Isac 28/10/2013FEU, Eddie Van. Uma guerra de luz e sombras. Rio de Janeiro: Editora Linhas Tortas, 2013. 607p.Acostumado com algumas leituras desta linda e jovem escritora (ainda quero ter a honra de conhecê-la pessoalmente), me entusiasmei com o tema e como ela foi ousada, surpreendendo o leitor em cada capítulo, fiquei com o “coração na mão” no auge.
Como discorri em outras resenhas, a linguagem que a autora possui é única, resultado de quem tem uma elevada busca pelo conhecimento, isso fica evidente em sua escrita e nos seus Wokshops (Mestre nata).
Começei a ler em 29.08.2013, a capa é sugestiva e me fez inquirir a respeito do que a obra retratava, refleti acerca do nosso próprio conflito interno, enquanto seres humanos, o bem o mal, amor e ódio, etc. Mas é na nossa fraqueza é demonstramos quem somos, o segredo é transmutar o medo em coragem e não desistir, nunca.
Uma Guerra de Luz e sombras, é o livro, tem que ser amante da leitura para encarar 50 Capítulos, rumo ao desconhecido de uma história eletrizante, que se passa em um ambiente urbano, retratando um problema atual, a violência nas cidades, principalmente, por causa das drogas, que por si só atrai muita coisa ruim junto, é como a Eddie sempre fala “semelhante atrai semelhante”.
Inicia-se com o diálogo entre os anjos Uriel e Azrael, quando uma civilização é tragada pelas águas, e o questionamento de Azrael acerca dos designos do Ser Supremo.
Diante de um cenário de violência e crimes crescentes, é criado um grupo de elite, pelo governador Dale Larne, composto dos melhores membros da estrutura de Segurança Pública do Estado, preliminarmente há e continuará ocorrendo muitos conflitos internos, mas o que seria um total desastre mostra-se extremamente produtivo.
Os componentes dessa equipe são: Tenente Theodore Lanark; Billie Jean; Danny Shelley; Carlson; Ken Nishima; Carlson; Alan Hadrians; e Eduardo Santana e Cruz, é ilário quando se conhecem.
O principal antagonista é Helson De La Calli.
Eu, particularmente, não faço a mínima ideia do que é estar num fogo cruzado e depender minha vida de outra pessoa (deve ser uma sensação incrível), isso era corriqueiro para estes herois no decorrer da trama.
Eles se deparam com uma guerra invisível a maioria dos humanos, sim, o apego ao mundo material é irresistível, aparentemente o concreto, aquilo que podemos pegar, parece nos dá mais segurança, contudo, querendo ou não, somos, de alguma forma, influenciados pelo mundo metafísico, pelo mundo espiritual. Nossos heróis se deparam com esse dilema, que é um choque e tanto.
A história é longa, mas não é cansativa, chata ou repetitiva, cada capítulo nos apresenta um nova faceta da história ou dos seus personagens. Concordo quando se coloca que a amizade verdadeira é aquela que é insistente.
A autora não se cansa de explorar e desvelar o máximo seus personagens, seus medos, receios e extrema coragem nos momentos de perigo, cada um tem um perfil psicológico próprio, cativantes, que a maioria de nós se identifica com alguma faceta, a mulher responsável, o amigo legal, o amigo chato, etc.
“Grandes poderes, grandes responsabilidades” é o que vai acontecer com os nossos amigos, com certeza eles nunca mais serão os mesmos. Agora é aguardar as próximas aventuras!