É Hora de Falar

É Hora de Falar Helen Lewis




Resenhas - É Hora de Falar


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Manú 11/09/2023

Tristeza e determinação
A história real de Helen Lewis.
Bailarina Checa e judia, que é sobrevivente de campos de concentração na segunda guerra mundial, inclusive o terrível Auschwitz.
Conta seu drama e horrores, fome, frio, espancamentos durante 3 anos até a libertação. A retomada da liberdade é da dança que literalmente salvou sua vida !
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Caroles2 28/07/2023

Rico relato de um momento tão tenebroso. Nesse Helen relata sua vivência durante o período do holocausto, relatando sua luta para sobreviver e seu amor pela dança, e como esse amor foi importante no seu processo de luta.
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Jamile 22/09/2022

Interessante
Não tem como dizer que a história de vida de alguém é boa ou ruim. Nesses casos é sempre única. Este livro conta história de uma sobrevivente do holocausto, super descritivo, rápido de ler. História triste e de grande superação.
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27/05/2021

Um livro emocionante. Descreve as torturas psicológicas da vida no gueto e nos campos de concentração nazista. A autora te prende desde o começo. Vale a pena pra quem gosta do tema.
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CrAsley0 23/02/2021

Ler relatos de ex prisioneiros nazistas que passaram por campos de concentração, é sempre uma experiência angustiante. Neste livro não poderia ser diferente. Sem palavras para descrever o misto de sentimentos que este livro me causou.
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iammoremylrds 10/09/2020

esse livro é tudo!!
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Jacqueline 20/09/2014

" Não havia tempo para reflexões, pois tínhamos de achar um lugar para nos acomodarmos, por mais impossível que parecesse. Quando o achamos, desaparecemos no mar de gente anônima que se abriu diante de nós e que depois nos engolfou. Essa foi a primeira vez que experimentei a sensação de haver perdido a própria identidade - meu nome, meu passado, a mim mesma. Agora eu era BA677"

Helen Lewis nasceu em 1916 em Trutnov, na Checoslováquia. Terminado o secundário, candidatou-se com êxito à Escola de Dança Milca Mayerovà, de Praga. Enquanto estudava começou também o curso de filosofia na Universidade Alemã. Casou em 1938, e em 1942 foi deportada, com o marido, Paul, para o campo de concentração de Terezín.

Amo ler biografias, em especial autobiografias, e tinha muita curiosidade em ler É hora de falar, que foi relançado pela Editora Bertrand, pois traz o relato de uma das sobreviventes do Holocausto que dizimou muitas vidas durante a eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Helen narra em primeira pessoa o terror que viveu quando as tropas alemãs invadiram Praga, e os horrores que muitos judeus tiveram que se submeter por conta das leis anti-semitas, que os obrigavam a usar uma estrela amarela como identificação na roupa, e ter horário para fazer compras, geralmente quando não sobrava quase nada para ser comprado.
Mais tarde ela também relata sua deportação para o campo de concentração em Terezín e Auschwitz, onde fora obrigada a trabalhar em vários locais precários com condições extremas de alimentação e higiene.

"Os guardas nos queriam ver fora do caminho, sumidas, extintas, mas não nos abandonavam de jeito nenhum e nos arrastavam rumo à nossa própria extinção e à deles também. Estávamos presos uns aos outros pelo destino, pelo medo e pela desgraça"

Cada página que eu lia, sentia um certo incômodo desconcertante pelo modo como os judeus foram perseguidos. Não consigo entender o objetivo de tanta perseguição, e o propósito dessa guerra.
Helen viveu três anos presa, sem saber se no próximo dia estaria viva. Seu amor pela dança a salvou em vários momentos. Foi a dança que a ajudou a manter a sanidade, e funcionou como uma espécie de âncora nos momentos em que ela precisava de uma fuga da realidade que estava vivendo. Algumas cenas me causaram muita comoção, e chorei até não poder mais.
O que mais me surpreendeu foi que nem todos os soldados alemães concordavam com o tratamento dado aos judeus, e muitos encontravam modos de ajudar algumas prisioneiras e prisioneiros.

É hora de falar é comovente e sem um traço de autocomiseração. Mesmo para os que não estão acostumados a lerem autobiografias, eu recomendo veemente a leitura. O testemunho forte e loquaz de Helen me fez ser ainda mais grata pela minha liberdade, por possuir o direito de ir e vir. Um relato imperdível.

site: www.mybooklit.com
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Rafaella 22/01/2014



"Vlasta me disse que, se eu aceitasse o papel, seria liberada de minhas tarefas diárias sempre que precisasse ensaiar. A partir daquele momento, minha vida ficou dividida em dois compartimentos: num deles, eu continuava a enfrentar os problemas de minhas tarefas diárias, enquanto, no outro, minha mente e minha imaginação tentavam criar figuras e formas, ritmos e imagens." Páginas 90 e 91


É hora de falar foi o segundo livro que li e que foi escrito por um sobrevivente do holocausto. Vocês já devem ter em mente que esta não é uma leitura fácil, já que o protagonista viveu em campos de concentração, relata os massacres que aconteceram e todas as provações por que passou durante os anos em que sua liberdade lhe foi negada. Ao contrário do livro Necrópole, também cedido pela Bertrand Brasil para minha avaliação, este livro apresenta sua narração como se estivéssemos acompanhando a autora durante os três anos em que ela ficou no campo de concentração. Por sua vez, Boris Pahor, apresenta sua história anos depois de ter saído da realidade chocante do Holocausto.

Aos seis anos Helen foi apresentada para a dança e ela não tinha ideia de que seria a paixão pela dança que lhe ajudaria a manter a mente sã para que pudesse suportar todos os abusos dos campos de concentração. Quando chegou em casa depois de sua aula de dança, a pequena Helen falou para toda a sua família que se formaria em dança. Anos depois, com muita luta conseguiu se graduar em dança e trabalhava como coreógrafa. Sua vida poderia ser considerada boa, agora Helen estava casada com um amigo de seu amigo e ela e Paul eram felizes.

Em 1939 tudo começou a mudar, mas apenas em 1941 que a vida de Helen estava sendo aos poucos ameaçada. Todos os judeus que tinham mais de seis anos deveriam usar a estrela amarela para facilitar a sua identificação pelos nazistas, toques de recolher estavam vigentes e eles poderiam abastecer sua cozinha apenas em horários determinados. Pouco depois os judeus estavam sendo convocados para serem retirados do país, mas ninguém sabia ao certo para qual lugar iriam. Quando chegou a vez de Helen e Paul serem transportados, eles foram enviados para Terezín, porém este foi o menor de seus problemas.

A obra nos mostra as torturas físicas e psicológicas que as pessoas passavam nos campos de concentração e como os próprios presos que ganhavam um cargo acima dos demais modificavam suas crenças e humilhavam até mesmo seus amigos que estavam abaixo de sua posição. A história de Helen é cheia de dor, mas é bom ver que apesar de tudo o que ela passou a escolha que ela fez quando ainda era uma criança teve total influência em sua saída com vida de Auschwitz. O livro é narrado em primeira pessoa e conta com uma riqueza de detalhes. A parte que mais me emocionou foi quando Helen ajudou a produzir o espetáculo Coppélia nas festividades de final de ano, pois mostra como a mulher queria dar um motivo para as prisioneiras se alegrarem apesar de sua situação. O livro é rápido, mas a leitura é difícil já que trata de um momento delicado de nossa história. A capa transmite ao leitor a frieza de ser convocado e ter sua vida modificada por causa de terceiros e foi interessante ter acesso ao bilhete que salvou Helen Lewis de algumas situações depois de sua libertação em 1945. Este é um livro emocionante, chocante e ao mesmo tempo nos dá esperança, pois uma história como essa merece ser compartilhada para todos perceberem que apesar de tudo ainda existem razões para crer em um mundo melhor e ter força para superar as adversidades.



"Ter uma amiga significava poder contar com olhos extras para ver a aproximação de perigo,uma voz de aviso e mãos para apoiá-la quando você precisasse. Quando uma amizade resultava desse tipo de relacionamento simbiótico, se tornava um instrumento precioso na luta contra nossa desesperadora sensação de solidão e abandono." Páginas 134 e 135

site: http://laviestallieurs.blogspot.com.br/2013/12/resenha-e-hora-de-falar-helen-lewis.html
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Psychobooks 27/12/2013

Quem me acompanha há algum tempo, deve ter percebido que leio pouquíssimos livros de não-ficção, o mesmo acontece com biografias, mas quando vi a capa e sinopse de 'É Hora de Falar', fiquei interessada e não me arrependi da leitura.

Um pouco sobre a vida de Helen Lewis

Helen nasceu em Trutnov, na antiga Checoslováquia, mudou-se para Praga a fim de estudar Dança, casou-se e vivia confortavelmente com seu marido Paul até que em março de 1939 as tropas alemãs invadiram Praga e a vida de todos os judeus mudaram radicalmente.
Os judeus passaram a ter de usar a estrela amarela como identificação, não podiam frequentar todos os lugares, tinham horário para andar pelas ruas, seus cupons de alimentação valiam menos e só poderiam utilizá-los depois de um determinado horário, quando as prateleiras estavam praticamente vazias. Impedidos de frequentarem eventos culturais, Helen não podia mais trabalhar com dança, ainda assim, ela não deixou-se abater.

Aos poucos, o exército alemão foi exigindo a casa de alguns judeus para que eles pudessem morar lá com suas famílias e os antigos donos eram despejados sem aviso prévio e não tinham outra alternativa ao não ser irem para o gueto. É aqui que Helen começa a mostrar que nem todos os soldados alemães sabiam inteiramente o que seus comandantes estavam fazendo com os judeus.

A deportação para Terezín foi inevitável, Paul e Helen forma para lá juntos, mas conseguiam se ver poucos minutos por dia. Com uma carga de trabalho muito grande e pouca comida, Helen ficou gravemente doente, passou muitos meses no hospital e assim conseguia adiar sua deportação para os campos de trabalho forçado, mas ao receber alta, ela e Paul foram parar em Auschwitz e lá se separaram.

- Narrativa

Helen conta sua história em primeira pessoa, sem nenhum tipo de autopiedade ao contar os horrores que viveu durante os três anos que passou presa. Seu estilo de narrativa lembra um romance, com começo-meio-fim, sem ficar se atendo a detalhes. A escrita é simples e direta, com um ritmo de leitura acelerado e nenhum momento de marasmo.

A autora consegue mostrar várias facetas da II Guerra Mundial, seu ponto de vista nos mostra um pouco das atrocidades cometidas contra o povo judeu, mas também deixa claro que nem todos os alemães estavam de acordo com o que acontecia nos campos de concentração e tentavam melhorar a vida dos prisioneiros na medida do possível e clandestinamente, enquanto outros apoiaram a Marcha Macabra, quando na eminência da derrota, fizeram os prisioneiros caminharem por um longo período sem nenhum tipo de descanso, higiene e alimentação. Ela ainda conta um pouco sobre como foi o contato com o exército vermelho e a dificuldade na volta para casa.

- Concluindo

'É Hora de Falar' conta a história de uma mulher forte, corajosa, que conseguiu vencer todas as adversidades sem perder sua sanidade graças à dança, todas as vezes em que ela achava que estava perdida, acabava apoiando-se no seu talento e conseguia sobreviver por mais um dia. Sem se deixar abalar, mantendo as esperanças ela conseguiu passar por tudo isso e ainda teve forças para recomeçar uma nova vida, mas sem deixar a dança de lado.
Leitura mais que recomendada para quem gosta de histórias reais sobre a Segunda Guerra Mundial.

E se você não gosta muito de ler autobiografias, aconselho dar uma chance para esse livro, pois sua leitura é fluida, sem um pingo de lamentação e lição de moral mascarada em suas páginas.


(...) a instituição do uso obrigatório da estrela amarela, que deveria ser usada em público, em todas as situações, por judeus acima de 6 anos. Desse momento em diante, tornando-nos alvos fáceis para todos que quisessem nos infligir maus-tratos e nos atacar. Os efeitos psicológicos dessa monstruosa permissividade foram astuta e cruelmente calculados, a fim de incutir em nossa mente a ideia de que éramos párias sociais, sem direito a nenhum lugar na sociedade.
Página 48 e 49

(...) Os pássaros haviam fugido da fumaça negra dos fornos crematórios, fumaça que a tudo impregnava, e sua partida deixou um silêncio que mais parecia um grito de horror.
Página 119


site: http://www.psychobooks.com.br/
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