Resenhas - A dominação masculina

Dany 29/01/2024

Bordieu se propõe a explicar como ocorre a dominação masculina sobre as mulheres, trazendo concepções de poder e gênero que são necessárias a todos que estudam ou pesquisam sobre gênero, até mesmo feminismo.

Mary Stella 22/01/2024

Excelente
Análise excelente sobre as demandas sociais feitas às mulheres de forma a marcar seu gênero. Um livro que expõe a violência simbólica da condição feminina.

Fer 10/07/2023

Difícil mas útil
A linguagem utilizada nesse livro é bem erudita, o que muitas vezes acaba tornando a leitura difícil e desgastante. Fora isso, o conteúdo é relevante e esclarece muito do comportamento tanto masculino como feminino. Indico para quem tem persistência.

Ed Carvalho 30/06/2023

Necessário
Neste livro Bordieu se esforça para conseguir repassar uma mensagem importante: toda a história social e cultural do ocidente foi uma construção para a dominação masculina a partir de entidades que vão do particular ao público como a família, a escola, a igreja e o estado. No final ele informa que, apesar das feministas mais radicais reivindicarem para si o direito de tratar destes temas, ele achou necessário expor o resultado de suas pesquisas, em parte baseadas nas tradições culturais da sociedade cabila. O livro tem em alguns momentos uma escrita rebuscada e semiótica e em outros, bem direta e objetiva.

Elen Ximenes @quemleganhamais 11/06/2023

Não é sobre Feminismo
Eu tinha tanta vontade de conhecer as ideias do Bourdieu sobre este tema! Esta foi uma das experiências literárias mais tristes dos últimos tempos... Não se trata de justificativas ou defesa do Feminismo. Esta obra abarca discussões de estudos sobre a organização da estrutura social por gênero.

Foi uma leitura difícil. Sociólogos sempre me humilham ??. Apesar das dificuldades, consegui compreender o básico de como a socialização diferencial produz e mantém a mentalidade de que poder, profissionalização, superioridade, ser servido, liderança é coisa de homem. Enquanto para a mulher resta a limitação, a submissão, a estética, o ambiente doméstico, o servir, o fútil, o estar disponível.

Nossa sociedade é estruturada tendo o masculino como medida de todas as coisas. Desta forma, a dominação e a violência simbólica são vistas como "naturais", o que reforça o status quo.

Ler sobre isso é triste. E foi pior porque no decorrer da leitura passei por uma experiência de violência psicológica e moral por parte de um colega. Como dói necessitar da presença de algum outro homem (meu marido, outro colega ou meu professor) para ser respeitada. É como se a mulher não tivesse valor em si. Como se a sua dignidade fosse validada a partir de uma figura masculina.

O machismo é covarde! Os discursos produzem as mentalidades. A mentalidade de que a mulher é um ser inferior ao homem produz machões que gritam, ofendem, intimidam e batem em mulheres. A violência psicológica faz uma bagunça no nosso emocional e infelizmente, precede a violência fisica. A minha força foi ter o apoio de amigas e amigos me dizendo: isso não está certo, denuncie. E eu repito: DENUNCIEM! Porque cara de homem se respeita e DE MULHER TAMBÉM!

Andressa.Diogo 25/05/2023

Livro extremamente importante
Livro extremamente importante pra quem estuda e/ou busca compreender as questões de gênero e violência!

Thiaguinho 09/05/2023

Interessante
O livro de Bourdieu faz um caminho contrário, pois ele apresenta de que modo o histórico e social naturalizou as relações entre o feminino e o masculino por meio de diversas oposições, dentre elas, "oposição biológica".

Laura.Brito 06/03/2023

Fuga do óbvio
Nesse livro, Bourdieu se dedica a compreender os efeitos da dominação masculina de maneira nada óbvia. O autor busca compreender os efeitos de tal dominação sobre os dominados e também sobre os dominantes, que reproduzem entre si os jogos de poder buscando dominar-se uns aos outros. A violência simbólica que colabora para a dominação masculina dentro de nossa sociedade permeia todos os tipos de relações interpessoais, tanto no âmbito social quanto no âmbito político e econômico. O objetivo dessa obra é estudar os mecanismos utilizados pelas insituições para que se preservem as relações de violência na relação entre dominante e dominado, sendo as principais instituições responsáveis o Estado, a Igreja, a Família e a Escola. Segundo o autor, tudo aquilo que nos parece eterno em verdade passou e tem passado por um processo histórico de eternização. Nesse sentido, como interromper o processo de eternização da dominação masculina? Como neutralizar os mecanismos que neutralizam as vivências femininas dentro de nossa sociedade? Será possível ressignificar a sexualidade e os papeis histórico e socialmente atribuídos aos gêneros dentro da lógica já estabelecida?
Pessoalmente, gostei da leitura e simpatizo com as análises de Bourdieu, que tratou o tema com seriedade e delicadeza sem cair no conhecido pedantismo de homens que falam sobre feminismo. A leitura é leve, fluida e bem estruturada. Essa edição ainda conta com um apêndice sobre a dominação masculina inserida dentro das relações homoafetivas, esboços de outras pesquisas do autor. Recomendo a leitura pela "criatividade", mesmo que intuitiva, segundo o próprio Bourdieu, ao propôr análises que fogem do óbvio que é sempre visto nas discussões sobre relações de gênero.

Ribeiro 06/02/2023

Compreender e refletir
Não diria que essa é uma leitura introdutória, mas o livro esclarece pontos importantes do processo de dominação masculina, o poder dado naturalmente aos homens e como as mulheres são ensinadas desde sempre a serem submissas. As explicações baseadas a partir de grupos sociais e da ficção literária ajuda a compreender os mecanismos sociais que levam o homem ao poder e sua permanente manutenção.

Ailauany 21/06/2022

só uma ação política que leve realmente em conta todos os efeitos de dominação que se exercem através da cumplicidade objetiva entre as estruturas incorporadas (...) e as estruturas de grandes instituições onde se realizam e se produzem não só a ordem masculina mas também toda a ordem social (...) poderá, a longo prazo, (...) contribuir para o desaparecimento progressivo da dominação masculina (p. 69).

tomperadinha 21/03/2022

4 estrelas só porque tem umas palavras muito complicadas que acho que podem ser evitadas, mesmo em meio acadêmico. é muito chato ter que ficar o tempo todo indo atrás de significado de palavras quando existem meios mais simples de explicar. como a tradução é mais antiga, sei que se deve a isso - a comunidade acadêmica tão elitista.
mas os conceitos desse livro são fodas demais. a ideia do poder do patriarcado como uma força simbólica que foi instaurada... sei lá, gostei muito. e foi uma leitura boa pra minha ic!!! me senti produtiva :)

déb 16/02/2022

Muito bom
Fiz essa leitura para meu TCC, e com certeza vou usar muito! Livro muito muito bom, necessário! Leiam!

Kelly296 12/11/2021

"A diferença biológica entre os sexos, isto é, entre o corpo masculino e o corpo feminimo, e, especificamente, a diferença anatômica entre os orgãos sexuais, pode assim ser vista como justificativa natural da diferença socialmente construída entre os gêneros e, principalmente, da divisão social do trabalho."

Bourdieu vai falar sobre a violência simbólica que meninas e mulheres sofrem apenas por nascerem com a anatomia feminia. Desde a forma que nos vestem, como a forma que nos ensinam a falar e a se comportar - fale baixo e senta direito, se comporte como uma boa moça - faz com que nos diminuímos para conseguir caber no espaço que homens deixaram para gente dentro desse mundo.

bleble 08/10/2021

Um visão além do óbvio
Nesse livro o autor aborda a questão da dominação simbólica exercida pelo gênero masculino ao feminino. No decorrer do texto o autor utiliza de alusões históricas, citações a outros estudiosos, e exemplificações. Com isso, deixando a argumentação bem embasada e com um caracter desconstrutor de padrões estabelecidos pelo senso comum.

Jhanade 05/10/2021

Vamos falar sobre as sutilezas da dominação?
Encontramos as violências simbólicas entranhadas em nosso cotidiano que passamos por elas sem ao menos perceber. A objetificação da mulher, o instinto materno socialmente internalizado em nós, os deveres do lar como forma de amor e não como trabalho não remunerado. As profissões femininas que quando realizadas por homens ganham outras nomenclaturas, vide cozinheira, que passa para chef de cozinha, costureira se transforma em estilista. O insulto, que quando se quer diminuir alguém, atribui o nome mulherzinha. A fragilidade masculina, e o mito de que a mulher por si só, amadurece mais rápido, fazendo assim com que os erros dos homens seja mais tolerado.