Lucy 14/03/2021
Sou masoquista, já que odiei o primeiro livro. Mas cá estou eu, de novo, vendo a mesma história pelo ponto de vista de um dos personagens mais detestáveis que já li.
Demorei meses (mais de nove, pra ser sincera) pra terminar esse livro. Então vou me abster de dar nota. Admito que só insisti mesmo para treinar meu inglês. Mas a trama é 90% igual ao primeiro livro. Vale a pena entrar na cabeça do Jared? Apesar de ter crises agudas de raiva nos primeiros capítulos, Jared é mais consistente que Tate. Ele é um bosta perturbado? Muito. Mas a cabeça dele faz mais sentido do que a de Tatum, já que não faz o menor sentido dizer que ama alguém após ouvir algo tão romântico como:
"When I controlled you, I had one fucking thing in my life that made sense. That made my blood rush." (????)
O cara, literalmente, assume que sentia-se vivo atormentando ela, e ela diz que o ama! Essa garota é a pior coisa, pois nada que ela faz ou diz tem o menor sentido. Mas isso eu já sabia desde o início.
Estar na mente de Jared não é nada saudável. Ele diz, com todas as letras que perseguia, não para mantê-la segura, mas para evitar que qualquer homem encostasse nela (nenhuma surpresa); em um segundo de sanidade diz que, pela primeira vez na vida, não sentia PAZ (vejam bem, PAZ) ao atormentá-la; se vitimiza uma porrada de vezes pela mamãe não ter lhe dado amor e papai ter lhe espancado. Olha, quando temos o capítulo mostrando o que aconteceu a ele e seu irmão, obviamente, me senti mal por ambos. Mas isso não o exime de seus atos torpes contra uma completa inocente. Eu não o inocentava antes e isso não muda agora. Pelo contrário, eu só queria internar o rapaz no hospício mais próximo. Esse cara é um risco pra sociedade. (Bem, seria se isso fosse no mundo real, mas nos livros monstros são tratados como pobres sofredores e blá blá blá)
O que realmente dá pra tirar proveito são o prólogo e os últimos capítulos, ambos inéditos. Jared conta no palco quando cometeu seu primeiro assassinato aos oito anos, trucidando um urso inocente, e faz um paralelo com sua relação com Tate. Nisso, vem a melhor parte do livro, onde ele assume o bosta que é. Não por culpa de sua criação, mas de suas (e, unicamente, suas) escolhas. Parabéns, Jared! Esse é o primeiro passo para aceitar que você merece cada chute no saco que recebe!
Tatum está tão sem sal quanto sempre. Não sei de onde vem tamanha obsessão por um ser tão insípido. O bracelete em homenagem a suas "lifelines" para fugir de Jared são o auge do romance. Não sabe o que é amor quem nunca se apaixonou por alguém de quem você pode precisar fugir às pressas para sobreviver.
Madoc é um pau mandado do Jared, tão podre quanto ele, já que ele sequer tinha algo contra Tate, mas a infernizava de qualquer forma. Maaaas ainda termina o livro querendo dar lição de moral em Jared (tsc).
K.C. conseguiu ser ainda pior do que eu imaginava. Parabéns por você ser tão boa amiga! Tate está muito bem servida, rodeada de pessoas tão incríveis!
De resto, foi bom saber que a questão do sex tape não terminou exatamente sem uma punição. Não que seja grande coisa o que rolou, diante do real problema que é expor alguém dessa forma online, mas foi melhor do que o nada do livro anterior.
Until You não tem muito a acrescentar. Como já fazia muito tempo que havia lido a Bullying - Sempre fui Sua (tsc), não me recordava de muita coisa, então foi até tranquilo, nesse sentido, para ler. Mas você lerá sim o mesmo livro sendo contado duas vezes. Como disse, a maior parte dele é apenas recontando tudo, com poucas coisas a acrescentar, como suas visitas á cadeia ou seu plano com K.C. Entretanto, todavia, vale a pena pela mente sã do nosso mocinho, com muitos pensamentos românticos e coerentes. Então, leia o mais rápido possível!!!!
"I was a sick man. I could humiliated her, isolated her, and hurt her, but sleeping in her bed while she was away was too invasive? Yeah, I couldn't explain it, either."