No Urubuquaquá, No Pinhém

No Urubuquaquá, No Pinhém João Guimarães Rosa




Resenhas - No Urubuquaquá, No Pinhém


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Max 14/03/2023

No Urubuquaquá, no Pinhém...
De miudinho, de parada, em quando, Rosa vai te cercando com descorrer sobre o acessório, quando se vê, já em cima dá o bote e a leitura se alumia e emociona...
Como pode alguém traduzir tão bem minha terra?
Nessa hora dá um orgulho danado ter vivido esse cerrado, em meio dessa gente humilde, achava que minha vida era simples, besta...
Aí, surge Rosa, que contando do seu jeitinho, faz tudo reluzir, reluzir como ouro!
Recomendo!
Edneia.Albuquerque 14/03/2023minha estante
Que resenha linda Max ???


Max 14/03/2023minha estante
Obrigado, Neya!?




monique.gerke 29/05/2019

Foi um começo difícil. Tanto nos dois contos, quanto no romance. Eu que só conheço o português, me aventurar pelo “guimaranês” foi um desafio, que exigiu uma atenção redobrada e muita concentração. E isso que não é o meu primeiro livro dele. Mas eu sempre esqueço dessa dificuldade inicial, pq no final só lembro das belezas da leitura rsrs
Com ‘No Urubuquaquá, no Piquém’ não foi diferente, mas aí eu fui pegando o ritmo, e a leitura foi fluindo, “os gerais” foram ficando mais próximos, as veredas, familiares, e quando eu dei por mim, já estava até falando miudinho, ocê sabe? p’ra não carecer de ficar pra trás.
As três estórias são muito boas. Gosto dessa realidade criada, onde tudo é tão intenso. Tão diferente. Tão único. Gosto do ambiente. Dos personagens. Da paisagem. E por fim, do deslumbramento que me causa toda vez que leio as palavras inventadas: bonitinhamente. Vê se eu posso com isso?
Ou com esse trecho: “o amor era isso — lãodalalão — um sino e seu badaladal.” Pag. 245
É isto. Amo forte, daquelas coisas que a gente ama sem saber explicar muito bem o porquê.
.
Outra mineirinha disse em um poema “Quem entender a linguagem entende Deus/ cujo filho é Verbo. Morre quem entender.” Olha. Vou dizer mais nada, fora que Rosa estava no caminho.


Ps: Percebi que no romance ‘A estória de Lélio e Lina‘ teve uma referência direta ao Miguilim (uma das estórias do primeiro livro do Corpo de baile), será que perdi mais coisa pelo caminho?
Ps1: Ler o artigo do Paulo Rónai no prefácio: mas assusta do que incentiva, viu.
Luiz993 29/06/2019minha estante
Comungo de muito de seu sentimento com a escrita "rosiana". Minha alma mineira talvez tenha contribuído muito a me levar a esse arrebatamento. Você condensou muito bem "...daquelas coisas que a gente ama sem saber explicar muito bem o porquê".

Ps.: Lélio e Lina traz de volta também uma das irmãs de Miguilim, se não me engano, Chica; e o pequeno Tomezinho, "que é o que é o tal de" Tomé da Jiní. Miguilim é emblemático, e Guimarães sabia o que fazia; ele reaparece também em "Noites do Sertão", no poema "Buriti"... afinal, é o Corpo de Baile, né!

Ps1.: Paulo Rónai é um "carrasco", detonou duas obras que li, através de seus "spoilers": Os meninos da Rua Paulo e Sagarana... um dia a gente aprende a deixar o prefácio para "adispois"!




Gutierrez.Lellis 12/11/2020

O segundo volume da triologia "Corpo de Baile" foi para mim, até então, a obra mais difícil de ler do Guimarães Rosa. Minha experiência com outras obras do autor se repetiu aqui e foi até acentuada: início de leitura difícil, mas vai se ganhando o ritmo do autor conforme o avançar da leitura. Apesar da dificuldade, mineiro que sou, é uma delícia adentrar na aventura da linguagem que Rosa nos propõe. Melhor ainda quando acontece identificação: em certos momentos, me imagino conversando com meus avós.
Dos três textos presentes no livro, "O recado do Morro" foi o mais interessante na minha percepção. Delícia identificar no conto o próprio autor no personagem do "doutor estrangeiro" que anota tudo na viagem e causa estranhamento aos sertanejos. Interessante ver nas figuras ilustres guiadas pelo protoganista uma interessante análise das relações sociais non interior do país: o fazendeiro, o padre e o "doutor" nos seus cavalos, os empregados sertanejos sem entender direito do mundo deles, mas servindo-os. Incrível foi o final surpreendente sendo preparado e gestado nos mínimos detalhes do conto.
"Cara-de-bronze" foi o mais difícil de ler. Além da inventividade na linguagem, temos um conto em formato de roteiro de cinema! Mais do que isso, não tenho coragem de falar.
"Estória de Lélio e Lina", classificado como romance por Rosa, embora tenha tamanho de novela - imagino que Rosa esteja brincando por causa da história de amor que acontece, não amor eros, mas amor filia, agápe. Belíssimo!
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Julio.Argibay 22/03/2018

Sertanes
Esse livro ou livros de Guimarães Rosa, eh composto p alguns contos q percebi em alguns momentos que se relacionam entre eles em algum ponto na trama. Mas devo confessar q eh um livro muito difícil, não só na linguagem utilizada, nas expressões, como também na maneira como esses contos sao apresentados. Sendo assim , o ambiente, a natureza e o modo de vida do povo sertanejo prevalece sobre a própria estória contada. Peeeeense...
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delicadas.leituras 26/02/2021

No 'desfloreio' da vida
Parte do volume intitulado 'Corpo de Baile', que posteriormente foi separado pelo autor.
'No Urubuquaquá, no Pinhém' é composto por três 'supostos' contos em que os personagens principais são idosos, digo 'supostos' porque ao lê-los verificamos que muito se assemelham a romances. Nesta obra, como nas demais do autor, há uma complexa mistura e interessantes 'invencionices' linguísticas.
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Rafael 02/03/2023

Genialidade Roseana
Ninguém foi capaz de traduzir em palavras a cultura sertaneja como Guimarães Rosa. E quando digo traduzir, me refiro à verdadeira apropriação que Rosa conseguiu fazer da linguagem e dos hábitos de vaqueiros e sertanejos, tão fielmente reproduzidos em seus textos. Embora Grande Sertão Veredas seja o magnum opus do autor, Corpo de Baile, do qual a presente obra é parte integrante, já anunciava o brilhantismo de Guimarães Rosa ao imortalizar essas figuras que povoam a cultura social do país. Especificamente nessa obra, o destaque fica para "O recado do morro" e "A história de Lélio e Lina". No primeiro, Rosa certamente se divertiu ao criar um enredo de suspense que tem um desfecho completamente inesperado diante de tantas pistas deixadas ao longo do texto. No segundo, além de fazer um primoroso retrato da vida de um vaqueiro, Rosa ainda nos brinda com o súbito amor maternal surgido entre o rústico peão e uma sábia senhora. Guimarães Rosa é imperdível, portanto, vale muito a pena a leitura.
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