Yeda 25/09/2013
Pílulas de tranquilidade
Existem livros que angustiam. Outros, dão medo. Existem livros que só deslancham na metade. Existem os que te prendem e você vara a noite toda lendo e no dia seguinte acorda exausto.
Enfim, esta introdução é para explicar que existem vários tipos de literatura - e Elos no Horizonte é um livro que tranquiliza. Distrai. Eu gosto de ler antes de dormir e muitas vezes fui para a cama mais cedo.
Alguns contos são divagações do autor, um convite a mergulharmos em seus pensamentos e emoções. Outros, histórias que sempre deixam uma mensagem. Mas entre todos eles, um elo de poesia, de emoção, de sentimento.
Como em ”Na fronteira das escolhas”: “Rastros de sentir que nos empurra, nos envolve em sensações e imagens refletidas em baús de tesouro”; ou em “Detalhes invisíveis”: ”É nessa brincadeira de não ver, que eu vejo como a verdade não é incauta e o encanto é sublime”. Uma bela surpresa é “Não sei o que é amor”, que brinca o tempo todo com a ignorância que ainda temos sobre este sentimento, ao mesmo tempo que é um texto apaixonado; outro conto que impacta é “Demasia poética”, desabafo honesto, descarado, que mostra o lado carnal do poeta: “Hoje acordei com fome de romantismo, com anseio de amor à moda antiga”.
Enfim, Elos no Horizonte são 30 textos para se curtir a qualquer momento, para levar na bolsa, para deixar na cabeceira da cama. Boa leitura.