A Amante do Rei

A Amante do Rei Emma Campion




Resenhas - A Amante do Rei


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Mari 25/07/2014

Resenha: A Amante do Rei
Nossa! Eu tinha me esquecido de como eu gosto de ler livros históricos. Esse tipo de livro envolve toda uma cultura e filosofia de vida que a gente nunca imaginou viver mas que pode ser aplicado perfeitamente na nossa realidade em algumas situações.

A personagem Alice Perrers realmente existiu (a história se passa no século XIV, Inglaterra) e foi muito criticada e julgada por todos como uma aproveitadora que manipulou um rei doente para conseguir enriquecer. A autora, que é especialista em literatura medieval e anglo-saxônica, quis mostrar o outro lado da história, o lado da Alice, dando uma chance a personagem de expressar o que ela sentia e pensava e como sua vida chegou a tal situação.

O livro mostra as várias fases da vida da Alice, desde quando ela era apenas uma menina que tem um casamento arranjado por seu pai até quando ela se transforma em uma mulher linda e inteligente que se torna a amante do rei Eduardo III. Da maneira como a Campion escreveu eu consegui me envolver totalmente com a história, eu vi a personagem crescer e amadurecer, fiquei feliz quando ela estava feliz e triste quando ela estava triste, entendi o que ela sentia e torci muito para ela conseguir um final feliz merecido, apesar de todas as circunstâncias.

É claro que é uma obra fictícia (baseada em fatos históricos) mas você consegue entender como era difícil para uma mulher tomar decisões, de como elas dependiam dos homens em sua vida e como eram julgadas injustamente. Ainda bem que isso mudou muito. Mas uma situação (ou sentimento) que a história mostra claramente, e que ainda existe até hoje, é a inveja que as pessoas sentem uma das outras e como isso prejudica as nossas vidas. Eu gostei muito como esse assunto foi abordado, pois mesmo a Alice sendo julgada por ser a amante do rei, ela era invejada por muitas mulheres da corte por ser a escolhida do rei.

Uma observação que eu gostaria de fazer é que em alguns momentos eu achei que a Alice era perfeita e boazinha demais. No início eu entendi, pois ela era muito jovem e inocente, mas depois eu acho que ela poderia ter sido um pouco mais maliciosa e esperta em algumas situações. Apesar disso eu não deixei de gostar da personagem e talvez essa inocência criada pela autora faça a gente gostar dela e entendê-la. Acho também que a protagonista não se interessou pelo rei por causa de sua beleza (apesar de ser bem mais velho, a autora da ênfase na beleza do rei), mas sim pelo sentimento de poder, de ser escolhida pelo rei e por todo o jogo de sedução.

Dificilmente nós conseguiremos saber qual é a verdadeira versão dessa história, mas eu torço para que seja um pouco parecida com a versão criada pela Emma Campion. Apesar dos altos e baixos, Alice teve uma vida muito empolgante e perigosa (acredito que não era uma vida muito comum para uma mulher dessa época), teve a chance de se apaixonar mais de uma vez, aprendeu a viver com a perda de pessoas queridas e seguir em frente e o mais importante, ela nunca desistiu de tentar ser feliz.

Recomendo essa leitura para as pessoas que gostam de romances históricos e dou 4 estrelinhas de 5 para o livro. Espero ter a chance de ler o segundo livro lançado pela autora Emma Campion: A Triple Knot e espero que gostem da minha recomendação!


site: http://www.marinasliteralturas.com/#!Resenha-A-Amante-do-Rei-por-Emma-Campion/cu6k/FD6205EA-DCE1-4EC6-8D9D-5CD13874241F
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Priscila 05/12/2014minha estante
Adorei também....Confesso que achei que seria cansativo por conter fatos verídicos também. Mas, simplesmente amei o livro e recomendo.


Librar(y)as 05/06/2020minha estante
Amei sua resenha. Me deu super vontade de ler o livro ??????




Pri 27/04/2014

Recomendo.

O livro deixa a gente sentir como as mulheres da época não tinham direito de escolha. Sempre submetidas as decisões e vontades dos homens.

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Lívia 27/03/2014

Adorei!
O livro consiste em uma romantização da vida de Alice Perrers, que foi amante do rei da Inglaterra Eduardo III, elaborado com partes reais e outras inventadas pela autora. Alice foi conhecida por exercer forte controle na vida de um rei já idoso e doente e foi julgada por isso, mas Emma Campion traz um novo ponto de vista da história: como uma mulher de baixa condição social poderia exercer tamanha influência sobre um rei? Teria ela escolha em relação às situações vivenciadas?
O romance retrata muito bem a realidade feminina do século XIV, em que o futuro da mulher era definido pela figura masculina mais próxima. No caso de Alice, vários homens ditaram sua vida, entre eles e,principalmente, seu rei.
É interessante ver a forma como a autora desenvolveu a personalidade de Alice como uma mulher que sonha com o amor e com uma vida familiar simples, uma mulher que se apaixonou intensamente por mais de um homem e que faria de tudo por seus filhos, uma mulher que viveu com felicidades, mas também inúmeras perdas e tragédias, uma mulher bela e inteligente, mas frágil e insegura. Leitura rápida e agradável, história muito bem elaborada.

site: http://www.diogoalmeida.com.br/2014/03/opiniao-sobre-amante-do-rei-de-emma.html
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Elidiane 19/11/2013

A amante do rei, de Emma Campion
Romances históricos, como não amá-los? Dessa vez, minha aventura foi na corte de Eduardo III, rei da Inglaterra. O livro se passa no ano de 1355, época Medieval, e conta a história de uma das mais famosas amantes já conhecidas na história da família real, Alice Perrers, uma mulher que causou bastante inveja e conquistou muitos corações, incluindo o coração do seu amado rei. Um romance que vai fazer você sentir os gostos e desgostos de uma protagonista que tem muita história pra contar!

QUANDO TIVE EU A escolha de ser diferente do que fui? Deveria eu ter sido mais egoísta, mais inflexível, mais rebelde? Terei sido muito complacente, rápida demais em dar aos homens da minha vida aquilo que eles julgaram querer? Serei uma pecadora, ou uma criada obediente? Na condição de ser do sexo feminino, eu era aceitável apenas como filha virginal, esposa ou viúva - a menos, é claro, que eu fizesse os votos a Deus. Fui as três coisas - filha, esposa, e viúva -, além de amante. Alice, pág. 13

O enredo é dividido em quatro partes, logo, conhecemos um pouco da adolescência de Alice, e do seu casamento planejado por seu pai com o mercador Janyn Perrers, apesar de sua mãe ser contra esse enlace, Alice acaba se casando. A partir dai, a vida de Alice muda drasticamente, pois apesar de ser feliz em seu casamento e se sentir atraída por seu marido, sua nova família esconde muitos segredos, todos relacionados com a família real. Por isso, Alice não entende quando de uma hora para outra seu marido decide que ela terá que morar na corte, como dama de honra da rainha Joana, longe da filha recém-nascida, Alice acaba obedecendo o seu esposo e segue para um destino incerto, será?

Os segredos sobre a família do marido de Alice são revelados ao longo da história, não irei contar quais são esses segredos para não estragar a surpresa, mas já adianto que são segredos diretamente ligados a família de Eduardo III e ao marido de Alice, e que envolve traições e uma criança bastarda. Depois da morte misteriosa do marido, Janyn, Alice se torna muito amiga da rainha Joana na corte, já que a mesma tem um grande dom para distinguir bons tecidos, mas não é só a rainha que ela agrada, o rei Eduardo também, os dois começam a caçar e a praticar a falcoaria constantemente e isso vai os aproximando cada vez mais, Alice se sente atraída pelo rei desde que se conheceram, e não demora muito para o rei tomá-la como sua amante.

Janyn se fora. Eu afinal acreditava. Eu tivera um casamento muitíssimo feliz, assim como um longo período em que me sentira muitíssimo abandonada. Meu corpo ansiava pela atenção de um homem, e esse homem era meu rei. Alice, pág. 267

Alice fica bastante preocupada com a reação da rainha Joana, com relação a ela ser amante do seu marido, e o fato da rainha ''aceitar'' essa nova condição gera bastante desconfiança em Alice, ela sabe que o rei esconde segredos relacionados a ela, e tentará de algum jeito descobrir. Alice também não é bem vista pelos súditos e filhos de Eduardo, já que ele a presenteia com muitas propriedades e jóias, isso fará ela passar por maus bocados no Parlamento da Inglaterra, mas tudo que ela recebe e administra é pensando no futuro dos filhos. Sem contar, que ela realmente ama Eduardo, e faz de tudo para vê-lo feliz. Não posso deixar de mencionar Willian Wyndsor que fará de tudo para ter Alice para si, colocando-a em grandes armações e tramoias.

Se havia um modo de resistir a um rei, eu não o aprendera. E não o aprenderia. Alice, pág. 269

A narrativa é feita pela Alice, o livro gira totalmente em torno dela, e dos vários anos de sua vida, que é dividida em quatro partes no livro, por se tratar de uma narrativa em primeira pessoa e ser um livro com mais de 500 páginas, a leitura em pequenos momentos se torna cansativa, pois não sabemos o ponto de vista de outros personagens, senti falta disso, mas nada que atrapalhe a leitura. Quanto a diagramação está impecável, a cada capítulo somos presenteados com pequenos fragmentos da história de Troilo e Créssida, que parece muito com a história de Alice, essa história é contada pelos olhos de seu grande amigo, Geoffrey Chaucer. O livro também possui uma pequena enciclopédia com o nome dos principais personagens envolvidos na trama, tudo isso só faz enriquecer ainda mais a leitura.

Um romance tempestuoso, uma heroína julgada por todos, e amada pelo seu rei. A vida de Alice Perrers é conflitante, intensa e vai ser difícil de esquecer. Emma Campion, com a sua escrita genuína e conhecedora das mulheres dessa época, conquistou um lugar cativo na minha estante. Posso dizer, com toda a certeza que essa história que a autora criou para Alice é realmente a história que ela, Alice, gostaria de ter vivido. Um final merecido para uma mulher que sofreu e amou intensamente. Mas poderia Alice, ter tido um destino diferente? Quando teve ela a escolha de ser diferente do que foi?

site: Encontre mais resenhas aqui: http://leituraentreamigas.blogspot.com.br/
Amanda Milani 31/03/2014minha estante
Só uma correção, a rainha chamava-se Filipa.
Joana era a princesa, casada com o filho do rei




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