A autoestrada do Sul

A autoestrada do Sul Julio Cortázar




Resenhas - A Autoestrada do Sul


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Lari 21/05/2021

Contos Confusos
Achei a leitura difícil, confesso que não entendi a maioria dos contos. O autor mistura fantasia e realidade, fica difícil saber o que é real. Comecei a ler, parei, decidi retomar para ver se me identificaria mais com os últimos contos, mas não aconteceu...
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jota 11/08/2016

Literatura e jogo...
O leitor dificilmente fica indiferente às histórias de Julio Cortázar (1914-1984): elas próprias ou seus personagens são quase sempre insólitos, estranhos, fora da curva. Então frente a um texto desse talentoso argentino (nascido na Bélgica e que morreu em Paris) bem se pode colocar a questão de gostar ou não de sua obra com intensidade. De querer ou não participar de seu jogo literário, conforme alerta um de seus grandes admiradores, o também grande Mario Vargas Llosa.

De todo modo, iniciei a leitura desses contos há algum tempo e ela foi intercalada com a de outros livros: não conseguiria ler todas as histórias em sequência. Uma overdose de Cortázar não me faria muito bem: poderia me fazer desistir do livro logo no início e eu não queria isso. Não queria sair do jogo perdendo.

A coletânea da L&PM Pocket foi organizada por Sérgio Karam (também é dele o prefácio Cortázar: o mago do conto) com o propósito de oferecer uma visão diversificada do grande contista que Cortázar foi. Então temos algumas narrativas tradicionais e também histórias meio labirínticas ou ziguezagueantes, algo assim. Elas compreendem as diversas fases de sua vida e carreira.

Vamos a elas, que é o que interessa:

Casa Tomada: aos poucos forças estranhas invadem uma casa habitada apenas pelo narrador e sua irmã; exemplo de conto fantástico, uma das especialidades de Cortázar; três estrelas e meia.

O Perseguidor: mostra o relacionamento entre um biógrafo e seu biografado, um jazzista genial porém problemático (e por vezes medíocre), história inspirada na vida de Charlie Parker; é o conto mais longo da coletânea; quatro estrelas e meia.

A Porta Condenada: um hóspede de hotel toda madrugada é acordado pelo choro de uma criança no quarto vizinho, mas do outro lado habita apenas uma velha senhora; três estrelas e meia.

Comportamento nos Velórios: velórios podem ser patéticos e este conto bastante curto é classificado como humorístico pelos especialistas; quatro estrelas.

A Autoestrada do Sul: é sobre um imenso e inexplicável congestionamento que faz os motoristas e passageiros criarem uma sociedade paralela enquanto aguardam a hora (que se transforma em dias e noites) de acessarem Paris; quatro estrelas.

Manuscrito encontrado num bolso: este é um dos contos labirínticos de Cortázar, passado no metrô de Paris; nele foi baseado o filme brasileiro Jogo Subterrâneo (2005), passado no metrô de Sampa; três estrelas.

Tango de volta: história com toques policialescos, com crime e tudo, que pode ter acontecido de verdade ou apenas se desenrolado na cabeça de uma das personagens; quatro estrelas e meia.

A Escola à Noite: o conto mais impressionante da coletânea; começa com dois jovens tentando entrar numa escola à noite sem objetivo determinado e vai se tornando um pesadelo (ou uma alegoria) comparável ao das ditaduras, como a vivida pela própria Argentina; cinco estrelas.

Lido entre 20/07 e 10/08/2016.
Emanuell K. 11/08/2016minha estante
Gostei de sua apresentação dos contos!


jota 11/08/2016minha estante
Que bom que tenha apreciado.




FranMurara 09/12/2014

O segundo conto desse livro é espetacular!!! "O perseguidor".
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Cesar Garcia 21/06/2023

Um livro arrastado
Esse livro é arrastado, confuso e praticamente não gostei de nenhum dos contos. Tem um estilo estranho que não desperta o interesse e no fim são contos que não te levam a muitas reflexões. Bem passável.
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André 16/12/2023

Cortázar, o fantasista
Essa edição da L&PM apresenta 8 contos do escritor argentino Julio Cortázar, a grande maioria do gênero fantástico, tradição que podemos remontar ao francês Guy de Maupassant e ao americano Edgar Allan Poe.
Para os fãs do gênero, uma oportunidade de leitura deliciosa, em que somos jogados de uma casa tomada por misteriosos inquilinos sobrenaturais para uma auto-estrada permanentemente engarrafada que engata um cenário quase pós-apocalíptico, passando pelos mistérios de ambientes diurnos quando vistados à noite e pela vida de Charlie Parker, o saxofonista genial - quem diria?
Cortázar sabe construir uma narrativa completa a partir de uma imagem onírica simples ou de um devaneio pontual, a principal habilidade que um contista do fantástico deve possuir e refinar - e muitas das imagens dos contos permanecem no leitor à ponto dele reconhecer ecos delas em outras literaturas e até - com algum grau de temor, sem dúvida - nos acontecimentos de sua vida diária. Como não vir à mente a imagem da Casa Tomada em uma tarde preguiçosa, ou a do Charlie Parker de Cortázar quando ouvimos Just Friends? Quem não poderia devanear sobre as amizades e inimizades, alianças e conflitos com os colegas motoristas se aquele engarrafamento durasse para sempre? Quem não imagina o que aconteceria se você tivesse seguido aquela pessoa que, por qualquer motivo que seja, chamou-lhe a atenção no transporte público?
Mas apenas Cortázar, talvez, é capaz de pegar essa imagem que todos, talvez, devaneamos, seja naturalmente seja por influência do contista, e segui-la até outra imagem, e então outra, e outra ainda, tecendo um fio de história empolgante e satisfatório.
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Víctor Diz 23/05/2022

Doido!
[*****]-louquice da melhor qualidade, bom demais da conta! Se Cortázar queria que tudo fossem ?takes? acho que alcançou seu objetivo.
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Vitu 03/11/2022

As vezes os contos surgem de algum vácuo entre uma estação e outra no metrô de Paris, as vezes das ruas de Buenos Aires, ou as vezes de uma autoestrada interditada por dias.

Cortazar consegue criar situações atemporais e significantes misturando elementos do dia a dia com elementos fantásticos. Como não se esquecer de "Carta à Uma Senhorita em Paris"? Os coelhos sendo vomitados por um eu lírico angustiado, cuja angústia reverbera nas linhas e na escolha do vocabulário.
Cortazar, junto com Clarice Lispector, Gabriel Garcia Marquez e Jorge Luis Borges, integram os meus contistas preferidos. Na obra deles, de tudo se pode esperar e talvez essa literatura fosca seja a mais bela das literaturas.
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Raquel 14/01/2023

não se pode dizer que não é impactante!
o jeito da escrita me prendeu muito, alguns contos fiquei meio perdida ou não entendi o final, mas outros foram absolutamente fantásticos, principalmente o que dá nome ao livro. O último conto foi brutal e muito pesado, quando comecei a lê-lo não imaginei o que estava por vir.. de revirar o estômago.
Ainda quero ler mais do Cortázar!
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bruna 31/05/2023

Decepcionante
Não gostei de praticamente nenhum conto, todos começavam com muito potencial e no desenvolvimento eu já estava completamente entediada
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