Os Condenados da Terra

Os Condenados da Terra Frantz Fanon




Resenhas - Os Condenados da Terra


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Luis Paulo 30/04/2020

Um livro essencial para psicólogos.
Um livro que deve estar na estante e no coração de cada psicologo que realmente esta preocupado em entender a mente e as perturbações mentais que aflige seus semelhantes com toda a sua profundidade histórico/cultural.

"Para um colonizado num contexto de opressão...viver não é incarnar valores...Viver é não morrer...Cada data é uma vitoria."
comentários(0)comente



Jacqueline 25/11/2018

Um sopro de esperança
Fanon é um intelectual importante para pensarmos racismo, porém em "Os Condenados da Terra" podemos perceber o quanto é central na obra do autor o combate à desigualdade social causada pela situação colonial.É uma espécie de ensaio, um projeto político ditado por Fanon no leito de morte. É uma obra na qual o autor reflete sobre mecanismos de luta para a libertação nacional dos países africanos na década de 50 e início da 60, e fala também das sequelas do colonialismo tanto para os negros quanto para os brancos. É uma obra densa, e é possível fazer muitos paralparalelos com o cenário político nacional, o que dificultou ainda mais a minha leitura. Ainda sim é uma leitura fundamental para pensar no combate às opressões.
comentários(0)comente



Rafael 24/01/2022

Colônia: desventuras e superação
Na rica análise que faz sobre o contexto colonial em "Os condenados da terra" (1961), Frantz Fanon sustenta que a história de uma nação (ou de sua descolonização) somente surge através do enfrentamento, sendo inútil e subserviente qualquer expectativa de integração ou coexistência entre o colono e o colonizado (p. 65).

O caminho rumo à independência é tortuoso. Como uma guerra pode durar anos, o êxito da luta demandará da força revolucionária clareza de objetivos e limpidez da metodologia, de modo que cada participante mantenha o ânimo e cumpra adequadamente seu papel, não se deixando levar pelos eventuais "gestos espetaculares de boa-vontade" (concessões estratégicas) dos colonos (p. 111).

Nesse processo, segundo o autor, é indispensável que a burguesia coloque à disposição do povo o capital intelectual e técnico obtido quando de sua passagem pelas universidades coloniais. Assim se viabiliza a politização de todos, sem a qual não é possível a formação de uma consciência nacional (p. 162).

Dentre os diversos males que a guerra colonial promove, Fanon dedica um capítulo da obra às perturbações mentais. A partir das observações que fizera enquanto psiquiatra, durante a Guerra da Argélia, ele verificou que o colonialismo compele o povo dominado a se interrogar constantemente: "Quem sou eu na realidade?". O colonizado era levado a crer que era um criminoso nato (p. 256) e que deveria estar em constante guerra com seu semelhante ("lei da faca"; p. 265).

Embora as experiências pós-coloniais revelem a substituição das políticas de terra arrasada pelas de sujeição econômica, num verdadeiro "combate sem fim", acredita-se que só a independência pode definir um novo humanismo (p. 205) e a cultura nacional (p. 198).

Fanon faleceu em 1961, mesmo ano de publicação desse trabalho. No ano seguinte, a Argélia, onde desejou ser enterrado, para desgosto dos franceses, tornaria-se independente.

Essa bela edição de 1968 conta com prefácio escrito por Jean-Paul Sartre, para quem "nossa bela alma racista" só tem a lucrar com a leitura de Fanon, pois ela nos proporciona o "strip-tease de nosso humanismo" e gera vergonha, um sentimento revolucionário (p. 8).
comentários(0)comente



Ulisses Moreno 01/10/2020

Livro simplesmente de leitural vital.
comentários(0)comente



Ingrid.Pardinho 18/09/2021

Fundamental para compreender o neocolonialismo.
Frantz Fanon foi, mais uma vez, sublime. Sua obra é fundamental para compreender o processo do colonialismo e, principalmente, neocolonialismo. Sendo psiquiatra, se ateve as questões psicológicas e patológicas dos colonizados. Entretanto, seus estudos abrangem outras áreas, como Sociologia e História. Este livro me emocionou em diversos momentos.
comentários(0)comente



Felipe1503 04/08/2020

Maravilhoso
Acho que todos nós que somos parte da "periferia do mundo" devemos ler esse livro e nos expirarmos em Fanon. Com uma escrita genial e um ideário nacional, ele nos ensina a criar uma sociedade original, que não seja um espelho da Europa e que seja inclusiva e realmente popular.
comentários(0)comente



6 encontrados | exibindo 1 a 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR