Enterro celestial

Enterro celestial Xinran




Resenhas - Enterro Celestial


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Alê | @alexandrejjr 04/06/2021

Uma força incontrolável

A chinesa Xinran Xue é uma contadora de histórias formidável. Eu já havia lido dela o impactante e magnífico trabalho sobre a condição das mulheres que enfrentaram as contradições sociais de seu país em “As boas mulheres da China”, e neste “Enterro celestial” ela me presenteia, mais uma vez, com o inesperado.

Permeado por um tom intimista característico da autora, “Enterro celestial” mostra, na superfície, a história de um amor verdadeiro sem fronteiras de tempo e espaço. Shu Wen é a mulher que vai atrás de Kejun, seu amado desaparecido no Tibete, em uma busca que dura três décadas. Nas camadas mais profundas da narrativa, no entanto, Xinran analisa a cultura tibetana, proveniente de um lugar místico marcado por excentricidades além do alcance da razão, e mostra as particularidades das relações humanas em situações de limite emocional.

Muito mais do que falar dos outros ao apontar sua lupa social para o inusitado, Xinran fala de si e de sua percepção do mundo. Em “Enterro celestial”, a sensação de surpresa vai pegando os leitores como se fosse uma boneca matrioska, como se a cada capítulo novo descobríssemos uma história dentro da história.

Em meio a lamas tibetanos, rituais e templos religiosos, montanhas, abutres sagrados e as intragáveis guerras que teimamos em repetir ao longo da história, Xinran tira nos detalhes o que importa. E no fim, como um “Romeu e Julieta” oriental muito mais trágico, entendemos que o amor, quando verdadeiro, é uma força incontrolável.
Nicole 04/06/2021minha estante
Que interessante, fiquei com vontade de ler!


Alê | @alexandrejjr 04/06/2021minha estante
É sim, Nicole. E é uma viagem por essa cultura oriental mais ligada à espiritualidade.




Thamiris.Treigher 06/11/2022

Um relato íntimo e emocionante
Depois de ler "As boas mulheres da China", Xinran também me fisgou completamente nessa obra. Em "Enterro Celestial", ela conta a história real de Shu Wen, uma chinesa que procurou seu marido, Kenjun, por 30 anos no Tibet.

Xinran tem um dom magnífico de contar histórias reais e fortes de uma forma avassaladora, que prende do começo ao fim.

Kenjun se alistou no Exército Popular e, apenas três semanas depois do casamento, foi convocado para a frente tibetana. Dois meses depois, Shu Wen recebeu a notícia de seu desaparecimento, sem maiores explicações ou esclarecimentos. Ela então parte para o Tibet em busca de Kejun ou, pelo menos, de uma explicação.

A jornada de Wen em um país desconhecido, com uma língua diferente e com costumes muito singulares é magnífica, emocionante, angustiante, cheia de camadas e histórias marcadas pelo amor, descoberta e espiritualidade.

Magnífico! O objetivo é ler tudo que Xinran escreve!
Leonhard 07/11/2022minha estante
O resumo ficou legal, me lembrou chamada antiga da Globo. Senti falta só daquela voz grossa "versão brasileira, Hebert Richard". Hahahaha...


Thamiris.Treigher 07/11/2022minha estante
Hahahah meu Deus, ameeeei




Camila Borges 09/09/2021

Só leiammm
Essa é daquelas histórias que deixam uma marca na gente e é impossível de largar até saber como termina. Conhecer a vida da Wen por meio das palavras da Xinran é uma experiência única, sério, só leiam.
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Edu Trindade 13/08/2009

Celestial
Superou todas as minhas expectativas. Confesso que não é o tipo de livro que chamaria minha atenção: parece ser mais um relato de jornalista sobre uma viagem obscura por uma terra idem. Mas é muito mais que isso. É uma história acerca de pessoas e, sobretudo, de sentimentos. Impossível não ser tocado pela lição de vida da protagonista, e impossível não se surpreender com o Tibete que se apresenta aqui, uma terra onde as disputas políticas estão longe de ser o mais relevante.
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Tania_Lamara 21/01/2022

Resenha somente para estatística
Estou reorganizando meu skoob com livros que li há alguns anos e não estavam aqui. A maioria estava no ORELHA DE LIVRO. Portanto, muitos deles não me lembro tão bem da história para fazer a resenha. Portanto essa é mesmo uma forma de entrar pra estatística quando eu precisar. Espero que entendam!!!!
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Daniela742 04/09/2022

Jornada
Por onde começar a elogiar o trabalho belíssimo de Xinran? É incrível o modo como ela conta as histórias das mulheres da China, sua delicadeza e sensibilidade na escrita, na apresentação desses personagens. A beleza de uma narrativa da literatura da vida real!

A história de Shu Wen é inacreditável e mergulhar nessas páginas é sentir um pouquinho do peso dessa jornada. Uma das magias do jornalismo é esse sentir-se atravessado, uma travessia de formação. É impossível conhecer essa história sem ser impactado pela vida dessa mulher e sem deixar que o relato ecoe, pelo menos por algum tempo, em nossa cabeça.

Muita gratidão a minha prof por ter me apresentado essa escritora e possibilitar que eu também fosse atravessada por essas histórias.
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Wagner 04/11/2016

PEQUENA WEN,

(...) Exatamente como são lidos os livros, uma palavra de cada vez, são percorridas as estradas, um passo de cada vez. Quando tiver terminado de ler este livro, você e Kejun vão pegar a estrada para casa.
Sua mãe e seu pai esperam sua volta (...)

in: XINRAN. Enterro Celestial. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. pp 23.
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larissa.wayne 03/07/2021

Celestial
Finalmente me senti preparada pra fazer uma resenha desse livro.

A história verídica de Shu Wen mudou minha visão sobre fé e amor. É um relato incrível sobre uma mulher incrível.

É uma leitura leve e emocionante, cada minuto lendo vale a pena.
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Lynnë 22/11/2011

Maravilhoso como todos os livros de XINRAN. É um universo belíssimo, cheio de perseverança, amor e humildade. O encontro de dois mundos tão próximos e tão distantes.

Fiquei fascinada pela história quando essa ainda é cutada em 'As boas mulheres da china". E com certeza o relato total não decepciona, e como XINRAN, fiquei curiosa para descobrir mais dessa mulher incrível que é Wen.
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Rodrigo Brasil 09/03/2020

O silêncio das montanhas tibetanas.
Comprei este livro sem saber o conteúdo. Ao ler a sinopse vi que se tratava de uma história real. Achei interessante.
E o título? O que é um enterro celestial?
Neste grande livro, acompanhamos a vida de Shu Wen, médica chinesa, que aos 26 anos viaja ao Tibet em busca de seu marido.
Ele tinha partido para o Tibet para lutar na Guerra da Libertação. Porém, Shu Wen recebera o anúncio de sua morte.
Inconformada e sem grandes explicações, Wen parte para encontrar respostas.
Lá, encontra uma outra cultura, uma civilização mais atrasada economicamente, vivendo basicamente do campo.
A solidão das montanhas, a extensão das pastagens e os rituais sagrados tibetanos são descritos.
Uma linda história de vida. Em alguns momentos é até difícil acreditar. Mas no final, só queremos mais.
Mais de Wen e sua incansável luta pelo amor.
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@tenbooks10 31/12/2018

Enterro Celestial
Antes de falar sobre esse livro, eu gostaria primeiramente de fazer uma pequena introdução sobre o local onde ele se passa, pois imagino que – assim como eu – muitos não conheçam sua história.
O Tibet, situado no planalto da Ásia - ao norte da cordilheira do Himalaia -, é a região mais alta do mundo. Seu pico mais conhecido, o monte Evereste, está localizado entre a sua fronteira com o Nepal. O Tibet foi e ainda é um território extremamente disputado.
A história de guerra entre o Tibet e a China teve início no século XVII, ao ser declarado território chinês. Em 1912, a região conquistou sua independência temporária. Entretanto, em 1950, o governo comunista chinês liderado por Mao Tse-tung invadiu o Tibet com o Exército Popular de Libertação. E é nesse momento que se inicia a história verídica contada pela escritora Xinran.
No ano de 1994, Xinran conheceu Shu Wen, uma chinesa que acabara de voltar do Tibet, onde vivera mais de trinta anos. Durante dois dias, a escritora ouviu toda a história de Wen.
Shu Wen, uma jovem chinesa nascida na cidade de Nanquim, vai estudar medicina na faculdade onde conhece seu futuro marido Kejun, que trabalhava como assistente de um professor.
A amizade entre Wen e Kejun cresce e se transforma em amor. Ao terminarem os estudos, decidem oficializar a união. Três semanas após o casamento, Kejun é convocado pelo Partido Comunista para servir no Exército Popular de Libertação. Assim, o exército providencia a transferência de Wen para a cidade de Suzhou, a fim de que ficasse próxima dos seus pais e irmã.
Menos de cem dias após o seu casamento, Wen recebe a notícia de que Kejun havia morrido. Inconformada com a falta de explicações sobre a morte do marido, Wen decide se juntar ao regimento e viajar para o Tibet.
A saga de Wen pelo Tibet em busca do seu amor ou, ao menos, de respostas, é de deixar qualquer um sem palavras. Uma típica chinesa da cidade grande tendo que atravessar um território imenso, deserto e desconhecido, movida somente pela fé e pelo amor ao marido, é tão surrealmente maravilhoso que parece até fantasia.
Ao longo da sua jornada, Wen precisou contar com a ajuda do povo tibetano que, lembremos, estava em guerra com a China. E, mesmo assim, encontrou pessoas solidárias, devotas do budismo e dispostas a ajudar na sua sobrevivência e busca. Wen viveu durante anos sem qualquer contato com a civilização chinesa, viajando na companhia de uma família nômade tibetana e guiando-se somente pela natureza.
Além de contar a história de Wen, Enterro Celestial é um rico relato sobre a cultura tibetana. Nele aprendemos sobre a forma de viver desse povo, suas vestimentas, alimentação, ritos religiosos, ligação com a natureza, etc.
A autora claramente dedicou tempo na sua pesquisa sobre o Tibet para narrar a história de Wen o mais fielmente possível.
Termino a minha resenha com uma passagem do livro:
“No Tibet as pessoas se entregam inteiramente nas mãos do céu e da natureza. Até as montanhas, a água e as plantas falam de fé.”

site: https://www.instagram.com/p/BsD8n7AAXNs/
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Matheus945 17/01/2021

Om mani padme hum
Segundo livro que leio da Xinran, e mais uma vez ela remexe e vibra dentro de mim. Nunca imaginei que exploraria o Tibet, uma região que eu só conhecia pelo budismo e montanhas, e agora, depois desse livro monumental, ele toma forma na minha mente como um lugar vivo e pulsante.

Esse livro me fez pensar muito em muitas coisas: a força do amor, a força da perseverança, a força da religião, a força humana e mais que isso, a força da mulher. Eu não consigo pensar nesse livro sem querer chorar, de verdade, é uma história muito potente. Como será que a Xinran consegue aguentar tantas vozes dentro de si? Todas elas contando histórias que de tão absurdas, são as mais reais.

Nunca tinha sentido esse tipo de coisa com uma religião por ser ateu, mas ao ver como toda uma nação se devota a ela fielmente de forma tão pura, é impossível não se empatizar. Eu agora quero ir pro Tibet acompanhar todas essas cerimônias, até, quem sabe, um enterro celestial.
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Karlla.Daltro 27/03/2022

UM LIVRO SINGULAR
Esse é o segundo livro da escritora chinesa Xinran a ser lido por mim. Ele também é o segundo livro dela a ser publicado aqui no Brasil.

Enterro Celestial conta a história de uma médica nascida na China que embarca uma viagem rumo ao Tibete em busca do marido, supostamente morto em conflito.

Xinran narra essa história tão maravilhosamente bem, que nos vemos imersos a essa história verídica como se fosse uma conversa com algum ente querido antigo, sabe ?

Wen depois de apenas 100 dias de casada, recebe a notícia de que seu marido está morto. Ela foi informada através de um telegrama seco e insensível que não dá maiores explicações sobre quando, onde, por que e em quais circunstâncias Kejun foi morto.

Sozinha e desolada, Wen se alista no Exército e pede para ser mandada para a mesma unidade e o mesmo local em que o marido servira. Inicia ali uma viagem para chegar às imponentes montanhas Bayan Har, viagem que duraria 30 anos.

Mas por que "Enterro Celestial"? O título do livro diz respeito ao ritual sagrado dos tibetanos de esquartejar o corpo dos mortos e entregá-los para serem comidos pelos abutres. Para seus adeptos, esta é uma forma de o espírito que abandona o corpo ascender aos céus. Os abutres, tidos como animais nobres sagrados, seriam os responsáveis por levar, em seus bicos, o espírito do morto até os céus, apressando a reencarnação.

Um desentendimento entre chineses e tibetanos enquanto o ritual estava sendo realizado é a chave para que Wen ponha fim à sua espera de três décadas.

Xinran tem o poder de contar histórias de mulheres invisibilizadas por uma cultura repressora. O foco é na personagem Wen e em toda a sua complexidade. É uma história de devoção de uma mulher à vida que levou ao lado de um companheiro e muito mais além.

Depois desses 30 anos, Wen obtém a sua resposta. Ela encontra o marido... ou não?

O choque de cultura é essencial nessa narrativa. Rituais pode resultar o entendimento e a empatia ou então um embate fatal.

Vale a pena a leitura. São 160 páginas de uma leitura extremamente fluída e com informações que ecoam em meus pensamentos até hoje...

site: www.instagram.com/projetolerautoras
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