Contos Voltaire

Contos Voltaire Voltaire




Resenhas - Contos Voltaire


9 encontrados | exibindo 1 a 9


escritora.A.Santos 08/02/2024

Filosófico e reflexivo
Confesso que quase desisti da leitura em determinado conto, mas valeu muito a pena continuar! O livro traz contos que abordam várias facetas do ser humano de forma reflexiva. É também cheio de aventuras e ideias próprias da época na qual foi elaborado. Contém críticas e levanta questões sobre sociedade e religião, ainda assim, apresenta romance e drama em alguns contos.
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Luana 10/09/2023

Simplesmente Voltaire
Os contos de Voltaire são diversas críticas de aspectos da sociedade desde a religião até os costumes hipócritas da sociedade.
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Filipe 13/08/2023

Todos os contos aqui reunidos carregam grande bagagem de humor e críticas sociais nas mais diversas formas, explícitas e implícitas. A capacidade de Voltaire de ter inventado alguns destes contos de uma vez e de cabeça durante um jogo é fantástica.

Girando em torno de personagens fortes e questionadores, essa coletânea é um convite à reflexão sobre as semelhanças que uma sociedade de quase 300 anos atrás tem em comum com a atual.
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Daniel.Alcantara 30/04/2022

Livros que todos deveriam ler
Contos do Voltaire
Tradução por Roberto Domênico Proença
Editora Nova Cultural
Títulos originais: Zadig ou la Destinée - Histoire Orientale; Le Monde Comme il Va - Vision de Babouc, Écrit par Lui-Même; Memnon ou la Sagesse Humaine; Micromégas, Histoire Philosophique; Histoire des Voyages de Scarmentado Écrite par Lui-Même; Candide ou L'Optimisme; Histoire d'un Bramin; Le Blanc et Le Noir; Jeannot et Colin; L'Ingénu - Histoire Véritable Tirée des Manuscrits du Père Quesnel; L'Homme aux Quarante Écus

A primeira vez que li esta coletânea eu tinha meus vinte e poucos anos. Eu me encantei com a forma com que Voltaire aborda questões filosóficas importantes e com a maneira simples dele escrever. Mais tarde quando li "Assim falou Zaratrustra" do Nietzsche, me deparei com o mesmo estilo de escrita.
Estes contos de Voltaire me trazem um novo mundo, uma nova maneira de pensar e uma acessibilidade a questões filosóficas importantes, assim como Nietzsche fez muitos anos depois. Dois livros que influenciaram muito na minha construção.

"(...) Às vezes me sinto à beira do desespero, quando penso que, depois de todas as minhas pesquisas, não sei nem de onde venho nem para onde vou nem no que me transformarei.
O estado desse excelente homem me causou verdadeira compaixão: ninguém tinha mais senso e boa-fé. Compreendi que, quanto mais luzes havia no seu entendimento e mais sensibilidade em seu coração, mais infeliz era ele.
Vi no mesmo dia a velha sua vizinha: perguntei-lhe se alguma vez havia ficado aflita por querer saber como era sua alma. Ela nem entendeu a minha pergunta: jamais em sua vida refletira sobre um só dos pontos que atormentavam o brâmane; acreditava de todo o coração nas metamorfoses de Vishnu e, desde que algumas vezes pudesse conseguir água do Ganges para se lavar, considerava-se a mais feliz das mulheres (...)".
(História de um Brâmane - Voltaire)
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Nolan 05/11/2021

Ótimo!!!
(Esqueci de resenhar esse)
Ótimo livro! Assim como o de Dostoiévski e de Tolstoy (que estou lendo agora) acabei lendo o antigo porque era do meu avô.
Tem vários contos, é uma leitura bem good vibes com alguns ensinamentos de vida. Muito bom mesmo :)))
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Paty 12/10/2020

Ótima reunião de contos e pequenas narrativas de Voltaire (inclui Cândido). Demonstra a variedade, a inteligência e humor do autor. Além disso, a edição é linda, com tradução de Mário Quintana ?, notas introdutórias a cada texto e boas notas explicativas.
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@fabio_entre.livros 17/03/2019

Filosofia e Sarcasmo
Antologia composta por onze textos, o volume “Contos”, lançado em 2002 como parte integrante da Coleção Obras-Primas, da editora Nova Cultural, reúne os trabalhos mais notáveis de Voltaire na ficção. O autor, um dos mais célebres pensadores do Iluminismo, destila nesses textos sua postura filosófica através de um humor que varia entre o sutil e o cáustico. Apesar do título, “Contos” também inclui trabalhos que, por serem mais extensos, podem ser classificados como novelas – a exemplo de “Zadig”, “Cândido”, “O Ingênuo” e “O Homem dos Quarenta Escudos”.
O livro começa com “Zadig ou O destino: História oriental”; parecendo ter saído das páginas de “As mil e uma noites”, essa história é dividida em 21 capítulos que discorrem sobre o jovem Zadig, conhecido na Babilônia por sua sensatez e sabedoria aguçadas. Entretanto, é essa mesma sabedoria que faz com que Zadig esteja constantemente em desgraça, perseguido por um destino fatídico. Através das desventuras tragicômicas de Zadig, Voltaire expõe o conflito entre ser feliz ou ser sábio e do que é necessário abrir mão para alcançar uma ou outra coisa.
Em “O mundo como está: Visão de Babuc escrita por ele mesmo” um anjo visita um homem de nome Babuc, a quem comunica a indignação dos espíritos celestes pela conduta dos habitantes da cidade de Persépolis; cabe a Babuc ir até lá a fim de fazer um relatório que decidirá se a cidade será ou não destruída. Tal tarefa não será simples, pois o personagem oscila frequentemente de perspectiva, conforme presencia a mesquinhez e a generosidade naquele lugar. A questão aqui é que o julgamento superficial não pode abarcar todos os aspectos de uma situação: não existe o totalmente branco ou preto; o que há são gradações de cinza.
“Memnon ou A sabedoria humana” apresenta um personagem que planeja obter sabedoria e felicidade com a maior facilidade, enumerando medidas que, em teoria, funcionam perfeitamente; porém, iludido por sua própria boa-fé, Memnon cai em desgraça física e moral, necessitando de intervenção divina para compreender seu fracasso filosófico.
“Micrômegas: História filosófica” é uma engenhosa mistura de ficção científica com sátira à maneira de Jonathan Swift: dois gigantes filósofos do espaço (um deles, o personagem-título, habitante de uma estrela e o outro, do planeta Saturno) viajam pela Via Láctea até chegar à Terra, que encontram habitada por “átomos” (os seres humanos). Daí discorre um divertido diálogo entre os terráqueos e os extraterrestres, sobre questões científicas e metafísicas. Por sua vez, “História das viagens de Scarmentado: Escrita por ele mesmo” é uma crítica sarcástica aos dogmas e hábitos religiosos bárbaros presenciados por um narrador em 1ª pessoa nas viagens que realiza através da Europa, Ásia e África.
“Cândido ou O otimismo”, obra mais conhecida do autor, dispensa apresentações. Aqui Voltaire exprime-se no auge do vigor narrativo e da ironia ao narrar as aventuras quixotescas do jovem Cândido, sempre metido em apuros, tentando conciliar a condição humana com a filosofia otimista de seu mestre Pangloss. Já em “História de um brâmane”, o autor deixa de lado o humor e retoma o questionamento de “Zadig” ao narrar, no conto mais curto do livro, a inquietação de um brâmane que não é feliz porque filosofa demais.
“O branco e o preto” narra a história de um jovem apaixonado disposto a empreender uma viagem cheia de perigos a fim de reencontrar-se com sua amada, princesa de uma região longínqua. Para auxiliá-lo, ele conta com os conselhos sempre opostos de seus dois criados: Topázio e Ébano, os quais são alegorias do bem e do mal decorrentes de nossas decisões e ações . “Jeannot e Colin” é outro conto que reflete questões morais ao tratar da vida de dois amigos de infância separados pela mudança de status social de um deles, que se torna fútil e estúpido, enquanto o outro permanece leal e diligente.
Nos dois últimos textos do livro, Voltaire alia a observação ferina com uma crítica explícita à Igreja, ridicularizando a corrupção, concupiscência e mesquinhez dos membros do clero. “O Ingênuo: História real, tirada dos manuscritos do padre Quesnel” começa narrando o choque cultural decorrente da chegada de um hurão ao litoral francês. Desde as dificuldades dos religiosos em catequizar o “selvagem” nos dogmas do catolicismo até o desdobramento melodramático que a história toma, chegando a um clímax trágico, o clero sempre exerce um papel desmoralizante sobre o protagonista. “O Homem dos Quarenta Escudos”, enfim, reflete a exploração abusiva dos socialmente desfavorecidos pela Igreja e pelo Estado.
Depois deste textão, só resta concluir: este livro é uma preciosidade que merece ser apreciada, mesmo por quem não gosta particularmente de filosofia; a língua de Voltaire devia estar até hoje conservada em formol para a posteridade.
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Luciano Luíz 03/05/2016

Em 2002 a editora Abril através do selo Nova Cultural relançou pela infinitésima vez a Coleção de Clássicos da Literatura Universal. Essa seleção geralmente é republicada de 7 em 7 anos. Sempre muda as dimensões dos livros e visual (capa mole, dura, de bolso, grande, papel off set, pólen, etc.) e é comum repetir diversos autores e obras. Esse volume comprei em 2003 numa banca que tinha (não sei se ainda existe) na rodoviária.
CONTOS de VOLTAIRE é uma coletânea da mais alta qualidade As estórias repletas de humor, inteligência e sabedoria. Os contos inclusos nessa edição:

ZADIG ou O DESTINO (HISTÓRIA ORIENTAL) Zadig é um cara honesto e de profunda sabedoria. É inteligente e não muito esperto. Tudo o que faz é pro bem do próximo, mas eventualmente, Zadig se fode. E quando acha que está fazendo algo errado, geralmente dá certo e vice-versa. Provavelmente um dos contos mais conhecidos. Impossível não se divertir e se emocionar com esse personagem que anda por diversas regiões, sofre, ama e quer tão somente ser feliz ao lado de uma mulher que tocou de forma especial o coração. Todos os capítulos são rápidos e com ótimos diálogos. Sem dúvida, o livro já vale por esse conto.

O MUNDO COMO ESTÁ (VISÃO DE BABUC, ESCRITA POR ELE MESMO) Babuc está de boa e de repente um anjo aparece e lhe diz para ir a cidade de Persépolis. Lá ele deve observar os cidadãos e depois reportar o que acha deles. Dependendo da resposta, o anjo vai destruir Persépolis. Esse texto é semelhante ao conto bíblico (e assim como outros tantos), porém, mais rico em detalhes em todos os sentidos. Muito interessante a forma como Babuc vê, ouve e compreende sobre os muitos tipos de pessoas que dão vida a Persépolis. É um bom conto, mas nada espetacular.

MEMNON ou A SABEDORIA HUMANA Aqui temos um cara que faz de tudo para se tornar o sábio dos sábios e assim passa por algumas desventuras. É parecido em alguns aspectos com Zadig.

MICRÔMEGAS (HISTÓRIA FILOSÓFICA) Um Ser de dimensão colossal chega em Saturno e lá conhece um anão gigantesco (mas menor que o visitante), então passeiam pelo sistema solar até chegarem à Terra, um minúsculo globo aparentemente inabitado... Esse conto reúne uma gama de conhecimento fictício e real espetacular.

HISTÓRIA DAS VIAGENS DE SCARMENTADO (ESCRITA POR ELE MESMO) Um cidadão que viaja por diversos países e se mete em algumas situação nada agradáveis. Mesmo estilo de outros textos.

CÂNDIDO ou O OTIMISMO mais uma estória repleta de personagens que passam pelas desventuras da doença, miséria, escravidão e o que mais for imaginável... Talvez o maior clássico de Voltaire.

HISTÓRIA DE UM BRÂMANE sobre a infelicidade de um sábio e a felicidade dos tolos.

O BRANCO E O PRETO mais do mesmo.

JEANNOT E COLIN no mesmo estilo.

O INGÊNUO (História Real, Tirada dos Manuscritos do Padre Quesnel) Outro similar.

O HOMEM DOS 40 ESCUDOS Também parecido, mas aqui temos um homem que vai conversando com outro sobre a economia atual e antiga e percebendo o quanto tem de gasto para sobreviver e sustentar o governo...

Enfim, apesar dos contos serem parecidos, são ótimos e conquistam com facilidade. Sem contar que mostram o quanto a ambição dos homens sempre foi algo do cotidiano, independente de como é a sua sociedade.

Nota: 10

site: https://www.facebook.com/L-L-Santos-254579094626804/?fref=ts
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