Vida

Vida Paulo Leminski




Resenhas - Vida


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Biblioteca Álvaro Guerra 08/12/2023

Quando a Companhia das Letras lançou Toda poesia, em fevereiro de 2013, alguns dos livros ali reunidos - como Caprichos e relaxos e Distraídos venceremos - estavam fora de catálogo e vinham sendo procurados pelo amplo público leitor de Paulo Leminski há mais de dez anos. Entre diversos fatores que vão da genialidade inovadora de sua obra à simpatia em torno de sua figura, essa lacuna foi determinante para que o volume assumisse rapidamente uma posição de destaque em todas as listas de mais vendidos do país, feito inédito para um livro de poesia. Fenômeno semelhante ocorre com as quatro biografias que Leminski escreveu para a Coleção Encanto Radical ao longo da década de 1980; livros como Bashô - a lágrima do peixe são hoje raridades nos sebos, e agora voltam ao mercado com a reedição de um volume único, publicado pela primeira vez em 1990 pela Editora Sulina, conforme desejo expresso pelo próprio autor: “Com os três livros que publiquei, Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e o que agora estou escrevendo sobre Trótski, quero fazer um ciclo de biografias que, um dia, pretendo publicar num só volume, chamado Vida.”

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535923278
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Lúcia 13/10/2023

Eu vivo pra enaltecer essa obra!!! Li pela primeira vez na adolescência e me apaixonei desde então. Acho que o Leminski é um baita poeta e pensador, mas essa é, sem dúvida, minha obra preferida dele. Minha biografia preferida é do Cruz e Sousa e, depois, do Bash?. Leiam!!!
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DihMoraes 12/09/2021

Trótski
Estou muito contente por ter adquirido esse livro em uma sebo... Juro que nunca havia escutado qualquer menção literária a esse autor e não me arrependo do impulso que me fez comprar essa maravilha. Dentre as 4 biografias gostei muitíssimo da de Trótski, saborei cada linha, parava para digerir o conteúdo e concluía com pesquisas auxiliares para melhor compreensão de referências históricas extras. Depois da leitura ficou um gostinho de quero mais e, sinceramente, pretendo ler mais sobre a Revolução de Outubro, Lenin, Trótski e Stalin... Fica a sugestão desta obra literária aos que se interessam por poesia negra (como é o caso da 1 biografia em que Leminski discorre sobre o poeta Cruz e Souza que parte da senzala para os palcos da escrita poética, abarcando a trajetória de ascensão intelectual do poeta a sua derrocada social em uma sociedade racista e hipócrita da época) por haikai elevado a arte por Bashô fato atestado na 2 biografia do livro (eu particularmente não curti muito) pelos relatos sobre os evangelhos que narram a história de Cristo (gostei mais ou menos) e, por fim, a 4 biografia (que já fiz todo o marketing no início dessa resenha.

Fim!
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Aly 02/06/2021

Complicado, sempre tive uma certa resistência em ler biografias...mas dei uma chance a esse que foi me indicado. Muitas vezes ele foi complexo, tive que reler várias vezes para entender porém o conteúdo é grandioso se você tem facilidade ou força de vontade para absorver o livro.
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Paulo Silas 15/03/2021

"Vida" é uma reunião de quatro obras biográficas escritas por Paulo Leminski, nas quais narra num tom peculiar, próprio, algo sobre as vidas de Cruz e Souza, Bashô, Jesus Cristo e Trótski. Num depoimento do autor de 1985 que consta registrado logo no início da obra, há manifesta a intenção futura da publicação de um único volume que constasse com as biografias em questão reunidas, pois seriam esses "quatro modos de como a vida pode se manifestar": o poeta negro simbolista, o japonês pai do haikai, o judeu cuja mensagem sobrevive há milênios e o ideólogo que foi um dos responsáveis pela revolução social jamais antes vista. O intuito era o de justamente prestar uma homenagem a grande da vida em todos os momentos vivenciados pelas personalidades biografadas. E assim fez em vida, sendo póstuma apenas essa reunião pretendida num volume único.

Cruz e Souza é o primeiro biografado, cujo texto foi publicado originalmente em 1983. O maior nome do simbolismo brasileiro é apresentado por Leminski como homem para muito além de sua obra, uma vez que sua vida teria sido, por si só, um signo. Bashô aparece na sequência sendo relatado, originalmente em 1983, em sua vida na qual abandonou a honrada classe de samurai para se dedicar a poesai de corpo e alma - o haikai como experiência, como algo que supera as palavras como postas é o resultado de uma vida voltada para o pensar nessa forma poética. Jesus é o terceiro biografado que aparece na obra, tendo sido escrito o relato sobre sua vida em 1984, no qual Leminski traça a sua trajetória de vida a partir dos textos bíblicos que constituem a história sobre sua passagem pela terra, não deixando de considerar os apócrifos para cogitar passagens da vida daquele que foi responsável por estabelecer um marco na contagem do tempo. Trótski é a pessoa que figura como elemento central da biografia na última parte do livro - essa que foi publicada originalmente em 1986 -, cujo relato - o mais pormenorizado de todos - traz o antes e o depois da revolução russa, cuja caminhada da personalidade abordada é explanada ao lado dos companheiros Lênin e Stálin. É dessas quatro vidas, narradas e explicadas, que "Vida" é feito.

Conforme muito bem escreve Alice Ruiz na introdução do livro, é possível encontrar Leminski em cada linha presente na obra, pois assim como seus biografados, o poeta acabou por sobreviver a própria vida. Isso é perceptível pela forma estilística com a qual cada biografia foi escrita. Excetuada a de Trótski - que possui muito mais um estilo de relato histórico, repleto de informações sobre como se deu a revolução russa (uma preciosa biografia que abarca outros camaradas além de Trótski) -, as biografias possuem um contorno... literário! Leminski faz poesia nas biografias - e extrai daquilo que escreveram os biografados (ou escreveram sobre - no caso de Jesus) para mostrar poesia e fazer ainda mais poesia. É por isso que a forma de escrita da obra é singular: cativa e aconchegante. Reflexiva, acima de tudo. Uma bela obra na qual o leitor além de conhecer as personalidades biografadas acaba por também saber mais sobre quem foi Paulo Leminski.

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Celaro 25/12/2020

4 em 1
Quatro biografias de personagens distintos as quais sutilmente o autor interliga: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus Cristo e Trotski. A de Jesus, em especial é apresentada sob um ângulo distinto do tradicional viés cristão, levantando questões intrigantes sobre a vida do nabi.
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JoAo.Belos 22/11/2020

Livro bem escrito. Os quatro capítulos são bons, mas eu destaco os sobre Cruz e Sousa e sobre Jesus.
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Sâmya Mesquita 11/08/2020

Achei meio confuso.
Talvez não seja o tipo de livro de poemas mais comumente lido. Ou eu mesma que fiquei confusa. Por via das dúvidas, lerei novamente, em outra oportunidade pra entender melhor o objetivo da obra.
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Simone Pagliari 07/07/2020

Vida
Este livro descreve a vida de quatro grandes revolucionários na sua época e a sua maneira, descreve quase com poesia as histórias, gostei principalmente do último.
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Daniele Freitas Pacheco 18/03/2020

Vidas brilhantes
É encantadora a forma como o autor descreve a vida desses quatro ícones: Cruz e Sousa, Bashô, Jesus e Trótski. Lendo o livro não só conheci algumas dessas personalidades, como também mudei minha perspectiva sobre outras.
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regifreitas 13/12/2018

Nesta obra Paulo Leminski compõe ensaios biográficos sobre quatro grandes nomes, “quatro de seus heróis de lírica e de luta” (segundo a orelha da obra), revelando aspectos inusitados ou pouco explorados desses personagens.

“Cruz e Souza: o negro branco” (1983) trata do poeta catarinense, descendente de escravos, e o maior representante do nosso Simbolismo; uma vida marcada pela miséria, sofrimento, preconceito e o não reconhecimento da sua importância dentro de nossa literatura durante muitos anos. Em “Bashô: a lágrima do peixe” (1983), aborda a vida de Matsuó Bashô, considerado o pai do haikai (forma curta de poesia de origem japonesa), um samurai que abandona sua classe para se tornar poeta. Esses dois ensaios são verdadeiras aulas de poesia, numa abordagem original de análise e de desvelamento do fazer poético; um atestado do virtuosismo e do domínio de Leminski sobre o gênero que o consagrou.

Em “Jesus a.C.” (1984), Leminski aborda os evangelhos a partir de um novo olhar, ao tratar da vida do profeta judeu cuja mensagem está presente no mundo até os dias de hoje, mais de dois mil anos após a sua existência. Jesus é retratado como um revolucionário, cuja radicalidade das ideias marcou sua época, afrontando os poderosos e levando-o à morte.

Já em “Trótski: a paixão segundo a revolução” (1986), o maior dos ensaios dessa obra, acompanhamos a vida do intelectual, político, militar, e um dos ideólogos e líderes da Revolução Russa (1917), Leon Trótski. Leminski realiza uma prazerosa e inesperada analogia entre a história russa e os personagens principais de OS IRMÃOS KARAMÓZOV, de Dostoievski, até chegar propriamente à Revolução e ao papel ocupado por Trótski nela.

Quatro ensaios comprovando que Paulo Leminski, além de um poeta genial, também foi um prosador de mão cheia!
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fenguel 05/04/2018

Excelente conjunto de biografias... muito sensível e um jeito todo peculiar de contar essas histórias tão importante.
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Israel145 18/03/2018

Paulo Leminski além de poeta foi um ótimo biógrafo. O livro “Vida” é a compilação das 4 biografias que escreveu: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski. Todos influenciaram em maior ou menor grau o poeta e alguns aspectos dessa influência podem ser facilmente identificados na obra de Leminski.
A primeira biografia é a do poeta Cruz e Souza. Leminski trata o poeta como uma anomalia e o disseca em todos os aspectos, desde sua vida pessoal até os mínimos detalhes da sua produção literária. A análise pormenorizada do movimento simbolista e da própria construção da poesia do poeta negro impressionam àqueles que se interessam pelo gênero. Nessa análise, podemos perceber o excepcional teórico que foi Leminski pela sua rígida inspeção e detalhamento do processo construtivo de Cruz e Sousa.
Outro poeta que teve obra e vida dissecada foi Bashô, mais conhecido por ser o maior divulgador do Hai Kai (que já existia em sua época e Bashô o aperfeiçoou). A trajetória de um dos mestres da arte de Leminski é impressionante e o autor usa isso para contar uma biografia sui generis.
Jesus também tem sua vida dissecada por Leminski. Apesar de não trazer novidades, haja vista o que se conhece pelos evangelhos e pontualmente o pouco que a história registra, Leminski faz um apanhado do impacto do cristianismo no mundo moderno.
E por fim, a última biografia é a de Trótski. A biografia do revolucionário russo se confunde com a própria revolução de 1917 e a ascensão ao partido comunista ao poder ocasionando a criação da URSS.
Percebe-se que muito dessa biografia foi tirada do livro “dez dias que abalaram o mundo” (que Leminski cita nas referências). Assim, quem leu o livro ficará com sensação de deja vú. Outro ponto negativo é a mensagem panfletária comunista escancarada em algumas passagens, o que é desnecessário para retratar os fatos de maneira isenta. Como se sabe, Leminski era comunista e à época (anos 80) a URSS ainda existia e era potência (em declínio).
As biografias são interessantíssimas e para o leitor que quer uma leitura interessante e descompromissada, o livro cai bem, principalmente para quem quer se aprofundar nas vidas dessas quatro figuras históricas. Altamente recomendado.
Stefani 07/06/2019minha estante
Ótima resenha!




none 05/01/2018

Didático sem ser pedante
A gente aprende Simbolismo na escola, de Cruz e Souza 2 ou 3 poemas, se tanto, sua obra principal (de nome) e só. De Bashô, só se você tiver sorte de encontrar na internet alguém que o divulgue. Somos inundados por sabedores da vida de Jesus diariamente, de Paulo ao pastor de garagem, todos estão mais certos (e loucos) que os outros, todos estão doutrinariamente errados, uma vez que incertos. Trotski a gente aprende na aula de história, o herói da revolução russa e do socialismo. ''Só que não é bem assim'', diria Leminski (ou a minha professora de literatura da universidade). Cruz e Souza merece espaços maiores, aprendizados maiores, Leminski felizmente nos proporcionou uma bela biografia. Basho precisa ser reeditado no Brasil, Olga Savary, tradutora de Basho e pioneira do haicai no Brasil tem que ser relembrada. O Jesus de Leminski é poeta, parabólico, porém ao contrário do que muitos imaginariam, não é hippie, ''paz e amor, bicho''. Trotski tem um espaço maior e do tamanho da União Soviética no livro, pouca gente o conhece da forma em que ele aparece - acredito que muitos professores de história desconhecem essa figura. Quando comprei o livro não imaginei que gostaria de ler sobre o último biografado. Mas quando a gente quer aprender, quer conhecer uma pessoa histórica tem que ir fundo, Leminski proporciona uma conexão agradável com o leitor. A poesia é o canal certo.
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Gleison 21/03/2014

Vida
O livro reúne de forma poética e diferente das biografias convencionais em forma de sua narrativa a vida de quatro personagens importantes da história mundial e de nosso país. Jesus, Bashô, Cruz e Souza e Trótski são relatados de uma forma profunda e poética pelo autor.
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