Never Let Me Go

Never Let Me Go Kazuo Ishiguro




Resenhas - Never Let Me Go


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Nath @biscoito.esperto 23/01/2021

"Memories, even your most precious ones, fade surprisingly quickly. But I don't go along with that. The memories I value most, I don't ever see them fading".

Esta é uma das minhas frases favoritas deste livro, pois ela me lembra de uma das frases mais tocantes da minha série favorita. Jason pergunta: "Você promete se lembrar só das coisas boas, e se esquecer de tudo aquilo que foi ruim?", e a Janet diz: "Impossível. Todas as coisas foram boas".

Gostei muito desta história. Eu adivinhei a grande revelação um pouco cedo, mas isso não atrapalhou minha leitura. Sempre que uma nova peça do quebra-cabeça surgia, eu me interessava mais pelo livro.

O que mais gostei com certeza foi a narrativa do Ishiguro, que vem e passa como uma conversa entre leitor e personagem. A única crítica que tenho é ao infodump que rolou no final. Apesar de querer saber de tudo, é claro, eu acho que poderia ter sido feito de forma mais natural. Mesmo assim, eu gostei muito da leitura - e do audiobook, pois eu metade li e metade ouvi o livro.

site: www.nathlambert.blogspot.com
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Nena 29/11/2009

Never Let Me Go
Há uns tempos atrás, houve um buzz enorme em volta desta obra, para qualquer lado que eu virasse sabia, conhecia ou lia sobre pessoas que a tinham lido. Durante uns quantos meses, sempre que fazia uma visita à Fnac, ficava intrigada com a sua capa mas deixava-a no mesmo lugar da prateleira. No verão passado recebi como presente e só agora me decidi a descobrir what the buzz was all about...
Bem, começa tudo muito simples: há o despontar de uma história que irá, ao longo da obra, percorrer uma determinada cronologia, vão se desenvolvendo as personagens. Mas nada que puxe especialmente, apenas se sente que algo aí virá e que se deve continuar a desenrolar o fio da curiosidade. É quase feito de forma muito subtil, até. São utilizadas palavras-chave, cujo significado só se compreende melhor nos capítulos finais mas até chegar esse momento, vamo nos integrando no mundo do colégio Hailsham e dos Estudantes que nele vão sendo criados e que depois de sairem de lá, continuam a agarrar o seu presente a esse passado que lhes pertenceu mas que nunca souberam compreender por inteiro.
Como disse, há uma subtileza que atinge todos os elementos desta obra. Os Estudantes não são necessariamente Estudantes, o Colégio talvez seja algo mais do que isso e todos eles parecem ter objectivos muito específicos para a sua vida. Pode-se até afirmar que toda ela está planeada.
São especiais mas desconhecem até que ponto ou o que os fez assim. Mas sabem e sentem que algo justifica toda a sua existência. E ao longo da obra, principalmente através de Kathy mas também dos seus amigos, essa existência vai sendo erguida e descortinada. Quereriam vocês saber o Verdadeiro Motivo que vos trouxe ao mundo? Saberiam viver depois com isso?
A história prende a cada página. Puxa pela curiosidade e não faz intenções de a deixar em paz. Queremos saber. Queremos saber...
A Kathy também.
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Jack 24/03/2014minha estante
Diferentemente de você, assisti ao filme antes (assim que foi lançado) e somente agora o li. Como sempre, o livro é muito melhor, mas nesse caso em especial. Mesmo que o livro fosse adaptado para uma série, não haveria espaço suficiente para cada sutileza da obra e o expectador jamais seria capaz de entender as personagens como elas são tão claramente desenvolvidas no livro.
Concordo plenamente com você quando diz que: "E é realmente espantosa a forma como Ishiguro desenvolve suas personagens e a narrativa, que é de uma delicadeza ímpar, mas ao mesmo tão pesada e tão triste."
Esse livro é realmente muito impressionante.




luanaszalves 03/06/2023

Perfeito!
Gostei muito de toda a ambientação do livro e de toda a explicação do mundo em que os personagens estão inseridos. O fluxo de pensamento que é seguido na história é algo que realmente faz o livro ser tão bom quanto é. Durante a leitura, me senti vivendo e desvendando as situações do livro junto com a personagem. E o final realmente traz um desfecho muito interessante para a história. Achei a leitura fluida e a escrita muito bonita, ainda mais por ter tido a oportunidade de ler a obra na sua língua original.
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Leonardo 17/04/2012

Nostalgia e uma aula sobre como desconcertar o leitor
Não sei como cheguei a esse livro, mas estava há um bom tempo curioso em relação a ele. Kazuo Ishiguro nasceu no Japão, mas é um cidadão inglês, e o livro foi escrito originalmente neste idioma.
Encontrei o livro numa livraria e, sem saber do que se tratava, comecei a leitura. Esta é, sem dúvida alguma, a melhor forma de ler um bom livro ou ver um filme: sem saber o que esperar.
O que encontrei: nostalgia e uma aula sobre como desconcertar o leitor.
Explico, apesar de não poder (querer) adentrar na trama, para não atrapalhar a experiência de quem quiser conhecer essa bela história. Never let me go pode ser classificado como ficção científica ou romance: A história se passa num futuro não muito diferente do nosso presente, com exceção de que houve uma guerra (mencionada apenas uma vez, de passagem) e a tecnologia de clonagem é amplamente dominada. Clones (pessoas?) são “fabricadas” com o objetivo único de servir como doadores de órgãos quando chegarem à idade adulta. Os três principais personagens da história, Kathy, Tommy e Ruth, são clones, e vivem uma espécie de triângulo amoroso, o que poderia abrir a possibilidade de classificar o livro como romance. Aí entra a mão habilidosa do escritor, porque ele luta contra os clichês. Se você espera algo do tipo admirável mundo novo ou algum melodrama no estilo Nicholas Sparks, vai ser surpreendido o tempo todo. E o melhor: surpreendido pelo trivial.
Kazuo Ishiguro soube como contar esta história e, sobretudo, criar os personagens. Kathy, a narradora, está com 31 anos e se aposentou da sua função de cuidadora. Ela ouviu de um dos doadores de quem ela cuidou que Hailsham era um lugar especial, diferente das outras escolas, e começa a relembrar tudo que viveu para tentar encontrar o motivo de a escola ser tão especial.
Ele relembra situações de quando tinha seis, nove, doze, dezesseis anos. Coisas simples, corriqueiras, como a alegria que sentiu quando Ruth, uma menina cheia de iniciativa, convidou-a para brincar com seus cavalos imaginários. Ou como ela ficou preocupada quando Tommy, num acesso de fúria por ter sido preterido numa partida de futebol, sujou a camisa polo que ele tinha acabado de comprar. Aí entra a palavra nostalgia. As memórias construídas por Ishiguro são tão palpáveis, que você esquece que está num livro e mais ainda: esquece que o universo do livro é uma “ficção científica”. Isso acaba não tendo peso, porque, afinal, eles são humanos! E isso é interessante porque dentro do livro, eles não são considerados humanos exatamente, mas clones; e nós, leitores, sabemos que eles não são uma coisa nem outra, apenas uma série de letras ordenadas de forma a evocar emoções.
Ishiguro vai acompanhando o crescimento de Kathy e a sua proximidade com Ruth e Tommy, que se tornam namorados. Eles deixam Hailsham e começam a encarar o que será seu destino, sem jamais duvidar de que é o certo a ser feito, apesar de nutrirem, muito intimamente, sonhos.
O título do livro diz muito sobre a história, e é também o título da canção favorita de Kathy, cantada por Judy Bridgewater, uma personagem fictícia. As lembranças das experiências vividas ao lado dos amigos nunca deixarão Kathy, esse é o tesouro que ela sempre guardará. Tampouco eu esquecerei o que foi ler esse livro e conhecer a história de Kathy, Tommy e Ruth.
Minha avaliação:
5 estrelas em 5.
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natealia 04/06/2022

?You have to accept that sometimes that?s how things happen in this world. People?s opinions, their feelings, they go one way, then the other. It just so happens you grew up at a certain point in this process?.

Essa história é um soco no estômago.
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Muel 04/07/2022

Kathy, Ruth e Tommy
Não me abandone jamais , o que me motivou a ler essa obra foi ter assistido o filme de 2011 e ter saído com várias perguntas e então decidi ler o livro para ter esse entendimento completo, de antemão foram todas respondidas mas de modo algum foi satisfatório. A história se inicia acompanhando os amigos Kathy, Ruth e Tommy em Hailsham, onde passam seus dias estudando e descobrindo seus sentimentos e passa até seus dias no casarão e o final de suas vidas nas doações.

O grande diferencial do livro é ser uma ficção científica muito simples mas carregada de discussões filosóficas sobre a vida, direito e a própria noção de alma. nesse mundo por causa de consequências de uma guerra, pessoas doam ou vendem ( coisa nunca explicada de forma clara no livro) seu material genético para que sejam clonados e seus duplicados futuramente doem órgãos para necessitados, como um futuro biológico certo e não podendo ser impedido.

Com essa simples e poderosa premissa, a obra narra sob o olhar de Kathy a vida de quem tem esse destino cruel. O fator principal para que eu lesse o livro foi o conformismo diante das doações e como nenhum dos personagens tem aparentemente um sentimento de revolta. O que no livro é respondido implicitamente que a criação deles é planejada para que cresçam conformistas com sua situação e o fator mais cruel seria que a própria existência dos clones é motivo para preconceito e represália tornando impossível uma aceitação em sociedade.

Meu principal desapontamento com o livro é a escrita de Ishiguro que a considero anti climática e sem emoção. Acredito que seja proposital esse sentimento causado na leitura, porém devo dizer que não vi nenhum brilhantismo nesta escolha e senti que o livro em seus pontos altos não entregou uma grande emoção pelo seu jeito cru e linear. Apesar destes pequenos pontos considero um bom livro pela sua temática e personagens identificáveis e com certeza sua história é poderosa e que me fez refletir muito.
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Thaisa 19/10/2022

"Darling, hold me, and never, never, never let me go..."
Preciso começar essa crítica pontuando que, no final de 2021, pedi indicações de leituras para 2022 - e quando vi que algumas delas repetiam "Não Me Abandone Jamais", obra que deu o Prêmio Nobel de Literatura para Kazuo Ishiguro em 2017, fui atrás do livro na mesma hora... E agora entendo o motivo de Ishiguro ter recebido tanta notoriedade.
Aqui encontramos um romance de formação, pois acompanhamos a narradora, Kathy, contando sua história desde que era criança até a sua vida adulta. Desde o início, ela nos apresenta Hailsham, o internato onde passou a infância, incluindo as aulas que recebia, as cuidadoras e professoras do local e, é claro, as amizades que ela tinha, principalmente com Ruth e Tommy.
A narrativa não é maravilhosa, não por causa da escrita do autor, mas pela própria narradora ter seus altos e baixos, atos apaziguadores e falas cruéis, representando, no final das contas, todo e qualquer ser humano - cheio de dúvidas, dores, confusões, julgamentos e questionamentos infindáveis.
Apesar de ter gostado do estilo literário de Ishiguro, o que realmente me fez adorar "Never Let Me Go" foi um conjunto brilhante: reviravoltas chocantes, relacionamentos bem desenvolvidos e, mais do que tudo, os conceitos éticos, filosóficos, artísticos e até mesmo espirituais que são abordados no segundo em que descobrimos que esse não é um romance comum, mas uma distopia.
Assim que o livro começa, existe uma aura estranha, um sentimento inquietante que faz o leitor sentir que há algo errado nessa história... Mas o que seria? Logo no início é nítida a influência de famosas distopias, porém confesso que já vi o grande plot twist vindo por causa de um anime, adaptado de um mangá, que segue o mesmo princípio (aliás, creio que o próprio mangaká tenha se inspirado em "Não Me Abandone Jamais").
Ainda assim, o livro não perdeu força mesmo que eu já soubesse o que estava acontecendo, pois apesar de ter uma escrita simples e personagens sem muitos atrativos, o que realmente brilha são as reflexões que encontramos ao longo do texto, sendo possível compreender o motivo pelo qual os protagonistas aceitam sua realidade e a encaram de determinada maneira, enquanto os leitores também são capazes de traçar paralelos com suas próprias vidas e, por mais indignados que possamos ficar ao finalizar a leitura, conseguimos nos colocar no lugar de Kathy, Ruth e Tommy e enxergamos, de um outro ponto de vista, o que eles vivem, o que pensam e como se comportam.
É meu livro favorito? Não. Mas é nítido que Kazuo Ishiguro mereceu ser tão premiado por essa obra que, com o tempo, deve entrar para o hall das clássicas distopias importantes e atemporais.

Mais resenhas no instagram literário @livre_em_livros e no canal do Youtube "Livre em Livros"!
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Clara Simões 21/06/2022

eu esperava muitas coisas desse livro, e ele não é como nada que imaginei que seria. é, acima de tudo, uma história triste. sobre a impotência frente a marcha inexorável do mundo. tenho me sentido assim, recentemente, bem como tommy - em uma corrente forte, tentando me apegar a algo que, no final, teria que deixar partir.

talvez um pouco niilista demais, mas é a sensação que ficou comigo ao terminar de ler.

muito triste.
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05/07/2022

Acho que a melhor palavra pra descrever o que senti lendo esse livro é confusão. Me senti desnorteada no início e um pouco decepcionada por assim dizer com a revelação feita já que ela se tornou óbvia a partir de um certo momento.

Não tenho muito o que dizer sem dar spoiler. O que posso dizer é que a história começa confusa e vai assumindo um tom um pouco existencialista.
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Caio.Henrique 06/04/2020

Somos feitos de memórias
Infelizmente eu comecei a obra já sabendo do plot twist que ocorre ao final da primeira parte, e acabei por iniciar a leitura achando que não seria tão prazerosa. Como estava enganado! A primeira surpresa foi saber que me pegaria preso em uma leitura que muitos poderiam considerar "lenta" ou "arrastada". Ocorre que apesar dos traços de ficção especulativa, Never Let Me Go é mais sobre o nosso crescimento, a forma como lembramos do passado e o quanto nossas vidas estão entrelaçadas e influenciando umas às outras. A forma como Kathy conta suas lembranças de inicio me foi um tanto incômoda, até perceber que é a exata forma como eu relembro o passado.Ou seja, mais um laço estabelecido com esse livro que já adianto em avisar que se tornou um dos favoritos. É interessante como a marcação temporal está mais ligada à momentos, pois são eles que nos marcam, não datas. A divisão em partes me levou a correlacionar cada uma com uma fase da vida, sendo Hailsham a infância que muitos relembram com carinho e por vezes refletem sobre acontecimentos agora com a mente de um adulto, e compreendem coisas antes nubladas. Os chalés seriam algo como a transição entre a adolescência e a vida adulta, cheia de incertezas e a constante busca em tentar compreender o que faz você ser quem é. Por úlltimo, quando os protagonistas se tornam adultos cuidadores ou doadores, o que demonstra como a vida pode ser solitária mesmo estando em meio à uma multidão. Eu poderia passar vários parágrafos comentando as camadas desse livro, mas o que realmente quero e deixar registrado o quanto eu estabeleci laços com ele, e por isso o guardarei com muito carinho na memória (veja só, ele virou uma lembrança que algum dia voltarei para visitar, como a Kathy visita Hailsham).
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sonia 11/01/2014

a idéia é interessante, escrita de uma perspectiva estranha
Acho que Kazuo ainda estava amadurecendo; o estilo é poderoso, intrigante, mas ele se estende demais e a leitura acaba cansando;
além disso, com os conhecimentos médicos de hoje, a trama é realmente desnecessária; fica também em aberto a questão da lei: quando a vida de alguém está em risco, aparece a lei para defender, não? Bem...e aí fico por aqui, para não falar demais.
A personagem principal narra a história do seu ponto de vista, em um discurso bem introvertido, vinda de uma infância sem pais: outro furo que fica no livro, de onde vieram estas crianças, afinal? Fica a cabo da imaginação do leitor, e, francamente, nada do qeu imagino cabe nas possibilidades da época.
Kazuo tem livros melhores.
Karina 21/12/2017minha estante


* * * S P O I L E R * * *


Oi, Sônia. O livro não se passa nos dias de hoje, mas sim num mundo hipotético pós guerra. E a origem das crianças não fica em aberto, elas são clones criados única e exclusivamente para terem seus órgãos extraídos.




Jack 24/03/2014

Uma história marcante, escrita de forma impressionante
Se tivesse que escolher uma palavra para descrever “Never Let Me Go”, certamente seria: Impressionante.
Há alguns anos assisti ao filme e fiquei bastante impressionada com a trama, mas somente agora resolvi ler o livro e devo dizer que não me decepcionei, muito pelo contrário. Adoro o filme, mas hoje posso dizer que ele é o extremo oposto do livro, é raso.
O livro surpreende pelos detalhes, da trama e do universo criado. Não é um livro de leitura fluída como muitos em primeira pessoa, é pesado e algumas vezes cansativo até devido à forma peculiar como é escrito. Através das memórias da personagem principal, você mergulha na vida das personagens, nem sempre de forma linear, em cada detalhe sutil que muitas vezes parecem irrelevantes, mas que vão aos poucos delineando de forma profunda a personalidade de cada um. Acompanhamos a vida de Kathy, Ruth e Tommy tão profundamente, da infância a vida adulta, que chegar ao final do livro é como despedir-se de amigos que nos acompanharam por muitos anos.
De forma envolvente, esse livro consegue abordar a perda da inocência, amizade, amor, redenção e tempo perdido de forma brilhante. É o tipo de história que não te abandona tão cedo, permanece nos pensamentos por um longo período.
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