O Lobo do Mar

O Lobo do Mar Jack London




Resenhas - O Lobo do Mar


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Helena 16/08/2020

Um bom desenvolvimento de personagem
A primeira metade da história mostrou-se enfadonha para mim: uma aventura marítima e com uma pitada de diálogos filosóficos (embate de ideias opostas) entre os dois personagens principais (pouco desenvolvidas, inseridas sem contexto por vezes). Ademais, temos um vocabulário náutico com o qual pouco estava habituada, o cotidiano a bordo do Ghost com seu amargo capitão e a sofrível adaptação do narrador àquela realidade. Entretanto, a segunda metade me envolveu e cativou, a partir do momento que surge uma personagem feminina trazendo romance à trama. E olha que não sou de gostar de romances rsrs Aqui, achei que trouxe a leveza. Os conflitos a bordo se intensificam, algumas reviravoltas surgem. A história se torna mais interessante quando você repara no desenvolvimento do personagem-narrador e como ele evoluiu em su jornada. Àqueles que podem ver alguns acontecimentos com olhar de "clichê", temos que lembrar da época que essa obra foi escrita, afinal, trata-se de um clássico. Por fim, foi um livro que cumpriu em me entreter.
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Silvana (@delivroemlivro) 19/01/2021

Morrer de verdade
Aqui nos deparamos com um dos personagens mais impressionantes da literatura e, surpreendentemente, tão pouco mencionado nos meios literários: Wolf Larsen.

Larsen é feito da mesma matéria que moldou o capitão Ahab de "Moby Dick", o comerciante de marfim Kurtz de "Coração das Trevas" e o patriarca dos Karamázov.

Esse homem "sem ficções" é um monstro, é um sábio, é solidão, é ninguém, é todos nós, é Prometeu, é Lúcifer. Acima de tudo, lúcido, terrivelmente lúcido!

Por acaso me deparei com esses trechos de "Livro do Desassossego" do Fernando Pessoa que me parecem perfeitamente adequados para definir tão extraordinário personagem:

"Quem cruzou todos os mares, cruzou somente a monotonia de si mesmo."

"Passar dos fantasmas da fé para os espectros da razão é somente ser mudado de cela. (...) Para compreender, destruí-me. Compreender é esquecer de amar. (...) A solidão desola-me; a companhia oprime-me. A presença de outra pessoa descaminha-me os pensamentos; sonho a sua presença com uma distração especial, que toda a minha atenção analítica não consegue definir. (...) Tudo em nós é acidente e malícia (...)."


Personagem dos mais complexos, capaz de atos repugnantes, raciocínios de uma coerência absoluta, desprezo pela vida alheia, tortura, perfeita compreensão da natureza humana e da lógica perversa do trabalho e da estrutura social.

Ao longo da leitura, Wolf Larsen será odiado, admirado, odiado novamente e, ao final, possivelmente, parcialmente compreendido: deixará um vazio na mente (e no coração?) do leitor: esse ser pensante, autodidata, com tanto potencial... que lástima, que desperdício! Eis a grandiosidade (para o bem e para o mal) desse personagem, eis a genialidade de Jack London!
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Bruno.Santos 24/07/2021

Ótimo
O embate filosófico no livro é algo que chama a atenção, pelas declarações cruas do Wolf Larsen, a forma que elas afetam profundamente o Hump, mas ainda assim se consegue tirar ensinamentos. Aos quais no final do livro serão tão úteis.

Maud é outro personagem excelente, apesar da forma que ela é tratada, convenhamos é um livro do século 19, ela é forte, resoluta, mesmo no seu desespero e brilhante nas suas ideias. Outro livro que recomendo demais a leitura.
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Tiago 02/04/2023

Resgate e recomeço...
Faz muito tempo que tinha a versão em bolso de luxo da Zahar dessa obra, pois não encontro mais a versão comentada em nenhum lugar e portanto li em conjunto com a versão digital. A leitura pode até ser feita no estilo rápido, pois a escrite é leve e assim permite, mas é uma leitura que deve ser feita com calma e atenção para que seja possível internalizar e refletir sobre todas as lições que vamos ter a medida que passamos cada página. Começamos a história quando Weyden é regastado por um navio de marinheiros caçadores de foca, com um home brutal no camando, o Wolf. Weyden é obrigado a viver trabalhando duro e pesado, e assim vai aos poucos moldando sua personalidade, descobrindo a crueldade e aprendendo a se defender. A medida que descobre que seu resgatador também é um homem com muito conhecimento numa medida de pervesidade, ele vai aprendendo a odiar e ao mesmo tempo deixar seus brios e sua honra comandar e ajudar suas decisões. E claro, num meio de uma viagem assim, tudo pode aparecer, até mesmo o amor de uma mulher trazendo novas expectativas, esperança e um novo futuro de vida em meio aquela vida difícil e complexa. A história é encantadora, complexa e deve ser lida pelo menos uma vez na vida, não sabemos que navio comandará a nossa jornada de vida daqui por diante, mas podemos nos tornar seu comandantes...
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Renata 15/11/2012

Ganhei esse livro de sabe-lá-Deus-quem, 10 anos atrás. Sim, o pobre coitado ficou 10 anos na prateleira aguardando uma chance de ser lido. A prova de tanto tempo de espera estava estampada na etiqueta da livraria Sodiler em sua folha de rosto (e na época custou 8 reais!)

Antes de iniciar a leitura, fiz uma rápida busca sobre o autor, Jack London. Eu achei estranho esse autor não gozar de tanto prestígio no Brasil, quando comparado com o que possui lá fora (talvez seja ignorância minha mesmo). Até porque, se vocês observarem bem, qualquer coleção pocket possui um livro dele.

Jack London tem suas produções influenciadas por grandes nomes tais como Darwin, Nietzsche e Marx. Confesso que nunca li suas obras (não me recriminem por admitir minha alienação), meus conhecimentos sobre eles são de sala de aula mesmo. Não digo que nunca o farei, mas sempre preferi ler os influenciados a ler os influenciáveis. Acho um pouco fatigante ler a filosofia no duro, sabe? Talvez eu não esteja preparada ou talvez eu simplesmente não esteja a fim mesmo. Esta foi a razão que me levou a ler “Quando Nietzsche chorou” e “A cura de Schopenhauer”. Talvez isso se aplique, inclusive, aos romances históricos (pessoalmente acho muito mais agradável ler um romance histórico a ler um livro do Hobsbawn, por exemplo).

Dito isto, caso não concordem com algo que eu diga, fiquem a vontade para corrigir ou opinar. Sou bastante razoável nesse sentido.
O livro conta a “aventura” de Humphrey Van Weyden, um homem que foi resgatado por uma escuna chamada “Ghost” após ter sido vítima de um naufrágio.

A “Ghost” tem como capitão um homem chamado por seus subordinados de “Lobo Larsen”, de características escandinavas que, na minha opinião, a despeito de sua crueldade, é quem dá alma ao livro, e foi o personagem que me fez terminar a leitura.

Esse livro é escrito em primeira pessoa, como um diário de memórias de Humphrey. Assim, é possível entender como esse personagem se sentia em relação a todos os acontecimentos ocorridos na embarcação.
Eu achei muita coragem do autor escrever tantas páginas e tantos acontecimentos em um ambiente tão limitado como é uma embarcação de pesca/caça (às focas, no caso). Mas depois, pensando melhor, percebi que essa embarcação poderia ser qualquer outro lugar... sei lá, um quartel, uma empresa, etc. O que quero dizer, é que essa embarcação significava, para mim, uma análise micro da sociedade, entende?

Logo no início, li um diálogo com o qual me identifiquei muito e dizia assim: “- Quem o sustenta? Insistiu. Quem conquistou essa renda? Seu pai, com certeza, e você vive sobre as pernas dum homem já falecido. Nunca obteve nada pelo esforço próprio. Não sabe cavar a vida, se o largarem só”.

Lobo Larsen disse isso a Van Weyden, mas acho que a mim também. Todos já passamos por essa situação na vida, em que deixamos de ser sustentados para, enfim, andarmos com as nossas próprias pernas. É uma transição penosa para os idealistas. Antes de iniciar essa resenha, imaginei que muitos “skoobianos” são como Humphrey no início do livro: sempre se limitaram ao conhecimento teórico, esquecendo da prática, da ação em si. Por mais que ao ler um livro adquiramos conhecimento, nenhuma sensação é mais satisfatória quanto a de “botar a mão da massa”. Eu ainda estou conquistando isso.

Larsen, apesar de gostar da erudição, dava mais valor a ação, a atitude, a conquistar com o próprio suor, ao invés de simplesmente receber algo pronto e acabado. Acho que esse foi o maior aprendizado de Humphrey no decorrer do livro.

Lobo Larsen comandava com pulso firme sua tripulação, chegando a ser cruel na maioria das vezes. Claro que a parte cruel da coisa, não era estritamente necessária, isso se dava a sua forma de pensar nas pessoas como coisas necessárias para um fim específico e descartáveis em certa altura. Mas, eu acho que essa hierarquia é necessária para o funcionamento da vida em sociedade.

O capitão da Ghost exercia sua superioridade não só com sua força física inabalável (Humphrey o descrevia como um Deus, um ser desprovido de defeitos físicos, sobre humano, o mais forte), mas também com uma capacidade peculiar de manipular mentalmente seus subordinados. Às vezes eu encarava a Ghost como um quarto branco de tortura: ninguém, após certo período de tempo dentro dela, se mantinha em estado de sã consciência. Era um ambiente hostil, onde a mais frágil das criaturas se tornava um animal para lutar pela própria vida. Os personagens claramente mudam no decorrer da narrativa, influenciados pelo ambiente insalubre e pelas atitudes de seu capitão.

Esse ambiente onde só os mais fortes sobrevivem pode ser identificado na forma de pensar de Larsen: “Penso que a vida é uma confusão, respondeu ele de pronto. A vida é como o fermento, uma levedura que se move por um minuto, uma hora, um ano, um século, um milênio, mas que por fim terá paralisados os movimentos. Para manter-se em movimento, o grande come o pequeno. Para manter-se forte o forte come o fraco. O que tem sorte prolonga o seu movimento por mais tempo – eis tudo”.

Os valores éticos não eram os do “mundo civilizado” de onde Van Weyden provinha. A Ghost tinha seus próprios valores éticos e morais:

“- Por que não atira? indagou ele. Pigarreei para limpar a garganta. - Hump, disse Larsen com lentidão, você não atira porque não pode atirar. Não é medo. É impotência. A sua moralidade convencional fez-se mais forte que os seus instintos. Não passa dum escravo das ideias assentes na terra onde viveu e dos livros que leu. O código dessa terra foi embutido no seu cérebro desde a meninice, e a despeito da sua filosofia e do que aprendeu comigo nesta Ghost, esse código não o deixará matar a um homem desarmado que não resiste".

Além disso, também sofri muito com o mar. Sério... Eu não aguentava mais água... Era tanta vela, tanta chuva, tanto frio, tempestades, ondas... nossa, cheguei a ficar mareada em alguns momentos (acho que me recordei da péssima experiência que tive em um catamarã). Isso sem contar na caça às focas, pobrezinhas... Eu fiquei horrorizada com a crueldade de todos, pude sentir o cheiro de sangue em alguns momentos. Acho que esse foi o primeiro livro a me causar tais sensações físicas.

Enfim, percebi a importância da ação e da satisfação que nos dá ver um trabalho realizado, erguido, completo, concretizado.



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Rafaela (@exlibris_sc) 26/04/2020

Alma do mar!
Considerado o apogeu de sua escrita “O Lobo do Mar” é muito mais que um simples relato marítimo. Repleto de questionamentos e respostas existenciais, o leitor acompanha toda uma jornada de autoconhecimento e aprimoramento em uma escuna que poderia muito bem ter vindo do inferno, visto que seu capitão era, para mais do que alguns, o próprio demônio.

Lobo Larsen, a mão que comandava o leme da Ghost, é considerado o homem-tipo, um viking cujos poderosos músculos retratavam a força primitiva da própria espécie. Contrastando visível e intelectualmente com o náufrago e sequestrado escritor Van Weyden que fora salvo pela tripulação e forçado a permanecer na escuna cuja atividade primária era caçar focas.

Honrando “Moby Dick” de Melville e “As Aventuras de Robinson Crusoé” de DeFoe, esta aventura de London traz tudo que você poderia pedir em um livro: temos a brutalidade da lei do mais forte, a superação do fraco exercendo seu intelecto, uma donzela que não está nada em perigo, apesar de inicialmente parecer que sim, embates de certo e errado entre classes distintas; tudo isso nos é apresentado da forma mais crível e realista possível, visto que Jack London por sua vez era um aventureiro de renome e o que vivenciou na pele transcrevia para seus personagens.

Uma leitura divertida e extremamente fluida que só me deixou mais sedenta por mais obras do norte-americano. Suas descrições fizeram-me sentir na pele dos personagens e mais de uma vez senti o gosto salgado do mar em meus lábios. Sensacional é pouco para descrever essa leitura!
.
📽O livro ainda conta com algumas adaptações para o cinema.

site: https://www.instagram.com/p/B-YGv9VDF2o/
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Onivid Silva 23/02/2020

Bom
Reflexão maravilhosa
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Gabs. A 01/05/2023

Lúcifer das Marés
Uma história de aventura, sobrevivência, brutalidade e Amor.

O mar é selvagem, mas às vezes pode se mostrar generoso.

Se por conta do azar ou como prova da existência do destino, Humphrey - vulgo Hump, caiu nas águas diabólicas que mudariam para sempre sua existência.

Recolhido do mar e feito prisioneiro, é obrigado a servir como marujo na escuna de caça Ghost, ficando a mercê das maldades de seu capitão Wolf Larsen, conhecido como o Lobo do Mar.

Em alguns momentos nos fazendo refletir se não teria sido melhor continuar à deriva das águas.

Quantas torturas físicas e emocionais essa tripulação enfrenta com esse homem tão desgraçado e tão demoníaco.

Acompanhamos não apenas as intempéries dessa aventura, como o desenvolvimento pessoal de Humprey.

Cresça, fique firme e ande com as próprias pernas!

De maneira muito questionável, Wolf Larsen almeja ser um tipo de mestre para Humprey, moldando seu crescimento, o brutalizando em meio ao ambiente hostil do navio contendo apenas homens brutos durante meses a fio, onde a violência é a lei, sucumbir a fraquezas morais pode resultar em morte.

Em alguns momentos Humprey fica tão obcecado pela força do velho capitão, que a linha entre o medo e admiração acaba se perdendo e beirando quase ao erótico.
Homens admiram homens, logo homens amam homens.
Admirar ao mesmo tempo temer.
Dois lados diferentes de uma mesma peça: a força e a gentileza, a moral e falta de escrúpulos.
A bondade e a maldade.
Humprey e Wolf travam uma constante batalha entre a moral e força.
Ambos parecem desprezar as características um do outro, ao mesmo tempo parecem criar uma admiração mútua pelo intelecto do outrem.

E tem a Maud.
Uma mulher que não fica atada às amarras de seu tempo.
Evoluí, floresce e luta pelo triunfo APESAR de tudo.

Uma história riquíssima sobre navegação marítima, a esperança da sobrevivência e de que o amor não é algo com o qual devamos nos preocupar: ele chega mesmo nos momentos de maior adversidade, o importante é se fazer merecedor dele.

Um excelente livro, cheio de reviravoltas e momentos emocionantes.
Uma verdadeira Odisseia no Mar.
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Alyne.Queiroz 22/10/2020

De tirar o fôlego
O livro tem uma mistura perfeita de ação e discussões puramente filosóficas, é muito interessante ver o fascínio e o terror que o Lobo Larsen desperta no Weyden, o que acabou transmitido pra mim a ponto de eu não querer ver o Lobo morrer apesar de ele ser tão cruel, a inteligência das conversas entre eles e depois com a Maud era tão grande que eu ansiava que aquilo não acabasse, o livro é muito empolgante, os últimos 50% li numa tirada só
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Rodrigo.Macedo 12/01/2023

Outro nível
Logo nas primeiras páginas de leitura a escrita de Jack London rouba a cena. Descreve com primazia os sentimentos e pensamentos de seus personagens. Lembro de uma cena de afogamento. Que descrição!


Mais adiante na leitura, inicia-se o embate intelectual de Wolf Larsen e Van Wyden. Ambos com pontos de vistas completamente divergentes sobre moral e eternidade. É bem interessante ver o poder de persuasão do Capitão do Ghost.


A forma como Wolf Larsen encara a vida é tão bem desenvolvida que, em alguns momentos, cheguei a concordar com seus pensamentos materialistas, individualista e hedonista.


O q fica da leitura é q subi um degrau a mais na desconfiança sobre o q realmente é bom ou mau.
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JOY 30/12/2020

O mar é metáfora para a vida
"Você vai mancar um pouco, mas ao mesmo tempo vai aprender a andar."

Wolf Larsen é mais que um personagem complexo, machucado pela vida: é um professor. Se apresenta sensato, mas também se mostra bruto. É mais que um "vilão", é um homem que não aprendeu a amar.

O Lobo do Mar é uma reflexão sobre a vida, sobre os obstáculos, sobre os desafios que nos são impostos. Os personagens secundários são ricos, todos encaram a sobrevivência de uma maneira diferente.
O mar se apresentar como uma metáfora para a vida. Jack London é um poeta, observa diferentes maneiras de viver e obriga o leitor a refletir. As pessoas são muito mais do que meros bonzinhos ou demônios.

Recomendo ler o glossário de termos marítimos previamente a leitura.

"O que pode ser pior do que cortar nossas gargantas? (...) - Cortar nossos bolsos - ele respondeu - chegamos a um ponto em que a capacidade de um homem para viver é determinada pela quantidade de dinheiro que ele possui."
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Taina.Dellandrea 26/11/2021

a estória em si é muito legal, porém a escrita com uma quantidade absurda de detalhes fez ficar bem cansativo para mim e demorei um monte pra conseguir terminar.
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Gabriela3319 01/11/2020

Dualidade humana
Apesar de eu sentir que o enredo desandou na segunda metade por causa da chegada da personagem Maud, foi o livro (e leitura obrigatória) que mais me agradou e me entreteve durante os 4 anos de faculdade.
Recheado de aventuras e ação em alto mar, o livro nos apresenta um personagem Apolíneo e um Dionisíaco. De um lado, a razão e o raciocínio lógico; do outro, o caos e o instinto.

Espero que minhas próximas leituras do autor sejam agradável como foi com "Acender um fogo" e "O lobo do mar".
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mpin 17/11/2020

Pisa fundo no começo, breca no final
Romance envolvente de London que só melhora conforme lemos o prefácio desta edição da Zahar e percebemos o debate filosófico subjacente entre os dois protagonistas. A condição humana dissecada entre um náufrago, Humphrey Van Weiden, prisioneiro da escuna que o resgata, e seu capitão, Wolf Larsen, revelam uma história de amadurecimento de um jovem fútil que se refugiava até então no mundo intelectual. A história funciona muito bem na primeira metade, mas fica forçosa e autobiográfica demais lá pela segunda metade, quando London inclui uma personagem feminina, Maud Bewster, para fazer esse contraponto entre as duas formas de masculinidade expressas pelos dois protagonistas. As referências literárias funcionam bem nos diálogos, embora o excesso de palavras do vocabulário náutico deixe a narrativa truncada para o leitor leigo. Outro ponto fraco da segunda metade é que os personagens alertam Humphrey sobre a índole de Death Larsen, que seria ainda mais impiedosa do que a de Wolf, mas Death Larsen sequer aparece nas cenas. Uma falha considerável, levando em conta que Death é responsável por uma reviravolta relevante para a história. O desfecho arrastado pode irritar muitos leitores, já que Hump precisa basicamente apenas esperar para a conclusão chegar. Soou um pouco anticlímax para mim. Basicamente, o romance é um ensaio da razão diante da selvageria, e a linha tênue que geralmente se posiciona entre ambos, com uma análise de personagens masculinos que poucos autores fazem como London. Recomendado.
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Fabricio.Fracaro 06/10/2020

O Lobo do Mar
Um livro com cara de Jack London.
Este é meu terceiro livro do autor, e a formal como ele nos leva nos primórdios dos tempos com suas história é algo único, neste livro ver o crescimento de uma personagem, saindo de sua inercia e conquistando tantas coisas que nem mesmo ele pensou um dia que conseguiria.
Além de ter esse apelo selvagem tem também a luta de pensamentos sobre a vida, a forma como Wolf Larsen pensa sobre a vida faz com que os diálogos com Van Weyden seja um dos melhores diálogos filosóficos sobre a vida que já vi.
É um livro que ficara na memória por um longo tempo, vale muito a leitura.
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