Resenhas - O tigre

Clara 21/01/2023

O tigre ?
Rob caminhando em um bosque da Flórida, surpreende-se ao encontrar um tigre enorme em uma jaula.
Nesse mesmo dia encontra Sistina( ... )

Clara 02/04/2022

esse livro é bem brisado, mas é bem legal, e, como é curtinho, dá para ler rápido. eu achei impressionante como todos da história tem daddy issues

Mateus 14/07/2021

Resenha do livro "O Tigre"
Escrito por Kate Di Camillo e lançado no Brasil em 2006, o livro ?O Tigre? conta a história de Rob Horton, um menino que vive na Flórida, em um hotel, acompanhado de seu pai. Juntos, eles tentam superar a morte de sua mãe.

Rob tinha feridas avermelhadas nas pernas, e um dia o diretor de sua escola o disse para ficar em casa por um tempo, pois alguns pais e alunos acreditavam que sua ?doença? fosse contagiosa. O garoto gostou da ideia, pois ele não gostava de ir à escola.

Tudo muda quando ele conhece Sistina Bailey, uma garota com características contrárias às suas. Após criarem uma amizade, Rob se sente à vontade para abrir sua mala de não-sentimentos e não-desejos.

Durante um passeio no bosque, o menino encontrou um tigre numa jaula, e decidiu contar a Sistina, que teve a ideia de soltá-lo. Beuchamp, o dono do hotel dá as chaves da jaula e a tarefa de alimentar o animal ao garoto. Os dois amigos vão juntos até a jaula e soltam o felino, que morre com um tiro.

Rob e seu pai voltam a se aproximar depois de voltarem a falar de sua falecida mãe, Carolina.
O livro tem uma história intrigante e bem escrita, que se desenvolve rapidamente. Adorei a história e recomendaria o livro.

Claudinha.Farrajota 12/04/2020

Sentimentos enjaulados
Assim como se liberta um tigre um garoto consegue se libertar de sentimentos e sonhos trancados após a perca da mãe. Através da amizade com uma menina intensa, Sistina assim como a capela, ela o faz libertar todos os sentimentos que ele guardou até este momento.

Mariana Simões 27/06/2009

Um menino a caminho da superação
A perda de um ente querido e a dificuldade de expressar as próprias emoções são assuntos que permeiam a emocionante história de Kate Di Camillo, O tigre. Lançado no Brasil em 2006, em tradução de Valter Lellis Siqueira, o livro mostra a trajetória de um menino rumo à superação da morte da mãe, o ressurgir da relação com o pai e a conquista da capacidade de demonstrar seus próprios sentimentos.

As feridas avermelhadas nas pernas do menino Rob Horton coçavam e eram motivo de implicância pelos colegas, seis meses depois da morte da mãe e da mudança com o pai para a Flórida. Um belo dia o diretor da escola pede ao menino que fique em casa por uns dias, pois alguns pais e alunos temiam que sua “doença” fosse contagiosa. Esta era a oportunidade que ele esperava para permanecer bem longe da escola.

As mudanças na vida de Rob começam quando ele conhece Sistina Bailey e sua personalidade livre, expansiva e independente, o exato oposto do temperamento do menino. Apesar de tão diferentes – ou justamente por isso –, é na presença de Sistina que Rob se sentirá à vontade para começar a abrir sua “mala de não-desejos e não-pensamentos”, passando a dizer coisas sobre si mesmo. O ponto de partida são seus conhecimentos sobre a capela Sistina, que agradam à menina e ajudam a estabelecer um elo entre os dois. No dizer do próprio Rob, “Suas palavras [as de Sistina] tinham o som do sentimento que essas coisas provocavam nele, como se o mundo, o mundo real, tivesse sido perfurado e ele conseguisse ver um pouco do seu outro lado, maravilhoso e surpreendente.”

A narrativa gira em torno da descoberta, por Rob, de um tigre enjaulado num bosque atrás do hotel em vivia com o pai. O menino confia este segredo a Sistina, que pretende soltar o tigre, mas Beauchamp, o dono do hotel, contrata Rob para alimentar diariamente o animal, que fica então sob sua guarda, em segredo. A história é conduzida de um jeito interessante e o desfecho surpreende. E no final, o dizer uma única palavra, Carolina (nome da mãe de Rob), aproximará pai e filho definitivamente.

O tigre é um livro carregado de simbologia – as feridas nas pernas, a mala em que Rob escondia e aprisionava desejos e pensamentos, o próprio nome Sistina –, mas a autora desliza em alguns momentos, quando tenta dizer muito diretamente e deixar muito claras coisas que poderiam ser deduzidas pelo leitor, como conseqüência de sua própria reflexão individual. Um exemplo marcante desse tom pode ser percebido nesta fala da camareira do hotel, colega de Rob, Willie May: “É tristeza. Você acumula toda essa tristeza nas pernas. Você não deixa a tristeza subir para o coração, que é o lugar dela. Precisa deixar que ela suba”. Muitas vezes o não dito é capaz de dizer mais.

O livro tem uma apresentação simples, sem ilustrações internas, além da vinheta que marca o início dos capítulos com a “mala” do protagonista.

De Kate Di Camillo, foram publicadas no Brasil outras duas obras, A história de despereaux (Martins Fontes, ANO) e Winn-Dixie, meu melhor amigo (2005). O segundo teve uma versão para o cinema, lançada em 2005 e estrelada por AnnaSophia Robb e Jeff Daniels, com o título “Meu melhor amigo”. Ambas tratam de descobertas interiores por meio do amor e da amizade.