Cristianismo e Anarquismo

Cristianismo e Anarquismo Leon Tolstói




Resenhas - Cristianismo e Anarquismo


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Patrick 13/03/2019

O anarcopacifismo de Tolstói
Ainda não me conheço e não conheço o mundo e a humanidade o suficiente para dar uma resposta favorável ou desfavorável aos textos aqui reunidos de Tolstoi: resistir à violência com violência ou não? É uma pergunta difícil e que não se resolve com paradoxos semânticos (''[Não se combate] violência com violência'') e com o dicionário, também não creio que se resolva com a moral e com a religião, como queria Tolstói, porque assim como as instituições governamentais são estruturas que se agigantam e se consolidam a partir da estrutura do homem, também a moral e a religião são estruturas: o cerne do comportamento humano deve ser buscado na biologia, na fisiologia, e na psicologia e no seu encontro com o mundo exterior e ''todas as influências do ar''; e Tolstói estava muito longe dessa intuição; assim penso. Mas a questão da oposição violenta continua, oposição que, segundo o russo, mesmo que obtivesse sucesso, falharia (como na Rússia de fato viria a acontecer: a traição à revolução, e a tudo conquistado por ela, por Stálin). Algo que ele escreveu explicita bem este ponto neste trecho:

''O atual governo, que procede pela força, é tal, somente porque a sociedade que domina está composta de homens moralmente bem débeis, onde uns, guiados pela ambição, pelo lucro e pelo orgulho, sem serem molestados pela consciência, tratam por todos os meios de conquistar e manter poder; os outros por medo e também por amor à ganância e à ambição, ou graças ao embrutecimento, ajudam aos primeiros ou também se submetem. De qualquer modo e sob qualquer forma que esses homens se agrupem, resultará sempre um governo semelhante e igualmente violento.''
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