Cinde.Costa 29/09/2021
Essa história tem um plot interessante!
Sarah e Jennifer tinham 10 anos quando sofreram um acidente de carro e quase morreram. Pensando sobre a efemeridade e fragilidade da vida, ambas desenvolveram uma fobia relacionada a qualquer coisa que possa colocá-las em perigo. Assim, elas elaboram a "Lista do Nunca" (exemplos no post) e cresceram seguindo a lista, à risca. Contudo, mesmo vigilantes, ambas são sequestradas por um professor de psicologia e passaram 32 meses e 11 dias em cativeiro.
Sarah estava no porão onde ele mantinha as duas e outras duas moças, a quase mil dias, quando Jennifer foi para o andar de cima. Foi a última vez que Sarah a viu.
Sarah, porém, conseguiu fugir. A dez anos, vive amedrontada. Mas, seu sequestrador será solto pela polícia, em livramento condicional, e essa história ainda não acabou, pois há um mistério que nunca foi resolvido.
Quem me acompanha aqui sabe da minha predileção por histórias policiais e, na última década, muitas histórias envolvendo o cárcere e tortura de mulheres surgiu no mercado. O intuito - segundo vejo - não está em chocar o leitor através dos gatilhos violentos - mas ajudar, em alguma medida, nos processos de recuperação de traumas violentos. É ficção, mas uma ficção bem próxima do nosso cotidiano, infelizmente.
Assim, eu encarei essa leitura com muita satisfação. Sarah não aperta mãos, não se expõe à germes e cuida de cada aspecto da sua vida, com medo de ser surpreendida com alguma enfermidade ou acidente. Mesmo assim, ela é sequestrada e torturada, afinal, a imprevisibilidade é um fato, ainda que a gente tente se antecipar a ele. Antes, após e durante o cativeiro, lições importantes são aprendidas, sobretudo porque existem mistérios em seu sequestro que precisam ser resolvidos.
"Para ele, a tortura era fascinante. Ele ficava pasmo com os resultados ..."
Essa é uma boa história e eu a RECOMENDO para quem gosta do gênero.
Atenção aos GATILHOS para tortura e cárcere.