Praga

Praga Michael Grant




Resenhas - Praga


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cbqrton 15/08/2023

Esse livro virou um dos meus favoritos! ele comecou tão bem, o desenrolar dos acontecimentos sao tao bons aqui. começo, meio e fim muito bem desenvolvidos. a descrição as vezes é tão pesada nos momentos de horror, que eu tenho que parar e respirar. não canso de dizer que a escrita é maravilhosa!! a cada livro michael grant consegue melhorar
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zyngirl 15/08/2023

MAIS UM QUE ME GANHOU ?
De novo saindo chorando depois de ler mais um livrinho dessa saga maravilhosa, tivemos nesse muitos momentos onde alguns personagens me estressaram mas a participação de outros ficando mais ativos me trouxe muita alegria, queria que SIM que o Quinn tivesse mais citações e falas nos livros mas tudo certo, queria que a amizade deles voltasse 100% também.. Gosto quando eles se unem pra se ajudar, tudo que aconteceu na reta final me deixou chorosa e boquiaberta. VALE TANTO A PENA LEREM TODOS OS LIVRINHOS
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Taysa.Nunes 30/07/2023

Traumas & traumas
Bixa, é sempre muito agonizante ler os livros dessa série, porque o autor descreve algumas situações até bem DEMAIS. Enfim, doida pra concluir logo tudo e saber qual o final dessa história?
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AishaTawny 02/05/2023

Sentimentos conflitantes
Eu tenho muitos sentimentos conflitantes sobre toda essa saga até aqui. As tretas são frenéticas: sempre que você pensa que algo bom finalmente vai acontecer, vem algum tipo de merda e estraga tudo. Não existe paz no LGAR. Por outro lado, eu deixei de ler o livro várias vezes, demorei meses pra terminar, porque é muito pesado e os personagens são muito imaturos diversas vezes (afinal, são crianças e adolescentes que estão passando por tudo, então como esperar muito mais dessas pessoas? Porém, depois dos livros anteriores eu queria sim que eles evoluissem um pouco a esperteza. Há um boato bizarro? Acredite nele, pois não é a vida real normal, é o LGAR. Esse pensamento teria salvado mais personagens no fim). Mas é bom, e agora eu estou realmente com medo do que vai acontecer no próximo livro da saga, pois "Praga" terminou de um jeito relativamente pacífico e o nome do 5 livro (o próximo) é "Medo". Eu realmente estou ansiosa pra saber o que vai acontecer daqui pra frente.
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Mari 06/07/2021

Talvez você goste do livro mais do que eu se tiver lido os livros da série recentemente. Se leu eles anos atrás e, como eu, de repente bateu a curiosidade de como a série termina? Sugiro que releia os livros anteriores primeiro para ver se ainda é o tipo de leitura que você gosta. Não acho que vou continuar a série. O único motivo de eu ter terminado foi o fato de eu ter o livro físico e me encomodava não ter terminado.
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Alice 21/12/2020

Bom
Desde o começo a leitura foi um pouco arrastada pra mim, Astrid me irrita por várias vezes kkkkk, mas o final vale a pena.
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Duda 07/11/2020

Nessa aventura os moradores de Praia Perdida têm de lidar com diversos problemas. A falta de água é iminente e com Sam fora da cidade para resolver esse problema os defensores da cidade tem de ficar de olho em Drake/Britnney. Além dessa ameaça, uma gripe mais forte aparece assustando as crianças e também uma praga que consome as pessoas por dentro. Diversos obstáculos aparecem e as crianças têm de resolvê-los e sobreviver.
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Rafael 22/08/2020

Tudo só vai piorar quando a Praga chegar.
Nota: 4,5/5 estrelas
IG: @crushforbooks

"Praga" já me chamava atenção desde a sinopse e a capa, afinal a promessa de bichos mutantes é sempre interessante, mas não esperava que esse livro fosse tão bom ao ponto de superar todos os anteriores.

A presença das novas criaturas resultantes de mutações são excelentes, em especial das cobras presentes na própria capa. As consequências que elas trazem são desesperadores e loucos. Os demais bichos e uma certa doença apresentados só deixam a situação mais caótica e Michael Grant sabe utilizar cada um da melhor forma possível. E se as tais criaturas já não fossem perigo bastante, os próprios personagens vão até o limite, com destaque para Diana e Astrid, que tiveram ótimos plots.

Os últimos capítulos são o verdadeiro caos, mas foi um gancho cretino – no melhor sentido da palavra – para o quinto livro que me deixou em êxtase e percebendo que a mente e genialidade de Michael Grant não tem limites. O único ponto que me incomodou foi o autor não mencionar novamente o lado de fora do LGAR. Foi algo muito interessante em "Mentiras", mas esquecido aqui. Espero que tenha sido apenas em prol da avalanche de acontecimentos desse volume e ele volte no próximo.

Chega até a ser repetitivo dizer que a escrita de Michael continua ótima e as páginas voam pois falo isso em toda resenha da série, mas é um fato. "Praga" é definitivamente o melhor da série até agora ao lado do primeiro livro. Espero que "Medo" seja tão eletrizante quanto ele e claro que continuo recomendando a série. Ela só fica melhor a cada volume.
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Luana | @luanareads 01/01/2019

O rei da criatividade
Nesse livro as crianças de Praia Perdida vão se deparar com uma mutação de cobra fatal. Mais uma vez Michael não tem dó alguma das crianças, descrevendo os sintomas do surto de gripe que está atacando todas elas. É terrível!

Mas não é só isso que está assombrando a cidade, insetos estão emergindo do corpo das crianças e as devorando vivas. Outro motivo tenso que pessoas que não possuem estômago forte, não ler.

Sam e mais dois personagens vão em busca de um lugar que ouviram falar e que pode ter recursos que o salvarão, pelo menos por um tempo, da fome e sede. E é aí que eles sofrem alguns apuros e conhecem o Totó, uma criança que consegue saber se a pessoa está falando a verdade ou não. Personagem essencial para o que está por vir nesse e no próximo livro.
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Luan 27/01/2017

Com foco, Praga volta a dar relevância a uma série boa mas com problemas
Diferente dos dois volumes anteriores, Praga pareceu ter foco e objetivo, por isso é possível dizer de antemão que ele é sim um dos melhores da série, perdendo apenas, possivelmente, para o primeiro, Gone, que também dá nome à saga. Eu tenho uma certa relação complicada com esses livros. Gosto, tenho um carinho especial, mas ao mesmo tempo tenho algumas ressalvas sérias. Mas no conjunto da obra, será sempre uma série que vou procurar indicar, principalmente se o próximo volume for tão bom quanto este – e tá prometendo mesmo.

No quarto livro da saga, as crianças de Praia Perdida já estão vivendo reclusas no LGAR, separadas do restante do mundo por uma barreira misteriosa, há quase um ano. Os problemas só aumentam, é claro. E como em uma sociedade normal eles vão se ajustando e juntando responsabilidades para conseguirem sobreviver. Desta vez, o principal desafio para os moradores é, além da Escuridão, que, de alguma forma ou outra, sempre é responsável pelas vilanias da história, uma doença estranha que está acometendo grande parte dos habitantes. Daí, o nome Praga, para quem não entendeu.

A estrutura do livro é muito parecida com os anteriores – e esta é uma das minhas sérias reclamações, mas é assunto para depois -, onde os personagens que já conhecemos, com o acréscimo de alguns novos, vão precisar lidar com os problemas – que vão de fome, passando por doenças, até os vilões da história. Vai ter uma aventura com revelações, vai ter briga entre os bons e os ruins, vai ter a batalha final. Mas o que o tornou diferente foi o acréscimo a algumas situações envolvendo, por exemplo, o Pequeno Pete, e revelações possíveis sobre o que está acontecendo. Parece que, finalmente, o autor resolveu fazer a história andar de verdade.

Mas então falemos dessas ressalvas. Acho que é fato para todo o leitor da série que a história não parece andar para muitos lugares. A estrutura, como já disse, é sempre muito parecida. O livro começa mostrando como estão os moradores depois de algum tempo, aí começam a aparecer os problemas e as confusões, chega um momento que parece que tudo está perdido, até que chega o grand finale e tudo volta a ficar quase bem. Talvez esse tenha sido o motivo que me fez achar Mentiras tão chato. Foi uma mistura tão grande de vários temas e acontecimentos e parece não andar a lugar algum. Já em Praga, apesar de manter um esquema parecido, o autor pareceu se focar muito mais na "praga" e em menos, mas grandes, problemas. E por isso a história toda funcionou.

O que me incomodava ainda na série era um fato que também me atraia nela. O livro, mais do que tratar do mistério que é barreira que separa os habitantes do restante do mundo e do sumiço dos adultos, retrata como crianças de até 15 anos lidam com problemas, mostrando que, desafiadas pelos problemas, elas são capazes de montar uma sociedade à nossa semelhança, com as nossas preocupações e os nossos problemas. Ótimo, grande ponto para Michael Grant em utilizar tão bem uma premissa que pode ser tão complicada. Mas, em compensação, me irritava o fato de não aparecer muitos indícios do que significava a barreiras, de mais mistérios ou revelações envolvendo aquele mundo ignorado do mundo. E isso também pareceu ser superado nesse livro, por isso gostei dele.

Pode não ter ligação, no fim das contas. Mas o autor lançou novas pistas e fatos em relação ao que aconteceu que deu uma nova perspectiva ao livro e abriu várias portas para a história poder caminhar de forma diferente. Muito mais do que simplesmente narrar o dia a dia de uma sociedade formada por crianças e adolescentes, Praga nos fez pensar sobre o grande mote que atraiu tantos leitores: afinal, o que aconteceu em Praia Perdida? Além disso, sim, foi muito divertido também acompanhar a o mistério da praga que assolava os moradores e de novos seres, espécies de insetos, capazes de devorar os humanos.

Além de tudo isso, continuou muito atraente acompanhar personagens tão bem construídos que estão evoluindo e isso é notório e ponto positivo para o autor. Quase um ano lá dentro e conforme os livros avançam, mostraram novos traços nas personalidades de todos. Talvez, acima de tudo, de Astrid, que é responsável por um dos principais acontecimentos de toda a série até agora, e de Caine, que, apesar de ainda ser o grande antagonista, precisou dar o braço a torcer perante a sociedade. O livro traz ainda aquela narrativa forte de Grant, com descrições nojentas e sangrentas que marcam toda a saga. Sem deixar de citar, claro, muitas mortes, novamente, para aumentar ainda mais o cemitério da praça.

Praga ainda se sobressai aos demais no que diz respeito à leitura. Não sei se me esqueci pelo tempo que faz que li o anterior (cerca de um ano), mas a agilidade para ler esse livro foi convidativa. Foi muito rápido lê-lo. Os acontecimentos ajudavam, claro, mas o texto bem feito aliado ao bom ritmo empregado pelo autor foram determinantes. Em relação à diagramação e revisão, segue o mesmo dos livros anteriores. Letra em tamanho bastante bom, espaçamentos que favorecem a leitura, mas uma capa que ainda está aquém do que merece, e não lembro de palavras com erros. Em um primeiro momento, até considerei dar cinco para o livro, mas ainda espero que chegue o volume ideal para dar a nota máxima. Para Praga, por enquanto, quatro e a nomeação de que é um dos melhores da saga até agora.
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multiversonews 19/09/2016

Praga- Resenha
Após os eventos de Mentiras, o terceiro livro, agora vemos uma Praia Perdida amargada em uma desilusão e confusão. O vislumbre do que cerca a barreira opaca que separa o LGAR do resto do mundo foi dita como se fosse uma ilusão. Mas isso trouxe perguntas sem respostas nos corações e mentes de todas as crianças e adolescentes daquela terra perdida. E aqui, além dos elementos misteriosos que se desenvolvem em um crescente, o drama adolescente de desejos sexuais finalmente vindo à tona faz com que os relacionamentos fiquem cada vez mais tensos e complicados.

E agora, com uma nova praga à solta e com a Escuridão voltando à tona, todos os personagens se vêem perdidos e com medo, já que Drake/Brittany está à solta e Orc está buscando um fim para sua vida atormentada. Nada melhor do que o retorno de um grande mal que parece imbatível, vindo com decisões que chocam todos os leitores e com um bem que não é menosprezado. Todos os elementos que estão no caldeirão de Michael Grant se tornam em uma aventura única.

Após conhecer os universos de grandes clássicos literários como Crônicas de Nárnia, O Senhor dos Anéis ou até mesmo Sherlock Holmes, podemos escrever ou imaginar qualquer tipo de trama, dentro desse. Mas, com essa saga Gone, é difícil. Não porque não consegue se relacionar com a obra, pelo contrário, mas pela complexidade e pela mão única que Michael Grant tem em trazer velhas e novas coisas para este pequeno universo.

site: Leia Mais: http://multiversonews.com/resenha-praga-saga-gone-4-de-michael-grant/
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Lanny 14/02/2016

Empurrando...
Definitivamente esse não é o tipo de literatura para mim. Não é que o texto seja ruim ou o desenvolvimento da série - se fosse, eu não teria como continuar, já está sendo dificil o suficiente - é só que é muita coisa sem noção ao mesmo tempo para minha cabeça.

Como se não bastasse todas as coisas impossíveis ainda aparecem mais e de repente eles conseguem se livrar e você fica "como?" E muita mesquinharia, muita sede de poder que não leva ninguém a lugar nenhum, não engrandece ninguém. O pior da raça humana descrito em cada página, e são apenas crianças. :(
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Renata 10/02/2016

Praga - Michael Grant
Em Gone todas as pessoas com mais de 15 anos desaparecem, e o restante das crianças ficam presas na cidade, dentro de uma espécie de domo sem saber como sair ou o que aconteceu com o resto do mundo. Sozinhos eles se organizam para sobreviver, precisam cuidar dos bebês e dos mais novos. Logo a comida fica escassa, a luz acaba, todos querem consumir, mas ninguém pensa em produzir. Existem disputas pela liderança, muitos buscam o poder. Quando algumas crianças começam a desenvolver poderes especiais, a guerra entre os humanos e as “aberrações” tem início.

A partir daqui contém spoilers para quem não leu os três livros anteriores.

Ele não era o líder, não era inteligente como Astrid Gênio, nem tinha superpoderes como Sam, mas no fim, foi Albert que conseguiu colocar alguma ordem no LGAR (Limitado à Garotada da Alameda da Radiação). Eles criaram um conselho, Edílio era o prefeito da cidade, mas se não fosse a moeda criada por Albert nada daquilo iria funcionar. Agora todos trabalharam para ganhar dinheiro e trocavam este dinheiro pelo que precisavam. Mas depois de tanto tempo, eles deveriam saber que no LGAR, nada é tão "simples".

Caine está isolado na ilha com Diana comendo do bom e do melhor e tomando banhos de banheira; Drake está preso - após voltar da morte mais doentio e cruel do que nunca-... e o pior de tudo, imortal. Eles sobreviveram a barreira, a fome, as mentiras e a todo o caos enviado pela Escuridão. Mas a PRAGA não escolhe suas vítimas, uma gripe fatal se espalha pela Praia Perdida e o número de vítimas só aumenta. As pessoas, literalmente, botam os pulmões para fora e nem Lana consegue curá-las.

Enquanto isso, como não chove dentro da barreira, a água potável começa a ficar escassa, e nem Albert tem ideia de como vão fazer para lidar com uma sede insuportável. Sam é escolhido para explorar um lago afastado da cidade a procura de água, como eles não têm gasolina suficiente, seria necessário que a população se mudasse para lá. Ele leva consigo Jack Computador, Dekka e Taylor. Com isso, apenas Brianna e Orc são as aberrações capazes de lutar que permanecem na cidade.

E é claro, que surge uma nova ameaça, um parasita originário das cobras voadoras que são, nada menos do que insetos hospedeiros (enfase em hospedeiros, e olha que eu achava que berne era nojento); que depois crescem até ficar do tamanho de um jipe, e o poder de nenhuma das aberrações parece ser suficiente para matá-los. Quando a esperança parece chegar ao fim, eles tomam uma decisão que poderá mudar o futuro do LGAR.

~~~~~

Eu não sei se acho o autor cruel ou genial, talvez os dois. Para mim o melhor livro da série até agora, eu tinha que lembrar de fechar a boca durante a leitura rs. É tanta coisa que acontece, que eu fiquei em choque. A narrativa se alterna entre vários personagens, e praticamente eu torci por quem eu “preferia que não morresse”, já que não dá para salvar todos.

A praga é mortal e não escolhe vítimas, mas o bicho que nasce das cobras voadoras é o pior que já aconteceu no LGAR, e isso diz muita coisa. Eu morri de dó do Hunter, me desesperei pela Dekka, e por todo mundo na verdade. A Escuridão e o pequeno Pete são elevados a outro patamar, o leitor não consegue imaginar o que pode acontecer a partir daí.

Como sempre morreram alguns personagens que eu gostava muito, queria saber o número total de habitantes no início do LGAR e agora, porque não tem sobrado muita gente viva por ali. :P

O próximo livro se chama Medo, e eu tenho MEDO do que pode acontecer, sério. Não aguento mais, coitado deste povo rsrs.

Voltando a falar sério, é uma das melhores séries YA de fantasia que eu acompanho, o autor tem que ser corajoso para tomar alguns caminhos que o Grant toma, e o leitor segue desesperado bebendo cada palavra.
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maysleituras 23/01/2016

[RESENHA] Praga - Michael Grant
Antes de tudo, devo dizer que Praga é o quarto livro da série Gone – O mundo termina aqui (são seis livros no total), escrito pelo autor Michael Grant. Devo acrescentar ainda que até hoje não entendo as razões que não tornaram essa série tão conhecida pelo Brasil. Sempre me perguntei se foi por causa do preço, do tamanho dos livros, da divulgação, enfim, diversas possibilidades, mas nenhuma delas parece plausível (pelo menos não o suficiente).

De qualquer maneira, digo isso justamente por ser fã dessa série e uma das maiores dificuldades que tenho é achar coisas relacionadas a ela – sejam fanarts, fanfics ou qualquer outro meio de entretenimento. Claro, pode ser que eu não esteja procurando do jeito certo também ou então, justamente por amar cada uma dessas obras, gostaria que recebesse o devido reconhecimento.

Aliás, um destaque importante para as capas nacionais, que na minha opinião, são bem melhores que as originais, não só pelo título impactante como também pelas silhuetas que revelam parte do que vai acontecer na história.

Por isso, se você ainda não leu a obra, se nunca ouviu falar dela, já deixo a recomendação aqui e agora darei alguns dos motivos para amar o universo que o Michael Grant criou, focando no livro que acabei de ler: Praga.

A narrativa, em todos os livros, é voltada não apenas para um único personagem, mas para vários e eu, particularmente, adoro isso, uma vez que vemos diferentes visões acerca dos mesmos acontecimentos e também passamos a compreender melhor cada personagem, nas suas ações e sentimentos.

“— Sam, você ainda é o líder. Sempre vai ser o líder. Não é uma coisa que você escolhe, é uma coisa que você é.”

Outro ponto alto presente no atual livro é a crueldade e a genialidade do autor e digo isso com base no ambiente que ele criou desde o primeiro livro até o livro atual: os adultos sumiram e as crianças precisaram aprender a se virar. Num primeiro instante, foi só felicidade, não havia ninguém para controlá-las, dar ordens. Porém, com o tempo, as coisas foram piorando: ficaram sem comida, sem água, sem energia, enfim, virou um ambiente onde o homem era o lobo do próprio homem, como afirmou Thomas Hobbes.

Um ambiente de caos nasceu. Ninguém sabia em quem confiar, crianças andavam armadas outras tentaram criar um sistema para manter o controle, sendo que aos poucos ele foi apresentando seus defeitos, foi ruindo. Para piorar a situação, algumas das crianças desenvolveram poderes sobrenaturais, sendo que umas usariam esses poderes para o bem e outras nem tanto. Além disso, surgiram seres inimagináveis – cobras que voavam e cuspiam veneno, coiotes que falam e por aí vai.

No livro Praga, há ainda uma gripe intensa afetando as crianças, onde elas tossem tão forte que cospem os próprios pulmões e mais: insetos gigantes nascem de dentro do corpo das pessoas, comendo-as de dentro para fora. Inclusive, pode ser essa outra das razões para a série não ter feito muito sucesso: é preciso ter um estômago forte para encarar muitas situações do LGAR.

Vale ressaltar que esses são apenas os problemas físicos sofridos pelas crianças. Há ainda os problemas psicológicos. A saudade dos pais, a saudade da vida anterior e também o pensamento de como seria se eles conseguissem fugir do LGAR. Afinal, não eram mais as mesmas pessoas, alguns acreditavam que haviam virado verdadeiros monstros: mataram pessoas para sobreviver – assassinato, canibalismo, chantagens, traições, mentiras, medo. Muita coisa havia acontecido e muita gente não tinha estômago para aquilo, mas sim, sim, havia crianças que estavam se acostumando com o LGAR, que gostavam do poder e da influência que exerciam ali.

- E é por isso que o mundo permanece bagunçado - disse baixinho. - As pessoas não são racionais.

Respirou fundo algumas vezes para se firmar e se preparou para morrer pelo poder.

Aos poucos o LGAR vai se revelando mais e mais sombrio, entretanto, também dá pistas de como surgiu, ainda que ninguém saiba ao certo como escapar e se há escapatória. Ao longo do livro, acompanhamos a mudança de muitos personagens, as crises existenciais de vários deles e como isso os afetou de forma plena e intensa. Muitos deles desejam morrer a continuar vivendo naquelas condições e outros continuam lutando, mas sem saber o motivo. Fé? Esperança? Medo de morrer?

Também é interessante apontar que por mais que agiam como adultos, vez ou outro vinha aquele relampejo na história, mostrando que, apesar de tudo, ainda eram crianças. Queriam brincar, jogar videogames, sentir que aquilo não era real. Por isso algumas acabaram se entregando às bebidas, para fugir desse mundo de loucuras, mesmo que por um instante. Até mesmo quem repudiava esse tipo de coisa.

Cada personagem é intenso e verdadeiro no que faz, inclusive, outro ponto para Michael Grant ao criar seus personagens: há representatividade – mulheres, negros, homossexuais, imigrantes. Além disso, um dos personagens principais é autista.

Tudo e todos estão presentes nessa série e o mais importante é que eles não apresentam um papel secundário, muito pelo contrário, são peças importantes para a história, com características fortes e marcantes. Como exemplo gostaria de citar a Dekka, ela é negra e lésbica e comenta o tempo todo sobre isso, dizendo que já conhecia as dificuldades de ser diferente num mundo padronizado e que se eles saíssem do LGAR muito provavelmente não seriam vistos como heróis, mas sim como aberrações e acabariam sendo marginalizados, como ela havia sido.

Realmente, é um lugar onde coisas inimagináveis acontecem, onde dormir é quase impossível, por causa dos pesadelos, dos sentimentos ruins, da desconfiança. Mesmo assim, há momentos de felicidade, de um pouco de glória e também espaço para piadas. Inclusive, essas piadas, geralmente feitas pelo protagonista Sam Temple, me lembraram muito dos momentos cômicos do personagem Percy Jackson (escrito pelo Rick Riordan). Aquele humor sarcástico e icônico, sempre muito bem-vindo nos livros do gênero.

- Eu gostaria que vocês não tivessem me achado - disse Totó. - Eu era mais feliz sozinho.

- É. Desculpe - respondeu Sam.

Só posso dizer que a cada página eu ficava com mais e mais vontade de ler. Foi realmente impossível largar o livro depois de certo momento e tudo que mais quero é poder devorar as páginas do quinto livro, que se chama MEDO. O título por si só já é muito convidativo e como disseram por aí, tenho medo do que está por vir.

A série Gone é uma história que faz você se apegar aos personagens e pensar: não quero que eles morram, mas também não quero que continuem vivendo nessas condições. Não sei o que é melhor. Não sei para quem torcer ou pelo que esperar. Só sei que os personagens me conquistaram e o enredo é excelente.

(…) também queria gritar. Mas não de horror. E sim com um triunfo puro, maligno. Queria dançar e se sujar com o sangue do inimigo derrotado. Queria saltar em cima dos pedaços do corpo e chutá-los com desprezo.

Uma das minhas críticas negativas, e talvez a única, é que o autor falha na descrição algumas vezes, principalmente quando são cenas de ação, a ponto de eu não conseguir visualizar direito o que está acontecendo. Felizmente, nas cenas onde ele descreve os pensamentos/sentimentos de cada personagem, e que são as partes que eu mais gosto, ele sempre foi impecável.

Também disseram que teve muita ação no livro, mas que não chegou a lugar algum. Sendo bem honesta, isso não me incomoda. Ainda temos dois livros pela frente e sinto que as coisas só vão ser reveladas lá no final, então estou super bem em relação à isso.

Stephen King disse que ama esses livros caracterizados como YA (Young Adult) e eu digo que ele não está sozinho.

site: http://recordandopalavras.tumblr.com/post/137899311784/resenha-praga-michael-grant
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lmaldonnado 06/07/2015

Distopia diferente
É uma leitura gostosa e intrigante... Faz ficar com vontade de saber o que há por vir.
Somente 2 observações: nesse livro a Astrid está muito sonsa e o Sam extremamente indeciso... Isso me deixa um pouco frustrada, mas acho que deve ser para o desenvolvimento da história.
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