Resenhas - Seis segundos de atenção

Letícia 13/04/2014

Sessenta toneladas de um minuto em suspensão
“Quando falamos de arte, estamos falando de nós mesmos. Você acha Bach muito melódico e a voz do Neil Young muito chorosa? Isso revela muito de você e pouco do alemão e do canadense. Quando alguém me diz que este ou aquele é meu melhor disco/livro/música/banda está dizendo tanta coisa a respeito de si…”

Este trecho dá um panorama geral do livro. A partir desta obra podemos conhecer muito sobre Humberto Gessinger, já que estamos lendo nada mais, nada menos, que seus pensamentos e opniões. Nem de longe este livro é uma biografia, ou um livro de filosofia. Ou talvez seja ambos.

Através de um texto descontraído, alternado com algumas composições de sua autoria, Gessinger conta experiências e tenta nos trazer um pouco de reflexão. Através do livro temos acesso a uma fração da mente crítica e inteligente dessa grande referência da música nacional.

Nara 09/05/2014

Gosto muito do jeito de pensar de Gessinger, assim como suas letras de músicas, em seu novo livro Humberto faz reflexões sobre o cotidiano de uma forma muito própria. Sua linha de pensamento incorpora referências históricas, referências decorrentes de muita leitura, de sua estrada como músico e de seu lado que mais aprecio, o lado humano demais.
Seus pontos de vistas, por vezes pitorescos e permeados por metáforas muitas vezes pouco entendíveis a olhos de leitura rasa demonstram sua capacidade sobrecomum de analisar a si próprio e aos outros com os olhos muito humanos.
Esse livro, assim como as letras de Gessinger, é um livro pra ler, reler, refletir a partir de cada reflexão do autor.
"Seis segundos de atenção" é gostoso, um daqueles livros que você torce para que demore pra terminar, é como jogar conversa fora com um velho amigo numa preguiçosa tarde com sábado, e é assim Humberto me parece, um velho amigo.

João 24/05/2021

Seis segundos de atenção - Humberto Gessinger
O livro é composto por crônicas e algumas composições feitas pelo autor. A obra é bem escrita e, permeada por ironia e sarcasmo, gera reflexão sobre acontecimentos cotidianos. É interessante para quem é fã do Humberto, pois, além de demonstrar seu ponto de vista sobre diversos assuntos, o músico também fala sobre sua relação com as músicas, processo de criação, entre outros. Uma ótima leitura para quem quer conhecer o lado "em prosa" de um dos maiores compositores do Brasil.

Nalu 18/12/2020

de gênio
Compositor, instrumentista, poeta. Faltava mesmo o cronista. Eis que aí está Humberto Gessinger: genial e incomparável em tudo o que faz. Requintado autor.

Patrick.Pereira 26/04/2021

Bom livro
É um livro diferente do que eu costumo ler, é um livro de textos sobre vários assuntos, pra quem gosta do autor vale a pena

dricagallo 01/03/2014

Resenha - Seis Segundos de Atenção
Não sei se ao lerem 'Humberto Gessinger' a mente de vocês assimilaram o nome a uma de minhas bandas preferidas, cuja à qual, o mesmo é ex-vocalista - 'Engenheiros do Hawaii'.

"Nem tudo é chato pra caralho, é claro. Dizer "tudo" é morrer. O mantra ajuda a chegar às coisas que nunca são chatas pra caralho: um par de olhos, um pôr do sol..." - Pág. 49

Atualmente o mesmo em carreira solo, está lançando o seu quinto livro. 'Seis Segundos de Atenção', tem o título retirado de um pequeno trecho de uma das músicas de sua antiga banda - 'Pra Entender'.

"A única coisa que podemos fazer com o tempo é escolher o que fazer com ele (cuidado: estaremos também escolhendo o que não fazer!) Mostre-me alguém que reclama não ter tempo pra nada e te mostrarei alguém que pensa ter tempo para tudo. Querer agarrar o mundo com as mãos é a melhor receita para ficar de mãos vazias." - Págs. 20 e 21

Antes da publicação oficial do livro, algumas crônicas foram publicadas em seu blog 'BloGessinger', segundo o ex-vocalista e agora cronista, as postagens em seu blog foram como se o mesmo estivesse apenas 'pensando alto'.

"Atalhos, às vezes, só aumentam a distância." - Pág. 138

'Seis Segundos de Atenção' foi um dos primeiros livros de Gessinger que li, e simplesmente me encantei com a escrita dele, afinal, não seria diferente tendo como referência as infinitas músicas mais que descritivas, não é mesmo?!

"Tenho certa intimidade com elas, uma vida em comum. Acho que não ficarão melindradas se eu fizer uma confidência. Estou falando das palavras e do fato, cada vez mais frequente, de serem insuficientes para expressar algumas - ahn... qual seria a palavra? - coisas, sentimentos." - Pág. 87

Nos intervalos entre uma crônica e outra, encontramos músicas compostas por Gessinger e interpretadas por Duca Leindecker, Bebeto Alves, Rogério Flausino, Rodrigo Tavares e Dinho (Capital Inicial). Fiquei boquiaberta ao ver que uma (entre cetenas) de minhas músicas preferidas do Jota Quest - Tudo Esta Parado - foi composta por Gessinger.

"Faz parte. O fim pode chegar para o próprio universo que - dizem - se contrai e expande. Só o amor - sinto - tem sempre e para sempre terá o tamanho exato. Como o fole da sanfona, que abre e fecha e está sempre no tamanho certo. Soando acordes maiores ou menores, mas sempre do tamanho certo." - Pág. 159

O trabalho desempenhado na edição do livro é incrível, as páginas são em papel couché e são intercaladas em páginas pretas e páginas brancas dando a impressão de que ele quis colocar tudo 'preto no branco', a fonte é em tamanho normal e a capa por si só, já é como um autógrafo do ídolo, a imagem de Gessinger contra a luz em fundo preto, ficou diferente de qualquer capa vista atualmente! :)
Leitura recomendadíssima, vocês irão se encantar e se encontrar, assim como eu, nas inúmeras crônicas publicadas.

site: http://umbestsellerchamardemeu.blogspot.com.br/2014/02/resenha-seis-segundos-de-atencao.html

Laianny Almeida 04/02/2021

As cônicas de 1berto
O livro composto pelas músicas do álbum insular e com crônicas bem precisas unidas as composições. Dividido em seis partes o livro trata de assuntos sobre sua carreira, sua infância, algumas viagens, entrevistas e sobre sua época de faculdade.
Através de uma conversa com o leitor, Humberto consegue contar suas experiências e expressar o que ele pensa sobre assuntos como: sucesso, desencontros, descompassos entre vida social e pessoal e sobre destino, conseguindo ainda criar um ambiente de reflexão.
Uma leitura rápida, simples e agradável.

Recomendo!

Fabio.Barbosa 24/09/2020

Sensacional
Humberto sempre nos leva a pensar na vida de um outro ponto de vista

Malanovicz 08/11/2013

Gessinger na auto-análise da maturidade
O Gessinger é o Gessinger. Então tudo que ele faz é perfeito. :-) E vende!

Este livro novo dele está melhor do que os anteriores em termos de conteúdo. A forma está semelhante: papel bonito, letra grande, títulos em página inteira. (Infelizmente, parecendo um jeito de 'engordar' uma obra que teria pouco de conteúdo para oferecer - o que não é verdade). Apenas na capa existe uma foto dele, colorida, mas em fundo preto. O autógrafo para a minha amiga Katiane veio já na capa! Achei lindo! O restante do livro é P&B. Acredito que essa identidade visual já antecipa que o texto surge do autoconhecimento, de "colocar o preto no branco", ou, nos capítulos pares alternados, "o branco no preto". :) O conteúdo também intercala crônicas e letras de canções.

As canções são do CD novo, Insular, com letras ótimas, claro, e bem identificadas com o momento atual de consciência da passagem do tempo para o autor, que este ano faz 50 aninhos. :-) Todas têm letra composta pelo Gessinger, e algumas têm a música composta por outro artista, como o Duca e o Bebeto Alves. A minha preferida é a da travessia ("A Ponte para o Dia"). Gostei muito mesmo. Também adoro as músicas que ele faz para a esposa dele, aquela sortuda. :)

As crônicas estão beeem mais caprichadinhas (comparadas às do "Mapas do Acaso", por exemplo, que parece livro experimental feito "só para vender"). Acredito que essa melhor qualidade reflete o esforço de ele publicar um blog (o BloGessinger) atualizado semanalmente. Parece que ele escreve como fala, o que traz o texto para muito perto do leitor. Como de praxe, ele fala só de si mesmo, mas para mim é claro que ele está falando da minha vida e de como eu vejo o mundo. :)

Alguns detalhes do livro chamaram muito a minha atenção...

* Algumas canções contêm palavrões ou expressões chulas. Sobre isso, ele fala já no primeiro capítulo, tentando se desculpar com a influência dos cariocas no tempo em que ele morou no Rio. Soa mal.

* Ele começa a usar mais expressões gauchescas, tanto nas crônicas, como nas canções. Adoro isso. Adoro mais ainda os ritmos gauchescos que ele adota nas canções. Ele, ou o artista que compôs a música. Parece que essa identidade gaúcha, que ele nunca deixou totalmente de lado, está voltando com tudo! ;)

* Gosto tanto da voz dele (que não mudou nada em quase trinta anos), que detesto quando a voz de outro artista 'canta junto'. Basta ele, e pronto, oras! :)

* Reparei que ele faz diversas referências explícitas a obras da literatura universal e de diferentes estilos musicais. Muito elegante e culto esse moço! :)

* Ele assume as suas auto-referências de maneira bem madura. Adorei essa defesa do 'DNA expresso' nas suas criações, que eu curto tanto.

* Ele passa o tempo todo, nas canções e nas crônicas, se auto-analisando. Coisa da idade, né? :-} Parece que ele já se auto-aceitou, e não fica mais se fazendo de falso modesto. Isto já é uma evolução na vida de um artista. (Mas se identificar com o elemento químico Mercúrio (Hg) parece beeem forçada. :P)

* Ele não deixou de falar dos momentos em que "deixou de ser criança", e eu fico pensando em como são esses momentos para um artista. Parecem momentos realmente esclarecedores.

Seja sobre as palavras, a ambiguidade e pluralidade das interpretações, o processo criativo, a emoção e a razão, a indústria cultural, a superficialidade das relações e da atenção do 'espírito do nosso tempo', ele consegue falar de detalhes do dia-a-dia refletindo sobre esses grandes temas. Ele é demais! =)

site: http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/4562307

LaraF 13/12/2013

delicioso de ler. frases lindas, historias engraçadas, pontos de vista inusitados e que fazem pensar... ;)

Vanessa 12/02/2014

Seis Segundos de Atenção... Dedique este tempo para ler um bom livro, o qual te apresenta situações cotidianas, gostosas e deliciosas de ler. Saboreie este momento. Palavras que te fazem refletir, sobre vida, cotidiano, sonhos.

Priscila 18/10/2020

Insights dos bons!
Livro ótimo, com muitas reflexões sobre o cotidiano!

"É possível que dois pontos de vista aparentemente opostos sejam verdadeiros e complementares. Talvez eu mude para não mudar. Talvez ser o mesmo num mundo diferente seja uma grande mudança.
Definições rígidas e simplificadas são legais pra começar uma conversa no ônibus ou no bar, mas estas certezas esquemáticas rapidamente nos deixam na mão, são incapazes de desenhar o universo.
Quando se abre o peito , talvez pintem talvez demais no papo. Mas a coisa começa a ficar interessante mesmo é nesse lusco-fusco, no espaço livre e verdadeiro que há entre ideias absolutas, mas falsas; buscando o que é permanente na mudança, sacando o que há de novo na repetição."

Bruno Olpor 15/01/2022

6 segundos de atenção
Uma obra rica, simples e despretensiosa aparentemente, divertida, musicada e dinâmica nos faz passear por reflexões que se dermos 6 segundos de atenção vamos ir além dos outdoors, mas tudo se conseguirmos ver apenas que está no outdoor da vez, pode ser bonito, interessante e certamente dirá mais sobre nós do que nós mesmos diríamos.
Uma obra incrível com toda a certeza é sei que se ao ler a gente der 6 segundo de atenção vamos sair ricos desse oportunidade em forma de livro.

covattimarquesyasmin 02/02/2024

Seis segundos de atenção
Nessa narrativa acompanhamos os pensamentos e reflexões de Humberto Gessinger, que nos fazem ter novas perspectivas e entender melhor as pequenas coisas.

dariostradlin 19/08/2022

Só um rascunho
Este livro não conta uma história. Conta várias e não conta nenhuma. Na verdade, ele diz muito e não diz coisa alguma.

Seis Se6undos de Atenção é um livro com muitos pensamentos, ideias do Humberto. Alguns chamariam de crônicas, mas não acho que seja por aí. Não é um livro que todos irão gostar, nem mesmo se você for um dito grande fã dos Engenheiros. Acontece que este tipo de livro tem um tipo certo de público, que certamente não sou eu.

Não estou dizendo que o livro é ruim, até porque o classifiquei como "bom e meio". É que não faz o meu estilo. Uma das passagens do livro diz que quando criticados, gostamos ou odiamos algo, isso pode dizer mais sobre nós mesmos do que sobre o algo em si. E concordo com isso, eu não gostei muito, mas outros acharão uma peça fundamental sobre o Humberto e que deve ser conhecida.

Um exemplo disso é que o Lucas Silveira, vocalista da Fresno, escreveu um livro parecido (Amores impossíveis e outras perturbações quânticas) e eu gostei bem mais do que esse do Humberto. Não porque seja melhor, mas porque acompanho mais o Lucas, o conheço mais. Logo, tenho mais interesse.

Talvez a proposta do livro seja exatamente o que o título diz, dar alguns segundos de atenção ao que o Humberto tem a dizer. Por que seis? Não sei.