Opisanie Swiata

Opisanie Swiata Veronica Stigger




Resenhas - Opisanie Świata


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Edmar Lima (@literalgia) 21/04/2021

Opisanie Swiata
Para começar, Opisanie Swiata foi leitura obrigatória de uma disciplina que faço no Mestrado e não sei se teria sentido vontade de lê-lo se não fosse por isso. O livro é muito intrigante, desde o título, passando pela capa e as imagens ao longo da narrativa. A intermidialidade é bastante forte, pois as fotografias, pôsteres, cartões-postais que aparecem no livro são essenciais para dar o tom da leitura e também para que nós leitores engendremos outros sentidos para o texto. Esse parece ser uma obra feita para ser estudada pela Academia, não se se agradaria a todos os tipos de leitores e isso pode ser uma desvantagem.
Dito isso, passemos ao conteúdo. A história em si é interessante, mas não prende tanto quanto deveria. Desde o começo somos apresentados aos dois personagens principais, Opalka e Bopp (sobrenomes de artistas conhecidos, que podem ou não ter relação com as personagens do livro). Bopp nos cativa mais, embora possa ser visto como inconveniente por outras pessoas. As aventuras no navio são curiosas e algumas bastante divertidas. Porém não senti que a história estava se encaminhando para algum lugar, pareciam cenas curtas e soltas. Sabendo que essa é a primeira experiência da autora com uma narrativa longa, talvez seja esse o motivo. O final é um pouco previsível e decepcionante, apesar de eu ter esperado até a última linha por uma reviravolta. Aconselho a quem for ler, aproveitar bem a viagem de Opalka, pois é a parte mais interessante do livro.
Como disse, a história é boa e o livro por si só é uma obra de arte, mas reafirmo que esse livro me parece um material para estudos, e não abrange o entretenimento.
Karine 14/04/2022minha estante
Oi, fiquei curiosa pra saber qual seu objeto de estudo e por que este livro seria material de mestrado? (não o li)


Isabella 13/05/2022minha estante
tbm fiquei com a mesma curiosidade que a karine rs




Fernanda 30/03/2022

Opisanie Świata - Veronica Stigger
Resenha disponível no blog:

Opisanie Świata - Veronica Stigger

https://modoliterario.blogspot.com/2022/03/resenha-opisanie-swiata-veronica.html

site: https://modoliterario.blogspot.com/2022/03/resenha-opisanie-swiata-veronica.html
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Biblioteca Álvaro Guerra 13/06/2018

" Querido Pai,[...] Estou sozinho e muito debilitado. Preso a esta cama, não tenho pensado em outra coisa senão em encontrá-lo. Sinto uma vontade cada vez maior de, enfim, conhecê-lo."

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788540504622
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Heloiche 05/01/2021

Refletindo sobre a existência humana
Primeiro romance de Veronica Stigger, Opisanie swiata significa “descrição do mundo” e é como se traduz Il Milione, o livro de viagens de Marco Polo, para o polonês.
O livro tem uma apresentação nada convencional. A edição é linda. Mas apesar do estranhamento inicial, a história é bastante cativante. Comecei a leitura num dia, noutro já tinha lido praticamente tudo! Tem passagens engraçadas, tem passagens emocionantes, sensíveis. Pode ser visto como uma reflexão sobre a existência humana.
Para os que se aventurarem preparem-se para uma escrita pouco convencional, que utiliza na narratica elementos verbais e não verbais. Leitura muito fluida e ao mesmo tempo desafiadora.
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andrids 28/02/2023

A diagramação da versão física é impecável. todas as citações, bilhetes e fotografias compõe uma parte interessante da história (a viagem por si só). os personagens são de certo interessantes, mas alguns mal desenvolvidos. a história tem um ponto crucial que poderia ter levado a uma camada de fantasia ou poderia no campo da realidade ter sido ainda mais exagerada. falta no livro um desenvolvimento surpresa ou algo que cative mais a história. no geral é uma leitura quase técnica, sem muito envolvimento.
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Luca 14/03/2022

Surpreendente
Eu tive que ler esse livro pra fazer uma prova para entrar em uma escola a um tempo atrás então na época eu não esperava muito do livro, porém ele até que superou as minhas expectativas e acabei lendo ele em um dia só um livro simples e que não cansa.
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@garotadeleituras 18/02/2017

Uma estória onírica?!
Publicado em 2013, Opisanie Swiata da escritora brasileira Veronica Stigger, foi o livro vencedor do prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional do mesmo ano; isso por si só é um estímulo para o leitor que procura boas leituras referenciadas. Ao abrir o livro nos deparamos com uma carta de Nataneal, que hospitalizado, e acreditando encontrar-se nos momentos finais, envia uma carta para seu pai desconhecido, manifestando o desejo de conhecê-lo antes de morrer. A correspondência é o ponto de partida para o regresso de Opalka a Amazônia. Na estação de trem polonesa, com o jornal e seus doze limões para enjoo, Opalka depara-se com um sujeito diferente, o senhor Bopp, que assim como ele, fala português, mas apresenta como peculiaridade suas manias e desejo de entabular dialogo continuo com quem lhe cruza o caminho. o excêntrico companheiro chama atenção não apenas pelo físico atarracado, barriga protuberante e seu bigode fino, ou sua capa que remota à um quimono florido que arrastava tudo que encontrava pelo caminho, mas por seus relatos, simpatia e “estrambelhamento". Bopp de longe é o que mais cativa o leitor, com seu inoportunismo, "suas andanças" como um barco que atraca onde tiver um porto disponível, e a sensibilidade com a missão de Opalka , decidindo então acompanhá-lo.

Os personagens que dão tom a narrativa são exóticos, assim como os acontecimentos encontrados no livro: Priscila e o devaneio para encontrar um animal de estimação invisível; o casal Andrade na sua estranha relação, a levada cachorrinha Margarida, as gêmeas puritanas Olivinhas que vão embora depois de um batismo mais parecido com um trote e finalmente o comportamento contido de Opalka com seu jornal. O gesto singelo acontece quando Bopp, ao despedi-se, o presenteia com um caderno desgastado em branco para que ele possa escrever suas memórias, além de utilizá-lo como terapia para superar a morte do filho.

"Tome - Disse Bopp, estendendo-lhe um caderninho preto. - É um presente. Serve para fazer anotações. Para que o Senhor escreva o que passou. Ajuda a superar. E a não esquecer. A gente escreve para não esquecer. Ou fingir que não esqueceu. Bopp se calou e, depois de um tempo acrescentou: - Ou para inventar o que esqueceu. Talvez a gente só escreva sobre o que nunca existiu." (p.145)

Sobre o livro em si, é uma leitura que particularmente achei meio onírica. São cenas sucintas, com os acontecimentos sobrepostos e ao mesmo tempo sem ligação que movimentam a narrativa e nada mais. Os personagens permanecem desconhecidos para o leitor. Só sabe-se o que está sendo narrado no momento, sem informações adicionais; quase nada sobre o passado ou planos para o futuro. Eis aqui um livro que provavelmente não agradará a todos. A edição dispensa elogios com aquele esmero típico da Cosac, com ilustrações e diagramação para cativar o olhar. Resta saber se o livro em si, conquista quem ler.

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Adriana Scarpin 16/06/2019


No primeiro terço do livro fiquei pensando que esse era mais um livro desses autores burgueses que adoram mostrar que são cultos e viajados, colocando referências mil e dos quais tenho enorme preguiça, mas depois de cinquenta páginas o livro pega no tranco e a partir do que passa a alternar bons momentos com outros totalmente enfadonhos, mas a autora nunca chega a cumprir o potencial que a espreita e almeja.
Não ajudou eu ter entrado na leitura desse livro logo depois de ter saído de um maravilhoso Lima Barreto.
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Eduardo 17/06/2014

"Mal se acomodara na estalagem, ouvira um som vindo da rua. Parecia música, mas era diferente de tudo que escutara até então. Lembrava vagamente sons com que tivera contato na Amazônia. Pensou que seria semelhante àquilo um jazz tocado pelos Waimiri Atroari. Selvagem, violento e, ao mesmo tempo, sedutor. Bopp desceu, claro. Só pensava em ir atrás do som. Na porta da estalagem, parou, fechou os olhos e apurou os ouvidos para identificar de onde provinha a música que, ali fora, se misturava ao rumor da cidade. Deu uma volta no prédio e seguiu pela ruela que ficava diante da janela de seu quarto. Ali, a música estava mais alta, mas ainda distante. Seguiu célere em sua direção. No final da ruela, a música soava mais baixa. Bopp não sabia para onde ir. Buscou se concentrar para reconhecer o lugar do qual ela vinha. Depois de um instante, não tinha mais dúvida. A música saía da rua à esquerda. Tão logo dobrou, já a ouvia mais alta, porém ainda afastada. A rua era longa e Bopp se apressou. Precisava alcançar o som. Mas este escapava. Primeiro ficava fraco, depois sumia. Bopp acelerava e voltava a escutá-lo. Urros agora acompanhavam a música. Bopp queria ouvir mais. Mas a música continuava a se deslocar pela rua. Bopp então correu. Julgou ver, ao longe, cinco rapazes cabeludos carregando instrumentos musicais. Vestiam calças e camisas pretas com paletós lilases por cima de tudo. No escuro, a cor berrante do paletó sobre a roupa negra fazia com que eles se assemelhassem a flores gigantes que, libertas do buquê, pairassem soltas no ar. Os rapazes se saracoteavam enquanto tocavam, numa dança ainda mais insana que a música. Rebolavam a cintura e jogavam as pernas para a frente. Levantavam os instrumentos para o alto e davam saltinhos. Por vezes, se jogavam no chão e deslizavam sobre os paralelepípedos, e essa dança, tivesse um nome, pensou, poderia ser kinkiliba. (Não sabia de onde lhe chegaram tal pensamento e tal nome.) Bopp continuou a correr. Os rapazes sumiram por uma rua transversal. Bopp foi atrás. Assim que virou a rua, já não viu ou ouviu o que quer que fosse. O repentino silêncio o deixou preocupado. Olhou para os lados e nada. Continuou a andar. Caminhou uns duzentos metros à frente antes de voltar a escutar aquela estranha música. Acelerou o passo. Lá no fim estavam os rapazes. Os cinco, que depois viraram quatro, percorriam as ruelas sujas do bairro. Andavam por tudo, cantando e dançando. Bopp os seguiu noite adentro, sem nunca conseguir chegar perto deles, o que o angustiava. Queria poder dançar também, rebolar e jogar as pernas para a frente, mas se parasse para fazê-lo os perderia de vista. Resignou-se a acompanhá-los de longe. Acompanhou-os até o infinito, até as prostitutas se recolherem e as lojinhas começarem a abrir, até o sol se pôr e voltar a ser noite e as lojas fecharem e as prostitutas saírem às ruas, até o sol nascer de novo, as prostitutas voltarem para suas casas e as lojas levantarem outra vez suas portas e não ser mais possível ouvir a música. Eles pareciam fantasmas, me disse Bopp. Mas não fantasmas do passado, acrescentou depois de uma pausa, e, sim, fantasmas que tivessem vindo do futuro." (pp. 60-62)
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Marcos Faria 16/03/2015

“Gran Cabaret Demenzial” foi um dos piores livros que li nos últimos anos. Mas “Opisanie Swiata” ganhou o Prêmio São Paulo, as críticas foram todas excelentes, então superei o trauma e resolvi ler. Bem, é melhor que “Cabaret”, mas isso não diz muita coisa. Stigger perdeu a obsessão anal do outro livro, mas não conseguiu avançar muito na proposta de atualização do surrealismo (ou do realismo mágico), que continua partindo do onírico e caindo no grotesco, ou no mero acúmulo de imagens. A influência de Wes Anderson, citado nos agradecimentos, é mais cosmética do que qualquer outra coisa. Só nas últimas páginas a autora ameaça dar aquele nó metafísico no leitor que justificaria toda a perfumaria literária, mas fica na promessa.

site: https://registrosdeleitura.wordpress.com/2015/03/15/opisanie-swiata/
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 05/04/2015

Veronica Stigger - Opisanie Swiata
Editora Cosac Naify - 160 páginas - lançamento agosto 2013.

Em 2014 Veronica Stigger ganhou o prêmio São Paulo de Literatura e foi finalista do Portugal Telecom com este seu romance de estreia e título difícil ("descrição do mundo" em polonês). A autora utiliza diferentes estilos narrativos em primeira e terceira pessoa, linguagem fragmentada por anúncios de época e imagens de cartões postais, tudo isso em uma bem cuidada edição gráfica, como já é tradição nos livros da editora Cosac Naify. É bom ressaltar que o trabalho de Veronica não é somente criativo na técnica, mas também na pesquisa do argumento e na criação ou apropriação dos personagens, todos "estrangeiros", mesmo o brasileiro Bopp, inspirado no poeta Raul Bopp, emprestado do nosso movimento modernista, personagens sempre envolvidos em algum tipo de deslocamento ou deslocados do meio em que vivem.

O romance é a história de uma longa viagem, de trem e navio no final da década de trinta, da Polônia até a Amazônia. Opalka, é um polonês surpreendido por uma carta de Natanael, seu filho "internado em estado grave" que ele não sabia existir no Brasil e que pede para conhecê-lo. Ele decide atender ao pedido do filho e voltar à terra que havia abandonado na virada do século. Ele conhece Bopp no início de sua epopéia e o mesmo irá acompanhá-lo em toda a trajetória. Na verdade, o argumento principal do romance é a própria viagem em si mesma e todos os estranhos personagens em situações surrealistas que vamos conhecendo pelo caminho (uma espécie de "road movie") e não a relação entre Opalka e Natanael.

A Europa está prestes a ser destruída pela segunda Grande Guerra e a viagem de Opalka parece ser um caminho sem volta, mesmo que a Amazônia, já na década de trinta, também em vias de destruição, não represente mais a esperança de uma nova terra para os expatriados da Europa. Assim mesmo, Opalka é incentivado por Bopp, já no final do livro, a escrever suas experiências durante a viagem e o que encontrou no Brasil em um caderno de anotações que lhe dá de presente, um trecho bonito que resume tão bem o papel transformador da literatura em nossas vidas:
“— Tome — disse Bopp, estendendo-lhe um caderninho preto. — É um presente. Serve para fazer anotações. Para que o senhor escreva o que passou. Ajuda a superar. E a não esquecer. A gente escreve para não esquecer. Ou para fingir que não esqueceu. Bopp se calou e, depois de um tempo, acrescentou: — Ou para inventar o que esqueceu. Talvez a gente só escreva sobre o que nunca existiu.”
Bucker 06/04/2015minha estante
Tinha esse livro por acaso aqui em casa e não sabia que era bom. Vou ler, pela tua resenha parece bem interessante.




Antonio 11/05/2015

Que viagem!
Opisanie Swiata, bem sucedida estreia da excelente contista Veronica Stigger em narrativas mais longas, conta a absurda viagem de um hermético polonês que parte da Europa rumo ao Brasil a pedido de seu desconhecido filho que, moribundo e preso a uma cama de hospital em Manaus, quer vê-lo antes de partir desta para uma melhor.

Ao acompanharmos Opalka, o polonês pai de Natanael, durante a tal viagem que ele empreende, primeiramente em trem e logo em navio, conhecemos personagens singulares (destacadamente o brasileiro Bopp) e enfrentamos, com elas, insólitas situações que nos produzem, por diversas vezes, uma incômoda sensação de deslocamento – talvez o tema principal desta inventiva história.

No fim do livro, um presente ao leitor: uma lista intitulada Deveres oferece-nos a chance de uma segunda leitura, certamente ainda mais prazerosa, dando-nos referências de onde encontrarmos as piscadelas que a autora distribuiu ao longo da trama.

Trecho do livro:
“Bopp se levantou e saiu da cabine arrastando seu quimono de seda pelo chão. Opalka ergueu a cabeça e olhou ao redor. Estava de novo sozinho. Aproveitou para ler o jornal, conseguindo, enfim, virar a página. Mas a paz não durou muito tempo. Logo Bopp retornou com um livro marrom nas mãos, The South American Handbook. Feliz, estendeu-o a Opalka enquanto se abancava a seu lado.” (p.39)


site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
Yasmin 26/01/2017minha estante
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IvaldoRocha 01/06/2015

Não é para todos os gostos
Projeto editorial muito inteligente e competente, é o ponto alto do livro. Não há como negar a qualidade da escritora, escreve de uma maneira agradável e com certa leveza, mesmo quando a história passa por momentos de completo absurdo. Tem um ritmo bom, mas não é para todos os gostos.
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Renato 29/02/2016

Uma questão somente
Do que me lembrarei deste livro, daqui a dez anos?
Kaue 29/02/2016minha estante
Significa que obra é boa se você se lembrar daqui a 10 anos?


Renato 29/02/2016minha estante
Não necessariamente. O livro é bom, muito bem escrito, me lembrando muito Sebald. Não é à toa que dei 4 estrelas. O problema, que vejo em muitos contemporâneos, é criar algo belo q mas que não seja marcante.


Kaue 29/02/2016minha estante
Pretende fazer uma resenha?


Renato 08/03/2016minha estante
Não. Falta um pouco de inspiração minha para fazer. Prefiro fazer sobre Cadernos de um ausente e Morreste-me, que li em seguida, e que me agradaram muito mais.




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