Bruna 01/09/2013Ação, aventura e muita coragemHoje vou falar do livro Bridd: as cartas não recebidas, que recebi de cortesia da autora, Bruna Lara, e só posso dizer que a minha xará me encantou com sua narração e capacidade de criar um mudo tão legal e cheio de detalhes em um único exemplar. Digo isso porque a história tem início, meio e fim \o/, o que eu amei, porque já estou seguindo tantas séries que estou ficando frustrada com as longas esperas.
A fictícia Ilha Grande, uma terra dividia em vários reinos e vilas, está sofrendo com uma intensa e violenta guerra que já dura anos. Tudo por conta da ganância e sede de poder do reino de Xavênia, que pretendia dominar toda a grande ilha. Logo no início do livro, vemos que os bárbaros xavênicos conseguiram seu primeiro grande intento, que era derrotar o grande reino de Galladem, e agora dirigiria suas forças contras as pequenas vilas.
Heron é um jovem da pacata e tranquila vila de Bridd, conhecido como um dos grandes heróis de seu povo, por ter sido o garoto que foi para a guera. O 'Pequeno Heron', como ficou conhecido, sempre desejou conhecer o reino de Galladem, e aos dez anos de idade percebeu uma oportunidade de realizar seu sonho quando o pai e outros homens de Bridd decidiram se unir aos amigos galladênios na guerra contra os bárbaros xavênios. Assim, após a recusa do pai de leva-lo junto, o jovem se escondeu na carroça que transportaria os pertences dos guerreiros, e quando foi descoberto por seu pai, já era tarde demais para leva-lo de volta a Bridd. Assim, Heron passou boa parte da vida nesse reino, vivendo com uma carinhosa família de criação, até a morte de seu pai em combate, o que fez com ele decidisse se unir a guerra.
Quando Galladem é derrotado, e a ameaça bárbara se volta para as pequenas vilas, Heron retorna a seu lar decidido a não permitir que Bridd também fosse tomada. E ao chegar em casa, se vê com mais problemas do que imaginava, uma vez que o novo líder de Bridd, o autointitulado 'Rei Maurício', não levava seus temores a sério, levando o jovem a reunir um exército clandestino, com a ajuda de seu novo amigo Thomas.
E assim começa realmente a história, que é permeada de muita aventura, ação numa narração muito bem feita e rica em detalhes. É perceptível a inspiração em O Senhor dos Anéis, mas é apenas uma inspiração, e a própria autora não esconde que é fã da obra de J. R. R. Tolkien, uma vez que no início do livro tem uma citação de Gandalf, O Cinzento. Assim, para quem gosta de histórias de guerra com muitas cenas de ação e atos de heroísmo, essa é uma ótima dica.
Achei a capa uma gracinha, e se vocês repararem bem dá pra observar o pequeno Heron, quando criança, escondido na carroceria. Mas por ser do tipo fofa, a ela me levou a ter uma ideia um pouco errada do livro, pois pensei que se tratava de uma história mais infantil (e a classificação no site da Pearse é infanto-juvenil), o que não é verdade. E sobre o título, não posso dizer muito para não entregar nada, mas vamos apenas dizer que "as cartas não recebidas" são fontes de importantes segredos e revelações.
Bruna Lara realmente tem um talento notável, pois a história está muito bem escrita, com os fatos todos amarradinhos, sem deixar pontas soltas. Outro ponto altíssimo é a narrativa, muito bem feita, adotando uma linguagem mais formal no tratamento entre os personagens, bem condizente com o tipo de sociedade retratada. E mesmo eu não gostando muito desse tipo de livro, mas focado em guerras, a história prendeu minha atenção do início ao fim.
Era uma vez um menino,
Que sua casa abandonou
E, por longas milhas nas estradas,
Com seu pai ele cavalgou.
O destino era incerto.
Guiava-se pelas histórias
Outrora contadas por alguém.
E, maravilhado, ele chegou,
Às mágicas terras de Galladem.
Trecho de um poema feito em honra a Heron
Recomento muito o livro e desejo muito sucesso a autora, pois ela merece.
Beijos
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http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2013/08/resenha-bridd-as-cartas-nao-recebidas.html