A Estrada das Flores de Miral

A Estrada das Flores de Miral Rula Jebreal




Resenhas - A Estrada das Flores de Miral


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cid 04/05/2014

Depois de Deir Yassin
Gostei bastante deste livro que mistura verdade e ficção. Pesquisei no Google e vi fotos, documentários sobre alguns personagens do livro, principalmente Hindi Husseini e o orfanato Dar El-Tifel em Jerusalém.
A origem do orfanato, foi as crianças que ficaram órfãs após o massacre de Deir Yassin em 09.04.1948 por obra de grupos extremistas .
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Renata 24/04/2014

Esta resenha foi publicada originalmente no blog Entrando Numa Fria!
No ano de 1948 uma pequena aldeia das proximidades de Jerusalém, Deir Yassin, foi invadida e massacrada por gangues israelenses que demoliram casas, mataram moradores entre eles crianças e idosos. Algumas pessoas conseguiram sobreviver ao massacre, entre eles 55 crianças que perderam suas famílias e foram expulsos e abandonadas perto do Portão de Damasco, na cidade Velha de Jerusalém, entregues à própria sorte, com fome, frio e sujeitas a toda a sorte de pessoas maldosas. Isso foi no começo da guerra árabe-israelense. Comovida com a situação daquelas crianças a jovem Hind Husseini, decidiu ajudá-las da forma que podia e chegou ao ponto de vender todos os sues patrimônios para fundar Dar El-Tifel.
Tudo até então aconteceu de verdade, o plano de fundo usado por Rula Jebreal realmente aconteceu, ela inclusive viveu na instituição desde os 5 anos e de lá só saiu para a Universidade de Bolonha, quando foi contemplada com uma bolsa de estudos. Rula usa parte do que foi a sua infância para nos contar com muita propriedade a história de Miral, e para isso ela tece anteriormente uma rede de histórias que misturam ficção com fatos verídicos, até chegar na família da nossa jovem protagonista, de como ela foi para na instituição e como começou a se interessar pela Primeira Intifada.
“Fátima lia muito, como sempre fizera, percebendo que, ainda que um livro não pudesse mudar o mundo, tinha, ao menos, o poder de fazer os muros da prisão desaparecerem.”(p74)

A Estrada das Flores de Miral, assim como o título nos sugere, nos conta não uma, mas várias histórias que em um determinado momento se cruzam e que seguem caminhos completamente diferentes, alguns mais felizes, outros mais trágicos, alguns previsíveis e outros surpreendentes! A narrativa da autora é muito simples, em cada capítulo ela nos conta a história de uma personagem e vai tecendo a trama da história de Miral de uma forma belíssima e muito tocante. Algumas passagens são bem fortes e quando a gente pensa que aquele pode ser o relato ocular do que aconteceu, tudo fica muito mais chocante.
Antes de começar a fazer esta resenha fui pesquisar um pouco sobre Dar El-Tifel e a instituição ainda existe, foi um impacto pra mim e um arrependimento também só ter procurado pelas informações depois de ter lido o livro. O site conta com várias imagens, como estas que estão aqui embaixo e mostram exatamente o que a Rula nos relatou em sua história! Gostaria muito de ter conhecido o site durante a leitura, certamente eu sofreria mais, os rostos e as histórias seriam mais reais, mas conhecendo agora, a emoção me dominou da mesma forma!
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(Fonte)
“Por que eu deveria aprender inglês ou ir estudar em damasco? Não preciso disso. Adoro escrever histórias, mas preciso mesmo é de um rifle, para poder lutar e ajudar a reconquistar a terra que os meus ancestrais cultivaram com oliveiras durante séculos.” (p.152)

A capa do livro tem tudo a ver com a história, o trabalho foi muito bem feito, a diagramação está muito boa, favorece bastante a leitura. Em suma, A estrada das Flores de Miral está super recomendado, é um livro, sensível que mostra como os caminhos podem ser diferentes de acordo com as orientações que temos. Penso que todo mundo deveria ler, um livro que humaniza a gente, e muito!

site: http://epigrafe.org/?p=2505
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Fer Kaczynski 20/10/2013

Tocante!
Sou suspeita para recomendar os livros da editora Record, pois todos que eu li não dei menos de quatro estrelas no Skoob. E com A estrada das flores de Miral não é diferente, uma tradução bem feita, e narração surpreendente, a história me prendeu, e várias vezes cheguei as lágrimas durante a leitura, tamanha emoção que o livro reflete.


“Hind dizia frequentemente para suas alunas que o verdadeiro líder é aquele que deixava herdeiros; como parte de sua criação, ela as ensinara a continuar seu trabalho para que o orfanato não terminasse com ela. Teria ficado feliz, naquele dia de tristeza, em ver como seus ensinamentos se concretizaram.” Pág 49

Leia o restante da resenha em:

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2013/10/resenha-estrada-das-flores-de-miral.html
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Raffafust 07/10/2013

A grande diferença quando se pega um livro bem escrito está nas vezes em que você conseguiu deixar de lê-lo. No caso desse, eu o li em um dia! Confesso que amo histórias com temas de culturas árabes, judaicas e o infeliz cenário da eterna briga entre palestinos e israelenses. Não que sinta algum prazer de ler sobre coisas tristes, ao meu ver livros com o tema me despertam uma curiosidade em conhecer um mundo tão diferente do nosso. No livro "A estrada das flores de Miral"começamos conhecendo a primeira história, da corajosa e pioneira Hind Husseini, uma palestina que abriu mão de casar-se, de ter uma carreira para se dedeicar a um orfanato de refugiados. A força dela é tão bonita que achei a história mais tocante desse livro, até o dinheiro da herança ela consegue convencer os irmãos a doarem para essa causa. O local que fica em Jerusalém é palco próximo dos constantes conflitos entre palestinos e israelenses, mas ela acredita que pode gerar a paz, fazendo os jovens entenderem que precisam conviver em harmonia e estudar para terem suas carreiras e não serem mais um alvo fatal dessa guerra.
Acompanhamos desde sua infância até a sua morte, Hind tem tanta fé e garra que nos prende o tempo todo. A segunda história que conhecemos é da sofrida Nadia, uma menina que ao completar 13 anos é abusada pelo padastro e faz de tudo para que ele não se aproxime de sua irmã.
Ao tentar contar para a mãe tudo que passa nas mãos do monstro, ouve da mãe que ela é culpada por tê-lo provocado.
Resolve com isso fugir de casa e faz sua vida que vai ter um final nada feliz. Seu marido não se acha em condições de criar suas filhas Miral e Rania e as entrega no Orfanato fundado por Hind.
Em uma história onde o romance , o drama e a realidade andam lado a lado, a autora consegue que cada história se entrelace tendo motivos para isso e nos emocionando ao final de cada capítulo.
Dois povos que são marcados por uma guerra, várias famílias que não optaram por estarem em uma praça de guerra, vidas que se vão antes do esperado. Rula Jebreal uniu tudo em um só livro e fiquei feliz de saber que vai virar filme. Uma linda história que merece ser lida por muitos!
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