Sacripanta 07/02/2012
Esse foi o meu primeiro contato com os livros do 007. Pelo que a wikipedia indica, foi o livro que teve a pior repercussão, o que me parece explicável uma vez que, afinal, o livro é sobre Vivienne Michel, e não sobre James Bond. Assim, ao invés de infiltrações, espionagem e ação, temos um livro em primeira pessoa, em que a jovem canadense Vivienne relembra fatos de sua vida, relacionamentos, pequenos dramas sociais e sua condição de mulher e estrangeira, e Bond se torna um personagem que se junta a essas outras experiências, já no terço final do livro.
Um ponto chocante do livro é inserir o terror na vida cotidiana de uma jovem, a ponto de justificar a aparição do agente secreto. Não se trata de alta espionagem internacional, nem de bombas atômicas ou terrorismo, mas de uma vilania mais palpável, mais bruta, mais próxima do leitor e menos propensa a fantasia.
Para aqueles ávidos por páginas de James Bond, realmente o livro pode parecer uma ladainha feminina; contudo, para aqueles que querem uma história bem escrita, vale a leitura.