Márcia Regina 20/03/2010
"Flores"
Não sei bem o que escrever sobre o livro. Vou reler outra hora, com calma, texto por texto.
Erro médico/sexualidade, ação/consequência, normal/anormal...
Estranho, me fez pensar em quanto nos perdemos no meio de tudo, e em quanto, não raro, só olhar parece mais correto. Que cada um escolha sua forma de viver, parece mais simples e mais lógico. E é mais omisso. Além do mais, cada um viva sua vida? Epa, e quando o erro de outro é a base da nossa vida? Mas, se eu não só olhar, tomo posições e até onde esse tomar posições não implica preconceito?
A ciência existe em todas as áreas, físico, mental... O escritor está trabalhando numa pesquisa sobre a sexualidade; o cientista, em pesquisas sobre remédios. Os dois conceituam, os dois definem, os dois rotulam. Os dois provocarão consequências.
Qual é o limite entre a análise e o erro, entre o conceituar e a omissão, entre a teoria e a vida real?
Nesse sentido, a assistente do médico é um personagem interessante, merece uma leitura mais aprofundada. Ela altera o conceito. Com base em seus próprios conceitos, é verdade, mas ela altera, ela age. Equivocadamente? O médico agiu? Equivocadamente? O escritor age?....
Sei lá, sei lá, livro estranho.
Recomendo.