Lê Vieira 25/10/2013 De início o autor apresenta todos os personagens significativos para a história, admito que não achei de suma importância tais detalhes, pois com o decorrer dos acontecimentos acabamos os conhecendo de qualquer forma. Para que tem dificuldade em visualizar os seres que compõem a história, vão aproveitar bastante a descrição bem feita no início do livro, para os que conseguem identificar as características dos personagens enquanto a trama está se desenvolvendo, provavelmente não encontrará grande necessidade de ler a apresentação dos personagens. Que fique claro, não estou dizendo que o livro é repetitivo ou exagerado nos detalhes, mas acredito que ele tenha sido escrito com a intenção de não deixar o leitor em dúvida sobre qual personagem faz o que.
Neste segundo livro, a mitologia egípcia foi um pouco menos explorada e os feitos heroicos foram mais valorizados. Eu gostaria de ter notado a presença maior dos deuses e afins, mas esta ausência não prejudicou a leitura ou o desenvolvimento da história de Hor, o novo Rudamon.
As forças do mal continuam querendo dominar o planeta e desta vez nosso herói precisará enfrentar vários vilões com características diferentes. Enquanto um deseja acabar com a humanidade em geral, outros querem eliminar determinadas raças, ou seja, no final não restaria nada de qualquer maneira.
O autor usou bem a problemática do preconceito e da intolerância ao que é diferente, já que em sua história foram criados personagens ciganos, negros,neonazistas e judeus que não conseguiam se relacionar de forma harmoniosa, pelo contrário, o desejo que emana entre eles é o de acabar com a raça ou crença que seja diferente a de cada um. E convenhamos, atualmente ainda vemos este tipo de atitude de alguns seres humanos.
Enquanto no primeiro livro eu fazia cara feia para o herói perfeito, neste eu me deliciei com as falhas emocionais e defeitos mais humanos adicionados ao protagonista. O autor soube mesclar bem a identidade humana com a heroica de Hor, um jovem aventureiro, que não admite injustiças, mas ao mesmo tempo julga de forma errada algumas pessoas por causa de seu ego e seu ciúme.
É impossível não comparar o dois livros, enquanto no primeiro eu me encantei com a mitologia e o grande vilão, neste novo o herói me convenceu mais, mas me deixou sentindo a falta dos deuses e múmias. Gostei mais do vilão do primeiro, mas gostei mais do Rudamon do segundo, o que faz de mim uma pessoa chata que quer misturar os personagens na mesma história! Acho que o livro tem a cara de HQ. Não sou chegada em quadrinhos e mangás, mas com certeza eu gostaria de ler Rudamon em revistinhas!
" Passado e futuro são tempos que não interessam para aqueles que querem fazer a diferença!"
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