1889

1889 Laurentino Gomes




Resenhas - 1889


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Daniel 27/08/2013

O Brasil no Século das Luzes
1889, o terceiro volume sobre a História do Brasil no século XIX, segue o mesmo modelo dos volumes anteriores, 1808 e 1822. Os três livros traçam uma visão panorâmica da formação do Estado brasileiro, e ajudam a entender melhor nosso país e seus problemas nos dias atuais.

Lembro que quando estudava a História na escola sempre achava a parte referente à História do Brasil a menos atraente. Gostava muito mais de saber, por exemplo, sobre a Roma antiga ou as cruzadas da Idade Média, do que sobre os fatos históricos do posso próprio país. A maior proeza do Laurentino Gomes foi encontrar um jeito de contar a História do Brasil sem que ela em nenhum momento se torne cansativa.

Tão bom quanto os fatos históricos são as pequenas biografias das personalidades brasileiras daqueles tempos.
Há uma galeria de personagens históricos muito curiosos e pouco reconhecidos, como o requintado abolicionista Joaquim Nabuco e o azarado republicano Benjamin Constant. Mas achei que faltou espaço para o abolicionista Castro Alves, citado rapidamente apenas uma vez em todo o texto. A Princesa Isabel também me pareceu um pouco apagada, talvez merecesse maior destaque.

Mesmo entendendo que o foco deste volume seja a Proclamação da República, gostei mais dos capítulos referentes aos personagens do velho Império, mais interessantes que os capítulos sobre os "broncos" militares da recém inaugurada República. Interessantíssimo o capítulo sobre o último Baile Imperial na Ilha Fiscal, e bastante comovente a maneira melancólica como a Família Real foi obrigada a deixar o Brasil...

O autor conseguiu atingir satisfatoriamente o seu objetivo: tornar a História do Brasil um tema acessível e atraente para quem normalmente não liga muito sobre o assunto. O leitor que quiser se aprofundar poderá recorrer às obras acadêmicas ou aos livros que abordem temas ou personagens específicos.
Quem gostou dos volumes anteriores com certeza vai gostar muito deste também.
Jaci 18/09/2015minha estante
Me identifiquei muito com tua opinião sobre a história do Brasil na escola.
Apesar de me empolgar muito com história geral, eu sempre achei história do Brasil muito maçante e realmente acredito que o mérito do Laurentino seja fazer esse resgate da nossa história de uma forma bem atraente. Ainda estou lendo o primeiro livro 1808, mas já estou empolgada pra ler a trilogia inteira.


BrunoMais 30/03/2017minha estante
Excelente resenha , ecoa algumas ideias minhas. Acho que ele passou ao largo de icones abolicionistas , já tendo em mente a futura trilogia, que espero , faça justiça a eles :

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/05/1629532-laurentino-gomes-autor-de-1808-ira-lancar-trilogia-sobre-escravidao.shtml


Netinho.Rodrigues 16/02/2020minha estante
Ótima resenha!


Viviane 05/05/2020minha estante
Concordo plenamente!




spoiler visualizar
Edu Supertramp 07/12/2020minha estante
Excelente resenha BLUE. Mas afinal, ao fim dessa trilogia, o Brasil está caminhando para frente? Além das mudanças e inovações naturais, o Brasil de fato está mudando? Está melhorando? Existe a tal ORDEM E PROGRESSO?


Ma Rossato 07/12/2020minha estante
Sinto lisonja pelos comentários Edu Superteamp!

Estas são questões imprevisíveis, a leitura da trilogia com certeza nos dá margem para entender como o Brasil se desenvolveu e as possíveis causas para estar no lugar que está. Já ao futuro da nação é tão obscuro peculiar quanto os bolsos de Dom João que abrigavam coxas de galinha.
Não quero ser presunçosa e para tal não arriscarei palpites.


Ma Rossato 08/12/2020minha estante
E você arrisca algo?




Luis 08/03/2014

O ponto alto da trilogia.
O jornalista paranaense Laurentino Gomes despontou como autor de ponta em 2008, ao publicar a obra mais significativa dentro da enxurrada de iniciativas que marcavam então os 200 anos da chegada da família real ao Brasil. Editado pela Nova Fronteira, “1808” ficou semanas na lista dos mais vendidos e, assim como anos antes já havia acontecido com Eduardo Bueno, colocou seu nome no panteão dos escritores de “divulgação” científica, no caso, jornalistas que usam do discurso claro e objetivo que é a base da profissão, para deixar a história ao alcance do grande público. Ganhou o Jabuti daquele ano.
Em 2010, seguiu a mesma trilha com “1822”, que, como está de certa forma explícito no título, trata dos eventos relacionados à Independência do Brasil, sequência natural do desembarque da Corte Portuguesa. O sucesso foi semelhante embora, na minha opinião, a obra não tenha a mesma esfera sedutora de seu antecessor.
Com seu mais recente lançamento, “1889” (Globo Livros, 2013), Laurentino fecha o painel da história brasileira no século XIX de forma brilhante : não só disseca a proclamação da República, mas contextualiza fatos, recupera personagens e desfaz mitos perpetuados nos bancos escolares, utilizando com maestria todo o Know How acumulado nos dois best sellers anteriores. Um biscoito finíssimo degustado com prazerosa voracidade.
Uma das questões mais relevantes apontadas pelo jornalista foi justamente o caráter de pouco ou nenhum apelo popular do advento da República. No fundo, o episódio de 15 de novembro foi um golpe de estado, liderado por militares insuflados por civis positivistas e que teve sucesso, muito mais pela fadiga do Império do que uma alentada vontade revolucionária de seus integrantes. A própria pouca disposição política do Imperador, já idoso e doente, incapaz de organizar qualquer tipo de reação ou pôr termo às conspirações que pipocavam por toda a parte, facilitou e muito o trabalho dos que queriam derrubar a Monarquia.
A suprema ironia fica por conta de que , assim como D.Pedro, Deodoro da Fonseca também já era um homem idoso e doente. Ás vésperas do Golpe, estava acamado e ainda não totalmente convencido da necessidade de mudança do regime. Embora fortemente pressionado pelos elementos civis do movimento, entre os quais destacavam-se Benjamin Constant, José do Patrocínio, Quintino Bocaiúva e Silva Jardim, seu pleito inicial era a substituição do Ministério, na época comandado pelo Visconde do Ouro Preto. Tal era a opacidade política do Império que, na vã esperança de sanar a crise, Pedro II dissolveu o ministério mas convocou um dos maiores adversários de Deodoro, Silveira Martins, para chefiar e compor a nova equipe. O Marechal tomou a medida como provocação e cedeu aos apelos dos Republicanos. A Monarquia tombava.
Laurentino detalha com habilidade, temperada por detalhes saborosos, alguns episódios simbólicos do período, como, por exemplo, o famoso baile da Ilha Fiscal, curiosamente a maior , a última (ocorrida a 9 de novembro de 1889) e uma das poucas festas da Corte dos Orleans. Nas páginas de “1889” somos informados do fausto da festa, que consumiu 800 quilos de camarão, 800 latas de lagosta, 80 caixas de champanhe e 10000 litros de cerveja. Alguns aspectos menos nobres do rega bofe também são resgatados , como o alto número de penetras (1500 para 3000 convidados), os excessos estimulados pelo álcool e , já mais para o fim da madrugada, o estado lastimável dos banheiros. O povão assistia a tudo de longe, disputando cada espaço no cais, formando uma autêntica “turma do sereno”.
Os conturbados primeiros anos da República também são abordados, com destaque para as dificuldades do governo provisório, chefiado por Deodoro da proclamação até a promulgação da nova constituição (fevereiro de 1891), com a sua consequente eleição (indireta) como primeiro presidente. Nessa fase as dificuldades naturais da reorganização do país são agravadas pelo pitoresco episódio do “encilhamento”, uma onda especulativa, detonada por medidas econômicas bem intencionadas mas de grande impacto negativo tomadas pelo Ministro da Fazenda. Ninguém mais, ninguém menos que Rui Barbosa. O resultado foi que muitos espertalhões enriqueceram praticamente da noite para o dia, às custas do endividamento do governo e da geração de altos índices inflacionários. Veríamos esse filme ainda várias vezes.
A personalidade difícil do Marechal era outro fator complicador. Como exemplo, Laurentino relata o episódio da saída de Benjamin Constant do Ministério da Guerra, ocorrida no meio de uma reunião com os demais ministros. Após um bate boca sobre a indicação de um apadrinhado de Deodoro para um cargo de segundo escalão, Benjamin, inconformado, dispara : “Não seja tolo ! Não sou mais seu ministro, o senhor é um marechal de papelão. Eu nunca tive medo dos monarcas de carne e osso, quanto mais dos de papelão.”
Como um papelão, o governo do Marechal era pouco resistente e durou só até o final de 1891, quando ele renunciou dando lugar a Floriano Peixoto, uma das figuras mais controvertidas da história do Brasil, que fez um governo polêmico acirrando o clima geral de radicalismo. Por sinal, depois de ler “1889”, me alinho aos que advogam a mudança de nome da capital Catarinense.
O livro avança até o primeiro governo civil, o do paulista Prudente de Morais, derrotado na eleição indireta de 1891.
Laurentino Gomes atingiu o ápice de seu trabalho de compilação histórica. Talvez, ajudado pela maior disponibilidade de fontes ou pela proximidade histórica dos fatos e sua relação mais estreita com o atual cenário político nacional, “1889” tem uma relevância e clareza que superam as iniciativas anteriores e o tornam item essencial aos leigos amantes da história. Assim como no baile fiscal, a República foi proclamada sem que qualquer convite fosse enviado ao principal interessado, o povo. Entender a conjuntura desse acontecimento é essencial para a nossa formação crítica cidadã e , sem dúvida, pode ajudar para que um dia, de forma plena, a liberdade finalmente abra as suas asas sobre nós.
Renata CCS 14/03/2014minha estante
Falta esta leitura para finalizar a trilogia. Depois de ler a sua resenha, só me resta colocá-lo na lista de futuras aquisições!


Luis 04/05/2014minha estante
Considero essa trilogia tão importante que acho que deveria ser adotada como leitura auxiliar de história nos escolas de ensino médio.


Julia 07/02/2016minha estante
Brilhante resenha!




Kizzy 15/02/2018

Mistura de Sensações
História do Brasil é, sem sombra de dúvidas, o meu assunto preferido. Ler sobre esse tema sempre me traz uma mistura de sensações bem distintas, as quais gostaria de tratar nessa resenha. No caso de 1889 as principais foram: Primeiro um grande prazer em ler o texto tão bem construído, coeso, prático e profundo ao mesmo tempo. Em segundo uma inexorável mania de ser humano em se afeiçoar por algumas figuras históricas e desafeiçoar de outras, em um movimento de certa forma bem tendencioso de minha parte, de justificar atitudes daqueles eu “gosto” e desacreditar atitudes daqueles que “não gosto”. Ah! A tão difícil imparcialidade. Em terceiro lugar me vem a calma em entender que todos os acontecimentos de um país têm explicação lógica em sua origem e desenvolvimento político e social, trazendo a tranquilidade de saber que o que acontece hoje não é obra do mal ou princípio do apocalipse cristão, são apenas ações esperadas e explicadas por fatos históricos. E em quarto lugar e mais forte sensação, o desespero de perceber que a sociedade comete os mesmos erros de forma cíclica e ignorante, com alguma evolução sim, mas lenta com potencial antes destrutivo para posterior evolução.

Sobre o primeiro tópico creio que dispensa maiores detalhamentos. O texto é bem desenvolvido, coeso, palatável, prazeroso e muito informativo.

Em relação ao segundo tópico, ainda que haja da minha parte uma tentativa de ser o menos tendenciosa possível, no sentido de não classificar pessoas entre boas e más e sim apenas figuras históricas, terminei a leitura sentindo afeto pela figura de D.Pedro II. Homem sério, de história familiar e pessoal muito sofrida, moderno, com muito entusiasmo para as descobertas tecnológicas, de administração séria, com abertura para ouvir críticas e trabalhar com figuras que desafiavam a monarquia e prezava pela liberdade de imprensa. Um imperador que apresentava, inclusive, indícios de ser pessoalmente republicano e abolicionista. Pese-se, é claro, o fato de que tudo isso não o impediu de ser imperador do último país na américa a abolir a escravatura e ser responsável pela maior chacina já ocorrida na américa do Sul, a Guerra do Paraguai.

Sobre o terceiro tópico, o final da leitura da trilogia de Laurentino Gomes, foi capaz de me dar um parecer, geral e muito limitado eu sei, sobre a formação política e social desse Brasil continental. Um país completamente governado pela elite aristocrática desde sua origem, fundado sob leis e ideais muitas vezes avançados e modernos, mas que na prática nunca refletiram nenhum desses conceitos em sociedade e onde a população nunca foi representada de fato. Mais uma vez na história isso foi representado na fundação de uma república, que ainda que tenha sido construída por um ideal e teoria importantes para o desenvolvimento da nação naquele momento (modernização de governança, abolição da escravatura, mudanças sociais entre outras), foi posta à sociedade através de um golpe que não representava o clamor social e uma ditadura militar que fez como primeiras vítimas os próprios intelectuais e republicanos civis que alimentaram os mentores do Golpe. O eterno atalho brasileiro para a solução dos problemas e alcance de objetivos ainda que pelo conceito de “os fins justificam os meios”.

Sobre o desespero da repetição de fatos históricos que já se mostraram negativamente avassaladores, destaco uma república que surge como um discurso interessante e bem-intencionado de desenvolvimento nacional e que não passou do discurso e foi posta em prática muito mais por questões pessoais e picuinhas de classes. Instaurada no país muito mais como retaliação pessoal e política à monarquia do que para o bem de um interesse público, a república logo se mostrou um ideário sem plano de governo, na mão de militares ainda mais perdidos nesse planejamento e pessoalmente comprometido com sua própria sede de poder. Esse contexto apenas causou um ambiente de caos e despreparo que afundou o país em ações econômicas desastradas, bolhas de desenvolvimento frágeis e inconsistentes, sucessíveis dissoluções do congresso e a imutável violência e repressão que acompanha um golpe militar. Nas palavras do historiador norte Americano Frank D. MacCann “ A intervenção militar na política e na sociedade é sinal de fraqueza tanto do Estado como da Sociedade”.

Acrescenta-se a isso passagens que assustam pela sua atualidade, tais como. “Com seu moralismo radical, regenerador e nacionalista, Floriano Peixoto encarnava um mito recorrente na história brasileira, - o de salvador da pátria. Apresentava-se como um guerreiro forte, austero e solitário, que, imbuído em bons propósitos conseguia resgatar a pátria de suas mais profundas atribulações. Isso talvez explique a surpreendente popularidade que alcançou no final da vida, apesar de seu notório desprezo pela opinião pública”. O autor acrescenta que Floriano Peixoto nunca teve nem uma clara tendência política, tendo se declarado monarquista em muitas ocasiões e mudando de lado para atender suas aspirações pessoais de carreira por sucessíveis vezes.

Laurentino termina o livro dizendo que após os dez primeiros anos, a república brasileira se tornou na prática, nada mais que que a antiga monarquia vigente, porém com um representante sempre frágil e susceptível. Assim a república “permaneceria nos próximos cem anos seguintes, marcados por golpes e rupturas entremeados por breves e instáveis períodos de democracia...”. De acordo com o autor, “É desse desafio que os brasileiros se encarregam atualmente”. A julgar pela citação relatada no parágrafo anterior desse texto, me parece que, nós, brasileiros, estamos prestes a colocar novamente esse momento instável de democracia na mão dessa figura mitológica nacional “O Salvador da Pátria”.

Faça um favor a você mesmo, leia a trilogia de Laurentino Gomes!
PAULINHO VELOSO 26/02/2018minha estante
Li os anteriores e devo começar este. História sempre me fascinou e o jeito que este autor faz a abordagem torna a leitura ainda melhor.


Kizzy 26/02/2018minha estante
Leia esse que você vai adorar!


PAULINHO VELOSO 28/02/2018minha estante
Valeu, Kizzy !!!




Marcelo 04/12/2022

O último da Trilogia 1908..
O fim da Monarquia, e a Proclamação da República contados de uma forma impressionante. Laurentino desenvolve a história de uma maneira leve, mas super rica, com personagens super detalhados. 1889 parece tão distante, mas é muito mais próximo do que a gente imagina, e entender esse momento na história, explica muito o Brasil que vivemos hoje, Excelente leitura, que fecha a trilogia: 1808, 1822 e 1889.
amandafffdo 04/12/2022minha estante
Vou ter que ler essa trilogia também!


Marcelo 06/12/2022minha estante
Vai sim, coom certeza!




Henrique_ 02/12/2016

Dentre os três livros do autor, 1889 merece quatro estrelas. Não é tão bom quanto o primeiro, mas supera o segundo. Antes de tratar da Proclamação da República, o autor trata de um assunto pouco estudado e pouco discutido: o Segundo Reinado. Mas ao acabar o livro, o leitor acaba compreendendo os motivos de a figura de Dom Pedro II ter sido relegada ao esquecimento. E não vejo justiça nisso. Conhecer o segundo monarca do Brasil foi, de longe, bem mais interessante que a do seu pai, por exemplo. No geral, o livro também conta com curiosidades sobre personalidades e eventos pré e pós República. E toca em temas determinantes na configuração da estrutura de poder atual. Recomendo.
Fernando 06/12/2016minha estante
Penso o mesmo. Na ordem de preferencia 1808; 1889 e por fim 1822...


Priscilla.Silva 15/03/2017minha estante
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Bela 11/10/2020

Não tem como não ser 5 estrelas
Com uma escrita maravilhosa, um detalhamento e uma humanidade incrível Laurentino Gomes nós entrega o último livro de uma trilogia tão perfeita, que nós faz conhecer tanto da nossa história e conseguentemente de nós mesmos, com certeza é uma leitura que acho que todo Brasileiro deveria ter a graça de ler.
Mmmmmmmmm0 20/10/2020minha estante
Preciso ler tb


Bela 22/10/2020minha estante
Com certeza não vai se arrepender




Eduarda.Silva 21/01/2022

O melhor da trilogia!
Como dito no título, dentre os livros 1808, 1822 e 1889, o 1889 foi o que eu mais gostei, a leitura foi a mais fluída também.

Laurentino Gomes é muito detalhista, nesse livro, ele nos conta sobre o segundo reinado.

Além disso, comenta todos os principais pontos de 1889, o processo até chegar no Brasil República (inclusive, defende que a república foi um golpe militar), os abolicionistas, a reação dos barões do café ao proibir a escravidão, lei Áurea, século das luzes etc.

Tudo isso é muito detalhado e com uma linguagem simples de entender, recomendo muito!



Anotações de frases/informações que considerei importantes:

? De cada 100 brasileiros, somente 15 sabiam ler e escrever na época; (pág 65)

? O índice de analfabetismo entre negros e escravos recém libertos era superior a 99%; (pág 65)

? "O Brasil é o café, e o café é o negro!"; (pág 78)

? "Saí daí, cão, que te faço barão!"; (na pág 98 temos a origem dessa expressão popular)

? Maria Augusto Generoso Estrela, a primeira médica brasileira, obtendo seu diploma em Nova York.
Alessander.Oliveira 22/01/2022minha estante
Toda a trilogia é boa, mas eu gostei mais do 1808. ??????


Eduarda.Silva 22/01/2022minha estante
eu gostei de todos os livros também, ele escreve muito bem!




skuser02844 08/01/2015

1889
1889 é o terceiro livro de Laurentino Gomes no que se refere a História do Brasil (os outros livros são 1808 e 1822). Eu sempre gostei de História e os livros do Laurentino foram um achado, eles contam sobre os fatos, as pessoas e os lugares de uma forma clara e bem humorada. Percebe-se que o autor pesquisou a fundo o assunto dando referências sobre onde buscou a informação, biografias, artigos etc. O livro possui no final as Notas explicativas, a enorme bibliografia , agradecimentos e um índice onomástico (já que são muitas pessoas citadas).
Não há como ler o livro e não ficar esperando pelo próximo. 1889 fala sobre a regência de D. Pedro II, Princesa Isabel, a queda da monarquia e o Brasil República. Também é tratado a abolição da escravatura, igreja e maçonaria. Curioso é saber que após colocar fim à monarquia a República inventou a imunidade parlamentar, criou mais cargos públicos que o regime que condenava e censurou a imprensa a ponto do Jornal Estado de São Paulo (que apoiava a república) reclamar que na monarquia tinha-se mais liberdade de expressão. Os brasileiros viveram uma época de queda no padrão de vida e aumento da inflação. Existem trechos sobre a criação da Bovespa, do jogo do bicho, da cervejaria antarctica e do bairro de Copacabana dentre outras curiosidades.
Marcelo.Henrique 23/03/2016minha estante
alguem poderia me mandar o resumo dos 6 primeiros capitulos? URGENTE




ToniBooks 09/12/2021

Fechando a trilogia.
Ao concluir a trilogia composta por "1808" e "1822", "1889" vem confirmar que a história do Brasil nunca envelhece, antes, é dinâmica e fascinante. Laurentino Gomes, definitivamente, é uma referência quando o assunto diz respeito aos acontecimentos que fizeram de nosso país o que ele é hoje. Muuuuuuito bom!!! O livro...O Brasil deve melhorar.
Thi Acrisio 10/12/2021minha estante
Adorei a dica, vou ler essa trilogia no próximo ano.




Lindenberg 03/08/2021

História pode ser muito interessante.
Se você não gostava das aulas de História este livro pode mudar isso completamente, além de mostrar passagens interessantes e muito curiosas, a leitura é bem divertida. Acabei já querendo ler os outros livros da série.
Krishna.Nunes 03/08/2021minha estante
Eu li 1808 e 1822, são bons mesmo. Quero ler 1889.




Thamires.Viel 19/10/2021

Povo que não sabe de onde veio não sabe para onde está indo.
Leitura fluída, de fácil entendimento. O autor cumpre a proposta de tornar a história do Brasil acessível sem ser academissista. A partir das pinceladas de história, para quem se interessa no aprofundamento dos fatos, pode através das referências buscar textos acadêmicos.

Cometi o erro de não ler os exemplares que antecedem este, mas não senti que o livro necessitava de complemento de leitura por parte dos livros, mesmo assim lerei os exemplares.
Alessander.Oliveira 19/10/2021minha estante
???????? Leitura muito agradável. Pra mim o melhor da série foi o 1808.




Edu Supertramp 27/06/2020

O fim do império brasileiro e a proclamação da República é uma história com personagens enigmáticos: Um imperador à frente do seu tempo que não agia como tal, monárquicos não tão monárquicos, República nas mãos de um republicano que não era realmente republicano, uma princesa que ganhou fama pelos esforços de outros esquecidos pela história, um professor injustiçado, entre outros. Interesses pessoais de minorias sopraram o destino da nação. Até um amor não correspondido marcou a proclamação. Fakenews (já naquela época) aceleraram a queda do império. O que seria do país se não fosse a proclamação da República? Chego a devanear com Visconde Bolsonaro, Duque Lula da Silva e Barão Tiririca.
Ma Rossato 02/07/2020minha estante
Bela resenha! Já vejo os percalços que virão nas próximas páginas e confesso a frustração sobre a versão romantizada do grito de independência, o tal brado estava mais para um resmungo em meio a uma situação sem saída.




Carla 11/01/2014

Um livro para os amantes de história e para os que querem aprender a amá-la
Chegamos ao fim da trilogia. Depois de ler 1808, 1822 e, finalmente, 1889, fica difícil apontar qual é o melhor volume, porém, é extremamente fácil se descobrir completamente apaixonada por história.
Vou lhes contar o motivo pelo qual os livros do Laurentino Gomes me arrebataram de tal forma. Primeiramente, porque falam sobre história do Brasil e eu sou uma maníaca por história, sempre gostei, desde que me conheço por gente. Sempre achei que um povo que não sabe donde veio, não pode saber para onde vai, como o próprio autor aponta no início do livro ("Uma sociedade que não estuda história não consegue entender a si própria porque desconhece suas raízes e as razões que as trouxeram até aqui"). Em segundo lugar, porque o Laurentino conseguiu nos contar a nossa história de maneira simples, com uma linguagem leve e descontraída, porém, sempre apontando as fontes onde tirou suas informações. Além disso, amei os livros porque eles nos trazem à tona pessoas reais, e não somente personagens heroicos cheios de virtudes e sem quaisquer defeitos. O autor conseguiu demonstrar que, como qualquer um de nós, os personagens que marcaram a história do Brasil são homens e mulheres de carne e osso e, portanto, passíveis de cometer erros gravíssimos e irremediáveis, e não só atos de bravura e coragem.
Enfim, como já disse no título, eu recomendo a leitura dessa trilogia não só àqueles que, como eu, são loucos por história, mas também a qualquer pessoa curiosa que queria saber um pouco mais dos "porquês" de estarmos aqui hoje, com a atual situação política e econômica do país. Boa leitura!!
Silvio 07/08/2014minha estante
De pleno acordo, minha cara!




Pereira 20/12/2013

Tudo igual
Considero o conhecimento da história do nosso país um mal necessário.
Pior seria a ignorância de um patriotismo fanático baseado em contos da carochinha.

Estamos evoluindo. Caso contrário, não seria possível a exposição de informações, que em outras épocas seriam impedidas pelos governantes supremos.

Mesmo assim, dá uma certa tristeza ao saber que nosso país nasceu consagrado ao lema "país do futuro".

Com o fechamento da trilogia de Laurentino Gomes, podemos perceber que passa o tempo, mudam os personagens, mas os acontecimentos são muito semelhantes.

Fomos, somos e seremos sempre governados por pessoas que privilegiam o interesse de poucos em detrimento á necessidade de muitos.

Marcado por episódios de covardia e desprezo por valores educacionais, o Brasil tem uma mancha indelével em sua história.

Recomendo a leitura àqueles que tenham um pouco de estômago. Pois não é fácil terminar o livro sem sentir ânsia de vômito...
Dennis.Pereira 17/12/2015minha estante
Ânsia de vômito é o que eu sinto lendo as suas resenhas! Vai se dedicar para as histórias de carochinhas que você ganha mais...




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