A última névoa e A amortalhada

A última névoa e A amortalhada María Luisa Bombal




Resenhas - A Última Névoa e A Amortalhada


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Marcela Mosqueti 31/07/2020

A chilena Maria Luisa Bombal foi considerada por Gabriel Garcia Marquez a precursora do Realismo Mágico e essa nomeação não foi atoa.
Nas duas novelas dessa edição publicadas pela Cosac Naify (A Última Névoa e A amortalhada), somos apresentadas a protagonistas mulheres que têm a presença da subjetividade marcada em tudo o que há em volta. Perde-se, por vezes, a noção do real e do imaginário, pois as lembranças e experiências não seguem uma linha cronológica e tomam atmosferas oníricas.
O mundo interior é responsável por passagens extremamente poéticas e é possível compreender a entrega em cada escapismo (real ou onírico) dessas mulheres presas em casamentos infelizes e relações complexas.
A visão feminina do mundo nada romantizado por Bombal revela personagens em condições que há muito já sabemos serem nocivas: vidas sem sentido pela crença do casamento como destino inexorável às mulheres.
Conhecer Bombal foi uma surpresa muito positiva e espero que o Brasil possa beber mais da literatura latina.
Deixo vocês com um dos trechos que mais me marcaram em "A Última Névoa":
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? ? "Amanhã voltaremos ao campo. Depois de amanhã ouvirei a missa na vila, com minha sogra. Depois, durante o almoço, Daniel falará para nós dos trabalhos da fazenda. A seguir, visitarei o jardim de inverno, o viveiro de pássaros, a horta. Antes do jantar, cochilarei junto da lareira ou lerei os jornais locais. Depois de comer, me divertirei provocando pequenas catástrofes na lareira, removendo desatinadamente as brasas. Ao meu redor, um silêncio indicará logo que os temas de conversa se esgotaram e Daniel ajustará ruidosamente as trancas contra as portas. Mais tarde dormiremos. E depois de amanhã será o mesmo, e daqui a um ano; e da qui a dez, e será o mesmo até que a velhice venha e me roube todo o direito de amar e de desejar, até que meu corpo murche e meu rosto esmaeça e eu tenha vergonha de me mostrar sem artifícios à luz do sol." ??
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isa.dantas 05/11/2018

Duas novelas que retratam a solidão de formas diferente. Gostei muito das duas. As pessoas deveriam ler mais Maria Luísa Bombal.
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Maitan 18/02/2018

Entre a vigília e o sonho, uma névoa espessa
“Cada um de nós leva no fundo da alma uma tragédia que se empenha por ocultar do mundo. E essa tragédia íntima é a que desbarata energias, acaba com a saúde e produz no espírito um estado constante de alarme”. Palavras de María Luisa Bombal em entrevista de 1939. Poucos anos antes, em 1935, a autora chilena estreava (e surpreendia seus contemporâneos) com A última névoa, novela que marcaria o início de uma nova literatura feminina latino-americana, dotada de uma subjetividade profunda em contraste com o realismo de cunho social que se fazia até então.

E me pergunto por que sempre salientamos o fato de a literatura ser feminina, destacando-a da literatura universal. Afinal se pode separar a literatura em gêneros masculino ou feminino? Do ponto de vista histórico, isso nos revela apenas alguns obstáculos que a mulher tem de enfrentar para se fazer presente no circuito literário (da primeira metade do século XX para cá, talvez tenhamos avançado algo) e também o escasso ou nulo protagonismo da mulher na ficção. Para María Luisa Bombal, a questão da condição da mulher na sociedade é tema incontornável – pois vivia esses conflitos visceralmente – e é também um dos disparadores de suas narrativas. Mas não só.

A última névoa é uma novela silenciosa, uma narrativa subjetiva extremamente veloz, em que situações, cenas, anos se passam sem que percebamos, de uma frase para outra. Bombal é tão habilidosa, que nos conduz pela mão, sem ruídos, para atravessar esses períodos extensos em tão poucas linhas. É uma aula. Quem dera todos os romances fossem assim, seríamos poupados de muitas, mas muitas páginas inúteis. Mas se alguns romances se estendem mais do que deveriam, a sensação é de que nesta novela fala-se menos do que se poderia. A leitura é tão prazerosa que a vontade é de que essas poucas linhas se estendam por dezenas e dezenas de páginas.

O prazer da leitura, para além da narrativa fluida, está associado à poesia com que a autora distribui as cenas. As imagens evocadas são das mais belas, e tudo corrobora com o clima nebuloso, de uma brancura amarga e uma claridade densa, que paradoxalmente nos confundem as fronteiras entre aquilo que é vivido e o que é imaginado, entre aquilo que se experiencia em sonho ou apenas pelo olhar cotidiano mais atento.

Em A amortalhada, segunda novela do livro, a protagonista é uma morta que, por uma pequena sobra de consciência relembra momentos de sua vida com as personagens que se despedem de seu corpo durante o velório. Publicada três anos depois de A última névoa, carrega a poesia imagética da narrativa anterior, embora não apresente o mesmo brilho.

A paisagem retratada nas duas novelas tem sua beleza à parte. Tudo se passa em ambientes campestres e nebulosos – literalmente – nevoeiros, neblinas, ruas fechadas em pequenas cidades, mata densa, casas distantes ou abandonadas. A sensação é que durante toda a leitura esse ambiente sensibiliza, à sua forma, a protagonista que narra em primeira pessoa e tem pouquíssimos interlocutores (em A última névoa) ou os discursos e diferentes perspectivas que se entrecruzam (em A amortalhada).

A resenha de Cândida, do Compre mais um livro, tem no título uma imagem que resume bem esse clima (e do qual eu me apropriei para dar título a esta resenha): “Embaçamento entre vigília e sonho”. Aliás, é a primeira vez que vejo um título só com boas resenhas. A relação dos temas sono e morte com Hipnos e Tânatos, que fez a Renata do site Água-marinha, expande essa observação. Há algo de mítico naquilo que dispara a escrita desses textos, pois sua composição é extremamente elevada e de alguma forma faz essa qualidade permear toda a narrativa, mesmo nas questões mais concretas como a crítica da condição da mulher.

As condições sociais e econômicas emergem, hora ou outra, em meio a intensa poesia, e podem causar algum incômodo: a mulher perturbada pela ociosidade e sua condição doméstica, ao mesmo tempo causada pela ausência de amor no casamento arranjado ou sem sentido e pela condição financeira privilegiada. O lamento da falta de amor como causa de uma vida vivida em vão pode apontar duas coisas: a falta de uma preocupação menos elevada (a sobrevivência em condições extremas, por exemplo) ou a sujeição psíquica da mulher em relação ao homem. Seria por essa condição privilegiada que sua obra se inclinaria ao mergulho subjetivo em detrimento do relato social de seus contemporâneos? São questões que podem ser feitas, paralelamente ao extenso material de caráter psicológico que a autora nos lega.

A própria biografia de María Luisa Bombal é uma preciosidade à parte: viveu entre o Chile, a França, a Argentina e os Estados Unidos; teve dificuldades durante a vida com os papéis femininos na sociedade, para os quais revelou extremo desconforto ou negação para desempenhá-los, fazendo-a começar e rapidamente terminar relacionamentos; tentou um homicídio e um suicídio; rompeu com a própria filha e morreu isolada em decorrência do alcoolismo. Sua amizade com Pablo Neruda, Jorge Luis Borges, García Lorca e Pirandello revelam algo da recepção de sua obra, que se resumiu a essas duas novelas e alguns poucos contos esparsos. A introdução da resenha de Carolina von Holdefer, do Livros abertos, esmiúça essas passagens.

Por fim, quero destacar o terceiro texto de Bombal no livro, a breve crônica poética Washington, cidade dos esquilos, que se não tem o mesmo estatuto das duas novelas, nos apresenta à maturidade de María Luisa Bombal (há um erro de digitação ao final da crônica, que marca como data de publicação o ano de 1934, sendo a data correta 1943), com extremo domínio da poesia em prosa que ela já havia esboçado nos textos anteriores. O bem-humorado texto é de uma qualidade literária impressionante, com sobreposições de imagens belíssimas, de uma poesia que trata a realidade mais simples de uma forma quase mágica.

A edição da Cosac Naify vai ao encontro do brilho de seu conteúdo, com uma capa que remete à nevoa que sutilmente apaga os traços do título e com páginas em tons cinza em um degradê do claro para o escuro, das margens internas para as externas. A tradução de Laura Janina Hosiasson é excelente, assim como seu posfácio, que nos apresenta detalhes da vida e da obra de María Luisa Bombal, finalmente um dos grandes nomes da literatura latino-americana da primeira metade do século XX.
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Fabius 31/08/2017

Estilo poético e pungente. (talvez um pouquinho de spoiler)
As duas novelas ou romances breves que compõem esta joia literária trazem em comum o estilo poético, com belíssimas imagens elaboradas com o uso de palavras delicadas e certeiras, que criam um clima extremamente onírico à narrativa; e a dimensão trágica de suas protagonistas perdidas em reflexões acerca de suas vidas relegadas ao tédio e às frustrações, onde a morte está presente como saída possível.
Muito foi dito por estudiosos acerca do ineditismo de tais características (entre outras) em uma autora latinoamericana do início do século XX (como podemos conferir em ensaio presente no próprio livro). Entretanto, na subjetividade inerente a nós como leitores, ficou explícita essa capacidade da autora em criar imagens poéticas que associam o estado interior das personagens com eventos naturais ao redor (como a névoa que cerca a protagonista de A Última Névoa em alusão à prisão psicológica em que se sente envolvida); e o estilo narrativo n'A Amortalhada, em que o fluxo de consciência da "morta" e demais personagens vão desnudando as relações amorosas e familiares, de modo que o leitor gradativamente vá se inteirando do desencanto que marca esses vínculos.
Enfim, um livro recomendado para quem busca algo menos ágil, ligeiro, com profundidade psicológica e pungente.
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Felipe 14/08/2014

A última névoa é uma novela breve e densa, conta a história em primeira pessoa de uma mulher que jamais diz o seu nome e que parece prisioneira em um casamento de convenção com um primo ainda apaixonado pela falecida esposa que morreu recentemente. No entanto, a personagem não apenas deve tomar o lugar da defunta, mas também tentar emulá-la, criando a ilusão de ser uma sucessora em tudo igual à primeira. A situação de interpretar a esposa morta cria a atmosfera fantasmagórica da novela. A escrita de Bombal não segue a cronologia tradicional e parece se apoiar em uma estrutura cubista que cria uma galeria de blocos que uma vez justapostos engendram a narrativa. As fronteiras entre realidade objetiva e subjetiva são borradas criando uma narrativa intimista herdeira indireta da escrita subjetiva iniciada por Virginia Woolf desde 1920 (Bombal garante que nunca leu Woolf ou Joyce e que tinha como livros favoritos alguns autores nórdicos como Hans Christian Andersen, Selma Lagerlöf e Knut Hamsun) e que se tornaria a pioneira na América Latina do estilo que iria encontrar em Clarice Lispector uma voz relevante: a escrita intimista feminina.

Em A última névoa, a narradora comete um adultério que colocam leitor e personagens em estado de suspensão e dúvida, pois não sabemos exatamente se o acontecimento foi real ou não. Essa ambiguidade inerente à escrita de Bombal é uma constante em seu relato e a névoa, um elemento natural da paisagem, se torna personagem relevante para entender o enfoque fantasmático da narradora. Se o acontecimento foi real ou não parece ser irrelevante, pois para Bombal o que parece contar são as motivações psicológicas e a carga simbólica das situações em detrimento da objetividade do relato. Acompanhamos a angústia da narradora em face desse adultério cometido e como ele representa uma janela de libertação da situação de interprete da esposa morta de seu primo. A névoa que imobiliza tudo parece ser a derradeira metáfora da condição feminina descrita por Bombal: mulheres presas em universos sem objetivo, dentro de espaços domésticos absurdos em que os movimentos parecem não existir. A crise existencial da narradora se converte em retrato da condição feminina latino-americana e a novela de Bombal, diferente do relato regionalista e social que imperava no Chile até então, rompe com a tradição e questiona a relação perversa que se estabelece entre homens e mulheres, entre liberdade e prisão, entre os destinos do masculino e do feminino em uma sociedade fechada para a ascensão e emancipação da mulher.

A amortalhada, segunda novela de Bombal, segue a galeria de mal-estares criados pela escritora. O enredo inaudito da novela não parecerá estranho aos brasileiros já versados em Machado de Assis: a personagem principal é uma mulher morta que em seu velório repassa conscientemente toda a sua vida e, conforme as visitas ao seu caixão, ela relembra fatos ocorridos desde a infância. Diferente de Brás Cubas que já está definitivamente separado do mundo dos vivos, a personagem ainda não foi enterrada e, portanto, se mantém mais próxima. Jorge Luis Borges conta que Bombal lhe pediu conselhos sobre a novela que gostaria de escrever e foi veementemente desaconselhada a escrever. Felizmente a escritora não seguiu as ordens de Borges e alguns dias depois lhe entregou o manuscrito da novela. Borges ficou surpreendido com a qualidade do texto e escreveu sobre ele na revista Sur.

O relato em primeira pessoa da falecida se transforma em um caleidoscópio de vozes: um narrador em terceira pessoa aparece e também a voz de um padre vem completar e enriquecer a narrativa. Acompanhamos a noite do velório e o passo a passo de uma consciência que procura em suas memórias a justificação para sua própria vida: infância, adolescência e maturidade são vasculhadas. O relato prossegue até o fim da noite, momento em que percorremos junto com a voz da morta a marcha fúnebre que a leva para o cemitério.

As duas novelas apresentam quadros de imobilidade: a primeira configurada na névoa que imprime o ar de paralisia do tempo e na segunda a própria morte é a prisão escancarada. Mulheres em estado de catatonia, presas em situações-limite. Bombal reescreve assim o destino do feminino na literatura: o adultério e a morte, dois tópicos extensamente registrados na literatura do ocidente quando o assunto são mulheres: em Madame Bovary, a única saída para Emma é o suicídio depois do adultério, destino semelhante para Anna Karênina de Tolstói que acaba seus dias debaixo de um trilho de trem; Luísa, a adúltera de Eça de Queirós em Primo Basílio, morre “naturalmente” depois de expiar a sua culpa, destino semelhante de outra adúltera: Effi Briest, no romance homônimo de Theodor Fontane, que também morre de forma “natural” após repensar sua vida. Todas essas são as respostas de homens para o drama feminino da mulher inserida em uma sociedade que não lhe dá voz e liberdade. María Luisa Bombal escreve então sobre os dois temas que perpassaram o feminino na literatura do século XIX, porém lhes dá um novo sentido, uma nova forma de encarar o problema do feminino.
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R4 25/02/2014

O etéreo em "A última névoa"
Acontece, às vezes, de um livro desconhecido me chamar nas estantes da livraria. Esse foi o caso do livro A Última Névoa e A Amortalhada de María Luisa Bombal. Não conhecia nada sobre a autora, mas depois vim a descobrir que ela é foi um grande nome da literatura chilena do século XX. Amiga de Pablo Neruda e Jorge Luiz Borges, a escrita de Bombal foi quantitativamente menor, mas de muita profundidade. Seus temas sempre dizem respeito ao mundo feminino e à diminuição da mulher na sociedade da época. Ela mostra a infelicidade das mulheres que são atadas a vidas infelizes para se adequarem.

Esse livro compila suas duas novelas, e chamo assim porque são curtas para serem romances, e longas para serem chamadas de contos, "A Amortalhada" e "A Última Névoa". Trata-se de duas histórias sobre mulheres que estão submersas em mundos fantasiosos. Eu diria que os temas pertencem ao mundo de Tânato e Hipnos, a morte e o sono, respectivamente. A Amortalhada conta a história de uma mulher que está morta em seu próprio velório e narra a vida que levou ao olhar para as pessoas que a vão visitar. Hoje, resolvi fazer uma resenha só da primeira novela, "A Última Névoa", que conta uma história envolta em sonhos, porque achei tão surpreendente a ponto de já ter lido duas vezes. Gostei muito dessa história porque se trata de um livro de temática etérea, em que a realidade se mistura com as brumas do sonho.

"A Última Névoa" conta a história de uma mulher infeliz. Ela vive nesse estado letárgico de tristeza desde que se casou com seu marido Daniel, um fazendeiro, logo após a morte da primeira esposa deste. O casal não é apaixonado um pelo outro e vive em uma situação de obrigação, com ele afirmando a ela que tem sorte de ter feito esse casamento para não "virar uma solteirona enrugada, tricotando para os pobres da fazenda". Sua existência feminina é apagada neste casamento sem amor e sem desejo, e ela tenta imitar a falecida esposa para tentar agradar ao marido. A infelicidade da protagonista não se dá pela vontade de morrer, mas pelo desejo de viver. Essas amarras impostas à mulher causam a sensação de névoa que a sufoca e comprime.

Sua sensualidade, por mais que seja apagada, jaz latente e começa a despertar quando se banha no açude:
"Não sabia que eu era tão branca e bonita. A água alonga minhas formas, que adquirem proporções irreais. Nunca me atrevi a olhar meus seios; agora os observo. Pequenos e redondos, parecem diminutas corolas suspensas sobre a água.
Vou me afundando até os joelhos numa espessa areia de veludo. Mornas correntes acariciam-me e penetram-me. Como braços de seda, as plantas aquáticas enlaçam meu torso com suas longas raízes. Beija minha nuca e sobe até minha fronte o hálito fresco da água." pp.20

Certa noite, desperta sufocada e levanta para passear pelas ruas da cidade. No meio das brumas, ela encontra um desconhecido e com ele passa uma inesquecível noite de amor. Essa traição é o que torna sua vida estimulante e assim ela permanece por anos pensando que a vida teria valido a pena apenas por ter vivido aquela noite. Entretanto, suas lembranças se confundem com a imaginação e sua grande dúvida reside no fato de isso ter sido real ou sonhado.

Paralelamente, autora constrói uma oposição dessa vida sonhada pela protagonista em Regina, que é uma amiga do casal. Essa amiga também vive em estado permanente de insatisfação, só que, ao invés de ser tomada pela letargia, é invadida por uma inquietude violenta e toma decisões opostas à passividade da protagonista para procurar uma vida mais verdadeira. A escritora com sua consciência da situação feminina da época consegue nos mostrar que os caminhos estavam todos fechados, independente da posição que a mulher tomasse.

"A Última Névoa" é um livro em que elementos da água e da feminilidade são predominantes. O etéreo, a passividade, os sonhos e a fragilidade são mostradas de forma belíssima e verdadeira. Fico feliz de ter cedido ao chamado desse livro porque teve relação comigo, com questões de fragilidade e passividade que possuo inerente em mim, e com um momento em que tento juntar todo o animus para prosseguir com minha vida e realizar os meus desejos.

Por último, quero chamar a atenção para essa belíssima edição publicada pela Cosac Naify, que faz jus à escrita da autora. Todas as páginas do livro são acinzentadas e o meio é mais claro. Simples e bonito, combinando com os temas nebulosos que preenchem toda a escrita de María Luisa Bombal.


Bombal, María Luisa. (1947). A última névoa e A amortalhada. Trad.: Laura Janina Hosiasson. São Paulo: Cosac Naify, 2013. 224p.
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