The Cuckoo

The Cuckoo's Calling Robert Galbraith




Resenhas - The Cuckoo's Calling


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Vinícius 14/07/2013

www.o-livreiro.com
The Cuckoo’s Calling, de Robert Galbraith, é uma estreia criminal maravilhosamente divertida, que, embora não possua nada de incrivelmente original, funciona muito bem.

Em primeiro lugar, há o personagem principal, Cormoran Strike — um veterano de guerra ferido, com um passado conturbado, uma vida amorosa danificada e com problemas financeiros alarmantes. No primeiro momento em que nos deparamos com o protagonista, ele está dormindo em seu escritório. Strike abandonou o exército, e, após isso, estabeleceu-se como detetive particular. O único problema é a falta de clientes — e do pagamento dos clientes que ele, portanto, não possui. Também somos apresentados à Robin Ellacott, assistente de Cormoran recentemente contratado. Tanto Strike quanto Robin são personagens totalmente cativantes, pelos quais nos preocupamos profundamente do início até o final desta obra.

Strike é convidado para investigar o crime de uma supermodelo famosa, que cai (ou é empurrada) de sua sacada em uma noite de inverno em Londres, Inglaterra. A falecida Lyla Landy — conhecida por seus amigos como Cuckoo — é a filha adotiva de uma família rica e seu irmão postiço, John Bristow, insiste que ela não tinha quaisquer pensamentos suicidas quando encontrou-se com ela naquele mesmo dia. Quando Strike se propõe a investigar o crime, somos apresentados a um elenco complexo e deliciosamente bem construído, repleto de nuances e que, de fato, se sobressai.

Ainda que a trama de The Cuckoo’s Calling seja realmente muito simples, ela funciona com primazia. O autor criou, aqui, um cenário totalmente realista. Londres, embora seja o pano de fundo, torna-se praticamente um personagem extra enquanto Strike caminha por suas ruas. Não fosse o bastante, há o enredo satisfatório (que merece ser destacado) e a quantidade notável de suspeitos para o crime, que embaraçam ainda mais nossas mentes em dúvidas com relação à sua resolução.

Eu diria que Cormoran Strike é a melhor novidade do gênero de investigação criminal dos últimos tempos. O personagem de Galbraith merece uma série só sua e espero poder acompanhá-lo em muitos mais livros. Há vislumbres tentadores do seu passado, os quais poderiam ser explorados com eficácia em possíveis continuações; e se estas de fato vierem a existir, peço ao autor que seja um pouco mais gentil com Strike, oferecendo-o, pelo menos, um lugar adequado onde ele possa dormir.

Se você gosta de romances policiais bem escritos, afiados e inteligentes, The Cuckoo’s Calling é a pedida certa; a qual você apreciará integralmente.

Este é o grande começo para o que, esperamos, se torne uma longa saga.

*Resenha escrita originalmente em 04 de Junho de 2013, por Susan, antes de J.K. Rowling revelar-se autora do livro.
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VictAria109 12/10/2020

Recomendo
A autora de Harry Potter veio a escrever essa série de livros, que tem como tema um romance policial.

A história envolve um detetive particular e sua ?secretária? (soon-to-be partner) e a cada livro existem casos a serem resolvidos ao mesmo tempo em que abrange a vida pessoal dos personagens.

O livro é publicado sob o pseudônimo de Robert Galbraith, acredito que seja pela mudança absurda do gênero literário, pois J.K Rowling inicialmente escrevia para um público mais jovem.

Eu comecei a ler para expandir meu vocabulário em inglês, mas a história me interessou bastante e hoje estou terminando o terceiro livro da saga.
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PorEssasPáginas 11/08/2013

Resenha The Cuckoo's Calling - Por Essas Páginas
Sábado à noite, estou numa igreja esperando pacientemente a minha vez de entrar na fila para ter meu livro autografado por Neil Gaiman, quando recebo uma notificação atrás da outra no facebook. A Lany havia postado um link para um artigo dizendo que não conseguia acreditar mas que havia um novo livro da J.K. Rowling e os comentários chegavam a níveis absurdos no meu feed. Como apenas alguns dias atrás havia ressurgido um rumor de que Ms. Rowling escreveria outro livro de Harry Potter, eu achei que essa notícia fosse apenas “mais do mesmo” e não dei muita bola. Somente ao ler o artigo, ver que não se tratava de Harry Potter, que ela havia usado um pseudônimo, e que a notícia havia sido postada pelo The Leaky Cauldron (o fansite que eu mais confio) foi que minha ficha caiu. Havia um novo livro de J.K. Rowling. Nas prateleiras. Tipo agora!! Embora eu estivesse desesperada para correr até a livraria mais próxima naquele momento, me resignei, adquiri o audiobook imediatamente no celular (só pra garantir), e resolvi esperar até o dia seguinte para procurar uma cópia física de The Cuckoo’s Calling. Por sorte a minha livraria ainda tinha duas cópias, e eu as peguei imediatamente (uma para mim, e uma para uma amiga); no final do domingo, com a notícia tendo se espalhado, o livro já estava esgotado tanto em lojas físicas quanto online, e uma segunda edição com tiragem de 300,000 cópias – e o nome de J.K. Rowling na jaqueta – ainda é ansiosamente aguardada. Aqui no Brasil, os direitos foram adquiridos pela Rocco, a mesma editora responsável pela publicação de Harry Potter.

Após o choque de termos um novo livro escrito por J.K. Rowling ter diminuído sensivelmente, me joguei de cabeça na história sem saber muito o que esperar além de ser entretida. A insegurança que senti ao ler Morte Súbita não se fez presente dessa vez, talvez pelo choque em saber que havia um novo livro dela e ter começado a ler no dia seguinte, talvez pelo fato de que com Morte Súbita, ela apagou toda e qualquer suposta dúvida que eu tivesse sobre seu talento em me fazer me importar com seus personagens. Na verdade, eu estava preparada para não gostar de The Cuckoo’s Calling; sou incrivelmente chata com histórias de detetives porque geralmente consigo adivinhar o que vai acontecer, e me forçava para tentar separar a artista de sua arte; acredito que mesmo se eu tivesse lido o livro sem saber sua verdadeira autoria, eu teria adorado da mesma forma.

A história de The Cuckoo’s Calling é simples: Lula Landry, modelo rica e famosa, caiu da sacada de seu apartamento numa noite fria de Janeiro. Sua vizinha jura que a ouviu discutindo com um homem segundos antes de vê-la passar por sua janela rumo à morte, mas a polícia descartou essa possibilidade e tratou o caso como suicídio. John Bristow, o irmão de Lula Landry, não acreditava que ela pudesse ter se matado, e baseando-se em imagens de câmeras perto do prédio que captaram um homem deixando a cena do crime, contratou um detetive particular para investigar o caso. E então nós conhecemos Cormoran Strike, veterano de guerra, peludo, recém-separado de sua noiva, e atolado em dívidas. Strike perdeu uma perna no Afeganistão; eu e meu amigo Murilo estávamos trocando figurinhas enquanto líamos, e do nada ele me manda uma mensagem dizendo: ”ué, como assim, mano, ELE NÃO TEM UMA PERNA DESDE O COMEÇO? pera, deixa eu imaginar tudo de novo!” Como eu havia lido a sinopse, eu sabia desse detalhe, mas a reação do Muri me fez pensar em como isso afeta a vida de Strike mas em momento nenhum o define: ele ter somente uma perna faz parte dele, mas não É ele e o fato de você não perceber isso logo de cara na narrativa me deixou intrigada para conhecer Strike, saber quem ele é por trás de sua aparência.

“He had never been able to understand the assumption of intimacy fans felt with those they had never met.”

Temos também Robin, a secretária temporária que sonhava em ser detetive. Robin se mudou para Londres para morar com seu namorado – agora noivo – Matthew. A agência de empregos a enviou por engano para ficar uma semana, mas Strike acreditava ter cancelado seu contrato. Apesar de não ter mais condições financeiras de manter uma secretária, Strike decide ficar com Robin por aqueles cinco dias; ele fica impressionado com sua eficiência, limpeza e discrição, e quando Robin oferece sair da agência e trabalhar pra ele por conta até que arrume outro emprego, Strike aceita sem pestanejar. A amizade forjada entre eles não é instantânea, eles são muito diferentes para isso, e Strike sempre coloca obstáculos, tentando se manter profissional.

“How easy it was to capitalize on a person’s own bent for self-destruction; how simple to nudge them into non-being, then to stand back and shrug and agree that it had been the inevitable result of a chaotic, catastrophic life.”

A investigação é narrada com detalhes, mostrando as dificuldades enfrentadas para conseguir entrevistas com amigos e familiares de Lula, examinando os mínimos detalhes da vida da modelo e do dia anterior ao seu suposto suicídio. Isso me lembrou um pouco os métodos empregados pelo meu detetive favorito, Hercule Poirot, e eu só posso desejar que Cormoran Strike tenha uma carreira tão promissora quanto à do pequeno belga. Pra quem gosta daqueles mistérios sem resolução, nós temos a história da mãe de Strike, cuja morte também foi considerada um suicídio; sabendo quem escreveu o livro, não posso deixar de pensar que essa é uma linha da história que será explorada posteriormente. Mas devo confessar que o que eu mais gostei em The Cuckoo’s Calling foi a sensação de que nós conhecemos os personagens: eles saltam das páginas e se tornam reais, nós sabemos seus problemas, suas aflições e desejos, eles abrem as portas de suas vidas para que a gente entre sem pedir licença. Talvez os fãs ferrenhos de ficção de crime e mistério não achem a trama original (especialmente agora que todos sabem que o livro foi escrito pela Jo, e ainda existe um preconceito com relação a ela, uma vontade inexplicável de que ela falhe ou de que pare de escrever), mas como leitora de vários gêneros, posso dizer que The Cuckoo’s Calling me deixou extremamente feliz com seu desenvolvimento cheio de ironias sutis, e com seu desfecho que apesar de eu ter imaginado por dois segundos, não ter conseguido desenvolver uma teoria satisfatória. Posso dizer com convicção que mal posso esperar pelo segundo volume da série – que sairá em 2014 – para ver aonde Cormoran Strike me levará dessa vez.

Apesar de amar J.K. Rowling com todo o meu coração, e estar curiosa para saber qual a próxima história na qual ela fará com que eu me perca, eu tiro o meu chapéu e proponho um brinde à Robert Galbraith: que sua carreira seja longa e promissora! E quem quiser saber um pouquinho mais sobre Robert, ele tem uma conta no twitter, e seu site oficial está no ar – no qual Jo responde à várias perguntas, inclusive sobre o motivo que a levou a usar um pseudônimo masculino e porque exatamente “Robert Galbraith.” Assim como The Cuckoo’s Calling, vale a pena conferir!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-the-cuckoos-calling
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RqHaak 11/02/2021

J.K sendo J.K. Perfeita como sempre.
Pra quem gosta de ler crimes, super indico.
Depois de Sherlock Holmes e Dr. Watson, Cormoran Strike e Robin Ellacott viraram meus investigadores privados preferidos ??
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luisgoulart 15/02/2014

Resenha: O Chamado do Cuco
Fiz uma resenha no meu blog
Quem quiser, dê uma lida =)

site: http://talksandlaughs.wordpress.com/2014/02/15/o-chamado-do-cuco/
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Arthur 19/07/2013

Dois personagens pra chamar de "favoritos" (não há spoiler)
Como um amante de livros de detetives e amante da J. K. Rowling pelos seus fantásticos outros lançamentos, não esperei duas vezes pra ler "The Cuckoo's Calling".
Parei todas as minhas outras leituras pra isso, e deixa eu dizer uma coisa? Valeu a pena.
O livro tem uma premissa bem básica. Todos já devem saber: uma supermodelo que supostamente se suicidou. Seu irmão adotivo não concorda com a conclusão da polícia, suspeitando de homicídio. Aí que entra nosso grande personagem, contratado por esse irmão adotivo, o novo detetive que queremos que nos acompanhe por mais muitas outras histórias: Cormoran Strike. Um dos personagens mais carismáticos e legais de todos os tempos. Ele está meio quebrado de dinheiro e contrata secretárias temporárias, no caso, durante esse período ele contrata a Robin, muito eficiente e prestativa. Os dois juntos são absolutamente hilários e super legais.
Enquanto não há nada de inovador na tragédia em si, você continua tendo os momentos legais de "Oh - My - God" (Janice) no final do livro quando você acaba descobrindo tudo. O livro é grande, mas se lê muito rápido, porque te prende pra caramba. 5 estrelas. E como já disse a Tatiana Feltrin, "entretenimento do melhor nível".

Parabéns J. K., cada vez mais mostrando conteúdo nos livros e que é realmente um storyteller like no other.
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Juliana 13/08/2013

Muito envolvente
Pra quem já é acostumado a ler livros de mistério, a narrativa um pouco lenta do início não vai incomodar. Não tem como não identificar muito do estilo de escrita da J.K. Rowling no livro, independente da linguagem mais madura e pesada. Os personagens são cativantes e eu realmente fiquei surpreendida com o final. O que me deixou mais decepcionada mesmo foi essa com essa modelo nada a ver na capa do livro...a Lula Landry era negra...
Gostei muito da dinâmica entre Striker e Robin, a velha fórmula do detetive brilhante e seu assistente esperto nunca falha! O trocadilho com o nome Robin também foi genial!
Garantia de uma boa leitura!
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vollzin 20/08/2013

Resenha do livro “The Cuckoo’s Calling”, de Robert Galbraith
Com um prólogo visual que descreve a cena da morte de uma modelo, mostrando os detalhes do cenário dividido por policiais que investigam o que acabou de acontecer, paparazzi, repórteres e curiosos que se agrupam em grande número em frente ao flat em busca de saber o que levou a famosa Lula Landry a cair de sua sacada com destino à morte, “The Cuckoo’s Calling” inicia prometendo muito mistério e uma grande narrativa.

Depois de três meses do chocante suposto suicídio de Lula, uma modelo que está no ápice de sua carreira, com diversos projetos e contratos milionários com estilistas, seu irmão, John Bristow, descontente e incerto sobre o que a polícia descobriu sobre o caso, vai atrás de Cormoran Strike, um detetive ex-membro da polícia militar e veterano do Afeganistão que além de uma ferida de guerra carrega diversas outras de sua vida conturbada.

Strike, na primeira conversa com John, tenta recusar a oferta, está claro que o que aconteceu a Lula não foi mais que um fim triste para uma vida problemática repleta de problemas mentais e com drogas, mas, por estrar precisando muito de dinheiro e com a oferta irrecusável do rico advogado, ele acaba aceitando investigar o caso que já teve uma conclusão crível. Com isso, Strike vai atrás de...

(continua em Vollzin.com)

site: http://www.vollzin.com/2013/07/cuckoos-calling/
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Bia Regina 26/08/2013

Muito bom.
O roteiro é um arroz com feijão de todo livro de investigação que se preze. Para quem é acostumado com esse tipo de literatura, não é difícil de identificar o final do livro. Todos os personagens porém, são muito bem caracterizados e todos eles são muito fáceis do leitor se identificar. Leitura leve e prazerosa.
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06/10/2013

Quando uma perturbada modelo despenca para a morte de uma varanda coberta de neve, fica assumido que ela cometera suicídio. Entretanto, seu irmão tem suas dúvidas e telefona um detetive particular, Cormoran Strike, para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra – ferido física e psicologicamente – e sua vida está uma bagunça. O caso lhe fornece uma salvação financeira, porém com um custo pessoal: quanto mais ele se aprofunda no complexo mundo da jovem modelo, mais sombrias as coisas vão se tornando – e mais perto ele fica do terrível perigo…

Um elegante e dominante mistério mergulhado na atmosfera de Londres – desde as silenciosas ruas de Mayfair aos bares clandestinos de East End até a agitação de Soho – “O Chamado do Cuco” é um livro extraordinário. Apresentando Cormoran Strike, este é o aclamado primeiro romance criminal de J.K. Rowling, escrevendo sob o pseudônimo de Robert Galbraith.

Claro que depois de descobrir que esse livro era da Queen, Goddess Rowling (aliás, isso me lembra de um comentário que eu recebi uma vez reclamando de eu chamar a Rowling de Goddess. Apaguei o comentário porque achei muito insolente, e depois o blog é meu, eu chamo a mulher do que quiser, ninguém tem nada a ver com isso), claro que eu tinha que ler, né? E o resultado é que gostei muito do livro.

Cormoran Strike é um veterano de guerra amputado (ele não tem metade da perna direita), que acabou de levar um tremendo pé na bunda da noiva e está à beira da falência. É quando aparece em sua vida, vindo diretamente do passado, John Bristow, contratando seus serviços para investigar a morte da irmã, a top model Lula Landry, conhecida como Cuco. As investigações policiais indicam suicídio, e estão encerradas, mas John não está convencido disso. Assim, apela para o amigo de infância de seu irmão, Charlie. E como Strike precisa desesperadamente do dinheiro, ele topa a investigação, mesmo desacreditado pelas autoridades e outras pessoas próximas de Lula.

Strike é carrancudo, está amargurado e no momento não vê muitas perspectivas na vida, mas a investigação do caso Lula Landry traz um novo propósito ao detetive. E mesmo não acreditando muito na hipótese de assassinato, já que a modelo tinha transtornos psicológicos graves, muito provavelmente era bipolar, Strike leva a investigação com determinação e seriedade. Esse caso acaba sendo a salvação de Strike, em vários sentidos.

E aos poucos, somos atraídos junto com Strike ao mundo surreal de luxo e frivolidades das top models, a relação com a mídia e os extremos de bares suspeitos e bairros luxuosos de Londres. Nada é exatamente como parece e gradualmente Strike reconstitui os últimos momentos da vida de Lula, numa trama cheia de paranoia e conspirações.

E nesse meio conhecemos personagens interessantes, como Guy Somé, estilista e amigo de Lula, que tem língua afiada e uma obsessão por Lula, o irmão John, nervoso e super devotado à mãe doente, Ciara Porter, top model e melhor amiga de Lula, e o namorado desta última, Evan Duffield, músico e ator, viciado em drogas e de temperamento forte. Não dá para eu elaborar muito entre eles, porque eles aparecem relativamente pouco, e também porque todos eles, claro, são suspeitos de assassinar Lula.

Uma personagem que vale destacar é a secretária de Strike, Robin. Contratada inicialmente como temporária, ela se prova eficiente além da conta, e tem uma mente curiosa e determinada que acabam se tornando essenciais na investigação. Ela também é o ponto de equilíbrio no meio de tantos personagens perturbados. Ela traz um pouco de leveza à narrativa.

A narrativa é envolvente, e a cada página, uma camada do mistério se revela. É preciso ficar atento aos detalhes, que se encaixam no final. Confesso que o assassino é um tanto previsível, mas eu só saquei no final mesmo, algumas páginas antes da confirmação. E até lá, desconfiamos de todos. E como no caso de The Casual Vacancy (Morte Súbita), Rowling revela aos poucos, camada por camada, os segredos da sociedade superficial e consumista, movida por fofocas e dinheiro. Há uma forte crítica aí também. A escrita é fluida, e logo estamos completamente envolvidos com o caso e ávidos por saber exatamente o que aconteceu na noite em que Lula Landry caiu da sacada de seu apartamento. Um suspense elegantemente escrito, com um detetive nada convencional. Recomendado.

Trilha sonora

Certo, todo mundo sabe que não sou nada fã de Lady Gaga, mas Paparazzi cai como uma luva para este livro.

Se você gostou de O Chamado do Cuco, pode gostar também de:

Morte Súbita – J. K. Rowling;
As aventuras de Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle;
qualquer um da Agatha Christie;
Juízo Final – Sydney Sheldon;
Nada dura para sempre – Sydney Sheldon (poderia até recomendar mais dele, mas esses dois são meus favoritos)

site: natrilhadoslivros.blogspot.com
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mapeixinho 29/10/2013

the cuckoo’s calling – robert galbraith a.k.a. j.k. rowling
Minha expectativa era bem alta. E confesso que este livro não teria ido direto para o topo da minha lista “para ler”, passando na frente de vários que já estão lá há muito tempo, se Robert Galbraith não fosse apenas um pseudônimo usado por J.K. Rowling (quem não acompanhou o desenrolar desta história pode dar uma olhada aqui: http://tinyurl.com/ooresfk).

Convenhamos, nada mais justo que ele fure fila mesmo, afinal, depois da descoberta e posterior confirmação da verdadeira identidade do autor, o livro, que em três meses teve apenas 1500 exemplares vendidos, passou a figurar entre os best sellers na amazon.com. Fico imaginando o que não passou na cabeça dos donos das editoras que recusaram publicar o livro. Se arrependimento matasse…


Para quem não sabe (e se realmente não sabe: em que mundo você vive?), J.K. Rowling é simplesmente a mente brilhante por trás da série de livros, hoje uma franquia bilionária com filmes, produtos, parques, exposições, etc., de maior sucesso na história da literatura mundial: Harry Potter.

Bom, minha opinião pelo menos. Cresci com esses livros que me acompanharam dos 12 aos 24 anos e os quais já li mais de uma vez e, confesso, muito provavelmente ainda lerei muitas mais. Falo isso com orgulho e com todas as letras, para quem quiser ouvir. Inclusive, sinto uma enorme satisfação ao introduzir outras pessoas ao fantástico mundo de Hogwarts. Acompanhar as reações e saber o que pensam ao entrar na história pela primeira vez, é como se estivesse lendo junto.

Mas vamos lá, sem perder o foco (quando começo a falar de Harry Potter não paro mais), estávamos falando sobre outro livro dela.

A história é passada na Londres de hoje e faz, inclusive, referência a vários locais da cidade que, quem a conhece bem, reconhecerá. Ela nos apresenta a um detetive particular, Cormoran Strike, policial, veterano de guerra traumatizado (física e psicologicamente) e filho ilegítimo de um rockstar famoso qualquer, que, ao dar fim a um relacionamento amoroso de anos, se encontra sem moradia e à beira da falência. Então, ao ser procurado para investigar o suicídio da jovem modelo Lula Landry, no auge de seu sucesso, e já demasiadamente explorado pelos tabloides ingleses, Strike se vê diante de uma última tentativa para salvar sua carreira. Quem o contrata é o irmão adotivo de Lula, um rico e influente advogado, que, ainda inconsolado com sua morte, está convencido que a irmã foi assassinada.

Entre o namorado ator e drogado da vítima, que se diz completamente abalado e ainda apaixonado, a menina pobre e deslumbrada, cuja amizade com a modelo se iniciou em uma clínica psiquiátrica, até o estilista de origens humildes, melhor amigo e confidente de Lula, hoje rico e famoso por suas criações (de gosto duvidoso), nos vemos mergulhados no mundo dos ricos e famosos, que, sob as lentes do detetive, não parece ser nada glamoroso.

A temática em sim não é nenhuma novidade, já li incontáveis romances policiais, e em todos há um protagonista problemático, investigando algum crime que, obviamente, é solucionado de maneira supostamente surpreendente no final do livro.

Acompanhamos a narrativa, em boa parte, pelos olhos da secretária de Strike, Robin, contratada aleatoriamente de uma dessas agências que oferecem empregos temporários, e da qual Strike não consegue se livrar. Ela, por acaso, nutre desde criança uma fascinação pelo trabalho de investigação e, por isso, acaba contribuindo muito para a conclusão do caso. Essa perspectiva, através da qual observamos o desenrolar da trama, é muito interessante, pois me pareceu uma maneira bem efetiva de entender e acompanhar os raciocínios e conclusões do detetive sem que fossem necessárias maiores explicações ou que estas ficassem óbvias demais. Afinal, Robin é tão inexperiente, quando se trata de um trabalho investigativo, quanto nós.

O que diferencia este livro dos outros do mesmo gênero, pelo menos pra mim, é a maneira que J.K. Rowling conta a história, nos envolvendo desde o início com os personagens criados. Eles são muito bem desenvolvidos e explorados, causando no leitor uma empatia quase que imediata e fazendo com que se queira conhecer mais sobre seu passado e os rumos que tomaram ao terminar (fiquei aliviada ao saber que J.K. Rowling pretende continuar a história destes personagens em outros livros). Inclusive, enquanto lia, período que não durou nem uma semana, me peguei em vários momentos durante o dia pensando naquelas pessoas, associando coisas do meu cotidiano a acontecimentos do livro, pois a sensação que fica é a que elas realmente existiram. Quer envolvimento maior do que esse?

E, como se não bastasse essa imersão e a vontade de ler mil páginas por minuto, o final é realmente surpreendente.

site: http://paginasemcena.wordpress.com/
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Mariana 06/02/2014

Ótimo livro, final surpreendente
Adorei o livro. Demorei um pouco para terminar de ler, pois não estou acostumada com inglês britânico, e havia alguns momentos em que não entendia expressões ou alguns acontecimentos.
Apesar disso, o livro é ótimo. Não se compara aos livros de Harry Potter, até porque o tema é completamente diferente, a investigação de um suposto suicídio. O personagem principal, Strike, é carismático e foge do estereótipo do típico herói e detetive. A relação Strike - Robin (sua secratária) é muito interessante e gostosa de ser lida.
A trama é bem intrincada, e o final é surpreendente.
Vale a pena ler se você não estiver esperando algo como Harry Potter. Aqui o tema é mais adulto, bem como o conteúdo, e isso pode tornar a leitura um pouco mais pesada.

Recomendo.
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eugênio 18/03/2014

O retorno de JK
Após uma "aventura" mal sucedida no mundo dos adultos, era mais que óbvio que JK Rowling queria livrar-se da pressão de ser JK Rowling. E além de conseguir esconder a real identidade de Robert Galbraith durante um tempo considerável, ela ainda foi capaz de criar uma ótima obra policial, despretensiosa e, até certo ponto, realista.

O maior trunfo de The Cuckoo's Calling é a escrita. JK é impecável nesse aspecto. Dá gosto de ler; você percebe que ela é cuidadosa na forma de contar a sua história, portanto, vendendo seu peixe muito bem. No entanto, a própria história policial é bastante frágil - trata-se de uma investigação nua e crua, o que pode decepcionar quem espera por algo mais ágil. A força da história está principalmente nos personagens (em especial os protagonistas) que são muito bem delineados e realmente ganham vida com o avançar do livro.

O desfecho dos personagens para mim foi bastante satisfatório; o do caso policial, não. Faltou um pouco da genialidade da autora (qualquer um que já leu Harry Potter sabe do que ela é capaz) de fazer o caso em si um pouco mais "fora do comum". Talvez esse tenha sido o objetivo, como já comentei que achei o livro bastante despretensioso. Porém, não deixei de achar frustrante.

Enfim, é uma leitura acima da média e altamente recomendável para quem gosta ou simpatiza com o gênero. E poder lê-lo com a escrita maravilhosa da JK não tem preço.
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