalhar na CIA e se realizou construindo uma sólida carreira no principal órgão de inteligência dos EUA, liderando vários setores de extrema importância. Sua capacidade de liderança culminou com o vitorioso desempenho no Afeganistão, na imediata reação dos EUA aos ataques de 11/9. Também atuou à frente dos Recursos Nacionais e, por fim, como diplomata, já sem a camuflagem de cidadão comum (até esse ponto, muitas pessoas da família sequer sabiam que ele trabalhava na CIA). Relatos extremamente pessoais (como a lição dada pelo menino masai) mesclados a depoimentos de importância histórica (como a frase emitida pelo presidente Bush: "Go get them"), "A arte da inteligência" é leitura obrigatória nesses tempos de demonização da espionagem.