Paddy Clarke Ha Ha Ha

Paddy Clarke Ha Ha Ha Roddy Doyle




Resenhas - Paddy Clarke Ha Ha Ha


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IvaldoRocha 17/04/2023

Uma leitura rápida como a infância.
Talvez não se enquadre no politicamente correto dos dias de hoje, mas criança é uma ser cruel. Se você fizer uma revisão e tiver boa memória, vai se achar em algum momento da sua infância cometendo um ato de crueldade ou sofrendo um, talvez isso se deva a necessidade de a criança ser aceita, de ser respeitada etc.
Roddy Doyle se vale dessa certeza, livro ganhador do prêmio Booker Prize em 1993, ele consegue uma linguagem rápida e descomplicada, ou seja, a linguagem utilizada pelas crianças, que se expressam por poucas palavras e frases curtas.
Paddy Clarke é o filho mais velho de uma família de irlandeses, seu irmão menor Simba (ele gostava de ser chamado assim) está quase sempre ao seu lado e o fato de ser irmão de Paddy, não o deixa isento de sofrimento, a irmã e as gêmeas mais novas.
Batalhas imaginárias, índios, corridas, cabanas construídas com sucata, o rigoroso código de ética, o futebol com suas regras um tanto adaptadas e o temor do professor durão, mas que tem uma grande sensibilidade, enfim aventuras e mais aventuras.
É incrível como se percebe que está chegando aquele momento em que você se despede da infância, é um fato, um acontecimento e toda aquela liberdade, a falta de compromissos se vai. Você percebe ao longo do livro o momento se aproximando. Paddy Clark está mudando.
Um livro que não me chamou atenção em momento algum, a capa nada interessante, e um título no mínimo suspeito, tudo dava a impressão de algo quando muito mediano, mas como achei em uma oferta muito boa arrisquei. Foi a minha sorte, trata-se de um daqueles livros que você sempre vai se lembrar sempre ao ver crianças brincando nas ruas, principalmente sem os pais por perto, se você chegou a jogar bola na rua então...
O Man Booker Prize, prêmio criado em 1968, estava aberto apenas a escritores britânicos, irlandeses ou da Commonwealth com obras de ficção redigidos na língua inglesa por autores vivos e publicadas no Reino Unido e agora os organizadores anunciaram uma mudança crucial com a inclusão de escritores americanos, o que valoriza ainda mais o prêmio.
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Luiza.Matos 16/06/2022

Razoavel.
Eu não gostei não. !! Os assuntos se misturam numa velocidade igual quando estamos conversando com uma criança, ele conta a história de vida do Paddy Clarker que mora no bairro de Dublin na Irlanda em meados da década de 1960. Um livro arrastado no inicio sem graça...melhorou no "Ultimo terço que faz o livro valer a pena." Ai ficou bom e deu para terminar a leitura. !!.
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Shirley.Peixe 05/04/2022

Diferente
Ao mesmo tempo em que me transmitiu familiaridade com algumas situações, me deixou desconfortável em outras.
Eu gostei da leitura, de conhecer mais os costumes, os interesses, a infância na Irlanda (pelo menos nessa época - não sei o que mudou de lá pra cá).
A questão familiar e como isso influenciou na vida do Patrick e no seu amadurecimento também foi interessante de acompanhar.
Ainda assim a sensação final é bem agridoce, mas era pra ser assim mesmo...
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Renata.Mieko 18/03/2022

Não gostei.
Não gostei como a história é contada picada, sei que é porque a história está sendo contada por uma criança, que mistura todos os assuntos, mas mesmo assim.
Não gostei que não há capítulos.

Demorei muito pra conseguir terminar esse livro.
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Gisa 16/08/2021

Esse livro estava parado na minha estante desde 2016, eu sabia que ele não tinha nada a ver comigo. Li e me esforcei muito para não abandonar, afinal é o livro premiado pelo Booker Prize em 1993 e eu queria entender o porquê.

Narrado por uma criança de dez anos, o livro nos faz ver o mundo como se tivéssemos 10 anos de novo, deve ser esse o motivo do prêmio, e só.

O personagem narrador é péssimo, um menino de dez anos e seus amigos com toda a crueldade, o bullying, a maldade com os animais, as brincadeiras idiotas, enfim tudo que as pessoas acham que é traquinagem de criança e eu acho falta de educação mesmo.

Algumas pessoas acham esse livro engraçado, eu não cheguei nem a sorrir, só queria que acabasse. A partir de um determinado momento passei a imaginar o quanto esse livro seria diferente se fosse narrado por uma menina de dez anos, achei ainda mais deprimente perceber que ela não correria pelas ruas atirando pedras nos outros sem consequência nenhuma, até a infância dos garotos é encarada de outra forma, eles podem ser ridículos e bobos desde o nascimento sem nenhuma consequência, são 'só garotos' se divertindo, sempre.

Péssimo, péssimo, péssimo.
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marcia helena 14/12/2020

Infância na Irlanda
Paddy Clarke Ha Ha Ha é uma história de garotos que se passa na periferia de Dublin. Cá pra nós um dos lugares que sonho em um dia conhecer. O personagem Patrick Clarke é uma criança e conta tudo que se passa em sua vida, inclusive seus pensamentos, sentimentos, as estripulias na rua, a convivência com os irmãos e com a mãe e o pai.
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Frank 23/05/2020

Achei razoável. A infância e problemas familoares comuns, na visão de uma criança. O mundo ao redor, as crueldades infantis, pequenos delitos. Um mundo distante e desconhecido pra mim, Irlanda, em tu passado recente, muito diferente de minha infância. Apesar de bem escritos por esse motivo não me senti "abraçado" pelo livro. Recomendo a leitura
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Srta.Jay 24/04/2020

"A vida de um garoto dubliense - (...) - dotado de i crível imaginação é narrada com precisão cirúrgica por ele mesmo, enquanto vemos se formar, ao longo das páginas, magistral e imprevisível tempestade derradeira" (Orelha do Livro).

A Leitura é de fácil fluidez depois de se acostumar com a narrativa de uma criança, pois os assuntos se misturam numa velocidade que nem quando estamos conversando com uma criança.
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Rafael 04/07/2019

Reminiscências infantis
Este é um livro interessante, que irá evocar em qualquer ser humano emoções e sentimentos que, talvez, já ficaram num tempo bem longínquo. E essa, sem dúvida, é a sua característica mais marcante, é dizer, a capacidade e habilidade extraordinárias que o autor teve para conseguir plasmar a infância na escrita e no papel. Não é apenas sobre falar coisas de criança ou rememorar passagens da vida imberbe, mas sobre, literalmente, sentir de novo a delícia que é ser criança. Por isso sua leitura é recomendada, por essa fantástica sensação de estar vivendo, em conjunto com a personagem principal, todas as gostosas contradições da infância. Porém, nem tudo são flores, e nosso protagonista irá se deparar, ao longo de sua narrativa, com uma realidade que nenhuma criança deveria experimentar. Ponto que, mais uma vez, é abordado com maestria pelo autor, não só pela delicadeza e sensibilidade com que o protagonista vive a questão, mas, também, pela agudeza ingênua de quem, por ser criança, não consegue compreender, no todo, o drama das relações familiares. E qual seria o ponto fraco para não garantir a esta obra lugar de destaque em qualquer biblioteca? O autor, talvez absorto demais em contar sua estória, abusou um pouco no tamanho do livro, deixando-o, por vezes, enfadonho. Contudo, vale a pena persistir na leitura para se surpreender com o que ela tem de melhor.
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Aline 15/03/2019

Surpreendentemente nostálgico
Comecei a ler o livro sem qualquer referência ou noção do que se tratava. No começo não conseguia entender onde o livro chegaria (se é que chegaria em algum lugar) ou onde o autor queria chegar, mas logo percebi a vivacidade do narrador protagonista de 10 anos (descobri depois porque pela inocência me fez chutar uns 8 anos se comparado às crianças de hoje). Gostei muito do livro e do "ler" o livro. Achei o tom, o ritmo e a organização do livro extremamente precisos e condizentes com a narração de uma criança de 10 anos sem impropriamente infantilizar a narrativa. Mesmo sem compartilhar da mesma infância de traquinagens e brincadeiras de rua me vi sendo levada de volta ao meu passado de criança com uma assustadora exatidão nas interações, percepções e reações de criança. Me fez reforçar o fato de que uma criança não é menos "gente" do que um adulto, não sente ou vive menos que um adulto e por isso não deve ser subestimada, seus sentimentos e experiências não devem ser relativizados ou comparados com a realidade adulta. É algo que tento não esquecer, mas nunca lembro de onde veio. Sem contar a máxima de que crianças também são cruéis kk. Recomendo esse livro.
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Cris 22/10/2018

Através dos olhos de uma criança
“Se o mundo está girando, por que não giramos também?” Pág. 53

A história é narrada por Patrick, ou Paddy, como é conhecido. Ele tem 10 anos e vive com seus pais e seus três irmãos em um pequeno bairro em Dublin, na Irlanda em meados da década de 1960.
O autor escreve de uma forma que realmente parece se tratar de uma criança narrando. Paddy nos conta várias travessuras de sua infância: os amigos, as confusões na escola, o relacionamento conturbado entre seus pais e o seu próprio relacionamento com os irmãos.

Eu adoro livros narrados por crianças, mas este aqui tem passagens bem arrastadas. Além de a forma de o livro ser narrado não prender muito a atenção por ser um livro basicamente de memórias, ou seja, não há um grande mistério a ser revelado.

O livro não possui capítulos e nem divisões, é escrito de forma direta e eu achei a leitura um pouco cansativa por causa disso.

Mas apesar disso, tem passagens muito cômicas mostrando a visão de uma criança sobre os diferentes aspectos da vida, seus medos, sonhos e incertezas.

“ - E por que ela não diz o que realmente quer dizer?
Gente grande é assim.” Pág. 212


site: http://instagram.com/li_numlivro
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Rafa 07/07/2018

A sensibilidade
Um livro muito sutil, de leitura gostosa. Roddy Doyle me fez em 99,9% da leitura ter a certeza de que era uma criança escrevendo, apesar de ser contada em primeira pessoa, jamais se suporia que era um adulto fazendo as vezes de uma criança.

O livro conta a história de Simbard e Patrick, duas crianças "legítimas", posso assim dizer, já que não mascara em nada todos os percalços de uma infância. Por vezes eu soltava um riso irônico de tipo "é realmente dessa forma que acontece". Acho que a grande charada do livro está ai, na forma vivaz à qual o autor percorre a infância e nos faz sentir ou ressentir momentos vividos.

Me vi em Patrick, e Patrick me deu um "choque mental" ao me fazer relembrar momentos aos quais passei, alguns não muito bons assim como Paddy, mas totalmente necessário para me tornar o ser humano de hoje.

Obs: Como uma criança é muito mais sensível que imaginamos, como uma briga entre seus pais pode afetar em sua vida cotidiana, saio deste livro muito mais consciente de que a formação dos meus, quem sabe, "futuros filhos' passe muito pela minha formação como homem, pai de família e marido.
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/05/2018

A vida de um garoto dublinense - mas poderia ser de qualquer lugar, os heróis não são sempre os mesmos? - dotado de incrível imaginação é narrada com precisão cirúrgica por ele mesmo, enquanto vemos se formar, ao longo das páginas, a magistral e imprevisível tempestade derradeira.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/97885865061
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Gustavo.Romero 19/04/2018

Inusitado
O livro sem dúvida provoca estranheza; afinal, tudo indica que se trata de um relato de "peraltices" infantis narradas por um menino irlandês, e não de uma narrativa propriamente dita (a orelha do livro não ajuda muito, destacando os elementos "cômicos" do livro). Pois então, aos poucos, a partir da própria narrativa, a partir de pequenas fissuras semióticas, gradativamente vão se abrindo perspectivas sobre o fim da infância sob o ponto de vista da própria experiência infantil, opção complicada em se tratando de um livro escrito por um adulto - todos temos dificuldade em reconstruir a infância sem projetar sobre ela nossos preconceitos adquiridos na fase adulta. É por isso que o recurso de Roddy Doyle é bastante ousado, pois todos os elementos voltados à minuciosa descrição do sadismo infantil são, contraditoriamente, "expurgos" fundamentais à progressão do livro, e não apenas figuras das assombrosas (e cômicas) ações depreciativas adotadas pelas crianças; isso porque a narrativa, em primeira pessoa, compõe-se na forma de círculos concêntricos: todos esses expurgos estão lá para serem retirados, aos poucos, e com isso destacar as inúmeras camadas da vivência cotidiana que se sobrepõem à essência, aos sentimentos mais profundos, ao 'subsolo'. Cada retirada dessas camadas representa para o narrador, Paddy Clarke, a expansão do mundo exterior em oposição a e imposição sobre seu mundo interior, coincidindo com o processo de tomada de consciência do sombrio caráter humano, da própria insignificância e impotência que coincidem com o fim da infância. Doyle registra esse processo metafórica e magnificamente por meio da progressiva urbanização do bairro onde vive Paddy Clarke, quando terrenos baldios são ocupados e novas casas construídas (uma "violação" da infância), novos vizinhos surgem e mais agressivos do que a "gangue" de Paddy (a consciência da impotência), as brigas entre os garotos, que perdem aquela aura "ingênua" romântica e dão lugar à agressão e violência de fato (a face humana obscura, que depende mas quer rejeitar o "outro") e com uma mudança significativa na percepção de Paddy com relação ao seu irmão mais novo e com relação aos pais (o núcleo familiar, a propósito, é o centro nervoso de toda a narrativa, espaço por excelência na consciência de si a partir do "outro", cujo desencantamento conflui para o desfecho do livro). Por tudo isso, não é mero acaso que o livro não contenha capítulos: trata-se de um único fôlego semântico, e deve ser lido como uma peça única, dura, confusa, experimental e, portanto, verdadeira, assim como é nossa infância.
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Manu | @nemtudoeficcao 13/03/2018

Do que você brincava quando era criança?
Quando eu recebi esse livro, juro que a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: que diabo de livro é esse? Eu honestamente não entendi se o título do livro era Roddy Doyle ou Paddy Clarke Ha Ha Ha, os dois nomes soavam estranhos pra mim (seria Ha Ha Ha algum sobrenome esquisito?).

Fiquei com um pé atrás antes de começar a ler, mas depois que comecei, não quis mais parar. E depois, quando tava perto do fim, não queria que acabasse. Foi um dos livros mais divertidos e, ao mesmo tempo, sensíveis que já li. Senti como se estivesse lendo o diário do Paddy: os acontecimentos, brincadeiras, lembranças, sentimentos e a forma como ele observa as pessoas ao seu redor.

A escrita mistura várias histórias, acontecimentos recentes e lembranças antigas. Paddy começa a contar uma história mas, no meio dela, se lembra de algo que aconteceu algum outro dia e aí começa a falar sobre aquilo. Isso poderia ser algo que deixaria o texto confuso, mas o autor consegue “fluir” de uma coisa para outra, tornando a leitura fácil e rápida.

Paddy mora em uma área da Irlanda que está começando a se desenvolver e mudar. E ele observa essa mudança tanto na vizinhança como também nas pessoas que moram ali – e na sua própria família. Ele nos conta sobre o seu dia a dia, como a mãe acorda o irmão e ele de manhã para ir para escola, como o pai não gosta de ser incomodado quando está lendo o jornal, como o professor trata os alunos, como ele e os amigos gostam de brincar, como ele vê as coisas e o que pensa sobre tudo.

Boa parte das histórias são sobre as brincadeiras e confusões do Paddy e dos seus amigos. Ele nos conta como eles gostam de brincar nos canos abertos pela cidade e nos terrenos onde estão havendo construções. Como montam cabanas e escondem armadilhas para os “inimigos” não se aproximarem. Como suas bicicletas são, na verdade, cavalos. Eles querem um cachorro, eles apostam quem consegue tocar mais campainhas sem ser pego, eles jogam futebol na rua, eles roubam revistas de lojas.

Não dá para saber quando exatamente aconteceram os fatos contados por Paddy, mas você consegue perceber facilmente a passagem do tempo. O livro em geral é muito divertido e engraçado, mas têm muitas partes tocantes também. Eu selecionei algumas partes que achei mais legais, prometo que não tem spoilers:

“Não compreendiam que roubar não tinha nada a ver com o que queríamos; era o desafio, o terror, a sensação de escapar, de não ser descoberto.”
“Não sabia por que fazia aquilo. Sensação horrível – talvez fosse por isso. Era bom antes de chegar lá – o rodar. Parar era ruim e o depois também.”
“Beijar alguém por gostar dela – porque a pessoa é legal -, pra mim era burrice. Não fazia sentido nenhum.”
“Um dia mostrei a mamãe que já conseguia alcançar a torneira e pronto: ela disse que dali em diante eu podia lavar a louça três dias por semana”.
“Por que você faz essas coisas? Por que, meu Deus? / Porque o diabo me tenta.”
“Por que ela não diz o que realmente quer dizer? / Gente grande é assim.”

site: https://nemtudoeficcao.com.br/2016/10/25/livro-paddy-clarke-ha-ha-ha/
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