Solidão

Solidão José Maria Mayrink



Resenhas - Solidão


14 encontrados | exibindo 1 a 14


julia5110 10/01/2024

O que nós separa também nos une?
O livro escrito por um excelente jornalista, traz um tema ignorado mas diferente de vários livros que abordam o tema, ele busca a solidão na sua essência ou melhor na ''pratica'', trazendo casos reais de varias classes e divisões da sociedade.
Fácil de ler, um livro jornalístico, que te traz as questões de ''Essa pessoa deveria estar solitária?'', por causa desse tempo tecnológico e agitado, o imediatismo acabamos não reparando de quem esta ao lado, não só quem mora com a gente mas a sociedade e a diversificação dela, na maioria das vezes nem acontecem mas e isso que nos une, a vontade de não ficar só traz grande aflição já que de 4 pessoas 1 se sente só. Para não ficar só na bad, por sorte temos a ''solução'', se nos juntarmos em um só sentimento que e o amor, junta o elo, e a razão de tudo, a verdadeira ''vacina da solidão'' juntamente da compaixão e empatia, nenhuma solidão ira nos acompanhar!
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Rafael_Santiago 11/06/2022

Objetivo, sensível e atemporal para um mal tão crônico
O livro é uma compilação de uma série de reportagens publicadas no jornal ?O Estado de S. Paulo? no início da década de 1980. Tem a objetividade esperada de um repórter em campo, contudo, possui um olhar bem sensível ao nos contar as histórias dos entrevistados. Outro ponto digno de nota é que o livro busca dar voz às pessoas entrevistadas ao invés de apenas se limitar aos meros questionamentos corridos e frios esperados de entrevistas com pessoas ditas comuns. É de fato um trabalho jornalístico mas ao invés da secura característica do gênero, aqui você vai encontrar uma carga emocional bem forte. Ele humaniza e dá voz às pessoas entrevistadas. Os relatos te colocam nos sapatos dos entrevistados ao invés de apenas pô-los em perspectiva para que você os observe de uma forma bem indiferente. Embora escrito no século passado, década de 80, não é em nada anacrônico nos medos, anseios e possíveis agravantes da solidão no mundo de hoje (2022, vou datar o meu ?hoje? apenas por tabela, pois acredito que os pontos e provocações levantadas nesse livro serão atuais ainda em 3022 e além). A solidão é atemporal e sendo um problema recorrente em nosso tempo, ao contrário desse livro, ela é crônica. Embora um sentimento comum é sempre bem pessoal e intransferível nos seus detalhes e essa falta no estar da gente - meio que parafraseando o Drummond - talvez devesse ser melhor discutida, percebida e pensada. Livros que expõem de forma direta e humana algo tão pouco falado e nos convidam discutir o problema ao invés de escondê-lo, são sempre bem-vindos. Esse livro mesmo apresentando histórias ora tristes, permeadas de muita incompreensão, preconceitos e abandono, tem também um quê de ressignificação, de (re)aprender ouvir os outros, se ouvir, e então melhor conviver.
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Sara 09/02/2021

Necessário!
Solidão numa época em que não havia internet. Como superar esse livro? Com certeza um dos que mais me agregaram até hoje. São histórias, uma série de reportagens na verdade, que toda e qualquer pessoa deveria ler.
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Japa 21/05/2020

Através dessa leitura mergulhamos em diversas vidas e realidades, notamos que a solidão é singular e única para cada indivíduo.
Resumindo... é um livro fascinante.
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Suerllen 16/03/2020

"A solidão faz sempre muito ruído..."
Sempre que eu penso neste livro, ou até neste tema, esta frase sempre me vem a cabeça: "A solidão faz sempre muito ruído..."! Eu tive a oportunidade de conhecer São Paulo em janeiro de 2019, e uma das minhas primeiras impressões foi a mesma que milhares de pessoas tem da cidade, "muita gente sozinha andando por aí". Pelo menos na minha opinião, é nítido que Sampa é uma cidade gigante, mas que tem muita gente solitária. As pessoas se preocupam tanto em não parar, que acabam perdendo momentos preciosos da vida e a interação com outras pessoas. O mais impressionante de tudo, é que o que o Mayrink colheu essas histórias em 1982, mas elas continuam super atuais. Se há quase 40 anos era a tv que afastava as pessoas, hoje o celular substituiu totalmente a interação humana. E pelo que eu estou vendo, se não surgiu imediatamente uma era offline, a tendência é piorar... O ser humano cada vez mais auto suficiente e distante um dos outros em sociedade.
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Laura 28/07/2019

Relatos jornalístico (ou simplesmente reportagens) sobre a solidão em especial em São Paulo. Junta diversas opiniões e visões sobre esse sentimento/sensação, algumas não concordei, algumas nunca passaram antes pela minha cabeça. Gostei muito!
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celof 25/06/2017

As coisas não mudam tanto
Um excelente retrato da solidão no início dos anos 80. Algumas coisas não mudam em essência, só na forma.
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Luciana Fátima 13/08/2016

O mundo está sozinho
Em uma cidade monumental como São Paulo, “pode-se passar três horas no meio da multidão e não ouvir voz humana”. As primeiras palavras do livro-reportagem de Mayrink chamam a atenção para algo que se tornou corriqueiro na vida das pessoas que habitam os grandes centros urbanos. A partir daí, o texto segue por um caminho angustiante, expondo diversos tipos de solidões, desde as aparentemente doces – como a solidão das religiosas que se enclausuram por vontade própria – até as mais crueis, como a dos hansenianos, cegos ou velhos, abandonados pelas famílias. Verdadeira descida ao inferno, em que Mayrink faz o papel de Virgílio, guiando o leitor pelos círculos da doença das grandes cidades, que passa também por angústia e melancolia, até chegar ao desespero. A primeira série de reportagens foi publicada em 1982, no jornal O Estado de S. Paulo e, após mais de 30 anos, o tema continua tão que a nova edição traz um capítulo extra: “A solidão, 30 anos depois”, em que o jornalista revisita alguns dos entrevistados na reportagem inicial. Um livro profundo que instiga a reflexão: "As pessoas não se visitam mais, não se veem. Estamos atravessando um momento de desilusão, sem esperança. [...] A solidão é do mundo, não tanto das pessoas, porque estamos numa época de empobrecimento geral. O mundo está sozinho..."

(Resenha escrita para a Revista Ocas)

site: https://www.facebook.com/DelirioPoesiaMorte/
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Renata.Bustamante 28/06/2015

SOLIDÃO
Íris Silva das Neves é morador de rua. Arnaldo Alves é vigia de obra. Ana Maria trabalha em uma boate. Joel Camargo de Lima é presidiário. Maria Aparecida Giannocaro é madre. Manoel Carlos, padre. José Moreira é paciente com hanseníase. Joel Pereira dos Santos é cego. Tomás e Cida são viúvos. Antônio é homossexual. O que poderia unir todas estas pessoas aparentemente tão diferentes? A cidade de São Paulo e a solidão.

O dicionário diz que solidão é o estado de quem está desacompanhado ou só. Ledo engano! Solidão é a falta de algo maior, mais significativo. A solidão pode se manifestar em lugares povoados, como é o caso dos personagens do livro – que vivem na maior e mais povoada cidade do país. Viver com um vazio constante: isso é solidão. O sentimento é tão profundo que, por si só, basta como título do livro.

Nos anos 80, reportagens sobre a solidão de paulistanos foram publicadas pelo tradicional jornal O Estado de São Paulo. O jornalista, José Maria Mayrink, foi a campo buscar (muitas!) histórias que, anos depois, foram compiladas neste livro. São relatos emocionantes, genuinamente verdadeiros e carregados de tristeza. Segundo o psicanalista João Batista Ferreira, “a solidão é do mundo, não tanto das pessoas, porque estamos numa época de empobrecimento geral. O mundo está sozinho”.

Eu, particularmente, preciso estar sozinha às vezes. Seja para descansar, pensar em alguma coisa ou não pensar em absolutamente nada! Acho que todos vocês podem se identificar com essa necessidade. Não é disso que o livro trata. O que o autor nos oferece são personagens profundamente solitários – mesmo os que têm família e amigos. Por meio de uma narrativa envolvente, somos levados ao mundo dessas pessoas e a identificação é imediata e real.

Hoje estamos em 2015, mas a leitura é muito atual. “O mundo está ainda mais sozinho. Isso se mostra quase uma ironia. Mudamos, avançamos, progredimos, nascemos aos montes… e enchemos as cidades, cujas solidões se multiplicam”, lamenta o autor. O progresso pode trazer ganhos ou perdas. Quem não se surpreende com as pessoas mais preocupadas com seus smartphones do que com quem está ao lado delas? No livro, Santa Catarina Fernandes da Silva diz que estamos uma época em que o relacionamento humano se perde cada vez mais, por causa das coisas. Enquanto coisas forem mais valorizadas que pessoas, a solidão fará parte de nós.

site: http://livrosdocoracao.com.br/?s=solid%C3%A3o
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Dressa Oficial 08/08/2014

Resenha - Solidão
Olá, tudo bem com você?

Esse livro me deixou curiosa para ler, pois solidão hoje em dia é muito comum todo mundo sentir, as vezes tem quem gosta e outros não.

José Maria Mayrink traz no livro Solidão relatos de uma série de reportagens que ele fez ao jornal o Estado de São Paulo sobre os casos de solidão.

Ele relata vários casos, interessantes e acaba encontrando várias pessoas que se sentem sozinhas, seja em apartamentos, casas, presídios, igrejas, mosteiros, hospitais e dentro de si mesmos.

Dentre esses relatos, ele comenta que um dia teve uma mineira que anunciou no jornal que tinha se mudado para São Paulo para trabalhar e estudar e por deixar a família em sua cidade estava desesperada para ter amigos e com quem conversar, ela deixou um endereço para receber cartas e o jornalista foi até ela para ver qual foi a reação do público ao ver o anúncio desses no jornal.

Surpreendente foi ela receber mais de 370 cartas, desde conselhos, como pedido de amizade ou identificação do mesmo problema.

Outro caso interessante foi de uma mulher que após 30 anos de casamento resolveu se separar pois estavam vivendo em mundos diferentes, causa da solidão a dois.

Página 65
Na verdade, pegar as malas e partir para buscar uma vida nova foi apenas a tentativa de acabar com uma solidão a dois, que começou a dez anos, quando já viviam em mundos diferentes.


Ele também entrevistou as freiras que vivem na clausura, onde não tem contato com ninguém e gostam da solidão para refletir e fazer suas orações.

Página 81
Nossa solidão é essencial para vivermos nossa vida contemplativa, pois precisamos de um ambiente que favoreça. Mas nossa vida não é solitária; é cenobítica também, porque vivemos numa comunidade. Nós rezamos juntas e caminhamos juntas depois das refeições, conversando sobre a alegria do Carmelo. A solidão para mim é alegria.


O livro aborda todos os casos comuns de algumas pessoas se sentirem sozinhos, e o que achei mais interessante foi saber que solidão também é um sentimento muito comum quando se tem depressão, outra coisa que me fez refletir muito foi o caso dos hospitais que ele passou e entrevistou pessoas que tinham lepra e eram proibidas de viver na sociedade sendo obrigados a viverem sozinhos.

Por incrível que pareça o ambiente no hospital era menos solitário do que quem vive bem de saúde e só.

Um livro rico em sentimentos e que retrata todo o tipo de solidão, que faz refletir sobre diversos aspectos e com certeza vou levar algumas lições para a vida.

O livro também aborda os voluntários do CVV onde as pessoas ligam apenas para desabafar e afastar um pouco a solidão que sentem, eu me identifiquei muito com isso pois já fui voluntária do CVV e gostava muito de escutar as pessoas falando que o fato de ter alguém para escutar aliviava seus corações.

O livro tem poucas páginas e cada nova reportagem faz ficar mais interessante a leitura o que ocorreu em apenas algumas horas para ler todo o livro.

Página 112
Para mim, a solidão não é estar só, sem alguém ao lado, Eu posso muitas vezes estar ao lado de pessoas e me sentir só dentro de mim mesma, e é isto que já senti muitas vezes. Quando eu ficava numa angústia, não havia ninguém que me fizesse sentir feliz. Foi assim que eu já me senti.


A edição do livro está simples, contém fotos de algumas pessoas entrevistadas, a páginas são brancas e com certeza é uma leitura que recomendo pois vai tocar o seu coração, eu graças a Deus nunca me senti triste quando ficava sozinha e quando fico sozinha sempre recorro aos livros e lá nunca me deixam sozinha :)

Página 163
Para o meu pequeno entender, somente o livro literário e cultural, que ´a chave do conhecimento, o que nos leva á verdade das coisas, pode ajudar este desprotegido indivíduo a perambular, como alma penada, pelo asfalto e pelas mansões.


Leitura mais que recomendada, que vale a pena ser lida e refletida !


Beijos

Até mais...

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/08/resenha-solidao.html
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Naty__ 06/08/2014

Uma vez senti solidão,
era um vazio,
uma dor no coração.
É como um rio que passa,
é o caçador sem a caça.
É um abismo da vida,
é a perda de uma pessoa querida.
No fim, é uma noite sem graça
(Definição por um garoto de 14 anos, p.109).

José Maria Mayrink, de forma surpreendente, realizou uma série de reportagens sobre a solidão no jornal O Estado de São Paulo. O autor entrevistou mendigos, trabalhadores, presidiários, padres, freiras e uma série de pessoas que foram revelando a dor que insistia em habituar seus corações.

Através do livro Solidão é possível fazer uma análise sobre como as pessoas vivem cada vez mais solitárias, mesmo no meio da multidão. Muitos levam uma vida triste e não tem alguém para servir de alicerce. Alguns declararam que gostavam de se sentir assim, como o caso de uma das freiras entrevistadas. Ela menciona que a solidão é uma forma de se aproximar de Deus, pois, quando ela se sente assim, apenas fecha os olhos e busca o encontro dEle. Porém, há quem discorde desse pensamento.

A leitura é bem fluída e o estilo literário narrado nos faz divagar em uma realidade cada vez mais próxima. Colegas, amigos, pais, filhos e até mesmo nós sofremos desse mal. Os relatos são comoventes e o impacto é impressionante. Somos arrastados para um mundo sofrido e que apenas tende a aumentar.

O isolamento é apenas um fato, a solidão é uma opinião que alguém deixou enraizar em seu próprio espírito (p.14).

As pessoas vivem de maneira corrida, mal tem tempo de dar atenção ao próximo. Antigamente, uns visitavam os outros; hoje em dia, apenas ligam ou simplesmente mandam mensagens. Esse amontoado de coisas reflete na vida de 300 mil pessoas que moram sozinhas em São Paulo e, dentre elas, 10 tentam se matar por dia de tédio e solidão.

A obra, sem dúvida, é um toque na ferida daqueles que se sentem sozinhos e um choque para aqueles que se sensibilizam. Afinal, muitos ao nosso redor se sentem sozinhos e não percebemos. Os entrevistados declaram isso como se a vida deles parasse diante de um obstáculo intransponível.

O livro é dividido em três partes e, em todas elas, Mayrink soube pegar os melhores detalhes, as palavras mais tocantes e emocionar o leitor do início ao fim de maneira estupenda. Não é uma literatura que nos prende por seu romance; porém, é um conjunto de histórias que deixará o leitor perplexo com a nossa realidade: tão próximos uns dos outros; mas, ao mesmo tempo, tão distantes.

O preso mede a solidão pelo tamanho de sua pena (p.74).

Achei a capa simplesmente encantadora. Quando vi o livro não imaginei do que se trata o design nela. Contudo, fiquei alguns instantes olhando e percebi que se trata de vários prédios. Esse detalhe tem tudo a ver com a temática abordada no livro, pois menciona-se que as pessoas residentes em prédios são mais solitárias do que as residentes em casas. Esse fator é explicado porque aqueles que moram em apartamentos dificilmente conseguem olhar nos olhos dos vizinhos, quer seja da frente, de cima, do fundo. O contato pode até existir, mas é mínimo. Enquanto que nas casas o contato é mais frequente e a solidão é minimizada. Para alguns, a solidão é uma coluna; já para outros é a torre de Babel, mas que não cai nunca.

A diagramação do livro é excelente e não notei nenhum erro. Fiquei encantada com a obra em todos os aspectos e recomendo tanto às crianças até aos idosos. Todos deveriam mergulhar nessa Solidão do papel, para que a realidade fique distante de nossas vidas.
As pessoas não se visitam mais, não se veem. Estamos atravessando um momento de desilusão, sem esperança. Um exemplo: a amizade colorida. Existe coisa mais solitária? Não se pode chamar isso de relacionamento, de compartilhar (p.89).


Patrícia 25/06/2009

Até hoje!
É um livro documentário que mesmo sendo de 83, mostra que não mudou muita coisa, hoje em dia. A diferença é que as pessoas hoje são solitárias em seu computador nas madrugadas. A solidão nas ruas são as mesmas e etc. É triste mas é a realidade. Os depoimentos emocionam.
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