Rose 08/04/2015Oi amigos, tem autores para mim, que não importa qual seja o livro, eu sempre vou querer ler. Nicholas Sparks está entre eles. Eu sei que muita gente torce o nariz pra ele, que acham a fórmula clichê e que ele sempre mata um, mas quer saber? Não me importo, eu gosto, aqui está mais uma resenha de um de seus livros.
Neste livro temos duas histórias correndo paralelamente e que em algum momento do livro acabam se encontrando e se completando.
Ira e Ruth Levinson são um casal. Ambos nasceram a muitos anos atrás, lá pelos anos de 1920. Eles são judeus e se conheceram ainda jovens e se apaixonaram. Mas então veio a guerra, e por conta dela, Ira quase perdeu a vida. Apesar de vivo, Ira acabou perdendo um bem muito precioso, sua fertilidade. Por conta disso, quase colocou fim ao relacionamento com Ruth.
Mas o amor entre eles foi mais forte e eles acabaram casando e vivendo muitos anos juntos. Ao longo dos anos de casados, eles desenvolveram duas tradições. Ira era dono de uma alfaiataria herdada dos pais, e Ruth era professora e adorava obras de arte. Ambos saíam de férias uma vez por ano e percorriam galerias onde através do olhar de Ruth iam comprando alguns quadros. Outra tradição eram as cartas que Ira escrevia para sua amada esposa a cada aniversário de casamento que faziam.
Aos poucos eles foram acumulando várias cartas e uma grande coleção de quadros, dos mais diversos artistas. A vida deles era tranquila, e eles viviam bem. O único vazio mesmo era a falta de um filho. Ruth acabava compensando isso através do amor que dava aos seus alunos.
Há alguns anos, Ruth acaba morrendo por conta de um AVC, deixando Ira sozinho e totalmente devastado. Após décadas juntos, Ira perde seu porto seguro, sua única razão de viver. Com a idade avançada e os problemas de saúde aparecendo, ele está apenas esperando que seu dia chegue para poder finalmente ir para o lado de sua amada esposa.
Quando ele sofre um grave acidente de carro, e fica preso entre as ferragens, no meio de uma estrada coberta de neve, ele sabe que finalmente chegou sua hora. Mas parece que Ruth não concorda com isso, e mesmo sabendo ser impossível que sua esposa esteja ao seu lado, é a imagem dela que vai mantendo-o vivo. Conforme o tempo vai passando e ninguém aparece para socorrê-lo, Ira vai relembrando os momentos que viveu ao lado de Ruth. Toda a sua vida vai sendo contada aos leitores através de suas lembranças.
Outro casal que conhecemos são Sophia e Luke. Ela, estudante do último ano de história da arte, ele um cowboy. Este casal que tem tudo para ser aparentemente diferente, acabam se conhecendo em uma das várias competições que Luke está cansado de participar. Na verdade, foi após a competição que eles se conheceram.
O entendimento entre eles foi rápido, como se já se conhecessem há anos. Foi muito natural a amizade que nasceu entre eles, e aos poucos começaram a passar um tempo juntos. Um fazia bem ao outro e não foi surpresa quando perceberam que estavam apaixonados.
Mas nem tudo eram rosas. Apesar do bom relacionamento de ambos, alguns problemas existiam. Sophia não tinha ideia do que aconteceria após se formar, visto que não arranjava emprego e que sua família não morava perto. Ela temia que os dois acabassem se separando.
Do lado de Luke, a maior preocupação era com a fazenda de sua mãe. Após um grave acidente onde quase morreu, Luke ficou muito tempo internado e em recuperação. Sua mãe, Linda, teve que hipotecar a fazenda para que ele pudesse ter o tratamento adequado. Agora, eles estavam por um fio de perderem a fazenda.
A única chance de Luke salvar o lar de sua mãe era voltar a montar. Se ele conseguisse voltar ao topo, poderia pagar as prestações do empréstimo de sua mãe. Acontece que Luke não era mais o mesmo. O acidente que quase o matou deixou sequelas que fazem Luke perder o sono.
Ele não sabe o que fazer. A pressão de ver sua mãe perder tudo por sua causa é muito grande, e só aumenta quando Sophia descobre os riscos que ele corre ao voltar a montar. Sem o apoio de sua mãe, e sem Sophia ao seu lado, Luke está em um momento decisivo, onde dependendo da direção que tomar, pode ser o fim para ele mesmo.
Dois casais que se amam, em momentos bem distintos da vida. Ira, que com 91 anos já viveu tudo o que poderia ter vivido, e Luke que pode nem chegar a completar 25 anos. Como será que a vida de um vai mudar a vida do outro, e tudo por causa do amor que ambos tem por suas mulheres.
Uma história muito bonita de amor e companheirismo. Ira e Ruth é bem aquele casal que se casou por amor e passaram a vida toda juntas. Sabe aquele até que a morte os separe? Pois é justamente isso que aconteceu. Quando casamos, queremos envelhecer ao lado daquela pessoa. Mas é muito cruel saber que uma hora um vai embora e o outro vai ficar. Como lidar com isso? É difícil, com certeza, acho que nunca nos preparamos para isso.
No início a história não estava me conquistando, só a parte do Luke e da Sophia que conseguia prender minha atenção. Mas aos poucos Ira e Ruth também foram me conquistando. O amor que existia entre eles foi minando minha resistência.
Luke e Sophia me ganharam de cara. Luke é um fofo lindo, daqueles que nos apaixonamos a primeira vista. Sophia também é muito simpática, o que deixa o casal ainda mais atrativo.
Ira dá uma lição de vida mostrando a todos que Ruth era o único amor que tinha, e o que realmente importa nesta vida é o amor. Luke, apesar de todos os problemas que passou e está passando, não perdeu a coragem e nem seu lado doce. É este seu lado doce que pode fazer a diferença.
Dois romances vividos em épocas bem diferentes, mas que o destino caprichosamente uniu. Para quem não sabe, o livro virou filme, e já está pronto, só esperando a estreia que está prevista para 30/04.
O que mais dizer? Leiam ou assistam, e depois me contem. Do meu lado, fiquei plenamente satisfeita com o livro, e agora só estou esperando a estreia do filme.
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