Flores

Flores Mario Bellatin




Resenhas - Flores


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Julyana. 21/02/2011

Denso, forte e amargo. Genial a falta de capa num livro em que todos os personagens tem alguma deformação, seja física ou moral.
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Tito 24/06/2010

O escritor às voltas com comportamentos e naturezas desviantes, fragmentos de um universo sombrio e torto, onde todos parecem estar em busca de algo. Um livro-experiência, numa edição não por coincidência desprovida de capa.
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Márcia Regina 20/03/2010

"Flores"

Não sei bem o que escrever sobre o livro. Vou reler outra hora, com calma, texto por texto.

Erro médico/sexualidade, ação/consequência, normal/anormal...
Estranho, me fez pensar em quanto nos perdemos no meio de tudo, e em quanto, não raro, só olhar parece mais correto. Que cada um escolha sua forma de viver, parece mais simples e mais lógico. E é mais omisso. Além do mais, cada um viva sua vida? Epa, e quando o erro de outro é a base da nossa vida? Mas, se eu não só olhar, tomo posições e até onde esse tomar posições não implica preconceito?

A ciência existe em todas as áreas, físico, mental... O escritor está trabalhando numa pesquisa sobre a sexualidade; o cientista, em pesquisas sobre remédios. Os dois conceituam, os dois definem, os dois rotulam. Os dois provocarão consequências.

Qual é o limite entre a análise e o erro, entre o conceituar e a omissão, entre a teoria e a vida real?

Nesse sentido, a assistente do médico é um personagem interessante, merece uma leitura mais aprofundada. Ela altera o conceito. Com base em seus próprios conceitos, é verdade, mas ela altera, ela age. Equivocadamente? O médico agiu? Equivocadamente? O escritor age?....

Sei lá, sei lá, livro estranho.
Recomendo.
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Erika 27/12/2010

Incomodou, mas não me agradou
Confesso que não fui capaz de alcançar toda extensão dos contos-denúncia de Bellatin.
O incômodo tomou-me do início ao fim da leitura, sem, no entanto, cativar-me sua escrita.
Ficava tensa a cada mudança de flor, sem a mínima ideia de que história bizarra se sucederia.
É uma escrita dura, direta e aguda como a ponta de um punhal, que revira a carne sem medo de chocar.
Também não consegui associar os contos às várias flores que os intitulam; talvez seja o contraponto para toda a crueza das histórias.
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Lacerda 25/06/2010

Bellatin escreve sua realidade, escreve o que sente, o que vê, o que faz.

Flores fala de deficiência, porém, particularmente não vi só a deficência física, mas a deficiência mental do humano e toda a escuridão que está nele.

Há uma crítica severa aos avanços medicinais, sobre os supostos benefícios que poderiam trazer e acabam gerando problemas maiores. A busca de algum sentido, algum sentimento pra preencher o vazio nas relações, religião, profissão. A luta desenfreada por aceitação, por espaço, por vida, por justiça.

Livro pra ser lido, relido e chegar a conclusão que a linguagem das flores é mais simples e mais bonita.
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eglair 11/05/2011

Mutação e deformidades
Flores de Mario Bellatin é um livro surpreendente, a começar pelo projeto gráfico sem capa, com a orelha despregada do miolo, tudo envolto numa embalagem plástica como se fosse um exame ou um relatório científico.

A deformidade já começa no próprio volume que guarda a obra desse mexicano autêntico e ousado. Flores é uma reunião de narrativas curtas, cada uma como nome de flor.

O livro é escrito em fragmentos de histórias todas misturadas no tempo e espaço, onde a ligação entre elas se encontra na deformidade, seja congénita, sexual ou religiosa.

É um livro irônico e perverso que transita de maneira peculiar e inquietante entre o realismo fantástico e a ficção. Muitas vezes você se vê pensando: “Será que isso é verdade? Será que ele esta falando dele mesmo?”

Mario Bellatin nasceu sem o braço direito, talvez por isso essa forma narrativa tão avassaladora sobre a mutação e deformidades.

Com certeza é uma leitura única e marcante, pelo menos pra mim foi assim.
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IvaldoRocha 06/06/2014

Muito acima da média
Li com certa desconfiança, uma vez que já me decepcionei com outros livros onde o autor tenta inovar na maneira de contar sua estória. Neste caso embora a idéia seje bem arriscada, empilhar trechos de forma "aparentemente" aleatória e onde os trechos acabam sempre de uma maneira abrupta como se amputados do seu final. O livre surpreende de maneira muito positiva. Leitura fascinante é como se derrepente fios imaginários ligassem os textos formando um conjunto. Muito acima da média.
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Our Brave New Blog 29/12/2016

RESENHA FLORES - OUR BRAVE NEW BLOG
Penso que o pessoal que gosta dos surrealistas são que nem aquele (horroroso) jargão “mulher de bandido”. Explico: você vai lá, todo pimpão, e pega a obra de um desses André Gide ou David Lynch da vida, então se prepara na sua poltrona e começa com a sua sessão de fusão de cabeça, onde o artista vai jogando uma coisa atrás da outra sem o menor sentido lógico, e você, mero neófito da coisa, não entende nada e sai por aí dizendo que é bom, e pior, que quer mais.
Então, depois da dose que foi Cães Heróis, era de se esperar que de Bellatin nós só iríamos querer distancia para manter essa insanidade longe de nós. Mas olha ele aqui de novo. Porque eu simplesmente sou fã dessas loucuradas e em Flores fui procurar o que o artista mexicano pode oferecer de melhor: maluquices com pessoas esquisitas. Foda é que isso já acaba com a obra do mexicano-peruano em circulação aqui no brasil. E essa “obra em circulação” mal dá 50 paginas num livro normal. Fazer o que né?!
Então vamos para a sinopse (provavelmente a parte mais difícil de um livro surrealista): Aqui nós acompanhamos a jornada do Escritor, um islâmico praticante sem uma perna que está na cidade a fim de documentar o máximo possível de seitas religiosas e formas de se fazer sexo, para poder escrever um livro sobre essa questão. Acompanhamos também o senhor médico que descobriu um problema em um medicamento que reduzia a dor e o enjoo na gravidez, que tinha como efeito colateral a má formação do feto, fazendo com que várias crianças nasçam com membros do corpo faltando, entre outras histórias.
Cada capítulo é na verdade um parágrafo, assim como no Sangue no Olho, e cada parágrafo é nomeado com uma flor. Bellatin diz no começo do livro que a ideia do mesmo era que cada capítulo fosse individual, uma história própria para se contar, e ao mesmo tempo construindo uma narrativa com essas pétalas, coisa que fez lindamente. Eu penso que todas as flores que dão nome têm um porquê, às vezes porque são parte do cenário, outras porque transmitem uma sensação que o capítulo também quer passar, e as últimas por motivos incompreensíveis ao meu reles intelecto.

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Fê Gaia 08/05/2010

Triste, angustiante e verdadeiro
Avalio esse livro como regular não porque seja mal escrito ou algo do gênero, e sim pelas sensações que ele despertou em mim. É uma leitura desagrável em grande parte do tempo por tratar de assuntos tristes e muitas vezes desprezíveis, de uma forma direta e insensível. Apesar disso, recomendo esse livro aos que querem sentir na pele a angústia da podridão humana.
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Marina 01/10/2022

Foi uma experiência diferente ler esse livro. Parecem histórias bem curtas e soltas, independentes, mas você vai percebendo que elas estão todas ligadas. Ao mesmo tempo, como os personagens não têm nome, nem sempre fica claro a ligação entre os contos. As histórias também são bizarras, cruas, abruptas. É interessante.
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