Os Persas

Os Persas Ésquilo




Resenhas - Os Persas: de Ésquilo


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Marcia Helena 15/03/2015

Edição maravilhosa!
Uma das melhores traduções que já tive o prazer de ler (por Junito Brandão, Editora Mameluco)! A leitura flui com facilidade e as notas sempre ajudam a entender as expressões utilizadas. A edição está linda do início ao fim, pensada em cada detalhe, incluindo capa dura, sobrecapa e marcadores de páginas. Com certeza, uma das minhas grandes aquisições do ano!
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Leila 17/01/2024

Os Persas - uma tragédia grega, escrita pelo dramaturgo grego Ésquilo, é uma peça teatral que mergulha os espectadores em uma narrativa envolvente e profundamente trágica. Durante a leitura desta obra, pude apreciar a maestria com que Ésquilo apresenta sua visão única da história, trazendo à vida além dos eventos cruciais da Guerra Greco-Pérsica, através da Batalha de Salamina, também nos mostra o que a soberba e a arrogância faz com um homem no poder.
A fluidez do texto é ótima, tornando a leitura acessível e envolvente. A linguagem poética de Ésquilo é uma combinação de beleza e simplicidade, o que contribui para a facilidade com que o leitor é imerso na atmosfera dramática da narrativa. A riqueza das descrições e a habilidade do autor em transmitir as emoções dos personagens são elementos que enriquecem a experiência também.
Ésquilo constrói uma tragédia grega clássica, centrada nos eventos da batalha entre gregos e persas. A escolha desse contexto histórico fornece uma base sólida para a exploração de temas universais, como a natureza efêmera do poder, as consequências da arrogância e a inevitabilidade da derrota mais dia menos dia, visto que os persas eram considerados então “os bárbaros” conquistadores e tiveram ali seus exercitos dizimados pelos gregos que estavam em menos número.
Os personagens, representando diferentes facetas da condição humana, são habilmente delineados. A empatia que o autor tenta despertar pelos persas derrota qualquer tendência simplista de retratá-los como meros antagonistas. Ésquilo desafia as convenções ao humanizar seus personagens, tornando-os complexos e multifacetados.
Além disso, a estrutura da peça, com seu coro expressivo e diálogos impactantes, contribui para a intensidade emocional que permeia Os Persas. O coro, em particular, desempenha um papel crucial, fornecendo comentários e reflexões que ampliam a compreensão do público sobre os eventos que se desenrolam no palco e até um "fantasma" é evocado para dar "conselhos" sobre essa grande derrocada (chega a ser engraçado isso, rs).
Enfim, uma delícia de leitura e que ainda tem muito a nos dizer independente que seja de trocentos anos atrás, rs.
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Joao.Gabriel 05/10/2021

Leitura rápida até, terminei de ler em +- 3h30m. A peça é um um tanto "simples", mas não se engane, é profunda. Parece paradoxal, mas é o seguinte: a peça é simples no sentido de acontecimentos. Mas seu conteúdo é profundo, é grande.
O tema da peça é, basicamente, o poder e ganância humana, que nos destrói. Também a vingança divina contra Xerxes. Eu não fiz uma leitura super profunda, e gostei bastante.
A edição é boa, possui comentários ao final e uma introdução no começo. Recomendo!
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jonasbrother16 11/01/2022

Primeira tragédia grega que leio, de um grande projeto de leitura de peças gregas nesse ano que começa.

A peça é baseada em acontecimentos históricos, de uma guerra na qual o império persa sai derrotado contra os gregos. A tragédia, então, é do povo persa, o que foi uma coisa curiosa pra mim, pois a peça foi encenada para gregos, e o tema da peça era uma vitória avassaladora dos gregos, mas a peça toda tem o tom triste da derrota dos persas.

Mas seria essa peça uma tentativa de empatia pelos persas ou uma celebração de sua derrota? Parece que é algo entre as duas coisas, já que nunca parece que os persas são subestimados: a derrota se deu por um deslize fatal de Xerxes, imperador dos persas.

É bem interessante, de toda forma.

UPDATE: parece que essa é também a opinião de Seth Bernadete no comentário que faz em uma das edições em inglês dessa peça (pela University of Chicago Press):

"Both in adapting and in interpreting this tragedy, theater practitioners and critics have been divided as to whether Aeschylus was aiming to flatter the Athenians by celebrating their military and cultural superiority over the luxurious, feminized “other” of the East, or was sympathetically exploring the disastrous effects on any community of an unnecessary war caused by an impetuous and overly ambitious leader. The truth is doubtless that he was doing both.".
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Monique 08/06/2022

Achei esse texto muito interessante e engraçado, me surpreendi bastante porque achei que a leitura seria muito mais difícil.
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Juliana 09/04/2023

Minha experiência de leitura
O que dizer de um clássico desses? A leitura, apesar de rápida não foi fácil. A tradução é bem carregada e torna o texto bem complexo. Por essa razão, não gostei tanto.
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Mario Miranda 05/12/2019

Um dos grandes momentos da História Antiga
Ler uma Tragédia Grega sempre será um exercício de intelecto, independente da tradução, e com Trajano não é diferente. O que, ao meu ver, não significa que o Trajano não faz um bom trabalho: ao contrário, a dificuldade em se trazer um escrito 2.000 anos após a sua concepção, sempre trará anacronismos e dificuldades na leitura. Resta a quem desejar ler estas obras que se aprofunde no conhecimento de sua própria gramática.

Os Persas narra, sob a ótica dos Persas (ou Medos) a batalha de Salamina, fragorosamente perdida por Xerxes em razão do seu próprio orgulho, arrogância (Húbris). Em Ésquilo não apenas Xerxes perde por falhas em sua estratégia militar, o que é reconhecido pelo Espírito de seu próprio pai - Dario -, como compete ao próprio povo Persa narrar a sua própria derrota, uma dupla desgraça àquele povo.

Ésquilo, que possivelmente combateu contra os Medos pelos Gregos, imortaliza aqui um dos grandes momentos da Idade Antiga: a vitória de Themistocles contra Xerxes e, consequentemente, o fim do sonho Persa de unificar o Ocidente e o Oriente. Ésquilo em sua Tragédia enaltece a superioridade cultural dos próprios Atenienses, com os Persas se referindo como "Bárbaros", ou quando o autor enaltece as próprias divindades em detrimento aos Persas.

Os Persas é uma das grandes obras de Ésquilo que chegou até nós. De maneira análoga a Sete Contra Tebas, possui trechos extremamente longos, o que torna a leitura um pouco lenta, principalmente quando comparamos a outros escritores contemporâneos, como Eurípides.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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fabio.ribas.7 02/01/2021

Os Persas
Há quem diga que o Oriente é uma criação do Ocidente, mas, em “Pelo amor ao saber — os orientalistas e seus inimigos”, de Robert Irwin, vemos a refutação dessa tese. Sua obra é um roteiro de estudo para nos conduzir ao que sempre esteve “do lado de lá”, o outro, o Oriente. Seguindo esse roteiro é que apresento “Os Persas”, peça de teatro de Ésquilo.
Parece que, desde cedo, existiam os gregos e “os outros”. A bem da verdade, o termo “grego” é posterior e foi cunhado pelos Romanos. Todavia, segundo Irwin, a cultura helênica e o conceito de heleno já estavam presentes desde a época de Heródoto. Como disse, havia os gregos e “os outros”. Parte desses “outros” eram os persas. O Império Persa se estendia por toda a Ásia, mas o momento retratado por Ésquilo é o da grande derrota numa tentativa do Rei Xerxes, o nosso Assuero do livro de Ester na Bíblia, em avançar sobre os gregos. A derrota de Xerxes se deu por volta de 465. A.C.

site: https://medium.com/@ribaseribas1
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none 17/09/2019

Não é só um clássico, é um estudo e um grande aprendizado
Poucos livros apresentam uma introdução tão rica e um material de apoio com notas e referências bibliográficas, estudos históricos e literários como esse livro. Junito Brandão precisa ser estudado e recordado, seu trabalho de pesquisa sobre a peça de Esquilo, a tradução e a forma como ele transmite seus conhecimentos sobre a matéria (além do mero material) estão à altura da obra em questão.
Os Persas apresenta como virtude principal mostrar o ponto de vista do outro, no caso o império derrotado pelos gregos, o persa. Tratados como bárbaros tão somente por não falarem grego, os persas da peça são os Anciãos, a rainha e a alma do grande imperador que se encontram em Susa, capital do império depois de serem informados da grande derrota do maior dos exércitos daquela época pelos gregos.
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Kenny 27/06/2020

Uma tragédia grega bem diferenciada. Um ótimo livro para quem não conhece esse tipo de história.
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Thalezito 15/09/2022

A tragédia mais antiga
Os Persas de Ésquilo é uma das mais antigas peças dramáticas que se têm registro. A peça é composta de quatro atos: a primeira é a descrição do exército de Xerxes pela rainha, que está em Susa na capital do exército persa.
O segundo ato começa quando o mensageiro chega e anuncia a derrota da frota de Xerxes na batalha de Salamina, e há muitas lamentações na corte.
No terceiro ato o espirito de Dário aparece e recorda a expedição que ele havia liderado, e vê que o filho teve o mesmo destino do pai, de ser derrotado pelos gregos em batalhas decisivas.
No quarto e último ato Xerxes adentra a sala e lamenta pelo destino que os deuses teceram para ele, e por todos os soldados que faleceram e as mães que ficaram sem seus filhos.
Essa peça foi encenada pela primeira vez em 472 a.c, oito anos depois da batalha de Salamina. Uma peça que fala sobre perda e remorso, o custo da guerra, e o como os gregos eram muito religiosos, sobre como os deuses atuam.
Citando Junito Brandão, o tradutor da peça: ''Os deuses gregos não são nem bons nem justos. Os deuses gregos são tão somente belos.
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Cecília 29/03/2024

Ao iniciar a leitura, a introdução de Trajano Vieira me chamou atenção ao destacar que o livro em questão não se limita a relatar um evento histórico, mas propõe uma narrativa sob a ótica dos derrotados. Este trabalho, embora breve, aborda uma tragédia carregada de lamentos e dramas, oferecendo uma visão histórica de relevância significativa.

Além da explicação fornecida pelo mensageiro sobre a derrota dos Persas, chama-se atenção para a ênfase dada à disparidade entre o tamanho das frotas de ambos os lados da batalha, evidenciando como "destinos desiguais penderam na balança". Ademais, destaca-se a responsabilização atribuída a Xerxes por sua impulsividade e falta de sabedoria, contribuindo para o desfecho adverso.

Apesar de ser um livro curto, sua narrativa não conseguiu me envolver por completo. Embora reconheça a qualidade do retrato da derrota dos Persas, a obra não conseguiu prender minha atenção ao longo da leitura.
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