História & História Cultural

História & História Cultural Sandra Pesavento




Resenhas - História & História Cultural


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mpettrus 25/05/2021

Sob o Enfoque da História na História Cultura
Sandra Jatahy Pesavento nos apresenta nessa obra contundente e necessária ao longo de oito capítulos o que é a História Cultural, quais são os seus parâmetros epistemológico, teóricos e metodológicos que norteiam as pesquisas no campo historiográfico moderno fazendo uma interdisciplinaridade com o saber no âmbito do conhecimento de modo geral.
O ponto de partida da pesquisa de Pesavento advém dos questionamentos do verdadeiro conceito de História Cultural. E, sobretudo, questionar os mais diversos detratores do assunto de que é um tema que não consistência teórica e procedimentos de pesquisas aprimorados.
De maneira objetiva e sucinta, didática e de linguagem acessível, Pesavento estudou e pesquisou para nos relatar em sua obra as suas reflexões de tais indagações, avaliando as possibilidades que foram abertas pela História Cultural mostrando também seus limites em outras áreas do saber.
Na obra, resta claro para o leitor, que a autora traçou um panorama da História Cultural identificando seus precursores como Jules Michelet, Paul Ricoeur, Michel Foucault, Michel de Certeau, para citar alguns. Pesavento discute o conceito de representação, imaginário e narrativa histórica. Para a autora, esses conceitos reorientou a postura epistemológica do historiador contemporâneo. Primeiro porque esse historiador no ato da investigação de sua pesquisa, irá buscar a representação do lugar pesquisado, depois atribuirá sentido ao mundo e a partir de então, finalizará esse percurso através do método que se utilizou para tal finalidade, explanando suas fontes e indícios investigativos.
Vale ressaltar também que a autora buscar elucidar conceitos de ficção e sensibilidade e que estes podem influenciar no decorrer da investigação histórica a pesquisa do historiador. Pois, ela acredita que isso implica na percepção sensível da experiência humana no mundo, através de práticas sociais, discursos, imagens e materialidades. Consequentemente, Pesavento aborda a questão do indivíduo, porque estaria ele intrinsecamente ligado a sensibilidade, não passaria incólume as sensações do mundo externo. Porque ela compreende que s História Cultural se move através da experiência, das subjetividades, da imaginação, das emoções, das ideias e desejos, dos temores, posto que a relação dos homens com o mundo está para além do conhecimento científico. E ela afirma que isso vale para todas as épocas em que for se investigar.
É uma obra de linguagem acessível que permite ao leitor avaliar as contribuições e limitações da História Cultural para o trabalho do historiador, nas suas investigações do passado e na elaboração de seus procedimentos de pesquisa. Bastante inovadora, Pesavento nos apresenta um horizonte de possibilidades e desafios teóricos e metodológicos da História Cultural, inspirando-nos a percorrer outras veredas no pensar e fazer História na História Cultural.
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Sally.Rosalin 15/02/2016

História Cultural
Sandra Jatahy Pesavento (1945-2009), foi historiadora, professora e escritora. Propôs na obra "História e História Cultural" (Editora Autêntica), não apenas o conhecimento das alterações ocorridas no âmbito da História antes dos anos 90, mas também o mesmo, em relação ao papel do historiador.
A História Cultural corresponde atualmente, a cerca de 80% da produção historiográfica nacional, sob formas de publicações especializadas, livros e artigos científicos. Após eventos internacionais no mundo pós-guerra, sistemas globais explicativos passaram a ser denunciados, resultando na crise dos paradigmas explicativos da realidade. A dinâmica social se tornava mais complexa com a entrada em cena de novos grupos.
No panorama da historiografia mundial, ainda havia o historismo de Ranke e o positivismo de Comte, com seus pressupostos normativos científicos. Porém, as posturas que estavam sendo criticadas, eram o marxismo e a corrente dos Annales. A teoria marxista sofreu as mais duras críticas, embasadas nos regimes políticos (Socialismo Real) e nas simplificações decorrentes do esquema explicativo reducionista das lógicas explicativas da realidade, o que passava para segundo plano as especificidades históricas de cada contexto.
Mediante essa crise de paradigmas, tanto internacional como nacional, a História Cultural (ou Nova História Cultural) se propôs a enfrentar a revisão de pressupostos explicativos da realidade. Não mais uma era de certezas normativas, tratava-se e trata-se, antes de tudo, pensar a cultura como um conjunto de significados partilhados e construídos pelos homens para explicar o mundo.
No livro, a autora apresenta no capítulo: Precursores e redescobertas, a arqueologia da História Cultural, aqueles que começaram a identificar os agentes sem rosto, o povo, a massa, como personagem e como protagonistas dos acontecimentos. Não apenas isso, mas um outro método e novas fontes para reapresentar o passado (Jakob Burckhardt, Leopold Von Ranke, Johann Gustav Droysen, Wilhelm Diltney, Marcel Mauss, Émile Durkheim, Walter Benjamim, Antonio Gramsci, e outros). Em mudanças espistemológicas: a entrada em cena de um novo olhar, o historiador vai ter sua postura reorientada pela "representação", a categoria central da História Cultural. Também podemos citar "o imaginário", "a narrativa", "a ficção" e "as sensibilidades".
A História Cultural renovou as correntes da História e dos campos de pesquisa. Mas, apresenta riscos, afinal, captar subjetividades e sensibilidades é o seu maior desafio. Sua maior contribuição foi trazer à tona o indivíduo, como sujeito da História e para tanto, pressupõe um método, trabalhoso e meticuloso, para fazer revelar os significados perdidos do passado.

site: http://sallybarroso.blogspot.com.br/2016/02/historia-historia-cultural.html
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Gabslareine 23/05/2021

Ótimo livro sobre História Cultural
Sandra Jathary Pesavento faz um excelente trabalho ao explicar em linhas gerais e simples sobre História Cultural.

Essencial para qualquer historiador que se interessa por essa nova corrente que produz praticamente todos os livros de historiografia atual.

Leitura simples e curta, mas que ajuda bastante a pensar como escrever História Cultural ou a Nova História.
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Diana 16/03/2021

História com compromisso
A Sandra Pesavento tem uma escrita cativante e clara. Ela apresenta nessa obra diversos pontos importantes para a História Cultural, como as principais correntes e os campos de pesquisa. A História tem um compromisso com a verdade, uma busca pela verossimilhança, mas como a autora destaca "há mais dúvidas do que certezas [...]. Mas o resultado é sempre uma versão possível, plausível" (p. 115).
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Thiago Narciso 05/09/2023

Uma delícia essa história cultural
Tendo sido um livro recomendado por uma matéria da universidade, o trabalho de Sandra Pesavento ao reunir, discutir e criticar a chamada Nova Historia Cultural é de uma erudição e maravilha de se ler. Trata-se de uma perspectiva de fôlego renovada e que visa, em poucas páginas, elucidar um número impressionante de trabalhos e metodologia
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Tellys 09/11/2020

Excelente obra introdutória
Uma excelente obra introdutória à história da História Cultural. Apresenta de forma bastante didática e clara um panorama geral de como historiografia se desenvolveu ao longo do tempo até a "descoberta" da cultura como objeto da história. Leitura essencial para quem quer se iniciar no tema.
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Camila.Ferrari 20/01/2022

Introdutório
Um livro teórico e introdutório aos estudos da história cultural. A autora inicia seu texto com Clio, a musa da História e vai passando ao longo de oito capítulos por diversos aspectos e estudiosos do tema. Um bom livro introdutório e de línguas acessível.
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Adilson40 04/05/2023

O livro é interessante e reflete sobre a produção históriograficas contemporânea, descreve de forma sistemática e didática as diferentes correntes históriograficas global, refazendo os passos tradicionais da escrita da História até os mais contemporâneas.
Ponto alto é a discussão a cerca das transformações na maneira como se produz a história, desde a visão positivista que é limitada do ponto de vista da fonte, até a escola dos annales precursores da História cultural.
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