Que é História?

Que é História? E. H. Carr




Resenhas - Que é História?


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Gilcimar 05/10/2023

Uma leitura indispensável
Uma leitura fundamental para entender uma das principais perguntas realizadas por futuros ingressos no curso de História.
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Damufre 23/01/2023

Um bom livro para quem pretende ou esta comecando a cursar história. Carr é muito próximo a escola britânica.
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Cesar.Augusto 15/01/2017

E de fato o livro é toda uma desconstrução da história positivista e liberal dos séculos anteriores. As suas criticas são super pertinentes, de fato, há muitos indicativos interessantes de como pode se pensar a história. O interessante que o mesmo pertence a uma linha que igualmente é teleológica e ideologizante, que sabemos é o marxismo. Penso que o mundo contemporâneo exige outra formas de abordagens, mais dinâmicas do que se propõe tanto o positivismo quanto o marxismo. Mesmo assim não acho que ambas, pelo menos o liberalismo, seja uma teoria totalmente ultrapassada, pois tudo depende de como você olha o passado e o objeto.

Mas Carr não se volta a criticar as formas rígidas de abordagens marxistas. Muito cômico isso. Mas faz um ensaio e até de forma sarcásticas de produções de historiadores liberais. Ele era também um estudioso da revolução russa. Pode ser que vivendo e uma época da segunda guerra mundial possa não ter contemplado de forma cristalina as erratas dos grande comunistas. Mas isso é relativo, Hobsbanw não percebeu.

Isso me leva a pensar ainda mais que o marxismo não é apenas uma corrente teórica. Mas uma organização política e com fortes aspectos de uma religião que captura o sentimento humano para um pseudo filantropismo. Muito triste ver que os historiadores marxistas por mais eloquentes que pareçam ser estão presos a dogmas, conceitos, utopias de querer '' mudar o mundo e combater o mundo''.. No fundo de suas observações encontramos ressentimentos. E nesse ritmo, o 'fazer história' continua um dilema, de sempre buscar a compreensão e não o juízo do passado.

Não acho que o livro seja de todo ruim. Pelo contrário, há muitas dicas, muitos tópicos que merecem atenção. O livro é bonzinho..kkkkk.... Porém, é preciso ter uma leitura, meio a contra-pelo, meio na contramão, para poder tirar o sumo e utilizar nas reflexões....
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WagnerC4mp0s 31/12/2016

Um dos melhores títulos que tratam do fazer história que já li...
Edward Carr expõe uma maneira de escrever a história à sua maneira. É esmiuçado cada detalhe importante para que o historiador faça indagações sobre, como por exemplo o papel do historiador como componente de uma sociedade, os fatos, documentação etc. Ouso dizer que nem mesmo os historiadores dos Annales (sobre os quais ele se debruçou para compor sua obra) fizeram alguma obra tão compacta e completa, que faz o historiador refletir acerca de si mesmo e de seu ofício mais do que qualquer uma outra obra do gênero!
Cesar.Augusto 15/01/2017minha estante


E de fato o livro é toda uma desconstrução da história positivista e liberal dos séculos anteriores. As suas criticas são super pertinentes, de fato, há muitos indicativos interessantes de como pode se pensar a história. O interessante que o mesmo pertence a uma linha que igualmente é teleológica e ideologizante, que sabemos é o marxismo. Penso que o mundo contemporâneo exige outra formas de abordagens, mais dinâmicas do que se propõe tanto o positivismo quanto o marxismo. Mesmo assim não acho que ambas, pelo menos o liberalismo, seja uma teoria totalmente ultrapassada, pois tudo depende de como você olha o passado e o objeto.

Mas Carr não se volta a criticar as formas rígidas de abordagens marxistas. Muito cômico isso. Mas faz um ensaio e até de forma sarcásticas de produções de historiadores liberais. Ele era também um estudioso da revolução russa. Pode ser que vivendo e uma época da segunda guerra mundial possa não ter contemplado de forma cristalina as erratas dos grande comunistas. Mas isso é relativo, Hobsbanw não percebeu.

Isso me leva a pensar ainda mais que o marxismo não é apenas uma corrente teórica. Mas uma organização política e com fortes aspectos de uma religião que captura o sentimento humano para um pseudo filantropismo. Muito triste ver que os historiadores marxistas por mais eloquentes que pareçam ser estão presos a dogmas, conceitos, utopias de querer '' mudar o mundo e combater o mundo''.. No fundo de suas observações encontramos ressentimentos. E nesse rítimo, o 'fazer história' continua um dilema, de sempre buscar a compreensão e não o juízo do passado.

Não acho que o livro seja de todo ruim. Pelo contrário, há muitas dicas, muitos tópicos que merecem atenção. O livro é bonzinho..kkkkk.... Porém, é preciso ter uma leitura, meio a contra-pelo, meio na contramão, para poder tirar o sumo e utilizar nas reflexões....




Micka 02/01/2012

O livro que despertou meu interesse para a Filosofia da História e para a Historiografia, devido aos inúmeros questionamentos e reflexões de Carr. Considero uma das melhores obras que já li!
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Everton Jr 02/06/2011

Um resumo elaborado de um excelente trabalho
O autor inicia o livro com um capítulo destinado aos historiadores e seus fatos, dando a sua primeira definição de história no livro como “um corpo de fatos verificados”, explicando que o historiador deve reuní-los, analizá-los e depois divulgá-los ao seu modo, fixa que os fatos básicos são comuns a todos os historiadores e que formam a “espinha dorsal da história”. Baseando-se nesta definição, ele propõe que o historiador é necessáriamente um selecionador dos fatos. E defende esta proposta mostrando que tudo o que conhecemos sobre a história medieval são fatos quase todos selecionados por cronistas de profissão prática e teóricamente religiosas.
Por conta disso, Carr afirma que os fatos da história nunca chegam puros a nós, uma vez que esta forma pura não existe pois eles sempre serão refratados através da mente do historiador. Por conta disso, seu, ao meu ver, mais importante conselho sobre o livro é procurar conhecer o historiador antes de conhecer a história, e que se não conseguir compreender o que se passa na mente do historiador, o defeito está ou em você ou no historiador. Afirma também, Carr, que o historiador pertence a sua época e a ela se liga pelas condições de existência.
Outra definição mais elaborada da história seria que ela é “a constituição de processos contínuos de interação entre o historiador e seus fatos”.
Carr defende na obra que a sociedade e o indivíduo são inseparáveis, necessários e completam um ao outro e não são opostos, também contrapõe a idéia dos antropólogos de que o homem primitivo é menos individual e mais completamente moldado pela sua sociedade que o homem civilizado quando afirma que o homem civilizado assim como o primitivo é moldado pela sociedade de maneira tão eficaz quanto a sociedade é modificada por eles.
A visão do senso comum de que a história é algo escrito por indivíduos para individuos, segundo Carr não é incorreta porém é simplificada e inadequada, pois o historiador é um ser humando individual e também um fenômeno social, portanto o produto como o porta-voz consciente ou incosciente da sociedade à qual pertence.
Pelo fato de o historiador ser este produto, ele deve evitar o “anti-histórico” que seria o estudo do passado pelo olho do presente, que é segundo o autor a fonte de todos os pecados e sofismas na história.
Com base no papel social do historiador, o autor dá mais outra definição de história como sendo “em ambos sentidos da palavra,... um processo social em que os individuos estão engajados como seres sociais”, colocando assim a história no rol das ciências sociais, e o modo de estudos das ciências para o mundo e a natureza, gradualmente no século XIX começou a ser aplicado ao estudo do homem e da história, inclusive se valendo das teorias de Darwin, pois os cientistas sociais passaram a pensar na sociedade como um organismo.
Este modo de pensar foi modificado depois da publicação do livro La science et l’hypothèse de Henry Poincaré com a tese de que as proposições gerais dos cientistas eram hipóteses para cristalizar e organizar o desenvolvimento do pensar e que devem ser verificadas, podendo ser modificadas e até mesmo refutadas, pois todo pensamento requer aceitação de certos pressupostos baseados na observação mas são sujeitos a revisão à luz daquele pensamento.
Carr, então diferencia a história das ciencias, assinalando algumas diferenças chaves :
1. A história lida com o que é único, a ciência com o geral;
2. A história não dá lições;
3. A história não é previsível;
4. A história é subjetiva, pois é o homem que oberva a si próprio;
5. A história envolve problemas de religião e moral;
Ainda afirma que o próprio uso da língua compromete ao historiador, assim como o cientista, à generalização. E a generalização na história nos faz tentar aplicar, a partir da história, a lição tirada de um conjunto de enventos a um outro conjunto de eventos.
Assim sendo o historiador está destinado a generalizar, pois agindo desta forma, ele fornece guias para a ação futura que mesmo não se tratando de previsões específicas são tão válidas quanto úteis, porém o historiador não pode prever acontecimentos específicos.
Carr, defende o quinto ponto mostrado como diferenças acima com uma comparação :
“O fato de ser um bom astrônomo não o impede de acreditar num Deus que criou e ordenou o universo. Mas não é compatível com a crença num Deus que intervenha à Sua vontade para mudar o curso de um planeta, adiar um eclipse ou alterar as regras do jogo cósmico”, porém um historiador competente pode acreditar num Deus que ordenou, dando-lhe sentido, o curso da história como um todo, embora o historiador não possa acreditar no tipo de Deus do Velho Testamento que intervém para matar os amalecitas ou burlar o calendário, estendendo as horas de luz para ajudar o exército de Josué.
“Não adianta para um estudante responder qualquer questão de história dizendo que foi o dedo de Deus. Mas só nos será permitido tecer considerações mais amplas quando conseguirmos ordenar a maior parte dos acontecimentos terrenos e o drama da humanidade”, esta citação do M.C. D’Arcy é mostrada por Carr e a iguala a religião como um coringa, ou seja, só usar em jogadas importantes em que sem ele não seria possível ganhar, esta mesma idéia é defendida por Políbio na antiguidade que dizia que : “Sempre que for possível descobrir a causa do que está acontecendo, não se deve recorrer aos deuses”.
Os pontos de vista entre historiadores, religiosos e moralistas não são idênticos, o que não significa que a moral e a religião particular não seja importante, mas o historiador não muda de rumo para emitir julgamentos morais sobre a vida privada dos indivíduos que aparecem em suas páginas.
O historiador não é um juiz que enforca, mas tem a tarefa mais difícil, emitir estes julgamentos morais, não sobre indivíduos, mas sobre acontecimentos, instituições ou políticas do passado, estes julgamentos são importantes ao historiador.
Citando o próprio autor : “O historiador não se arroga o direito de julgar um déspota oriental isolado... ...mas isso não o impede de condenar uma sociedade escravista”.
A história é um movimento, e movimento implica em comparação, por conta disso os historiadores expressam seus julgamentos morais em palavras de natureza comparada com “progressista” e “reacionário”, e não em palavras de natureza absoluta como “bom” e “mau”.
E por conta disso, o historiador se faz ser um animal que incessantemente faz a pergunta “Por quê?”, e esta pergunta que faz o grande historiador, ele é o homem que pergunta o por que sobre coisas novas ou em novos contextos.
O historiador lida com uma multiplicidade de causas, o verdadeiro historiador, diante desta lista de causas de sua própria compilação, sentiria uma compulsão profissional em colocá-las em ordem, multiplicando e simplificando estas causas, pois a história, como a ciência, avança por meio deste processo duplo e contraditória.
A história como a vida cotidiana, é impossível. A função especial do historiador pe a de investigar estas causas, correlacionando com a biologia, é fazer uma “seleção natural” destas causas, onde de um oceano infinito de fatos extrai apenas o mais coerente e da multiplicidade de causas e efeitos somente aqueles que são importantes historicamente no contexto.
Outra definição dada para a história pelo Carr é que “é o progresso através da transmissão de habilidades adquiridas de uma geração à outra”, e esta direção de progresso que nos possibilita ordenar e interpretar os acontecimentos do passado. Porém o historiador do passado somente pode abordar a objetividade na medida que aborda a compreenção do futuro, e o historiador mais objetivo é aquele que adentra mais profundamente na interdependencia e interação dos fatos.
Assim sendo, a história é um processo em movimento constante, dentro do qual o historiador se move. É a cisão da natureza causada pelo depertar da consciência
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