spoiler visualizarClara 30/03/2024
MinhA Escolha é não perdoar o imperdoável.
Eu arrastei essa leitura por dois anos. Eu não queria ter que me despedir dos personagens e desse mundo maravilhoso de reis e príncipes. Eu esperava muito mais pelo final, ainda mais porque eu mudei de dois anos pra cá, vou ler novamente toda a saga e com certeza não vou ter os mesmos sentimentos que antes. Mas, tem um sentimento que nunca mudou, que é ver o egoísmo e imaturidade da America. Nesse livro, America começa a ser madura nos últimos capítulos, o que me deixa mais aliviada, mesmo assim ela faz péssimas escolhas, não posso culpa-lá, pois faria o mesmo. Esse livro acabou de me deixar com ressaca literária pelo final corrido e fraco.
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É óbvio que a América fica com o Maxon, isso nem precisa ser classificado como spoiler.
Você vai ler esse livro na esperança das coisas darem certo, mas diminuam suas expectativas, pois há diversos obstáculos, causados - como sempre - pela America. America é claramente orgulhosa e indecisa por toda a saga, tenho a impressão que ela é uma criança mimada que tem dois brinquedos e não brinca com nenhum, mas não libera nenhum para outra criança.
O livro começa mais lento, e o final é corrido, forçado e fraco. Da trilogia "original", esse é com certeza o mais revelador, mesmo que o final não amarre todas as pontas soltas das histórias.
O livro dá uma grande importância para America e suas escolhas que foram tomadas por impulso durante os outros livros, antes o que serviu para atrapalhar, agora a ajuda, colocando - a em um pedestal pelo povo de Ilhea. O Rei Clarkson, como sempre, a ameaçando, mas nada podendo fazer, pois ela é a preferida do povo. Celeste tem sua incrível redenção, rápida, porém eficiente, eu diria até que realista, levando em consideração a situação que elas vivem na competição.
America tem medo de partir o coração de Aspen e adia por semanas revelar seus sentimentos por Maxon. Maxon e America são orgulhosos e não se declaram um ao outro, isso é um principal obstáculo, já que Maxon acha que ela ainda pode amar seu antigo parceiro ( Aspen, o que ele só descobre no final ) e America tem medo e sabe que não é qualificada para ser Rainha, logo a escolha lógica de Maxon seria Elise ou Kriss.
As quatro meninas se tornam grandes amigas, mas Elise é muito determinada, e desconfia da America por muitas situações. Elas sabem as posições de cada uma em relação a competição, o que torna tudo mais limpo.
Tudo supracitado foi suportável para mim, menos o imperdoável, as mortes de Anne, Amberly, Clarkson e Celeste. O rei faz falta sim, pois não viu a America vencendo, ele não merecia a morte, ele merecia pagar pelos seus erros em vida, pra sofrer bastante. O que me deixa frustrada é que a Amberly morreu sem saber que o rei regaçava o filho na porrada. Isso merecia um final mais profundo, matar o Clarkson foi uma ferramenta fácil para acabar com os problemas. A Celeste já tinha tudo sua redenção em vida não precisava morrer, isso não teve impulso nenhum na história. Anne morrer foi um recurso fácil pra Aspen namorar Lucy, assim Anne não ficaria chateada.
Eu tô com raiva por ter terminado de ler, mas não posso dizer que odiei. Eu me identifiquei muito com as burrices da America.
8/10.