spoiler visualizarLaís 20/10/2021
O livro de Richard Pires é um denso compêndio sobre a Revolução Russa abaixo segue as partes que achei mais relevante:
P 23.
Não restava qualquer dúvida sobre a grave e intensa crise agraria que o pais atravessava, sobretudo devido a superprodução com um índice de natalidade 15 a 18 vezes superior ao de mortes, por mil habitantes, a Rússia apresentava o mais alto crescimento demográfico da Europa.
P. 35
A tradição militar russa impunha que o Exército permanecesse afastado das atividades políticas, vistas pelos oficiais como abaixo de sua dignidade profissional.
P. 37
A intelligentsia indica intelectuais que ambicionam o poder para mudar o mundo. Sua origem etimológica é latina, passando do idioma para o russo, no século XIX, e para o inglês, após a Revolução de 1917.
p. 55
A situação mudou drasticamente em 9 de janeiro de 1905, a reboque de acontecimentos que seriam conhecidos como ?Domingo Sangrento?. Se o Congresso Ziemstvo de 1904 foi o Estados-Gerais da Rússia, então o Domingo Sangrento foi seu dia da Bastilha.
p. 79
os alemães, comandados por Paul Von Hindenburg e Erich Ludendorff na chefia do estado- maior, aniquilaram o II Exército Russo antes de investirem contra o I Exército , forçado a retirar-se para a Polônia . Foi uma derrota catastrófica que acarretou baixas enormes, em torno de 250 mil homens.
p. 105
Tudo indica que Nicolau abdicou por motivos patrióticos, convencido pelos generais de que tal atitude era indispensável para manter a Rússia na guerra e garantir a vitória.
p. 121
As diferenças entre Lênin e os mencheviques eram organizacionais e programáticas. Para fazer a revolução- segundo Lênin ? seria preciso reunir o maior número possível dos oponentes do status quo, incluindo aqueles cujas aspirações, a longo prazo, fossem conflitantes com o socialismo.
p. 153
o golpe tinha de ser dado antes de 12 de novembro, para que os ataques fossem desferidos contra o governo ?burguês?, e não contra um governo escolhido pela nação e composto por socialista-revolucionários.
p. 231
O ex-imperador Nicolau II, a czarina e os filhos do casal passaram os cinco meses seguintes á abdicação em prisão domiciliar, na cidade de Tsarkoie Sieló, residência imperial perto de Petrógrado. O lugar escolhido para o exilio foi a cidade de Tobolsk, na Sibéria ocidental, lá os Romanov ocuparam as dependências da mansão do governador, vivendo em razoável conforto, servidos por um grande número de criados e acompanhantes, e em condições de se comunicarem com o mundo exterior.